INTERVENÇÕES SUPER-HERÓI BAURUENSE (30)
"MOÇÕES DE APLAUSO" PARA TIPOS POPULARES AO INVÉS DE SÓ PARA PASTORES
Hoje é um dia emblemático dentro do ano, que pelo visto começa a partir dessa data para os nossos nobres vereadores (Ufa!, pois ocorre antes do Carnaval). Ano passado, uma das ocorrências repetidas quase que semanalmente na Casa de Leis bauruense foi a entrega de MOÇÕES DE APLAUSO para pastores evangélicos, todos com ligação umbilical com o que pensa e age o atual presidente, Roberval Pinto Sakai. Fez da Câmara uma extensão de sua atividade pastorial. Isso causou transtornos, mal entendidos, fuxicos e muito descontentamento. Afinal, por que só pastores seriam os merecedores dessa honraria...
Guardião, o super-herói bauruense, um que não dorme no ponto, pensando e agindo rapidamente, propõe algo novo para o início do ano legislativo. Algo bem simples e que irá trazer uma repercussão imediata junto à Bauru. Ao invés da repetição dessas Moções somente para pastores, afinal, acredita-se que todos já foram agraciados, a Câmara de forma edificante poderia homenagear as pessoas mais simples, as "carregadores de piano", que são muitas e na maioria das vezes esquecidas e até menosprezadas. Imaginem a cada semana (ou até com um espaçamento maior), uma homenagem renovada, uma MOÇÃO DE APLAUSO PARA OS QUE REALMENTE DIGNIFICAM BAURU.
Na idéia inicial, duas pessoas das mais dignas, dessas que trabalham muito, são vistas pela cidade inteira e dão seu quinhão de contribuição para Bauru ser o que é. Falamos de DONA HILDA DE SOUZA, a famosa catadora de papéis do centro da cidade. Essa senhora, com seu carrinho de mão ajuda de forma substancial a limpar o centro de nossa cidade, teve sua residência incendiada recentemente, sustenta toda sua família com o que arrebanha na porta dos estabelecimentos comerciais, está sempre a sorrir e com os seus mais de 60 ano, se mostra alguém a merecer uma honraria e o reconhecimento dessa cidade. O segundo nome é INÊS FANECO, uma pessoa cujo nome está entrelaçado com a história da vila Falcão e ficou famosa por circular nos mais variados eventos com o seu tradicional carrinho de pipoca, numa disposição de fazer inveja a muito sabichão da cidade. Inês, assim como Hilda, personificam o trabalhador que carrega seu instrumento de trabalho com a força do próprio punho. Com essas poderia ser dado o pontapé inicial para um projeto grandioso, o de valorizar essas pessoas a circular por nossas ruas. Depois delas, muitas outras e as sugestões ficam em aberto, pois nomes é o que não faltam.
OBS.: Guardião é uma criação do artista Gonçalez (http://www.desenhogoncalez.blogspot.com/), com pitacos desse mafuento escrevinhador.
segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
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12 comentários:
Caro Henrique - Bom dia e parabens.
Quando vereador eu apresentava moções de apelo ou de repúdio, sempre reivindicando algo ou criticando ou discordando de alguma medida.
Título de cidadania nunca apresentei embora sempre tenha votado (favorável ou contra à honraria) e sempre comparecia às sessões de homenagem uma vez aprovado.
Nomes de rua apresentei, em dez anos de mandato, três propostas.
A nomeação do Núcleo Habitacional "Mary Dota" também foi de minha autoria e sobre essa homenagem conversaremos um dia. Saudações socialistas - Isaias
KKkkkkk vc é fantastico meu amigo bjs brigadão só preciso de vcs e da compreenção das pessoas para que eu possa trabalhar ´Maria Ines Faneco
Henrique, essa foi a idéia que o Roque te falou quando comemos aquele lanche no papa tutti, depois do teatro... desta forma não ha necessidade dele comprar ou abraçar uma idéia que ele te disse....
