terça-feira, 4 de março de 2014

DICAS (118)


UM RASGADO ELOGIO E UMA CONTUNDENTE CRÍTICA AO QUE VI E OUVI NO SAMBÓDROMO
Estive no Sambódromo de Bauru nos dois dias de desfiles. Vi quase tudo, adentrando a pista em dois momentos, no primeiro para sair num bloco, o Pé de Varsa, no segundo numa escola, a Coroa Imperial do Geisel. O fiz exclusivamente por um único motivo, festar, independente da agremiação. Poderia fazê-lo em muitas outras, sem nenhum problema. Não me cobrem pelas escolhas. Ambas muito me contentaram. No mais, olhei muito, fotografei demais da conta, conversei um bocado e anotei outro tanto. De todas as observações dois momentos distintos. No primeiro um RASGADO ELOGIO. Gostei da organização, falo da retaguarda. Um aprimoramento sendo conquistado ano após ano. E não poderia ser de forma diferente. Se com o passar dos anos algo de muito bom não fosse construído, seria mesmo o caos e o melhor seria mesmo parar. Vejo Elson e os seus buscando nos detalhes os acertos. Isso me deu um contentamento muito grande. Quase não ouvi críticas, isso tanto na avenida do samba, como na montagem e escolha dos locais do Carnaval nos bairros.

Como escrevi lá em cima, dois momentos distintos. No segundo faço uma CONTUNDENTE CRÍTICA (ao meu modo e jeito). Posso ser passado como um chato, impertinente, indevido, porém quero deixar registrado o meu DESAGRAVO a algo que vi sendo repetido em também dois momentos no cenário do Carnaval bancado pelo poder público municipal bauruense. Não sou tão purista assim, mas não gosto de ver misturados alhos com bugalhos. Na festa bauruense isso ocorreu e cito onde. Na festa popular domingo à noite lá junto do CAIC da Nova Esperança uma banda grandiosa, a Tropical e em pleno Carnaval, após tocarem muitas marchinhas, a banda (sem que ninguém houvesse pedido isso, pois estava no meio da plateia), começam assim de uma hora para outra tocar uma mescla de merdalhada musical de dar gosto, ou melhor, muito desgosto. No Sambódromo, em quase todos os intervalos entre uma escola ou bloco descendo a avenida um imenso vazio e esse preenchido pela fala de um locutor e música gravada. Nesses momentos, pouco Carnaval e muito da mesma merdalhada musical de dar gosto, ou melhor, desgosto. Pior que tudo, nada a ver com intuito da festa, o Carnaval.

Explico os meus motivos para o desagravo. Carnaval é Carnaval. Isso só bastaria para só tocarem músicas relacionadas ao tema. Outros temas possuem espaço no restante do ano. Nos casos citados, tanto a banda (nada contra ela, Denise Amaral uma de suas cantoras, credito ser a melhor de Bauru), como o som acionado pela empresa ganhadora da licitação no Sambódromo, acredito tiveram a liberdade de tocarem o que acharam melhor, ao seu estilo e gosto. Se for assim, errou a banda e o cara do som lá no Sambódromo. Se não foi, errou a Prefeitura (no caso, a Cultura Municipal) definir o que queriam ver tocando no evento pago por eles. Alguns podem dizer que isso é mero detalhe, não importante. Ledo engano. Meu ponto de vista é esse: reclamamos muito que só ouvimos música de péssimo gosto nas rádios, TVs, etc. Daí quando o poder público tem a oportunidade de contratar algo, deveria no mínimo primar pelo bom gosto e ser criteriosa no que compra e no que oferece à população. Não pode eles errarem e serem um dos incentivadores para que a população continue consumindo algo de gosto mais do que duvidoso. Tenho certeza que a Tropical Band possui repertório só de Carnaval e obteria o mesmo sucesso. Detalhes que precisam ser levados em conta, sempre. 

