PERGUNTAR NÃO OFENDE ou QUE SAUDADE DE ERNESTO VARELA (120)

A TROPA DE CHOQUE DE QUALQUER EXECUTIVO E A TAL DA OPINIÃO PRÓPRIA – SÃO COMPATÍVEIS?

Observo daqui de onde me encontro a movimentação ontem lá pelos lados da Câmara Municipal de Bauru na Audiência Pública que tenta alterar a lei do uso das APAS – Áreas de Proteção Ambiental para ampliação da habitação (sic). Já escrevi a respeito e ontem a confirmação do que havia rascunhado: o interesse ‘graneleiro’ está sempre acima de tudo, todas e todos. Leia matéria do Jc a respeito: http://www.jcnet.com.br/…/mudanca-no-plano-diretor-sao-disc…. Mas não é disso que quero discorrer hoje. Olhando para as fotos tiradas lá na Câmara vejo uma verdadeira tropa de choque a defender os interesses da Prefeitura, todos munidos de papéis e prontos para intervenções. Estavam preparados para o que der e vier. A isso se dá o pomposo nome pela aí de CÃES DE GUARDA. Isso, não só aqui, mas por tudo quanto é lugar, aqui e alhures.

Antes de escrever deles posto dois links com fatos ocorridos por esses dias mundo afora.
Link 1 – “Trump demite secretária interina de Justiça que se negou a sustentar veto migratório - Sally Yates, nomeada por Obama, determinou que o Departamento de Justiça não defendesse o decreto presidencial nos tribunais, por considerá-lo ilegal”. Clique a seguir e leia a matéria do espanhol El País: http://brasil.elpais.com/…/internaci…/1485824268_539940.html.
Link 2 – “Braço direito de Teori Zavascki pede desligamento do STF - Ele é considerado o "arquivo" da operação no gabinete do ministro Teori Zavascki porque acompanhou todo o caso ao lado do ministro desde 2014”. Clique a seguir e leia a matéria do Jornal do Cone Sul: http://jornaldoconesul.com.br/ler.php?id=11394.

Agora volto ao específico tema desta escrevinhação. Tropa de choque é tropa de choque e a tal Sally Yates deixou de corresponder às expectativas do presidente Trump ao bater de frente com algo imposto por ele. Ele agiu corretamente? Dizem que sim, pois se o seu Governo é bruto, ela também deveria o ser. Não o sendo, incompatibilidade de opiniões. Estará melhor longe do poder e do que Trump ainda irá aprontar. Já do desligamento do braço direito do falecido Zavascki, dizem que o motivo foi medo de morrer. Voltará para sua Santa Catarina. Com a saída dele, tudo liberado e sem nada mais por lá a lembrar o que o antigo fez ou fazia. Vida nova.

E por fim minhas perguntas, as que não querem calar, bem ao estilo do que fazia tempos atrás o impertinente repórter Ernesto Varela (personagem de Marcelo Tas).

Pergunta 1: Teriam alguns dos presentes na audiência em Bauru como tropa de choque do Executivo bauruense, aqueles todos ocupando as primeiras fileiras do plenário, a mais remota intenção de ousar contrariar os interesses já declarados da atual administração?

Pergunta 2: Imagino a perda de tempo com audiências desse tipo, discussão acalorada diante da futura votação dos vereadores, os que de fato decidirão o imbróglio. Como já é sabido até pelas pedras do reino mineral, a imensa maioria deles é favorável ao que prega o Executivo e assim sendo, algum deles ousaria votar contra o que já está decidido e sacramentado?

Pergunta 3: Algum, contrariando esses interesses teria condições de continuar ocupando seu cargo de confiança? Algum teria condição de recusar a participação nessa audiência alegando pensar diferente? Quantos estariam prontos para pedido de desligamento em caso de sérias divergências com o que estaria sendo implantado?

Pergunta 4: Cargo de chefia ou de confiança tem peito para expor e ter ideia própria? Isso vale não só para Bauru, mas para tudo.

Mais perguntas e respostas, estejam à disposição.