Meu caro amigo Henrique. As moções de aplauso, títulos de cidadão ou cidadã, são honrarias importantes, mas foram banalizadas ao longo do tempo. São instrumentos utilizados (existem as exceções) para se fazer populismo tipicamente eleitoreiro.
Observando isto, discutimos no Conselho de nosso Mandato uma possibilidade de mudar esta prática, procurando com este instrumento de homenagem, abrir um processo de reflexão sobre muitas atividades e quem as desenvolvem, e que praticamente são invisíveis no dia a dia da cidade.
São pessoa comuns, que atuam e laboram nas mais diversas áreas, e que de fato e de forma coletiva podem ser classificadas “como as forças vivas” que enchem a cidade de vida. Conversando com você, com Duka, o Prof. Rubens, a Tatiana, comendo um lanche depois de assistirmos uma peça da mostra de teatro do Paulo Neves, lhe falei sobre esta nossa idéia e posição.
A Faneco é uma pessoa por quem tenho muito carinho, e ela representa muito bem umas boas centenas de homens e mulheres que integram esta categoria denominada de trabalhadores informais, e com os quais nos relacionamos todos os dias. Nossa proposta também ajudará a dar visibilidade às pessoas, aos seus dilemas e suas necessidades. Então comecemos pela Faneco. Abraços.
Roque
Roque e Tatiana
Isso mesmo, ouvi isso de ti, mas uma coisa sou eu e outra o Guardião. Acredito que ele não quer ter a primazia de nada e que tudo ficará em um lugar de merecido destaque com o teu mandato colocando em execução isso tudo. Na semana passada num comentário aqui mesmo no post do Guardião, alguém sugeria essa mesma idéia e daí tudo embolou em minha cabeça e saiu o texto ora publicado. Quando li agora o que escreveu aqui sobre a banalização da utilização dessas moções na Câmara, confirmou que aquilo que me falaste lá comendo lanche é mesmo uma ótima idéia. A Faneco é mesmo uma ótims idéia para ser a primeira, mas pense também na fortaleza que é essa retinta senhora, a dona Hilda.
Um abracito de um que nessa semana está um tanto longe de Bauru - Henrique
"Aqui, a queridíssima Maria Ines Faneco com seu brilho de poderosa! amo, amo, amo! Henrique Perazzi de Aquino, vc é fantástico!!!"
CLÁUDIA PINTO
amigos novos e antigos:
Estou fora de Bauru nessa semana e só agora a noite, 23h15 leio no facebook isso:
Tatiana escreveu: "muito legal, so que na verdade o Roque comentou com o Henrique Perazzi de Aquino a intenção das moções para os trabalhadores.... você é uma merecedora. Da forma como foi postado parece que o pai da criança tera que adota-la."
Acredito que já solucionei isso em outro comentário meu aqui nesse post. A idéia foi do Roque, ótima por sinal, encampada por mim, pelo Guardião, por um outro leitor num comentário semana passada por aqui e tenham certeza, pela maioria das pessoas sensatas da cidade. Não existe isso nas postagens do Guardião de que o "pai da criança terá que adotá-la" e muito menos nas ações do vereador Roque. Foi mais ou menos nesse sentido: se a idéia estava sendo formatada, agora está lançada publicamente.
Não credito o que fiz a plágio e tudo está solucionado (pelo menos para mim). Já sofri e continuo sofrendo padecimentos iguais, de menor ou maior monta aqui mesmo na internet. Lembro de uma, quando da morte do Rebuá e muito rapidamente vi fotos dele postadas na internet, com algo assim: "achei na internet". Eram minhas e isso ocorre sempre, mas é sempre necessário citar as fontes. Estar atentos a isso é sempre vital no que fazemos.
Disso tudo, a confirmação de que a idéia é mesmo boa e a de que Roque a coloque em prática. O salutar é bom com a divulgação tudo pode ser colocado em prática antes do prazo que Roque pensava em fazê-lo. Guardião é assim mesmo, ele contribui para agilizar as boas ações.
