sexta-feira, 31 de março de 2017

INTERVENÇÕES DO SUPER-HERÓI BAURUENSE (101)


PEIXE MORRE PELA BOCA
Esse ditado popular cai como uma luva para situação prestes a ocorrer em Bauru. Ainda em campanha eleitoral, o atual prefeito de Bauru, Clodoaldo Gazzetta fez promessas (Todos o fazem? Normal isso? Corriqueiro?), feitas assim ao léu e depois, no frigir dos ovos, na hora do omelete ser de fato oferecido para consumo, pouca coisa sendo concretizada, ou seja, sabor de discutível sabor degustativo. Palavras ditas ao sabor do arrefecimento da contenda eleitoral, onde um quer demonstrar ter um programa mais palatável ao interesse popular que osa demais. Daí, promessas são feitas, ampliadas e espalhadas ao sabor do vento. Na hora de coloca-las em prática, ou mesmo tentar viabilizar o que foi dito, eis o problema. Guardião, o super-herói bauruense (criação do artista Leandro Gonçález e com pitacos escrevinhatórios deste mafuento HPA), relembra o fato e começa tudo fazendo uso do dito popular citado no título deste texto.

“Falou, foi gravado, disse fazer parte de um tal de programa de Governo, agora quando ocorrem as cobranças, nada mais normal, natural, assim como dois e dois são cinco. Primeiro disse que seu primeiro ato de Governo seria estender o passe idoso para usuários com 60 anos (hoje 65 anos). Está se debatendo demais da conta para não desagradar apoiadores de campanha, donos das tais empresas de ônibus e o projeto vai sendo refeito a cada nova apresentação à Câmara. Se quisesse mesmo já teria dado um jeito de incentivar votação em projeto já existente e tramitando por lá, mas não o fez, não o fará e daí, o que seria o primeiro ato do Governo, já virou motivo piada. Empurraram para debaixo do tapete. Mesmo se um dia vier a ser aprovado, com cortes e retaliações, de primeiro ato, poderá ostentar o patamar de 167°, ou pela aí, no hall das aprovações”, começa a relembrando fatos concretos.

Tem mais, muito mais. “O fato mais lamentável foi estabelecer um prazo para deixar a cidade nos trinques, situação de Primeiro Mundo, os tais dos primeiros 100 dias de atuação. A ficha do prefeito deve ter caído e o mais recomendável, seria ele pedir uma prorrogação do prazo junto aos seus eleitores, pois com cem não deu para fazer o que queria, está travado e mesmo com uma Câmara de Vereadores praticamente sem opositores, peca e está embaraçado no meio de turbilhão de desarranjos a lhe minar o sossego. Montou uma composição administrativa bem abrangente e para atender a tantos interesses, patina e faz água. Sou favorável a que ele apele junto aos eleitores, numa plenária em praça pública e ali, resignadamente clame por uma amigável prorrogação, para no mínimo 365 dias neste prazo, pois, me digam, o que mudou de fato da Bauru que tínhamos para a Bauru que temos? Sim, mudou, agora temos três coronéis coronelando tudo”, continua seu relato nosso intrépido Guardião.

Finaliza com algo do arco da velha. “Sim, eu na qualidade de super-herói, enxergando tudo numa situação privilegiada, queria muito morder a língua, ser obrigado a fazer um público Mea Culpa e até mesmo, voltar atrás e reconhecer algo novo, dentro do espírito idealizado e sonhado na Proposta Eleitoral (não seria eleitoreira?). Viria à público, sem nenhum problema e afirmaria em alto e bom som ter o prefeito transformado essa cidade ‘sem limites”, em limitado lugar e com tudo em cima. Diante da primeira pressão e demonstração dos vereadores, quando já lhe enviaram uma cifrada mensagem sobre a decisão do prefeito sobre o projeto das festas clandestinas, não deixando margem para decidir de outra maneira que não a de referendar a decisão dos nobres edis, vejo, desde já ele amarradinho, uns nos outros em algo que deve ser o padrão do atual Governo. Queria estar errado, mas diante da nova composição política sendo consolidada, prevejo que nem se multiplicasse os quatro anos de seu Governo, ou seja, 365 x 4 = 1460 dias, ele não conseguirá realizar o que propôs. Daí, diante de tudo, proponho algo a ele em caráter propositivo: Por favor, sr prefeito, me faça queimar a língua. Estou louco para me retratar. O sr me ajuda?”.

E assim, Guardião, sempre munido de muita esperança, retoma suas atividades pela cidade e sugere a postergação do prazo para ingresso de Bauru no paraíso. Pelo que afirma em sua fala na manhã de hoje, infelizmente, ainda não foi desta vez e dia 10 de abril, quando se completará o centésimo dia de Gazzetta no assento prefeitável lá no terceiro andar do Palácio das Cerejeiras, esperanças deverão ser renovadas. Recomenda-se solicitar ajuda aos santos, mas não os do pau oco.

OBS.: Surge um burburinho cidade afora que teremos até uma Festa Clandestina ocorrendo em lugar incerto e não sabido para celebrar a passagem do 100º dia. Será possível?

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