domingo, 1 de março de 2015
ALFINETADA (131)
RETOMANDO O VELHO E BOM SLOGAN*
*Escrevo no semanário O Alfinete, de Pirajuí há uns 15 anos. Tempos atrás eles possuiam um sugestivo slogan. Na edição dessa semana resolveram voltar a utilizá-lo. Adorei. O assunto virou o texto da semana po lá.
Não imaginam a baita felicidade que sou acometido nessa semana quando o Alex, o diretor d’O Alfinete, o hebdomadário (como o Marcelo Pavanato chamava seu semanário) de Pirajuí me diz que vai, a partir da edição chegando as bancas nesse sábado, 28/02/2015, último dia de fevereiro, voltar a usar o antigo slogan do jornal: “PICA MAS NÃO FERE”.
Nem sei dos motivos do jornal deixar de usar a boa sacada inventada lá na caraminhola do Marcelo, mas é que naquele tempo o jornal era realmente pequeno, um formato de revista ou ainda, menor que muitas delas. Era uma graça e ao lado do nome Alfinete em letras garrafais, um pontudo alfinete desenhado ao lado e o tal slogan. Muita coisa estava implícita naquela curta frase. Um jornal tão pequeno picava pouco, mas quando o fazia, dizia a que vinha. Marcou época e devo ser um dos poucos mantendo uma coleção quase completa das edições daquele período. Quando Pirajuí tiver um museu faço a doação para consulta da população (me avisem, hem!).
Uma picada é tudo o que um órgão de imprensa precisa fazer. Ele não deve ser mero balcão de negócios. Perde totalmente a função jornalística quando assim atua. Um horror ver órgãos escrevendo seus textos de acordo com os anunciantes, principalmente quando esses são órgãos públicos. Credibilidade zero. A população percebe isso, pois isso tudo fica um tanto explícito quando acontece. O velho e bom Alfinete sempre buscou sobreviver de outras formas. Sei da correria de antanho e a de hoje em busca de anunciantes. Alex é um persistente. Tira leite de pedra e o jornal continua circulando, resistindo a tudo e todos.
Intempéries à parte, volto a escrever da felicidade de ver novamente o slogan na capa do jornal. O “Pica mas não fere” é marca mais do que registrada desse jornal, algo indivisível, unha e carne, além do peso de tudo o que sempre esteve por detrás do seu simples entendimento. Já vejo gente tremendo quando se deparar com ele novamente nas paradas de sucesso. Ponto mais que positivo. Falta revitalizar aquela turma de cronistas e articulistas. Pirajuienses querendo escrever é o que não deve faltar por aí. Mãos à obra, meu caro Alex. Boa sorte e vida longa, sempre picando, ferindo de vez em quando.
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Um comentário:
Kkkkkkk. De picada em picada, vai se vivendo... Abs
Jair Aceituno
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