quarta-feira, 18 de março de 2015

BAURU POR AÍ (110)


SONHEI COM O QUE LI NO JORNAL – YOUSSEFF SENDO ABORDADO EM BAURU COM O CARRO BUFANDO DE GRANA


Eu adoro viajar com as notícias dos jornais, todas elas. Ontem mesmo fiquei a imaginar um algo mais diante do que li no Jornal da Cidade, na matéria “TOR apreende cerca de R$ 128 mil de origem suspeita ao abordar carro na rodovia SP-225” (leiam a matéria clicando a seguir:http://www.jcnet.com.br/…/tor-apreende-em-media-128-mil-de-…). O mais hilário é sempre a justificativa diante de não conseguir explicar o montante ali apreendido. “Condutor do carro alegou que faria compras em Bauru para abastecer seu comércio”, foi o jovem de 23 anos.

De imediato bateu uma lembrança de quando a Polícia Federal anos atrás deu aquela batida lá no apartamento do Darezinho e levou de uma só vez mais de R$ 1 milhão em espécie. Nem me lembro qual a justificativa dada e se é que houve justificativa. Os anos se passaram e só agora sabemos, pelos desdobramentos da Operação Lava Jato da Polícia Federal dos motivos da apreensão. Esse o elo de ligação com Furnas, a empreiteira Bauruense, o político Aécio Neves e o doleiro Alberto Yousseff. Naquela época alguma repercussão em todos os veículos de comunicação da cidade. Hoje, após o juiz Sérgio Moro estabelecer o elo de Aécio com Bauru, todos se calaram. Uma pena, pois é uma baita de uma notícia.

Cá do meu canto, fico a imaginar mais. Sonhei com isso, misturei o que li no jornal com o doleiro em Bauru e acodei suando frio várias vezes no meio da noite. Imaginei algo surreal, numa das tais mais de dez passagens de Yousseff por Bauru ele sendo abordado por uma Operação TOR e com toda grana no capô do carro tivesse que explicar a origem. O doleiro não é bobo e é claro, deve ter vindo todas as vezes por via terrestre. Muito arriscado tanta grana em aviões de carreira. A não ser ter vindo num daqueles vôos especiais só para essa finalidade. Essa hipótese é outra bem possível. Mas ontem, ao ler o jornal fiquei aqui imaginando uma provável história do Yousseff sendo abordado numa estrada aqui da região:

- Que grana é essa, meu senhor? Tem explicação para andar com tanto dinheiro num veículo. Não tem medo de ser assaltado?, pergunta o policial.


- Percebo que não sabes com quem está falando. Se soubesse estaria me cumprimentando e pedindo informações confidenciais de aplicações e investimentos. As daria de forma gratuita. Sou um investidor, trabalho com os mais graúdos da nação. Todos os negociando altas somas e buscando a multiplicação de tudo, acabam necessitando dos meus serviços. Sou uma espécie de Midas para todos esses. Estou aqui para salvaguardar e assegurar bons negócios para todos que possuem montantes excedentes. Entendeu ou quer que desenhe?, responde o doleiro.

- Já que transporta tanta grana, para te liberar preciso de ao menos um recibo, da origem e do destino. Poderia me passar isso?

- Recibo? Tá louco. Não existe isso no meio onde atuo. Tudo é na confiança. Eu confio neles e eles em mim. Honestidade de ambos os lados.

- Vou ter que fotografar tudo isso e levá-lo ao plantão policial.

- Se tá louco! Estará cutucando gente da mais alta envergadura. Se fosse você me deixaria ir embora, dá o caso por encerrado, nunca nos vimos mais gordo ou mais magro e sua vida continuará feliz. Pra que procurar problemas quando tudo pode ser resolvido amigavelmente.

E foi entrando no carro, ligando e pisando fundo no acelerador. Quando o policial se deu conta, o torpor do inusitado por estar diante de pessoa tão translúcida, já nem sabia mais ao certo se aquilo tinha sido fruto de um sonho ou se era verdade. Na verdade quem sonhou fui eu. Febril por causa da dengue ando tendo alucinações noturnas e numa delas isso aqui se prolongou e teve vários desdobramentos. Tudo por causa do que li ontem no jornal. Viajei na maionese.

2 comentários:

Anônimo disse...

Comprar bebidas e artigos de pesca. Hahahahahahahahahahahahaaahhaha caramba hahhahahaha

Leandro Vilela

Mafuá do HPA disse...

O Yousseff, dizem as más e as boas línguas, gastaria tudo na mesma coisa.

Henrique = direto do mafuá