No caso do som do Sambódromo, faltou o tato de quem contrata em exigir que só fossem difundidas músicas em cima do tema carnavalesco. Já atuei nas hostes da Cultura municipal e algo não me sai da memória. Aprendi a lição e a coloquei em prática no restante do tempo por lá. Certa vez num bairro fazíamos um show e não pensamos no que seria tocado nos intervalos. O funcionário responsável pela mesa pensou e tascou o seu gosto, horroroso por sinal e fazia isso sempre. Colocava nesses momentos o que gostava. Não havendo orientação isso vira praxe. Vejo solução tão fácil para isso. Basta querer ser diferente, propor o novo, o que a população talvez não goste de ouvir porque nunca teve a oportunidade. Basta de merda no ouvido do povo, pelo menos na merda paga pelo poder público. Para quem gosta de consumir algo duvidoso, as escolhas são múltiplas e variadas. Daí a diferença que sempre cito aqui, o SESC nisso é um primor. Por lá isso não passa desapercebido. Pelo contrário, levam em consideração de forma extremada.

Se num dos meus jornais preferidos, o diário argentino Página 12, o chargista Miguel Rep faz descarada campanha contra o uso de GRAVATAS, eu aqui faço a minha, também descarada, pelo fim do poder público continuar subsidiando música de gosto mais que duvidoso. Comecemos o resgate nesse momento, devolvendo o Carnaval ao Carnaval.

8 comentários:

Mafuá do HPA disse...

POSTE O TEXTO AQUI E NO FACEBOOK, POR LÁ, POUCO ANTES DE DORMIR OLHA O QUE JÁ HAVIA TIDO DE DEBATE:

Adriano Coelho Hernandes Bauru tá tão bem p gastarem dinheiro com isso... mas o povo vive mais de circo do q de coisas sérias ....
há 53 minutos · Curtir

Ademir Elias Me permita discordar de vc, caro Adriano. O Carnaval é a maior festa popular do Brasil e em Bauru não é diferente. A verba é "carimbada" para a Secretaria de Cultura e não poderia ser desviada para a saúde, educação, obras, ou qualquer outra.Lógico que as escolas tem que fazer a parte delas e não depender unica e exclusivamente da verba municipal...
há 38 minutos · Curtir (desfazer) · 2

Henrique Perazzi de Aquino Besteira pura isso de continuar batendo nessa tecla de que uma coisa deve ter grana e outra não. Todas devem. Vejo que para essa específica ainda é pouco, poderia ser mais, assim como deveria ser muito mais para a Saúde, Educação, Transporte, Tratamento Esgoto, Obras, etc. Mas o post aqui versa sobre outro tema.
há 31 minutos · Curtir · 1

Lazaro Carneiro Carneiro meu comentário vem da própria matéria postada pelo H.P.A. chega de usar o dinheiro publica pra jogar merda no ouvida da galera, porra não dá pra exigir algo de melhor qualidade em matéria de gosto musical? carnaval é só uma vez por ano e deve sair nos trinquis
há 28 minutos · Curtir

Ademir Elias A sua abordagem me fez lembrar a atitude do Governo Bahiano que cortou verba oficial dos grupos contratados que executavam músicas de gosto duvidoso, vulgar e com apelo sexual...
há 26 minutos · Curtir · 1

Gleison Sallas Contador eu adoro carnaval ,, pena que minhas pernas não aguente ... a verba que a prefeitura (cultura) repassa para escolas é vergonhoso Adriano Coelho Hernandes.....mas estou muito feliz que o nosso carnaval está renascendo ,, estive os dois dias no sambodramo ... e se o ano que vem minhas pernas estiver curadas quero sair em todas escolas ,,........o que me deixou triste foi o tratamento dado a uma das sambista do bloco do petrópolis ....henrique .
há 21 minutos · Curtir

Donizete Campos concordo plenamente essas marivilhosas canções já tocam o ano todo po no carnaval tem que ter somente como você citou musicas carnavalescas entre uma escola e outra de que valeu gravar os nossos cds com os sambas enredos foram feito para isso tocar para o povo já ir memorizando as musiscas p quando escola ou bloco pisar na av fc mais fácil de interagir com o publico
há 21 minutos · Curtir

CONTINUA

Mafuá do HPA disse...

