quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

CHARGES ESCOLHIDAS A DEDO (51)

TUDO NO MESMO BALAIO: DA INSANIDADE NO PINHEIRINHO À DAS SACOLINHAS PLÁSTICAS
Cobram um posicionamento meu sobre a vergonhosa atuação do Governo paulista no caso PINHEIRINHO, em São José dos Campos. Não demorei coisa nenhuma, pois o que penso disso já é do conhecimento até do reino mineral, externado aqui desde que esse mafuá existe: aqui em São Paulo, governado pelos tucanos há quase 20 anos, algo a salientar, tanto nesse caso como no da Cracolândia onde a Polícia Militar é quem chega primeiro, antes das ações sociais. Primeiro a "PORRADA" no "ZÉ POVINHO", depois o diálogo. Hoje estão nas ruas de SJC milhares de famílias, sem amparo, deserdados, párias e um mega-especulador, com infinitas ações na Justiça, rindo a toa. Uma Justiça que ganha muito, decide tudo em causa própria e também a favor dos poderosos e do capital, o especulativo, o pior de todos. Nosso governador (não seria Governa A Dor?), dizendo ter filmado tudo, é o mandante e precisa começar a ser culpabilizado pelas suas ações desastrosas e sempre em favor da elite paulista, a que torna SP o estado mais atrasado do país, o mais retrógrado e conservador (onde mesmo o povo segue ditames coronelistas?). O mesmo posso dizer do prefeito paulistano, Kassab, que lobo na pele de cordeiro, pacifica a cacetete os craqueiros e favorece a especulação, que quer derrubar tudo na Cracolândia e reconstruir tudo, novo e fazer negócios inimagináveis pelos comuns mortais. As cenas do massacre de Pinheirinho estão aí (mais via internet do que mídia, viu!!!) e por si só expressam um pensamento dominante, o do sistema vigente, excludente e predatório. Escórias dos tempos atuais não são os miseráveis nas ruas de SP e SJC, mas sim os que os culpabilizam e marginalizam cada vez mais. Triste estado esse onde moro (ESTADO LAMENTÁVEL).

Das SACOLAS PLÁSTICAS, impedidas de serem distribuídas a partir de hoje nos supermercados, afirmo serem elas um mero BODE EXPIATÓRIO de um processo não muito claro de defesa do meio ambiente. O consumidor poderá optar por sacolas retornáveis (PAGAS!!!) ou caixas de papelão... “Se a preocupação fosse ecológica, os supermercados também eliminariam o uso de outras tantas embalagens plásticas dentro da loja, como as que armazenam carnes, frutas e verduras. O único pecado da sacolinha é que ela está do lado de fora do caixa do supermercado”, insinua Gino Paulucci Júnior, vice-presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Acessórios para a Indústria do Plástico (CSMaip). Sou contra a hipocrisia de proibir somente um item e todos os demais permanecerem sendo distribuídos normalmente. Dou um exemplo para fechar a tampa do caixão. Comi um mero pedaço de pizza no Alameda Quality dia desses e junto da guloseima, um aparato descartável de grande monta: faca e garfo de plástico, recipiente de papelão a envolver a pizza, guardanapos de papel, sacos de papel e plástico envolvendo tudo, condimentos em pequenos saquinhos plásticos descartáveis, etc. Como o pedaço em meros cinco minutos e tudo o que veio junto foi para o lixo. Absurdo dos absurdos, algo inconcebível e inqualificável, mas repetido por todas nossas conceituadas casas comerciais. Querem enganar quem com isso tudo? Protetores da natureza ou Santos do Pau Oco.
obs.: Todas as três charges são de autoria do amigo CARLOS LATUFF (o da foto), carioca, que já esteve três vezes em Bauru e um que não deixa a oportunidade passar: SACA LOGO O QUE ESTÁ POR TRÁS DE TUDO.

9 comentários:

Anônimo disse...

Nem por esperteza, Alckmin demonstrou sensibilidade

Por Luis Nassif, em seu blog

É trágica a maneira como o PSDB joga pela janela oportunidades políticas. A vulnerabilidade central do partido é a insensibilidade social. Mesmo no bem avaliado governo Aécio Neves, a crítica central era a falta de preocupação social. Em São Paulo, a arrogância administrativa, das decisões de gabinete, sem nenhuma preocupação em ouvir, planejar ações. Aí o partido reune sua executiva para pensar o futuro. As únicas fontes de pensamento “novo” são financistas, exclusivamente preocupados em vender o peixe do mercado para o partido.

