Primeiro conto uma historinha envolvendo um personagem que nunca me sai da cabeça. Tenho alguma andança pelo Rio de Janeiro, desde os anos 90 vendendo chancelas e aproveitando a estada para sassaricar em shows e espetáculos variados. Conheci um senhor, engravatado, sempre nos trinques, circulando de show em show com sua máquina fotográfica pendurada ao pescoço e tirando fotos de nós, os pobres mortais ao lado de personalidades, artistas, políticos e afins. Não era um, eram vários. Um deles, relembro sempre. Certa feita, no show dos 50 anos do Aldir Blanc, no Canecão, ele tirou uma foto minha com o homenageado e me deu um cartão e uma numeração. Era a senha para localizar o seu flash. Era ligar, ele vinha te entregar a tal foto já revelada. Vivia disso, cidade afora, muitos o fizeram. Alguns resistem ao inexorável tempo.
FLÁVIO GUEDES é fotógrafo na aldeia bauruense e sempre viveu de algo no entorno do tema Fotografia. Sua família, os Guedes tiveram ali na Batista, quadra entre a Gustavo e a Rio Branco uma loja de especialidades fotográficas (rivalizou por décadas com a Cherry). Enquanto perdurou a maravilha do papel fotográfico ser levado para residências como lembrança, deitou e rolou. Com o advento da foto virtual, tudo se esvaiu. Flávio seguiu até quando pode e ao fechar as portas não conseguiu fazer outra coisa na vida. Sabe tudo de fotografia, todos seus meandros e possibilidades. Desde então (e já deve ter transcorrido mais uma década) se inventa e reinventa. Hoje, aos 58 anos, não se aposentou e continua na ativa. Mesmo todos tendo seu meio de fotografar, com maquininha automática ou celular, ele insiste e está na porta de inúmeros shows oferecendo seus serviços. Vive hoje mais do Society desta Bauru, faz seus flashes, anota o fone da pessoa e depois leva até eles as fotos revelados e chanceladas com seu nome, o único meio para tentar diminuir a reprodução imediata pelas redes sociais. Simpático, conversador, sensato, bom observador, ágil e fagueiro, Guedes toca seu barco e tenta se manter numa atividade, se não extinta, em vias de, a de fotógrafo de eventos. A atividade é mais do que justificável, pois a imensa maioria das fotos tiradas hoje em dia são sofríveis. As dele não, mantém algo aprendido e colocado em prática ao longo de muitas décadas, passadas de pai para filho. Ele possui todo meu respeito e consideração, cobra o justo, pois faz um trabalho verdadeiramente profissional.
FLÁVIO GUEDES é fotógrafo na aldeia bauruense e sempre viveu de algo no entorno do tema Fotografia. Sua família, os Guedes tiveram ali na Batista, quadra entre a Gustavo e a Rio Branco uma loja de especialidades fotográficas (rivalizou por décadas com a Cherry). Enquanto perdurou a maravilha do papel fotográfico ser levado para residências como lembrança, deitou e rolou. Com o advento da foto virtual, tudo se esvaiu. Flávio seguiu até quando pode e ao fechar as portas não conseguiu fazer outra coisa na vida. Sabe tudo de fotografia, todos seus meandros e possibilidades. Desde então (e já deve ter transcorrido mais uma década) se inventa e reinventa. Hoje, aos 58 anos, não se aposentou e continua na ativa. Mesmo todos tendo seu meio de fotografar, com maquininha automática ou celular, ele insiste e está na porta de inúmeros shows oferecendo seus serviços. Vive hoje mais do Society desta Bauru, faz seus flashes, anota o fone da pessoa e depois leva até eles as fotos revelados e chanceladas com seu nome, o único meio para tentar diminuir a reprodução imediata pelas redes sociais. Simpático, conversador, sensato, bom observador, ágil e fagueiro, Guedes toca seu barco e tenta se manter numa atividade, se não extinta, em vias de, a de fotógrafo de eventos. A atividade é mais do que justificável, pois a imensa maioria das fotos tiradas hoje em dia são sofríveis. As dele não, mantém algo aprendido e colocado em prática ao longo de muitas décadas, passadas de pai para filho. Ele possui todo meu respeito e consideração, cobra o justo, pois faz um trabalho verdadeiramente profissional.
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