DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (101)

SEXTA E O QUE ROLA PELAS REDES SOCIAIS

Rolo 1 – Em Bauru uma onça nativa do cerrado para a cidade na sua parte da tarde, tudo interrompido, quando alguém deu de cara com um espécime perdida em cima de uma árvore. O susto foi tão grande, talvez até maior que o dela. No mesmo ínterim, vejo fotos e mais fotos de uma devastada área, onde antes florescia nossa vegetação nativa e hoje floresce cercas e desmatamento, tudo gerando novos empreendimentos (sic). Com isso tudo devastado, o destino desses famélicos animais, não tendo mais espaço, muito menos alimento se veem obrigados a adentrarem as cidades em busca de saciar sua fome. A onça foi devidamente capturada e será devolvida em breve ao seu habitat natural, um que ainda exista no entorno de Bauru. De tudo o que li, uma observação curta e grossa do amigo Silvio Selva, esse sempre a postos, arguto e preciso: “falaram que havia uma onça no Parque Vitória Régia e por um minuto achei que fosse o Esso Maciel, que nada, é onça mesmo!!!”. E o Esso quando sai às ruas parcela da população não fica com a mesma impressão? Isso sem levar em conta que outro dia uma lancha ficou atravessada na Nações e hoje é uma onça. Amanhã será o que?

Rolo 2 – Ufa! Cinco médicos cubanos já aportaram em Bauru para dar início em alguns dias a um trabalho junto da Secretária Municipal de Saúde. Hospedados pela municipalidade estão verificando onde irão dar início aos trabalhos de atendimento à população. Hoje cedo, na 94FM, o sr Reinaldo Cafeo dá uma das suas: “Vamos ver como eles farão a integração com os médicos atuando no setor”. Pera lá, seu Cafeo, se os cubanos se integrarem ao padrão de atendimento do brasileiro deverão serem todos devidamente imediatamente devolvidos. Quero e torço para que ocorra justamente o contrário, ou seja, que os médicos cubanos mostrem logo de cara, além da medicina aprendida nos bancos escolares cubanos, demonstrem todo o humanismo que emana delas. Quero muito conhecê-los e o farei em breve. Que venham logo os demais completando os tais 19 ditos como requisitados.

Rolo 3 – A atriz Lucélia Santos foi vista dentro de um lotado ônibus circular na cidade do Rio de Janeiro. Devidamente fotografada e exposta nas redes sociais, além do susto de ver uma atriz dentro de um coletivo, algo mais de um jornal, quando aventou algo assim: “Estaria ela passando por dificuldades financeiras?”. A classe média brasileira pensa e age exatamente dessa forma, come frango e arrota peru. Come mal, não paga suas contas, vive pendurado com joias no prego, mas não anda de ônibus, pois isso é coisa exclusiva de pobre. Todos vivem fazendo de tudo para não serem confundidos com pobres, mesmo o sendo. Essa mesma classe média marca data para tentar botar o seu bloco nas ruas com uma Marcha da Família com Deus e pela Liberdade, contra, principalmente, comunistas, mas nadica de nada contra o deus dinheiro e o capitalismo especulativo e predatório. Essa a classe média brasileira.

Rolo 4 – Encerro com algo mais longo. Ontem o jornalista cristão Adão Nereu publicou isso: “Os filhos precisam de educação, moral, sexual, cristã.. Os pais que fazem isto, não precisam vacinar suas filhas”. Junto uma reprodução de página de jornal com esse título: “Mães religiosas boicotam vacinação de filhos contra HPV”. Leio um rosário de gente defendendo que a crença é mais importante que a saúde pública. Evangélicos principalmente não aceitam em hipótese nenhuma algo superior à interpretação feita não pela bíblia, mas pelos seus pastores. Eu, um que lê a Bíblia, mas lê também Darwin, Sartre, Nietzsche, Newton, Saramago, Galeano, gosta de interpretar tudo após mesclar tudo isso. Tudo o que é feito seguindo só uma fonte de leitura é além de discutível, sofrível e perigoso. Tem gente que enxerga o próprio capeta num simples pão cortado ao meio. A discussão comeu solta, de um lado eu e alguns poucos defendendo a ciência, do outro os que pregam que a religião está acima de tudo e de todos. Bestial desmerecer a ciência em prol de algo não fundamentado, baseado num livro escrito quase mil anos depois dos acontecimentos e sendo reescrito e interpretado ao bel prazer ao longo dos anos. Se quiserem morrer, os maiores de idade, que morram, mas não deixem seus filhos na mesma situação. O Estado, laico sempre, deveria se impor e exigir a vacinação desses, pois não possuem discernimento para tal procedimento. Leiam aqui o que rola no infrutífero debate: https://www.facebook.com/adaonereu.barbosa/posts/837025896312483?comment_id=118341051&offset=0&total_comments=79.