sábado, 11 de março de 2017

BAURU POR AÍ (137)


ALGO DO MERCADO DE PEIXE NO CORETO DA PRAÇA RUI BARBOSA - O BAIANO DA UNESP CONHECE MUITO BEM A TODOS

O Mercado de Peixe começou lá nas hostes da Unesp Bauru, campus lá no final da avenida engenheiro Luiz Edmundo Carrijo Coube. Do outro lado da mesma, um oásis ainda fincado ali no seu canteiro central, bem defronte o portão principal de entrada do campus, o bar do Baiano. Ele, que começou com um pequeno quiosque lá na vila Falcão, tempos da FEB, levantou edificação depois da mudança e dali não mais arredou pé. Conhece muito bem a fisionomia da maioria dos estudantes que ali passaram alguns anos de suas vidas. Quando a pessoa teve uma tendência de gostar de bares e de uma cervejinha, daí ele se recorda de tudo, inclusive das histórias. Muitas delas se passaram em seu estabelecimento.

Baiano foi lá hoje na praça Rui Barbosa, 12h para rever a rapaziada do Mercado de Peixe e por um outro bom motivo. "Primeiro que tudo começou lá pelo meu bar. Todos eles são por demais conhecidos dos bancos lá do Bar do Baiano. Cantarolaram muito debaixo daquelas telhas. E mais, veja essa camisa que visto agora, tem um número em destaque, 76. Pois é, hoje ainda tenho essa idade e amanhã já estarei completando 77. Vim para rever eles todos e comemorar meu aniversário ao lado deles. No final do show quero ver se no próximo disco deles não dá para fazer uma música reverenciado o Baiano", conta sem tirar os olhos do palco.

Curti muito esse reencontro, Baiano do lado de baixo do coreto e o pessoal do Mercado ocupando maravilhosamente o coreto. Antes de começar o show um deles aproveitou a deixa e disse: "Antigamente nos coretos se tocava muita música e hoje viemos reviver um pouco disso". E reviveram maravilhosamente com o mais novo trabalho, o "Água da Faca", uma outra reverencia à Bauru, um córrego famoso nos cafundós mais maravilhosos da cidade.

Rever o Mercado é sempre bom e ainda mais pelas pessoas conhecidas e queridas do lado de baixo do coreto, no ajuntamento criado nas sombras das árvores, diante de um sol de rachar mamona. Sol de meio dia não é fácil, mas com o Mercado tocando, suportável. Estive lá e conto tudo através das poucas fotos tiradas por mim. Rever Baiano e o que o move é mais do que interessante, diria uma motivação a mais. Essas junções bauruísticas são mais do que instigantes.




SENHORAS E SENHORES, COM VOCÊS MISS BAURU 2000 - PARÓDIA ANARQUISTA
No meio desta semana calorenta, eis que no Templo Bar, a 20ª edição do Nós Mulheres, um evento criado há exatos vinte anos atrás pelos intrépidos Fernando (o dono do estabelecimento) e Sivaldo (um frequentador desde o primeiro momento). Sentado num balcão (o cantinho Paulo Keller), casa lotada, eu e Sivaldo tentávamos relembrar algo de tempos atrás. A homenageada deste ano foi Rita Lee e todas no palco cantavam algo dela. Um deslumbre (para não dizer desbunde), alegre, necessário e revitalizante. Quando cantaram o MISS BRASIL 2000, Sivaldo lá do fundo do seu baú me fez lembrar de uma paródia bauruense: "Henrique, nós tínhamos na época algo a homenagear Bauru. Não sei quem fez, mas cantávamos muito pelos bares todos. Fizeram algo em cima dessa letra e criaram o MISS BAURU 2000. Não lembro de muita coisa, mas tinha um 'Frequenta o BTC e mora no Estoril. Chapa o coco no Armazém e vai dormir no Barril'. Só uma pessoa pode lembrar da letra inteira, Susy Mey Truzzi".

Daí estamos contatando a hoje novamente e acertadamente secretária de Cultura da vizinha Garça, para buscar lá no fundo da memória a letra dessa cantoria de décadas atrás. Você se lembra dessa letra, cara Susy? Quem mais souber que nos ajude... Isso de parodiar a vida é algo muito antigo. O bloco burlesco, farsesco e algumas vezes carnavalesco Bauru Sem Tomate é MiXto faz isso com o fatos políticos e de tempos em tempos outros o fizeram e farão. Relembrar isso dos tempos de uma bela turma agitadora dessa city (chacoalhar com as estruturas faz parte do negócio) é algo a embalar e mover nossos caminhos. Muito já foi feito para revirar as coisas nessa cidade e contar isso é fazer história. Cutuquemos o que está a dormir em berço esplêndido.

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