quarta-feira, 5 de julho de 2017

CENA BAURUENSE (162)


FACULDADE DE MEDICINA EM BAURU - PERMITA-ME ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

Não sou desmancha prazeres. A iniciativa é mais que ótima, mas como para tudo o que vem hoje em dia de certos personagens da vida pública brasileira, o melhor antes de efusivamente aplaudir é se segurar nas calças, esperar abaixar a poeira e ir constatando quais as intenções e se é tudo isso mesmo que estão a anunciar com estardalhaço, com o tal anúncio da tão acalentada Faculdade de medicina em Bauru.

Primeiro um hospital em pleno desuso e a demonstrar a insensibilidade para com o dinheiro público. O (des)Governo tucano de Geraldo Alckmin, também conhecido como "Santo" (do pau oco) é useiro e vezeiro em fazer algo como o que a cidade inteira presencia ali junto da Faculdade de Odontologia da USP e ao Centrinho. Primeiro a gastança desenfreada e, depois nada de inauguração, mas o completo e total abandono. neste caso do Hospital junto ao Centrinho são décadas de algo ainda não compreendido. Gastaram os tubos e depois abandonaram a ideia.

Aqui o dinheiro foi mato.

Essa mudança de rumo e de plano não é novidade quando o assunto é Alckmin. Cito dois outros exemplos dentro da mesma Bauru. No primeiro é aprovado uma reforma grandiosa no prédio da hoje extinta Oficina Cultural e depois, pouco antes de sua inauguração, tudo muda e aquilo tudo é deixado de lado, sendo finalmente entregue para finalidades outras. A cidade ficou de queixo caído com a solução encontrada. Depois, a escola estadual Brizola, lá no Geisel. Primeiro a fecham alegando problemas estruturais, deixam tudo se perder de fato, com a depenamento de tudo o que lá existia e, aparecem como salvadores da pátria e propõe que tudo seja reconstruído. Não me digam ser isso fruto da morosidade do serviço público, pois para mim isso tem outro nome e me reservo no direito de não dize-lo.

Aqui acabou a excelência.
Alckmin age assim, ou seja, tucanos sempre agiram desta forma e jeito. O carnaval é imenso quando da realização, da assinatura de contratos, tudo com muita pompa e rojão, mas depois, com o passar do tempo, quando as revelações das intenções veem à tona, acobertados pelo povo paulista que tudo aceita vindo dele, nada ocorre e ele prossegue fazendo das suas. Agora, a bola da vez é a FACULDADE DE MEDICINA. Acredito que, antes dela ser de fato erguida e comece a funcionar se faz necessário dar uma espiada como esse mesmo Alckmin e sua Secretaria da Saúde tratam as demais universidades públicas. O descaso persiste de forma brutal, com um sucateamento nunca visto na história deste Estado e, assim do nada, sem resolver os problemas pendente com as demais (USP, Unesp e Unicamp), uma nova unidade da USP ingressa o campo de jogo. Perguntem para quem sabe a quantas anda a situação da falta de investimentos no Centrinho, antigo centro de excelência e hoje recusando pacientes.

Cuidado, repasse é coisa do "Santo".
Recomendo antes das palmas e dos tapinhas nas costas baita de uma atenção, pois as principais jogadas manjadas neste tabuleiro ainda estão pro acontecer. O prefeito está feliz, o deputado está radiante, os vereadores saculejam a pança, a turma do salamaleque está que não se aguenta, mas vejo tudo com um pé mais do que atrás. Sem pessimismo, mas com os pés no chão. Como alguém que faz tudo o que vem sendo feito de ruim para a educação pública pode querer fazer algo de edificante na criação de uma nova unidade? E digo mais, o secretário da Saúde de Bauru que fique atento, pois isso que está sendo anunciado agora, da transferência do Hospital de Base para a Prefeitura Municipal tomar conta é aquilo que todos já conhecemos: o repasse é feito, o Governo lava suas mãos, repassa inicialmente uma verba mensal e depois, pouco a pouco, ela vai se desmilinguindo e some com o vento, ficando a cidade com mais uma batata quente nas mãos. Fique atento Secretário de Saúde de Bauru, José Passos Fogolin. Bauru e todos os paulistas já viram esse filme com as tais escolas estaduais sendo repassadas para os municípios. Cai nessa quem quer cair.

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