Curiosamente, foi Geraldo Alckmin o primeiro político de peso do PSDB a perceber a emergência de novos valores. Ainda na campanha, mostrou as vantagens de programas tipo “Minha Casa, Minha Vida” sobre o modelo autárquico do CDHU. Entendeu a importância da colaboração federativa. Percebeu a relevância de reduzir o estado de guerra com o professorado, praticar o relacionamento civilizado com prefeitura e lideranças de bairro. Até ensaiou algumas ações administrativas colaborativas, juntando várias secretarias de governo e a prefeitura. De repente, surge a grande oportunidade: 6.000 pessoas morando em uma área de disputa jurídica. Não são aventureiros, não são invasores forçando a barra para conseguir imóveis para futura negociação. São famílias que se estabeleceram ao longo de anos, criando uma comunidade com velhos, crianças, mulheres, mães e pais de família, que levantaram suas casas em regime de mutirão, firmaram-se nos seus empregos, colocaram suas crianças nas escolas, criaram uma comunidade sem nenhuma ajuda do poder público. Seria o momento máximo de inaugurar uma nova era.

Um governador minimamente competente teria convocado a Secretaria de Assistência Social, o CDHU, a Secretaria da Justiça e da Defesa, a prefeitura de São José dos Campos, grandes empresas instaladas na região para um plano integrado destinado a encontrar uma solução para a comunidade de Pinheirinho. Não se espere de Alckmin nenhuma sensibilidade social. Só um amorfo moral para ordenar as ações da PM contra familias indefesas, em nome da ordem – como se estivesse tratando com marginais do PCC. Mas considere-se que, para quem almeja vôos altos, o exercício da esperteza política é fundamental.

Tivesse tratado o caso com um mínimo de esperteza, Alckmin estaria inaugurando um conjunto habitacional. As televisões mostrariam imagens de crianças brincando nas praças do conjunto, velhos se aquecendo ao sol de São José, pais de família voltando para casa e encontrando os seus em segurança. Estudos acadêmicos, no futuro, analisariam uma comunidade viva, com relacionamentos construídos ao longo desses anos, com a solidariedade dos vizinhos de outros bairros, que se auto-organizou ao largo do poder público. E falariam do governador sábio que impediu que essa riqueza social – uma comunidade que se auto-organizou – se perdesse sob os tratores e os cassetetes da polícia. No entanto, o que se viu foi um festival de fotos trágicas, de mães carregando filhos ao colo, chorando, tendo ao fundo as fogueiras provocadas por governantes imbecis. Fotos de batalhões da PM, com cassetetes, escudos, capacetes, enfrentando familias com crianças e velhos. E, como defensores das famílias, políticos do PSOL se legitimando junto a uma rapaziada que ainda acredita na responsabilidade social como fator de mobilização política. Que as fotos das mães e filhos chorando as casas perdidas sejam uma maldição a acompanhar Alckmin pelo resto da vida política.

enviaqdo por Pascoal Macariello - RJ

Anônimo disse...

A quem interessar:Hoje, às 18:40 horas, no Canal Brasil ( 66 na Sky ), será reprisado o documentário Brizola, homenagem pelos 90 anos de seu nascimento.
Pascoal Macariello - RJ

Anônimo disse...

Sobre o Pinheirinho: Não, não há mais juízes em Berlim

Francisco Mata Machado Tavares

O fato é tão simples como estarrecedor. 9.600 (nove mil e seiscentas) pessoas vivem, há 8 (oito) anos, em um bairro da cidade de São José dos Campos conhecido como Pinheirinho. Estas pessoas são, todas, cidadãs de uma República cuja constituição, em seu artigo 6o, assegura, dentre outros, o direito fundamental à moradia, entendido como cláusula pétrea, ou seja, como garantia insusceptível de redução, senão mediante um golpe de Estado.

O terreno habitado por esses seres humanos não cumpria, até que eles ali chegassem, a sua função social. A mesma Constituição da República, em seu artigo 5o, também definido como cláusula que não se altera, condiciona a validade normativa do direito de propriedade ao cumprimento da respectiva função social. É majoritária, entre os constitucionalistas, a tese de que a referida dimensão funcional do direito à propriedade não se configura como limite (a exemplo dos direitos de vizinhança, servidões obrigatórias, etc.), mas como componente deontológica da situação proprietária. Em suma: sem obediência à função social, não há direito de propriedade válido neste país.

