quarta-feira, 28 de dezembro de 2016
BEIRA DE ESTRADA (72)
O QUE SEI DE LUIZ ANTÔNIO FERNANDEZ FONSECA, NOVO SECRETÁRIO MUNICIPAL DE CULTURA
Quase nada. Do pouco que sei conto aqui. Homem da USC, das hostes dos profissionais daquela Universidade. Palestrante e com mestrado/doutorado. Pouco ou quase nada conhecido nas rodas culturais da cidade. Uma pessoa culta, porém não o vejo circulando pelos meios culturais da cidade. Amanhã mesmo, poderia ser visto lá na Câmara Municipal no último ato verdadeiramente cultural da cidade quando três cantantes e encantantes estarão sendo homenageadas. Ótimo lugar para a classe artística travar conhecimento com seu novo Secretário de Cultura.
Nada posso dizer dele, pois o que sei é de sua atuação lá na USC no hoje nem sei se já extinto NUPHS, o antigo Núcleo de Documentação criado pelo memorialista Gabriel Rui Pelegrina. Anos atrás quando a USC defenestrou o professor Gabriel, questionei a universidade e o professor Luiz, na qualidade de seu Coordenador Geral de Extensão respondeu pela mesma em algo que pode ser acompanhado pelo link a seguir: http://mafuadohpa.blogspot.com.br/…/um-lugar-por-ai-23-nucl…. Foi incisivo e hoje, confesso, não sei a quantas anda o Núcleo. Sei que nos tempos quando a ex-professora daquela universidade, Márcia Nava esteve por lá, andava nos trilhos. Por fim, ela também acabou sendo defenestrada. Isso tudo foi lá pelos idos de 2012 e tenho mais isso de minha lavra sobre o mesmo assunto e publicado no meu blog, o Mafuá do HPA: http://mafuadohpa.blogspot.com.br/…/meus-textos-no-bom-dia-…. Não seria esse o momento de resgatar todo o acervo remanescente com o Pelegrina (que já manifestou esse interesse) e também o ainda com a USC para a Cultura municipal administrar?
Não discuto aqui competência, pois acredito, o professor Luiz tem de sobra. Gosto de gente orieunda da iniciativa privada, ainda mais de universidade e vindo atuar no serviço público. Podemos ter belas surpresas. Assim espero. Já tivemos de tudo no comando da Cultura Municipal. Torço e muito para que engrene, pois não me sai da lembrança exonerações e desistências. A mais dramática para mim, foi uma que até me causou processo judicial. Questionávamos na época a forma de atuação da mesma e no calor do embate, escrevi num texto que mantinha no diário Bom Dia, tratar-se de “aspone”. Esse um perigo, não o processo, mas a pessoa muito intelectualizada assumir algo dessa natureza e ficar em cima de um pedestal, olhando tudo lá de cima e dando pouca atenção para os de baixo. Não é fácil administrar a Cultura dessa forma. Os que tentaram não resistiram.
Luiz me parece ter um perfil de bom diálogo. Ótimo isso. Existem na cidade muitos agrupamentos culturais, com denominações e interesses variados. Ele irá tomar conhecimento de todos no decorrer do tempo e saberá ouvir todos, entender de suas motivações e interesses. Importante isso. Errará ao se apoiar em somente um, ou ouvir poucos. Difícil e complicado ouvir todos, ou pelo menos, quase todos. Tentar é importante. Faço votos que o faça e circule muito. Está acostumado ao uso de aparelhos culturais por uma universidade particular e agora terá sob seu domínio todo o aparato público municipal. Volto a dizer, torço muito. Temos eventos consolidados na cidade, grandiosos, outros em fase de. Temos bons agentes culturais e ótimos artistas. Não me canso de dizer ser Bauru uma cidade privilegiada no quesito Cultura, pois temos de tudo e de ótima qualidade. Poderia citar uma infinidade de nomes e de vários segmentos. O novo secretário vai trabalhar no meio e com essa gente toda.
Tomara consiga colocar em prática tudo o que traz de conhecimento e não incorra no erro de atuar como se ainda estivesse num entidade privada. Vivemos um momento onde tudo o que é público está sendo dilapidado pelos atuais mandantes estaduais e federais, em algo que denominam de “estado mínimo”. Trabalhar com tudo o que temos sem incorrer na medonhice de entregar o que nos resta para ser administrado por terceiros é algo mais que primordial. No mais, continuo no meu canto, observando e crendo ser esse o momento de uma ampla atuação coletiva da Cultura na cidade. Menos individualismo e mais pelo coletivo, para criarmos coletivamente um grande, sonhado e necessário Projeto Cultural para Bauru.
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