domingo, 7 de julho de 2013

OS QUE SOBRARAM e OS QUE FAZEM FALTA (48)


ALGUNS PERSONAGENS DAS ÚLTIMAS HORAS EM MAFUENTOS RELATOS
01 - UMA DAS DORES DA BOLIVIANA VERONICA É POR BRYAN - Na Bolívia o bicho sempre pegou mais do que aqui. Um dos países mais pobres da América Latina, muito de sua mão de obra se esvai por outros países. É o sonho de conseguir juntar um algo mais pela aí. Nesses dias duas tragédias envolvendo esse país. Na primeira um menino é cruelmente assassinado em Sampa, quando assaltantes o matam diante dos pais, pelo motivo de estar gritando enquanto levavam o dinheiro que seus pais tinham guardado em casa. Bolivianos em situação irregular não possuem conta em bancos, guardam o que amealham debaixo do colchão. A destroçada família do garoto, mesmo sabendo de todas as dificuldades de um retorno ao seu país de mãos abanado o fizeram. A dor seria insuportável continuando a vida que levavam. Os ilegais estão aí, os subempregos idem, a crueldade de empresários que mantém isso é a insanidade de quem valoriza antes de tudo o vil metal e não dá valor nenhum ao ser humano. O dinheiro sempre num pedestal. O menino Brayan Yanarico Capcha ficou pelo caminho e cabisbaixos, resignados e dolorosos, seus pais adentram a Bolívia e a mãe, a costureira Veronica Capcha Mamani, 24 anos, nem sabe o que será de sua vida daqui pela frente. Humilhada, mal chega ao seu país e vê seu presidente, o índio Evo Morales também sofrer uma grave humilhação, a dele de outro tipo de poderoso, um que quer tomar conta do mundo ao seu modo e jeito e demonstra em repetitivos atos ser tão boçal quanto a mão do assassino que fulminou o menino indefeso. 

02 - GLENN GREENWALD, JORNALISTA DOS EUA DIANTE DE PROVÁVEL PROBLEMA DIPLOMÁTICO ENTRE SEU PAÍS E O BRASIL - Que os Estados Unidos gostam de dar uma de donos do mundo isso é do conhecimento até das pedras do reino mineral. Que espionam o mundo todo via seus meios internéticos idem e que ao primeiro sinal de que alguém se atreva a fazer o mesmo com eles, denunciando o que fazem, daí tem início a uma perseguição atroz, só findada com o extermínio de quem tomou tal iniciativa. Os exemplos de quem tentaram e foram mal sucedidos estão espalhados pela aí. O último desses, um ex-agente da CIA, arrependido e com crise de consciência, escancarou ao mundo mais uma das atrocidades do país comandado por Obama e hoje padece num hotel no aeroporto de Moscou, aguardando um meio de ser repatriado por algum país corajoso em abriga-lo. Na execução do seu meio de perseguição e atrocidades, estão voltando ao tempos do macarthismo, quando jornalistas por simples esboços libertários foram perseguidos e o mais novo deles, faltando um fiozinho de nada para ter sua vida transformada numa caçada ao estilo da de um gato ao rato é GLENN GREENWALD, analista político norte-americano. Foi ele quem deu vasão à denúncia feita pelo hoje foragido nº 1 do planeta, Snowden e que, por uma dessas coincidências da vida mora no Brasil, mais precisamente numa viela dentro da Floresta da Tijuca. Veio aqui por acaso, pelo fato dos EUA não dar cidadania para companheiros homossexuais de outros países. Ficou por aqui e hoje é aconselhado a não voltar para sua terra de jeito nenhum. Dilma acabou não dando asilo para Snowden, mas terá que enfrentar muito em breve um pedido dos EUA para extraditar Glenn, pelo simples fasto de ter publicado algo verdadeiro contra crimes do governo dos EUA. Quando isso acontecer, Dilma terá que demonstrar de que lado está e não abaixar a cabeça como o fizeram governantes europeus, uns que impediram Evo, o presidente boliviano de sobrevoar o espaço aéreo dos seus países. Glenn já prevê o imbróglio para os próximos dias e o mundo livre apostando que Dilma não se vergue diante do hoje perigoso Obama. Ele será entregue aos algozes ou continuará livre a escrever contra atrocidades cometidas por seu país ao resto do mundo?


