O DESFILE DO TOMATE NO CALÇADÃO*
* Aqui no Brasil ainda tem Carnaval, na Argentina, mesmo com Macri está tendo um nesse momento e na Colômbia outro. Na junção deles todos, eis algo da festa bauruense:
Fomos muito felizes na escolha do tema da marchinha 2017, o A CASA DA ENY AINDA É AQUI.
O incomodo foi tanto que não tivemos nem uma só vez a marchinha cantada nas rádios e TV e muito menos a letra divulgada no Jornal da cidade. Muitos órgãos falaram da gente, como festeiros, descreveram os tomateiros como irreverentes, mas tocar no foco principal, a crítica social contra os tais "forças vivas" da cidade. Passar desapercebido é uma coisa, o logo cai no esquecimento, mas quando existe um incomodo, o algo cutucado se revira na cama, não dorme, se sente inquieto, reage, daí a missão estar devidamente cumprida. é o que de fato ocorre nesse momento com tudo o que fizemos esse ano.
Lembro muito bem da crítica feita dois anos atrás com o "Carnaval sem Mixaria", após a famosa frase do médico, então vereador, Raul: "Médico não trabalha por mixaria, que o faz é médico cubano". Descemos o cacete nele e ele quando questionado, acho que pelo Jornal da cidade, saiu no ta na coluna Entrelinhas de sua reação. Algo mais ou menos assim: "É uma crítica divertida. Eu penso do meu jeito, eles do jeito deles". Nada mais, não passou disso. Cantamos e continuamos vendo na postura daquele vereador, que até tentou ser prefeito, algo merecedor de constante crítica.
Delfim Neto, o então ministro da Economia (sempre ela) de governos militares sempre foi alvo de muita crítica e sabem como reagia, com a sua sempre cara de pau? Ele colecionava as charges a seu respeito e algumas delas estão até hoje expostas nas paredes de seu escritório político. Nem por causa disso as críticas diminuíram. E nem por isso ele censurou o que era feito.
O Tomate este ano desceu o Calçadão com uma inconteste alegria. Sentimento de dever cumprido. Dever mais que cumprido. Falar das mazelas bauruenses é coisa para doido, pois são tantas e se repetem a todo instante. Difícil fazer a escolha. Muitas ficam de fora e a cíclica abordagem tenta contemplar uma pá de aberrações do ano anterior. Tentamos ao nosso modo e jeito.
O bloco farsesco, burlesco e algumas vezes carnavalesco BAURU SEM TOMATE É MIXTO deixa bem claro o que os paneleiros da Getúlio deveriam fazer nesse momento com o instrumento de seus protestos. Com o país na bancarrota golpista, não tendo onde enfiar a cara, a sugestão dada pelo bloco é a mais sensata. Vejam o que fizeram ao país apoiando os piores para nos governarem. Não os perdoaremos jamais.
E O QUE VAMOS CANTAR EM 2018 - ASSUNTO É O QUE NÃO FALTA...
BAURU SEM TOMATE É MIXTO já pensando no que vai cantar em 2018 - E por que não: Terra Sem Limites, a "Springfield Brasileira"? A terra onde os do andar de cima impõem aos do andar de baixo um SEM LIMITES de imposições. Para eles, tudo, para o zé povinho, Uma única opção: cumpre-se. Denunciar esse estado de coisas, a letargia proporcionada por uma tal de "forças vivas" é um tema mais do que instigante, provocante, emocionante e preocupante.
Destrinchar esse slogan criado para dar a impressão de que a pacata cidade interiorana é o paraíso "sem limites" se faz necessário. Contar um bocadinho dos bastidores de como é implantado a fórceps o outro lado desse ilimitado desvario de um grupo muito cruel, só pensando em seus anéis e em nada mais.
Já estamos aceitando sugestões, tanto para o tema, como para o acompanhamento da necessária critica social. Agora mesmo, quando o atual prefeito em sua campanha disse que, seu primeiro ato governamental seria estender o passe idoso para uso do transporte urbano de passageiros, os circulares, de 60 para 65 anos, tudo parece empacado na Câmara de Vereadores e uma das proposta mais ditas na campanha foi a da Bauru estar transformada, ser definitivamente outra até o 100° dia da novíssima administração. O prazo expirando e a cidade aguardando a chegada dos dias de magia.
Daí o questionamento: Seríamos mesmo a versão oficial da Springfield e Terra Sem Limites? Tomateiros não param de pensar no assunto...
Vamos juntos...
Já na praça Machado de Mellho, acabamos todos defronte o posto policial... |
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