domingo, 4 de dezembro de 2016
UM LUGAR POR AÍ (89)
RESISTINDO A AVACALHAÇÃO DO BRASIL - TUDO COMEÇA NA FEIRA... Enquanto na Getúlio Vargas os "sem noção" faziam um protesto que nem eles entendiam direito, pois inicialmente eram a favor do Temer e hoje, se amarelam todos e voltam pras ruas gritando o que gritávamos tempos atrás, um "Fora Temer!' travado, bestializado por interesses vis e a demonstrar apoiarem algo muito pior do que somente a saída do golpista, mas uma eleição indireta vindo aí. São os mesmo que apoiam desbragadamente o juiz Sergio Moro e todos seus privilégios, até mesmo o alto salário dele e dos seus, querendo se institucionalizar acima de tudo e de todos. Esses amarelinhos de plantão estavam sempre prontos para criticarem o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o FIES e tudo o mais que pudesse beneficiar pobres e hoje, se calam, ou melhor, aplaudem tudo, até mesmo um juiz ganhar aproximadamente R$ 100 mil reais e ainda ter uma auxílio moradia, pois esse valor não é plenamente suficiente. Escancarados nessa atitudes contraditórias, ainda pedem para que participemos todos, formando uma grande união nacional. Devem pensar que somos bestas e que não sabemos o lado onde estão metidos até o pescoço.
Diante disso tudo ocorrendo lá pelos lados da Zona Sul da cidade, um grupo resolveu mostrar a cara na feira dominical. Uma formação também homogênea, porém consciente, lúcida do que quer e como quer. Todos ali são absolutamente contra o (des)Governo do golpista Temer, mas não querem sua saída e no lugar uma eleição indireta, sendo ali colocado alguém do PSDB ou mesmo do STF. As opções são claras: Ou Volta Dilma ou Eleições livres com todos podendo concorrer e Já. O lado de lá se borra de eleições gerais, pois seus candidatos são pífios e eles sabem disso, daí apostam em esmerdalhar tudo, colocando alguém lá respaldado pelo Congresso, Senado, STF e Judiciário de uma forma geral, com amplo apoio de uma mídia ao lado do que de pior temos.
Sentar na feira e ir vendo a banda passar, o povo numa manhã lusco fusco, eles todos ali, bem longe do que acontece na Getúlio é pra lá de conspiratório. Assunto não falta na mesa formada ali no Bar da Feira, um democrático espaço criado pelo Barba, o sanfoneiro dono do lugar, que democraticamente cede um lugar à sombra e domingo após domingo, ali se reúne um grupo de pessoas palatáveis, propositores da boa e necessária discussão, sem o arrivismo bestial do entreguismo sendo definido nos gabinetes atuais. Podem rir e dizer que somos poucos, que não dá nem para sacudir a poeira, mas de uma coisa tenham todos que pensam isso a certeza: ninguém ganha de nenhum de nós na boa discussão, pois os argumentos ali levantados são consistentes. Ninguém ali é entreguista, golpista e muito menos facilitador ou favorecedor de negociatas de grupelhos no poder. A conversa flui, o chopp idem, o tomate bem vermelho é comprado ali na banca do lado, servido com azeite (cedido pelo Barba) e as coxinhas, quando oferecidas (só tinham nove), foram todas galhardamente consumidas entre risadas e sarcasmo.
É assim que esse povo resiste, na cancha de luta, no exato lugar da maior concentração popular hoje de Bauru, a sua feira dominical e ali junto de outro belo espaço democrático dessa cidade, a Feira do Rolo. As horas foram passando, as conversam foram diluídas junto ao chopp gelado e todos e todas saíram dali recarregados, prontos para os próximos embates, os próximos confrontos com os bestiais sempre de plantão por esse mundo afora. Nada melhor do esses reencontros, para juntos irmos propondo ais e mais estarmos colados uns nos outros. Mesas como essa precisam ser incentivadas, exaltadas ao vento e com elas, que mais e mais pessoas saiam de suas tocas e venham conversar entre si, promover a boa conversa, sem aquelas baboseiras muito habituais hoje nas redes sociais. Se você acabou não vindo nesse domingo, vai contando nos dedos e compareça no próximo, no mesmo lugar e horário. Bauru precisa resistir à bestificação proposta por uns e não encampada por todos. Os resistentes dão seu jeito de colocarem o bloco na rua, como hoje na feira. Foi bom demais.
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