03 - MÉDICO DAVID CAPISTRANO FAZ MUITA FALTA PARA CHACOALHAR SUA CATEGORIA - Vi os médicos nas ruas essa semana e num posicionamento dos mais preocupantes. Todos bem vestidinhos e contra a vinda de médicos estrangeiros, principalmente cubanos para atender nas áreas onde eles se recusam a atuar. Não vão e tentam impedir quem o queira de fazê-lo. Hoje é o dia mais propício para lembrar-se de um médico como poucos, um que aqui passou (como meteoro) e fez história. Fez por onde passou. Reviver algo de uma edificante pessoa e fazer uma comparação com os que atuam hoje é algo para entristecer, mas necessário. Que o exemplo vindo lá de trás possa tocar fundo nos que hoje regateiam de atuar como deveriam fazê-lo. 65 anos atrás, exatamente em 07/07/1948 nascia DAVID CAPISTRANO DA COSTA FILHO. Morreu jovem, em dezembro de 2001, mas deixou um legado de vida exemplar. Médico com um currículo desses de endoidecer os atuais, que elitizados se recusam a atender os rincões do país e tentam impedir que os estrangeiros o façam, nada melhor do que reviver a trajetória de David nesse momento. Seus pais foram militantes revolucionários e ele seguiu os passos de ambos, não se furtando a ir para o confronto todas as vezes que alguma situação embaraçosa se apresentasse. Não fugia do pau. O próprio PT, do qual era filiado recebia suas alfinetadas: “O PT é composto por soldados vietnamitas, sargentos norte-americanos e generais paraguaios”. Foi Secretário de Saúde em Santos, depois aportou em Bauru, convidado por Tuga Angerami e aqui exerceu a mesma função, algo inesquecível para a legião dos que tiveram o prazer de sua convivência. Um ser inquieto e inquietante. Hoje a Unidade de Saúde do Trabalhador na cidade, ali na Nações leva seu nome. Quando saiu daqui ainda deu tempo de ser prefeito de Santos, quando balançou as estruturas e fez renascer na cidade a esperança pelo trato digno aos menos favorecidos. David além de tudo não tinha medo de se intitular comunista. Aqui pela cidade, reduto conhecido da esquerda, também enfrentou alguns acomodados, desistindo da luta e colocou rodinhas nos pés de todos. Fez isso por onde passou, esse talvez seu maior legado, o de fazer com que todos ao seu redor não se aquietassem, continuando a luta, pois ela nunca foi vencida. Hoje, com essa classe médica atual claudicante e elitista, sinto a falta de alguém como David para o chacoalho mais do que necessário. 

5 comentários:

Anônimo disse...

HENRIQUE

Confira isso:

https://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=CD90LsSJKAA#at=43

"Modelo de Atenção e Gestão em Saúde" - David Capistrano Filho

Esta palestra foi proferida pelo Dr. David Capistrano da Conquista Filho - militante da causa pública e um dos idealizadores do Sistema Único de Saúde no VI Congresso Brasileiro de Saúde

Mara Rocha

Anônimo disse...

SE TÍVESSEMOS 10 MÉDICO IGUAIS A ESSE EM BAURU. NÃO ESTAARIAMOS COMO ESTAMOS AGORA. SAUDADE DO DR. DAVI.

GILBERTO TRUIJO

Anônimo disse...

Concordo com você em relação ao Davi e posso te dizer que Barradas também foi um grande exemplo..Cássio Cardoso de Mello - o Cururu

Anônimo disse...

Henrique

Os donos do mundo são os donos do mundo, uai! Voce teve alguma surpresa... Eu nenhuma. Já sabia que faziam isso desde que me conheço por gente.

O mais incrível e hilário é que espezinham o mundo todo, vigiam e bisbilhotam todos indiscriminadamente e quando tanta-se fazer uma coisinha insignificante contra eles, o estardalhaço é imenso. Daí vemos o quanto nossa imprensa está a serviço deles, pois reproduzem tudo, inclusive o estardalhaço que eles promovem quando alguém fal o tiquinho contra eles.

