quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017
AMIGOS DO PEITO (129)
A CAMISETA DE HOJE ESTÁ COM UM ACREDITANDO NESSES BAGUNCEIROS TOMATISTAS E VIVENDO UM DRAMA PESSOAL QUE JÁ FOI TEMA DE DENÚNCIA CARNAVALESCA
Luiz Manaia, o mais que popular baterista Ralinho é uma dessas pessoas a nos encher de orgulho. Músico de primeira linha no cenário bauruense, vive por esses dias um drama pessoal. Sua mãe, quase vizinha aqui do mafuá (ela do lado de cima da linha, eu do lado debaixo) teve um AVC e está internada (sic) no ambiente do Pronto Socorro Central, aguardando vaga para uma UTI. Esse seu drama já chega ao quarto dia e o que conseguiu, após um desabafo via internet, foi somente a partir daí uma reviravolta e interessados em resolver sua situação. Isso, o emputeceu ainda mais. Diante do momento vivido não se excedeu com ninguém, mesmo os tais pistolões propondo ajuda daquele jeito pelo qual, todos sabem, nunca será resolvido o problema da saúde pública brasileira, o jeitinho para se conseguir vaga "pistoleando" e tudo o mais.
Ralinho tenta tocar sua vida e seu relato, mesmo diante de um cenário carnavalesco merece ser aqui contado, como desabafo e como constatação de que, enquanto perdurar algo de igual quilate, descaso, a saúde municipal continuará uma lástima e nem o tão aclamado José Passos Fogolin, laureado e preparado para ocupar o cargo de secretário Municipal de Saúde parece apto a resolver a curto prazo. Temos o Hospital Estadual, o Manoel de Abreu e a Associação Hospitalar de Bauru com vagas públicas e nenhum se prontificou a acolher a paciente sua mãe. Porém, quando ele lastimou o ocorrido pelas redes sociais, vereadores, secretários municipais, políticos variados, dentre os quais até o deputado estadual, segundo ouço, por sinal médico, parece correram e se prontificaram em resolver a questão.
Não escrevo pelo Ralinho, que nesse momento quer ver resolvido o problema de sua mãe, mas pelos tantos em situação idêntica, nos tais corredores de Pronto Socorros. Por que só com a grita em alto e bom som algo foi proposto? O natural seria chegar para o atendimento do PS e de lá já sair para internação. Se a vaga foi conseguida agora, a única dedução existente é que já existia e estava reservada para outro tipo de paciente. Como resolver isso? Com a palavra o atual secretário, o maior interessado na questão, presumo.
Sintam todo o drama do seu desabafo de um dia atrás: "Preciso fazer um desabafo aqui: Minha mãe sofreu um AVC no sábado e até hoje (quarta) está no PS central em estado GRAVE aguardando vaga na UTI no base ou no hospital Estadual e não consegue! Entra governo sai governo e coisa só piora. PMDB 8 anos de governo em Bauru, toda patota (pra não dizer outro nome) do PSDB governam esse estado que é mais rico do Brasil a quase 20 anos, deputados estaduais e vereadores de Bauru, todos INCOMPETENTES!! Pra não dizer outra coisa! Ai vem um e fala que eu tenho que falar com o Ciclano que é assessor do politico Beltrano pra conseguir vaga! Como assim? Eles é quem decidem quem vai morrer ou viver? Falar porra nenhuma, a coisa tem que funcionar sem o dito cunha! É obrigação do Estado! O que pude ver nesses dias é que os verdadeiros heróis são os médicos, seguranças e principalmente os enfermeiros que trabalham no PS central! Esses sim são dignos de todas as honras e medalhas!! Trabalham em condições precárias e fazem verdadeiros milagres pra atender a todos! O resto que eu citei ai tem seus planos vips de saúde e tão cagando e andando pro povo! Pronto falei!".
Como falar de Carnaval diante disso? Quase impossível. O Bauru sem Tomate é Mixto já denunciou isso anos atrás quando fez a marchinha "Bauru cidade sem mixaria", após um médico e também vereador ter dito que "médico não trabalha por mixaria". Nós, os mixos dessa cidade, gritamos contra esses desmandos nas ruas, lutas e também no Carnaval. Todo espaço é válido para por a boca no trombone. Ralinho está junto do bloco, numa disposição mais que profissional, algo inerente a todos os que estão na lida, na luta e, sabem que a vida precisa ser seguida, tocada adiante. Essa homenagem com suas fotos com a camiseta do bloco é para deixar claro a tudo, todas e todas algo bem simples: festamos e muito, mas por trás da festa sempre existe um algo a mais e quem prestar atenção nas letras de nossas cinco marchinhas, uma por ano, verá que ainda fizemos pouco, pois histórias tristes como a vivida hoje pelo Ralinho pipocam nessa terra dita pelas tais "forças vivas" que a conduzem como "sem limites". Bem sabemos quais são os limites por detrás desse slogan e é em cima dele que atuamos, festamos, denunciamos, cantamos e colocamos nossas caras para bater.
Um viva em alto e bom som para o Ralinho, essa fortaleza diante de tudo o que lhe passa pela cabeça por esses dias. Tomateiro faz o que pode neste momento: coloca a boca no trombone.
HPA e com todos os tomateiros unidos, coesos e resolutos. Denunciar esse tipo de procedimento é nosso lema e motivo de nossa existência.
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