Mafuá do HPA

AMIGOS DO PEITO (62)

TATIANA, ARTHUR, TIAGO, ICO, MARISA, KYN, ODIL, ROSA... GENTE COMO A GENTE
Na passagem do ano quero ressaltar aqui uma pessoa em particular, minha amiga TATIANA CALMON, que enfrentou o bicho de perto, com umas operações mal sucedidas e um período de muita reflexão nos hospitais da vida. Faz outra nesse momento e ao vê-la tão alegre no réveillon, bate a certeza de como é mesmo gostoso passar momentos agradáveis ao lado dos amigos. Vê-la empunhando um violão e cantando com o peito inflado, feito um bem te vi é algo indescritível. Também da passagem do ano revi duas pessoas, ARTHUR MONTEIRO NETO, nosso eterno advogado de plantão, consultor imediato para assuntos sociais, onde nos metemos costumeiramente em encrencas mil e ele, com sua sapiência nos mostra o melhor caminho para os desvios e atalhos. Também passou por momentos ruins, dias num hospital e por fim lhe digo: “Só assim para conseguirmos colocar todas as leituras em dia”. Ele sorrindo, confirma. TIAGO, um meninão há anos atrás, professor de História, também estava conosco na casa do Roque Ferreira e hoje morador da longínqua Cuiabá, relembrou histórias de embates onde se meteu, todos necessários e daqueles que só nós mesmos conseguimos nos enfiar e sair.

Nessa retrospectiva de dias atrás, na primeira escapulida do ano novo, ontem, 03/01, uma bericagem inesquecível no BAR AEROPORTO, do amigo ICO, que acaba sendo uma espécie de tábua da salvação de todos nossos problemas interiores, pois por detrás do seu balcão de atendimento vai tomando conhecimento de parte de nossas vidas, os momentos ruins e os bons, além de todos os outros que extravasamos numa mesa de bar. Acredito que esse tenha sido o bar onde mais pus os pés no ano que se encerrou. E lá, como sempre digo, em dia de calor, o melhor lugar de Bauru, pois arejado pelos ventos de um dos pontos mais altos da cidade e nos dias de frio, o pior, pois o vento e o frio ficam em estado inebriante e congelante. Nesse dias, vidros fechados, todos permanecem juntos, dentro do recinto interno e o mais comum é abominar a área externa.

Ontem ICO recebia dois bauruenses que saíram do Rio de Janeiro às 9h30 e quase trêmulos pela cansaço, abstinência estradeira, fizeram por ali sua primeira parada para repor cevada no organismo. Nem em casa foram, preferiram a companhia do ar arejante do lugar. Falo de MARISA BASSO, a nossa atriz dos bonecos e KYN JUNIOR, o produtor e uma espécie de faz tudo na Cia de Bonecos que mais viaja nesse país. Passaram as festas no Rio trabalhando nos novos espetáculos e ensaiando com o mais novo contratado, o carioca do bairro suburbano de Rio Comprido, o TARSO, que estará a partir de agora ocupando o espaço antes do JULINHO, que deixa o trabalho com bonecos aceitando um irrecusável convite para atuar na próxima novela das 18h da Globo, onde já grava um papel de um vendedor de balões num circo. Eu e ANA BIA adoramos a convivência com esse irrequieto casal, que passam por aqui num tiro, pois estréiam 2012 dia 13/01 em Rio Branco AC.

Quem aportou logo a seguir foi um casal recém chegados de Manaus AM, onde por lá permaneceram por sete meses. Seu ODIL e dona ROSA, que muito sucesso fizeram por aqui no BAR DA ROSA, tentaram ficar longe dos seus, mas não agüentaram e já estão cheios de planos para o ano novo, todos envolvendo algo tendo como pano de fundo o comércio de cevada. Dia 28/12 marcaram com amigos uma passada pelo antigo bar, hoje com novo dono e promoveram algo indescritível por lá, ou seja, conseguiram reunir freqüentadores que há anos não mais iam lá. Vê-los contar dos detalhes da festança e da alegria em que se encontram, tudo isso me faz pensar que a vida continua mais bela que nunca e buscando a convivência com pessoas dessa estirpe é que também encontro forças para continuar tocando meu barco, remando contra essa forte correnteza contrária. É de gente assim que gosto de escrever. Eles preenchem minha vida.
OBS.: O chapéu na primeira foto, a da Tatiana e na minha cabeça na última foi um maravilhoso presente que ganhei de uma ausente pessoa, o DÉCIO, do ex-Alternativa Bar, marido da Rose Barrenha, que de Marília, adoentado e tentando se recuperar, me envia e não tiro mais da cabeça. Encobrirá a partir de agora meu prejudicado telhado.