CONTINUAÇÃO

Ademir Elias Caro Donizete, eu disse justamente isso ontem no Sambódromo. O pessoal deveria aproveitar todo o tempo ocioso, antes de iniciar o desfile nos intervalos das apresentações para executar os sambas das escolas e blocos
há 16 minutos · Curtir

Gleison Sallas Contador os caras colocaram sertanejo nos intervalos ,,,eu comentei isso sábado .....
há 14 minutos · Curtir

Gleison Sallas Contador e ontem tbm colocaram até a musica da pantera cor de rosa do munhos e mariano ....
há 13 minutos · Curtir

Ademir Elias É o fim da picada....além de colocar os sambas, o locutor deveria anunciar para o público de qual agremiação á a música..
há 11 minutos · Curtir

Henrique Perazzi de Aquino É disso que escrevo, Gleison, não dá mais para ficar quieto com essa mistureira desordenada.O Lázaro reafirma isso, essa festa é uma vez por ano e respeitar ela é tudo de bom. Deveriam ser criteriosos nesses detalhes, não é Ademir e Donizete?
há 9 minutos · Curtir · 1

Gleison Sallas Contador ontem tentamos puxar uma OLA ... pra da alegria e diversão nas arquibancada o animador nem competência pra animar o povo a interagir não serviu ....... não sei que é o animador , mas faltou ele nos ajudar .
há 6 minutos · Curtir

Gleison Sallas Contador vc entendeu Henrique Perazzi de Aquino.. nos intervalos ,, eu sentei no fim da passarela .... e tentamos puxar a ola ,,, faltou a voz do locutor animador ....
há 3 minutos · Curtir

Ademir Elias Com certeza Henrique, já que não podemos interferir na programação de mau gosto das emissoras de rádio, televisão e até internet, pelo menos o Poder Público poderia fazer valer aquele ditado: "Quem paga a banda, escolhe a música"...
há 3 minutos · Curtir

Henrique Perazzi de Aquino É isso e já que paga, saber indicar um bom animador, que entenda do riscado de Carnaval, no mínimo e de animação de platéia. Não precisa muito, só estar antenado, não com os rodeios da vida, mas festa popular num todo.
alguns segundos atrás · Curtir

Anônimo disse...

Henrique, depois foi postar na minha lista um texto sobre o carnaval se achar pertinente ao assunto fique a vontade para publicar.

Mas queria falar sobre esse ponto que tocou da banda. Independente do que a prefeitura pediu ou não, mostra que muitos da dita "classe artística" que tanto reclamam da péssima cultura divulgada pelo país, dão a bunda também na hora que se oferece a grana, porque se sujeitam a isso, aceitam esse tipo de coisa, ensaiam essas músicas, falta mesmo é personalidade, vergonha na cara, idealismo, a música vc sabe bem sempre foi um dos meus sonhos, mas colocar um preço nisso e passar por cima de tudo o que sempre tive de identidade é "valorizar" repertório e desvalorizar totalmente com o que somos e a única vida que temos.

Mas vou te dizer uma coisa, nada disso me surpreende vindo desse pessoal, pagou, cantou, dançou.

Camarada Insurgente Marcos

Anônimo disse...

MAIS COMENTÁRIOS DO FACEBOOK:

Lizeth Lisete Agnelli com licença... vou colocar uma informação: no último reveillon que fiz com minha banda na Nações, o Poder Público fez valer o ditado ("quem paga, escolhe"). Para fecharmos o contrato, tive que garantir que tocaríamos repertório variado, incluindo (a pedido deles) funk, sertanejo universitário e nem me lembro qual era o outro estilo, mas era algo por aí... Atendemos o máximo possível, mas, como a gente não vê muito sentido em tocar funk, montamos um CD (para o qual escolhemos os que, embora bem conhecidos e populares, não tinham baixarias) com os funks para tocar no intervalo...
há 9 horas · Curtir (desfazer) · 3

Gleison Sallas Contador no rio de janeiro alguns fukeiros dizem que o funk é o primo mais novo do samba ,, eu gostaria de saber o que o saudoso manguerista Jamelão falaria se aki ainda estivesse ... ..kkkkk
há 9 horas · Curtir

Lizeth Lisete Agnelli rsrs... é verdade... e tbm o que James Brown diria, se ouvisse o que chamam de funk por aqui...
há 9 horas · Curtir

Gleison Sallas Contador rsrsrrsrsrsrr ....
há 9 horas · Curtir

Luiz Manaia Eu também estava no sambódromo e fiquei indignado no sábado quando o DJ no intervalo das escolas colocou além das merdalhadas, musica americana!!! Isso é o cumulo do colonialismo, numa festa da cultura brasileira onde existem centenas de marchinhas, f...Ver mais
há 8 horas · Curtir (desfazer) · 4