Os moradores do bairro do Pinheirinho resistiram e, como resultado de sua abnegada luta, conquistaram, dentre outras vitórias, o interesse da União em considerar a desapropriação do terreno e, subsequentemente, implementar um projeto habitacional no local, política pública que contaria, dentre outras medidas, com a regularização fundiária da ocupação. Em suma, o Governo Federal, devidamente pressionado por ativistas e pela sociedade civil, acenou com a possibilidade de cumprir parte de suas obrigações prescritas no artigo 3o, inciso III, do Estatuto das Cidades, no que não fora acompanhado, lamentavelmente, pelos governos do Estado e do Município, os quais optaram por permanecer na ilegalidade.

De qualquer modo, tendo em vista o interesse jurídico da União na conflituosa questão, haja vista a necessidade de cumprimento do já citado artigo do Estatuto das Cidades, fez-se necessária a inclusão da Advocacia Geral da União - AGU no processo judicial e, por conseguinte, em respeito ao artigo 109 da Constituição, o deslocamento do feito para a Justiça Federal. Como consequência do desaforamento do processo em relação à Justiça Estadual de São Paulo, o Tribunal Regional Federal, órgão da Justiça Federal de 2a Instância, impôs a suspensão da ilegal determinação de despejo das 9,6 mil pessoas humanas que habitam o Pinheirinho, de modo a subtrair eficácia e validade de qualquer decisão sobre a matéria proferida no âmbito da justiça comum.

Ocorre, todavia, que não há juízes nesta Berlim proto-nazista sob a qual vivem os brasileiros do século XXI.
Apenas uma lição deve ser extraída de tão dolorosa tragédia: o Estado Democrático de Direito é uma mentira. A legalidade é tão somente um artefato ideológico utilizado seletivamente para justificar o uso do arbítrio e da violência contra a classe social que produz, em favor da classe que parasita a humanidade. Não há qualquer cânone hermenêutico que explique a prática jurisdicional dos nossos tribunais, senão o meta-cânone da dominação de classe. É triste e muito, mas muito sofrido, aprender que um jovem alemão do século XIX, formado em direito e que com este sistema se decepcionara ainda na juventude, estava integralmente correto quando asseverou, em um misto de incitação com vaticínio, que “a emancipação dos trabalhadores será obra dos próprios trabalhadores”. Ceifaram as rosas do Pinheirinho, mas não impedirão a primavera da vitória do povo oprimido!

Anônimo disse...

Henricão

Não ia escrever nada sobre isso, mas acabo de voltar do supermercado e pasmem, vi sendo revendido sacolinhas de plástico por R$ 0,70 a unidade. Ou seja, gratuitas é que não podem, mas vendidas, sim. Que consciência ecológica é essa? Me diga.

Rosana

Paula Loureiro disse...

Tá demais essa última charge no papel d caderno.....

Paula Loureiro disse...

Rosana
As sacolinhas plásticas vendidas agora são biodegradáveis, um material mais caro e "ecológico", são diferentes das outras.
Paula

Anônimo disse...

DIFERENTES, CARA PAULA, NÃO ACREDITO EM NADA QUE VENHA DO CAPITAL. VÃO GANHAR UMA GRANA EM CIMA DA QUESTÃO ECOLÓGICA, COMO SEMPRE FAZEM.

VEJA OUTRA COISA. AS SACOLAS SÓ NÃO SÃO MAIS DISTRIBUIDAS NOS SUPERMERCADOS, POIS EM TODOS OS OUTROS LUGARES CONTINUAM. FUI COMPRAR COISAS HOJE NUMA LOJA DE R$ 1,99 E ME DERAM SACOLAS. FUI NAS LOJAS AMERICANAS E ME DERAM SACOLAS. PASSEI VER OS PREÇOS NA RIACHUELO E VI AS SACOLAS SENDO DISTRIBUIDAS. NA PADARIA DO CENTRO TEM SACOLAS DE PLÁSTICO.

QUE SACANAGEM É ESSA? TÃO FAZENDO A GENTE DE BOBAS, MINHA CARA PAULA.

AURORA

Anônimo disse...

FORA ALCKIMIN ! Governo desumano, inimigo de pobre, incompetente. Desrespeitou de uma só vez, diversos artigos da Constituição Federal, tem que ser decretado o seu IMPEACHMENT , violou os direitos humanos.

Clovis Petit Oliveira

Anônimo disse...

Tem um furo nessa sua charge. Não houve derramamento de sangue. - E todos, ate os moradores de lá, sabiam que não podiam estar lá. - Um abraço e sucesso, seus desenhos são muito bons. - Marcelo