Um abracito
Henrique
Henrique e Roque
Não quero nem saber de quem é a idéia, o super herói a incorporou e acredito que colocar em prática será algo com a cara de vocês todos, a nossa. Tudo para ir mostrando o quanto é ridículo essas atitudes dos pastores em só homenagear os seus, como se não existisse mais ninguém.
Tô com voces e não abro.
Daniel
Caro Henrique - Parabens pelo texto, reitero.
Hoje lembrei-me de alguns tipos populares de Bauru que nunca foram homenageados e em seu tempo "fizeram história" em nossa cidade. Você talvez se lembre deles:
Dito Calango- um negro que perambulava, descalço e de paletó, pelas ruas das Vilas Falcão e Bela, batendo com os dedos no peito e cantarolando para as meninas e moças: "Quero casar com você". Era inofensivo mas a criançada tinha medo dele quando se aproximava. Tinha as pernas tortas, vergadas para dentro, daí o seu apelido pois ao caminhar ia calangueando...
Maria Papeleira - uma senhora já idosa e robusta, morena, que perambulava pelas ruas do centro, especialmente pela Batista de Carvalho recolhendo caixas de papelão e papel. Foi a primeira catadora de papel de que se tem notícia. Quando vereador tive vontade de homenageá-la mas faltou coragem para enfrentar os companheiros. Os moradores mais antigos se lembram dela que desapa receu misteriosamente.
Existe um livro de autoria do sr Corrreia das Neves que escreveu sobre 'OS TIPOS POPULARES DE BAURU", que estou tentando encontrá-lo para você conhecer.
Existiram outros tipos populares que bem mereciam um registro histórico e sobre isso gostaria de conversar com você quando for oportuno.
Ei-los: BENTINHO, ZÉ MULAMBO, BISCOITO, e tantos outros.
ISAIAS DAIBEM
Acho a id'ea sublime, espero que as pessoas competentes para aprovar a idea o facam(desculpe a falta de acentos pois meu leptop tem de ser configurado, e japones)
Caro Henrique, prezado Roque, claro que a idéia é bacaninha, mas sei lá..., deveria ser bacana de verdade. O saudoso Nelson Cavaquinho(que Deus o tenha)já cantava com a maior propriedade:
-Sei que amanhã
Quando eu morrer
Os meus amigos vão dizer
Que eu tinha um bom coração
Alguns até hão de chorar
E querer me homenagear
Fazendo de ouro um violão
Mas depois que o tempo passar
Sei que ninguém vai se lembrar
Que eu fui embora
Por isso é que eu penso assim
Se alguém quiser fazer por mim
Que faça agora.
Me dê as flores em vida
O carinho, a mão amiga,
Para aliviar meus ais.
Depois que eu me chamar saudade
Não preciso de vaidade
Quero preces e nada mais.-
Em sendo assim, acho que essas "moções" são vaidades, pra não dizer bobagem.
Quem realmente é merecedor(a),- e estas pessoas que no texto foram citadas o são -, esta mt acima disso. De que serve uma moção? Ah! é um reconhecimento da cidade, da sociedade, um momento de reflexão e coisa e tal, tá, mas e daí, paga conta? A moção (flores) o reconhecimento (carinho) e um prêmio em dinheiro (a mão amiga cantada por Nelson) seria ai sim mt interessante. Mas uma graninha legal, nada aviltante. Tipo um mini premio Nobel (já pensou? 10, 20, 30,50 mil...), que aliviasse os ais destes tantos que como nós brigam com a vida. Se não, é como a Faneco muito bem disse: "-só preciso de vcs e da compreenção das pessoas para que eu possa trabalhar". Foi grande a Faneco. Perceberam a diferença de mentalidade da moça?
De outra foma, caro Henrique, prezado Roque, "deixem que os mortos continuem enterrando seus mortos".
aplausos para ArabeAlli!!aí sim!!Marisa F
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