Luiz Manaia de qualquer secretaria de cultura é esse!! Tenho certeza que se a banda Tropical continuasse na boa música iria agradar do mesmo jeito!! O Elson Reis e os seus da secretaria de cultura são uma das melhores equipes que eu já vi nessa pasta e são pessoas do bem e tenho certeza que entenderam isso como uma crítica construtiva!!
há 8 horas · Curtir (desfazer) · 4

Almir Ribeiro Não sei se existe pesquisa (ou estudo mais recente), mas, segundo um estudo do Instituto Sensus feito em 2004 em todo o Brasil, 57% dos brasileiros não gostam de Carnaval e somente 21% pretendia brincar nas ruas ou viajar para brincar no Carnaval.
há 7 horas · Curtir

Almir Ribeiro De resto, o carnaval como uma manifestação da cultura da popular (que é) precisa de pouca intervenção do poder público. Os blocos de rua, e até o Bauru Sem Tomate é Mixto tão ai para provar.
Outra coisa, que pode até ser chamada de carnaval é o desfile oficial, os sambódromos da vida. Mas são antes de tudo parte de uma industria cultural lucrativa (o do RJ e Salvador com certeza são). E outra coisa também é outra coisa são as citadas 'festas populares' com bandinhas contratadas... também pode ser chamado carnaval, mas deveria ter outro nome.
há 7 horas · Editado · Curtir

Anônimo disse...

Henrique
Li o debate travado pelo facebook após ler seu texto e vejo que se a Cultura Municipal entender isso como uma sinalização positiva, crítica construtiva, no ano que vem a coisa poderá ser bem diferente. Não só no Carnaval, mas também em todas as atividades onde ela estiver metida. Não dá para tolerar o setor público sendo reprodutor de coisa ruim. O exemplo se não vier deles estamos todos fumbecados e mal pagos.

Aurora

Henrique disse...

Com 20 curtições, transcrevo mais três comentários tirados do facebook:

Geraldo Inhesta Inhesta Pra quem é contra o carnaval acho que tem vergonha de identificar com nossa cultura de massa - todas nações valoriza seus costumes com exemplo a Argentina com seu tango - a respeito da musica se assim continuar o carnaval vai ser descaretizado por conta desta simples ato - e digo mais o carnaval deveria ser um primor pra atrair mais turista e incentivar o comercio em todos território nacional - com o mundo globalizado nossa chance é explorar o turismo com nossa cultura - procura há só falta melhorar a oferta.
Ontem às 08:09 · Curtir (desfazer) · 1

Reginaldo Tech O carnaval é do jeito que o público e o poder público fazem, independente de tradição... porque a sociedade é dinâmica. Na minha opinião, acerta o Henrique quando diz que o poder público se esquece de um "detalhe" essencial, que é o som, o animador e a escolha do repertório... Isso é relegado a um segundo plano, quando deveria ser algo importante da festa. Mas em alguns casos, o som do intervalo se restringe a um locutor que fica fazendo propaganda eleitoral, sem saber que poderia fazer algo muito melhor. A ideia seria ter um DJ, que pudesse animar mesmo a festa. Quanto ao repertório, vejo que as coisas mudam, os gostos também... e é preciso acompanhar essas mudanças. Carnaval é festa pra quem quer ir... e em Bauru cerca de 40 mil pessoas aderiram à festa, o que é um bom número. Quem não quer ir tem outras opções.
Ontem às 10:38 · Curtir

Wellington Leite luta inglória, caro Henrique. "Eles venceram e o sinal está fechado pra nós". Contente-se que os sambas-enredos não viraram, ainda, breganejo-enredo, funkpartido-alto e outras papagaiadas. Depois que a educação pública voltar a ter qualidade, talvez resgatemos alguma coisa de nossa força musical.
há 19 horas · Curtir (desfazer) · 1

Anônimo disse...

Mais um carnaval se foi, e eu particularmente já não via a hora, não tenho saco mais para ver no que se transformou tudo isso. Quem vai lá e ainda consegue se divertir, parabéns. Mas não aguento mais todo ano ver as mesmas merdas acontecendo e as pessoas fingindo que está tudo bem.

