terça-feira, 2 de julho de 2013

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (32)


O DOMINGO E A SEGUNDA REENCONTRANDO PESSOAS E RETOMANDO CONVERSAS SEMPRE INACABADAS
Segunda chuvosa, ainda reflito sobre o ocorrido ontem e a vitória brasileira da seleção de futebol. No calor da vitória escrevi: “BELO JOGO - Ganhou o melhor e de lavada. A narração do Luciano do Valle, na TV Band foi muito boa, sem ufanismos. Gostei e será com eles que irei vendo meus joguinhos pela TV (só possuo TV aberta). Davi Luiz muito bom, Marcelo idem, Fred bom e até o Júlio Cesar, esse surpreendente. Fazia tempo que não via o Brasil crescer tanto durante um torneio. Dia de muita sorte, tudo dava certo, só podia dar Brasil. Uma bela partida de futebol, como não se via faz tempo o Brasil jogar. Até começar a Copa das Confederações o time estava desencontrado. Agora vou à cerveja com amigos e amanhã retorno á realidade da vida. Feliz também pelo que vislumbro com o time de minha aldeia, o Noroeste, que renasce das cinzas e promete. E irei junto, como sempre”.

Sai com amigos e também escrevi logo cedo: “O Brasil ganhou ontem de 3x0 da Espanha e sagrou-se campeão da Copa das Confederações. No final do jogo, por volta das 21h, não queria participar de festa alguma nas ruas, mas sim, sentar prazerosamente na mesa de um bar e curtir momentos de relaxamento ao lado de gente que gosto. Mas onde? Onde não encontrar um fuzuê danado com aquele som ligado em altos decibéis? Nem subi para os lados da Getúlio (toctoctoc), rodando para o lado oposto e observando quase tudo fechado, cidade às escuras, eis que surge um reduto de resistência dentro desse cenário". O General Bar, do amigo Wagnão, na Monsenhor quadra de cima do Nipo. Lá, por uma dessas felizes coincidências da vida nos deparamos com um grupo de músicos tocando a tarde toda e num tipo de ensaio, trocando figurinhas. Deu de tudo, Lupicínio Rodrigues, Nelson Gonçalves, Dolores Duran, Paulinho da Viola, Cartola, Miltinho, foi de prender a respiração e só soltar o ar quando pararam de tocar. Não se falou de futebol, não se falou de política, ouvi música e da boa. Ali, com toda certeza, o melhor lugar da cidade naquele momento para curtir uma ressaca futebolística. Um achado, algo inimaginável em Bauru numa noite de domingo.

Hoje saio com Fausto Bergocce (ele lança um livro amanhã no Templo Bar) pelas ruas e em cada parada, um enrosco. Eu vivo me enroscando por onde circulo, paro e vou confabulando, trocando ideias, figurinhas, assunto daqui, dali e vejo como ainda sou considerado por alguns. Na rua Primeiro de Agosto revejo meu advogado, dr Hermann Schroeder e rimos da história da placa lá no seu escritório, com dizeres de não atender clientes de Bariri, logo a seguir quem surge é Elias Brandão e esse me conta uma longa história de que o prefeito Rodrigo não mora mais em Bauru. Ouço tudo, assimilo algumas coisas, descarto outras e toco em frente. Na oficina do seu Adelino Silvestre, ali atrás de onde é hoje o novo comando da PM, todos rimos muito do nome do remédio a nos curar dessa tal de diabetes, um tal de “pau tenente”. Vou ver um probleminha no carro e fico a confabular por mais de uma hora sobre conversas outras. Ele interrompe o que faz e eu estendo o meu horário. Levo Fausto no Jornal da Cidade para dar uma entrevista e lá na chegada reencontro Laranjeira, um dos únicos torcedores da Portuguesa que conheço e sei torcer só por esse time. Na saída mais duas pessoas, na primeira Jaime Prado nos conta detalhes do conserto dos relógios do Lauro de Souza Lima e da Santa Terezinha e de dois convites internacionais para fazer o mesmo pela América Latina, um na Colômbia e outro no Uruguai. Na cozinha do jornal, reencontro o professor de História Carlos Melro, que morando ali perto, descubro vai até ali todo dia só para filar um cafezinho no meio da tarde. Foram mais meia horinha de papo, histórias revividas e algo que faz muito bem a todos nós, troca de calor humano. Dali, com as horas mais do que avançadas no dia e o tempo esvaindo-se ao vento, resolvo não parar em nenhum outro lugar. Deixo Fausto na praça, começo do Calçadão e volto para o mafuá, reiniciando afazeres do meu ganha pão.

É assim que toco meus dias. Saio pela aí à noite em busca de algo agradável e nas saídas durante o dia, uma infinidade de trombadas e papos longos, prolongados ao sabor das conversas iniciadas e nunca terminadas. Vivo assim, juntando essas histórias e tentando compor a minha. Hoje ainda saio, Fausto quer que lhe indique uma pizzaria e junto de Ana devemos aportar na Vila Rica, talvez o último dos estabelecimentos resistentes e abertos no centro da cidade após as 20 hs. Lá sempre reencontro mais alguns e do previsto de deglutir tudo em uns 40 minutos, podem triplicar isso, pois tendo gente disposta a conversar, assunto não me faltará. E lá vou eu.

Um comentário:

Anônimo disse...

A esposa do Wagner, a esposa Cássia é uma simpatia ... muito educada , elegante e sempre com um sorriso no rosto. Ser comerciante realmente não é pra qualquer um, muitos aqui da nossa terrinha, deveriam fazer um estágio com ela. Parabéns ao casal.
Cida Conca