Gente assim no comando do mundo é um perigo, mas por um outro lado, algo como o chinês ou o islamismo poderia ser imensamente pior. Estamos é num mato e sem cachorro. Se correr o bicho pega e se ficar o bicho engole.

Me diga aí, nosso sabichão sempre de plantão, que caminho devemos tomar, cutucar, aquietar, botar a boca no mundo ou fingir que não é com a gente...

de sua leitora

Aurora

Anônimo disse...

Empresa do espião Snowden foi consultora-mor do governo FHC

No governo de Fernando Henrique Cardoso, a Booz-Allen, na qual trabalhava o espião Edward Snowden, foi responsável por consultorias estratégicas contratadas pela esfera federal. Incluem-se aí o "Brasil em Ação" (primeiro governo FHC) e o "Avança Brasil" (segundo governo FHC), entre outras, como as dos programas de privatização (saneamento foi uma delas) e a da reestruturação do sistema financeiro nacional.

Da Redação
A rápida reação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso às denúncias de que os EUA mantiveram uma base de espionagem no país, durante o seu governo, suscita interrogações e recomenda providências.

Dificilmente elas serão contempladas sem uma decisão soberana do Legislativo brasileiro, para instalação de uma CPI que vasculhe o socavão de sigilo e dissimulação no qual o assunto pode morrer.

Entre as inúmeras qualidades do ex-presidente, uma não é o amor à soberania nacional.

Avulta, assim, a marca defensiva da nota emitida por ele no Facebook, dia 8, horas depois de o jornal "O Globo" ter divulgado que, pelo menos até 2002, Brasília sediou uma das estações de espionagem nas quais funcionários da NSA e agentes da CIA trabalharam em conjunto.

‘Nunca soube de espionagem da CIA em meu governo, mesmo porque só poderia saber se ela fosse feita com o conhecimento do próprio governo, o que não foi o caso. De outro modo, se atividades deste tipo existiram, foram feitas, como em toda espionagem, à margem da lei. Cabe ao governo brasileiro, apurada a denúncia, protestar formalmente pela invasão de soberania e impedir que a violação de direitos ocorra...”, defendeu-se Fernando Henrique.

Durante a privatização do sistema Telebrás, grampos no BNDES flagraram conversas de Luiz Carlos Mendonça de Barros, então ministro das Comunicações, e André Lara Resende, então presidente do BNDES, articulando o apoio da Previ para beneficiar o consórcio do banco Opportunity – que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo de Mendonça de Barros e de Lara Resende.

O próprio FHC foi gravado , autorizando o uso de seu nome para pressionar o fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil.

O Congresso não pode tergiversar diante do incontornável: uma base de espionagem da CIA operou em território brasileiro pelo menos até 2002.

A sociedade tem direito de saber o que ela monitorou e com que objetivos.

Há outras perguntas de vivo interesse nacional que reclamam uma resposta.

O pool de espionagem apenas coletou dados no país ou se desdobrou em processar, manipular e distribuir informações, reais ou falsas, cuja divulgação obedecia a interesses que não os da soberania nacional?

Fez o que fez de forma totalmente clandestina e ilegal? Ou teve o apoio interno de braços privados ou oficiais, ou mesmo de autoridades avulsas?

Quem, a não ser uma Comissão Parlamentar, teria acesso e autoridade para responder a essas indagações de evidente relevância política nos dias que correm?

Toda a mídia progressista deveria contribuir para as investigações dessa natureza, de interesse suprapartidário, com a qual o Congresso daria uma satisfação ao país depois da lenta e hesitante reação inicial do Planalto e do Itamaraty, cobrada até por FHC.

Como se vê, as revelações de Snowden, ao contrário do que sugere a nota de FHC, definitivamente, não deveriam soar como algo inusitado aos círculos do poder, em Brasília. Se assim são tratadas, há razões adicionais para suspeitar que um imenso pano quente será providenciado para evitar que as sombras fiquem expostas à luz.

A questão, repita-se, não se esgota em manifestar a indignação nacional pelo que Snowden denunciou.

O que verdadeiramente não se pode mais adiar é a investigação pública do que foi espionado, com que finalidade e a mando de quem.

Isso quem faz é uma Comissão Parlamentar de Inquérito.