Começa pelo debate de sempre do uso de verbas públicas, olha, é muita cara de pau, uma desfaçatez, o sujeito vir falar de boca cheia de carnaval, que o poder público tem que ajudar. Poder público pode ajudar com a estrutura, o local, segurança, organização, mas dar dinheiro público para as escolas, agremiações, associações, o que for, é um absurdo, tem malandragem no meio, notas frias, aquela coisa bem jeitinho brasileiro, não fazem nada o ano todo e se aproveitam do populismo safado que políticos adoram fazer nessas horas, não tem que dar dinheiro pra ninguém, nem pra escolas, nem pra rodeios, shows, igrejas, nada, não querem viver no capitalismo?? Pois bem, que busquem os próprios recursos.

Tem aqueles defensores que dizem que a verba da pasta da cultura de todas as cidades tem verba "carimbada", tem verba na verdade para ser investido em formação cultural, isso é que deveria ser feito com a mesma "competência" que procuram fazer o carnaval não é mesmo?? Investir na base, com crianças dos bairros, nas mais diversas artes e a partir disso levar as pessoas apresentações destes com toda pompa que dão para quem não deveria, e não ser agência de eventos, mas isso não dá votos, não elege, é acabar com o pão e circo. Fora essas porcarias de Axé, funk, sertanejo universitário que enfiam no meio do samba, é pra foder tudo mesmo.

Faço essa crítica gente, para todos os centros do país, seja aqui na cidade, em São Paulo, Rio, todos, eu já fui a bailes de carnaval quando adolescente, não é questão de saudosismo, mas do sentido da coisa, os rumos que tomou a coisa. Claro que quando tem blocos de rua, totalmente organizados pelo povo, com marchinha crítica como o "Baile do Pó Royal" desse ano, podem ver os Baianas Ozadas neste link http://www.youtube.com/watch?v=FA0XyK15WZc e o Bloco Duro neste http://www.youtube.com/watch?v=4MFd6vIheTA isso ainda dá o sentido da coisa, é legal, as pessoas realmente curtem, fica algo puramente popular. Mas na sua grande maioria, a grana virou a merda, veja o bloco no Rio, o negócio hoje é ver quem tem mais integrantes, o Bola Preta, dois milhões e meio de pessoas é o maior e blá blá blá, agora pergunto: cara tá desfilando, tá se empurrando, ou tá se divertindo sambando?? Porque chega uma hora num bloco de dois milhões, não tem divertimento nenhum, cara fica se arrastando. E escola de samba, além dessa palhaçada de verba pública, pra não falar também dos bicheiros que mandam, os enredos hoje são horrorosos em sua maioria, Boni é pra ser enredo de escola de samba?? Isso é pra tirar dinheiro, de empresa ou de alguém. Ronaldo Fenômeno é pra ser enredo de escola de samba?? Então se vende o enredo, pra não falar daqueles que parecem ter sido extraídos de algum livro de auto ajuda, o samba é uma porcaria composto por quinhentos caras, não se consegue trabalhar um bom andamento de bateria com antes, distribuem para um monte de caras fazerem o samba, é Ari do Bigode, Zequinha do Cavaco, Tinoco do Pagode, Juca do Pandeiro, porra.

continua

Anônimo disse...

continuação

Você pode desfilar pela escola que você quiser, a hora que quiser, basta pagar, você não sabe o nome da escola, o enredo que é, não sabe cantar o samba, não sabe onde fica a sede da escola, nem a história da escola, então virou a casa da mãe Joana. Chega essa época, é mais um desserviço que a imprensa brasileira faz, você entra num site, num portal, atrás de uma notícia, os grandes destaques são ex Big Brothers, celebridades e atrizinhas de quinto escalão, é a ex-BBB que beijou não sei quem, a ex-BBB deu pra não sei quem, é mulher siliconada que apareceu os peitos, esse é o noticiário, você quer saber a situação na Ucrânia, na Venezuela, você não consegue nada, você sabe que o ex-BBB é fulano, quem que ele pegou não pegou, como está o camarote da Brahma, da Devassa, milhões gastos para trazer artistas de fora para o desfile, é dinheiro fácil, jogado na lata do lixo. E também em São Paulo escolas de torcidas organizadas de times, sempre dá algum enrosco nos arredores ou até mesmo lá dentro, então gente, cansei disso todo ano.

É um fingimento de alegria para as pessoas de bem que são a maioria, mas quem faz a festa mesmo, são os pelegos, os populistas malandros do poder público.

Pra fechar, aviso que amanhã estarei num pós carnaval, saindo com o bloco na rua e vou tacar na cabeça do primeiro que vier falar de carnaval de boca cheia.
camarada insurgente Marcos Paulo