quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

BAURU POR AÍ (134)


UM PROBLEMA DE SAÚDE – A FALTA DAS FITAS PARA MEDIÇÃO DE DIABETES NOS POSTOS DE SAÚDE
Dias atrás na 94 FM, o secretário de Saúde de Bauru, Fernando Monti dá entrevista ao jornalista Emerson Luiz e quando questionado sobre a redução da entrega de fitas que medem a glicemia de diabéticos, não assume que a redução na entrega foi uma determinação sua e sugere que pode ter sido algo feito pelos próprios funcionários para tentar resolver a questão. A seguir a matéria da 94FM: http://94fm.com.br/circular-contraria-fala-de-secretario-d…/.

Pergunta do Emerson Luiz: “Com relação ao uso das fitinhas, uma reclamação que chegou com frequência é sobre a quantidade entregue para os usuários. Falam que os funcionários estariam obrigando os munícipes para levarem o aparelho de medição, onde seriam desbloqueados e entregando uma quantidade mínima entre 30 e 60 unidades, insuficiente para uso no mês”.
O sectário, digo, Secretário...

Resposta: “É possível. É possível que, os funcionários com toda a boa vontade tenham feito o racionamento por conta própria, numa tentativa de resolver a falta do produto. Não foi uma orientação da Secretaria. Podem ter dividido esse pão no momento em que ocorreu uma menor quantidade de distribuição das fitas. É possível que isso tenha ocorrido”.

Conversei com o servidor municipal, sr Roque Teodoro de Camargo, lotado no Núcleo Saúde Centro e membro titular no Conselho Gestor de Saúde, representando o segmento dos servidores. Envolvido diretamente no atendimento aos munícipes que vem buscar as tais fitas para uso diário, ele discorda e lamenta a fala do secretário. Dá sua versão dos fatos:
Roque Teodoro foi corajoso em suas declarações.

“Nós funcionários somos o ponto mais fraco dessa questão. Recebemos ordens e temos que cumprir. O descontentamento é que a fala joga toda a culpa em nossas costas, como se não tivéssemos pedido as fitas. A falha não deve ser da Secretaria Municipal, pois ela não deve ter recebido a quantidade suficiente dos Governos Estadual e Federal. Antes nunca faltavam medicamentos em nossa unidade e hoje, com esse novo Governo Federal falta muita coisa, então a culpa deve ser deles. Nós estamos orientados a entregar no Núcleo de Saúde Centro, entre 50 e 60 unidades a cada paciente, segundo circular da Secretaria Municipal de Saúde e da chefia imediata de cada posto. Isso não contempla a necessidade dos pacientes, pois alguns fazem uso de até quatro fitas diárias. Isso é um contra senso a própria prescrição médica. Cada caixa contém 100 unidades e sempre foi entregue inteira aos pacientes, desde muito tempo, sem abrir, com o chip pertencente a cada uma. Hoje, pela quantidade que temos recebido, estamos tendo que abrir as caixas e dividir o lote entre as pessoas, daí a necessidade delas trazerem o aparelho medidor para ser chipado no momento da entrega. Quando isso não ocorre pode dar alteração na medição. Os funcionários tem se desdobrado no atendimento e se existe culpa, nenhuma é nossa. Pior de tudo são os pacientes que não fazem usos de insulina, mas tem sua diabetes descompensada e não recebem hoje nenhuma unidade, sendo que, sempre recebiam. Hoje mesmo tendo prescrição médica para utilização diária das fitas deixaram de receber. Nós temos sim muita boa vontade, só que trabalhamos sob orientação de uma Circular interna assinada pelo secretário e nenhuma entrega difere do que nos é obrigado fazer. Tenho que deixar isso bem claro para a população. Nós entendemos tudo o que está ocorrendo e estamos sensibilizados, mas nada podemos fazer além do que já fazemos. Sem fitas suficientes, não queiram botar a culpa em nós, pois não temos nenhuma culpa”.

Como faltou a versão dos funcionários, com o depoimento aqui prescrito, a verdade está sendo restabelecida.

E PARA AMENIZAR UM POUCO A COISA:

PELAS PAREDES DA UNESP BAURU...
Circulando por um dos blocos lá do campus da Unesp, colados pela paredes numa espécie de lambe lambe em tamanho mais reduzido uns cartazes mais do que significativos. Vi um, vi dois, vi três, pera lá, isso merece um registro. Saquei da maquineta e cliquei os que encontrei pela frente. Procurei mais e só encontrei cinco, todos muito significativos e com baitas mensagens. Nenhuma explicação da origem, porém a procedência deve ter sido oriunda do dia 20 de novembro e o Dia da Consciência Negra. Pode ser também uma resposta pra lá de inteligente e instigante pro racismo que algumas daquelas paredes foi objeto. Estão lá espalhados pelos mais diferentes lugares do campus, em todos carinhas conhecidas, umas mais outras menos e seguidos de um pequeno histórico da pessoa e uma frase para parar, ler, refletir e repercutir. É o que faço. Aqui estão os que achei. Existindo outros, me ajudem, fotografem e postem junto desses. Coisas desse tipo precisam extrapolar, pular os muros da universidade e marcar presença também nas esquinas dessa cidade. Leiam um a um e reflitamos sobre aquilo tudo...

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