EU ENTENDO OS MOTIVOS DO JORNAL LOCAL
Recebo via inbox do facebook na manhã do sábado passado, 15/07, recado de considerado amigo: “A página de Opinião do JC hoje é um verdadeiro festival de besteiras. Incluindo a Tribuna do Leitor”. Eu, ele e tantos outros discutimos muito tudo o que sai no Jornal da Cidade, hoje o único diário existente na cidade. Normal isso, sendo o único, se transforma no farol, ou mesmo, no foco das atenções. Comentar para o bem ou para o mal, para enaltecer, ou mesmo pra criticar, sugerir algo diferente, algo dentro do que seu público leitor deve e precisa fazer.
Antes de comentar com mais afinco o papel desse jornal, lido por mim diariamente, publico os links das citadas publicações deste dia, citadas pelo atencioso amigo, pois referendo o que escreveu:
- Opinião: “O empresário brasileiro é antes de tudo um forte”, Alencar Burti – link: http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=248910
- Opinião: “O ser plástico”, Marcos Luiz Gilioti – link: http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=248909 - Tribuna do Leitor: “Lula Lá”, Cícero Scarpelli – link: http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=248913
- Tribuna do Leitor: “Proposta do Governo”, Benone Augusto de Paiva – link: http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=248912
Sim, são superficiais e demonstram, em primeiro lugar uma velada aprovação para o atual desgoverno golpista vigente no país. Muitos enchem linguiça, dão volta e, por fim, enaltecem o feito dos petistas terem sido sacados do cenário político e tecem loas aos “novos tempos”. Para comprovar o que me foi escrito pelo amigo e confirmado por mim, eis mais alguns desses textos em duas edições anteriores:
- Opinião, 14/07: “Novas leis trabalhistas podem mudar sindicatos”, Luciano de Biasi – link: http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=248900
- Opinião, 14/07: “Podemos ser campeões na geração de empregos”, Paulo Skaf – link: http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=248899
- Tribuna do Leitor, 14/07: “Votação expressiva no Senado”, Benone Augusto de Paiva – link: http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=248902
- Opinião, 13/07: “Reforma trabalhista: não vou jogar para a torcida”, Reinaldo Cafeo – link: http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=248893 - Tribuna do Leitor, 13/07: “E lá se foi um legado de Mussolini...”, Renato Ghilardi – link: http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=248897
- Tribuna do Leitor, 13/07: “
Para os mais atentos se percebe que omiti algumas cartas e textos do Opinião. O fiz propositalmente. Explico. A grande maioria possuem uma identificação com a linha editorial do jornal, algo mais do que normal. Porém, publicam também cartas de leitores cuja linha não vai de encontro a do jornal, o que não ocorre nos textos do Opinião. E o que quero dizer com tudo isso? Simples. O Jornal da Cidade foi fundado por um grupo de empresários e nunca, desde sua fundação se afastou um centímetro que fosse de seu propósito e de sua linha de conduta, a de defender e representar as tais “forças vivas” da cidade. Não escondem o jogo, praticam o jornalismo seguindo essa conduta. Estão filiados a entidades patronais e jornalísticas nesta linha, ou seja, seguem religiosamente a defesa do capitalismo, hoje no neoliberalismo e estão à favor dos interesses do empresariado e de suas instituições. Erram ao agir assim? Não. Claro que, o jornalismo como preceito aprendido em bancos escolares e ainda acontecendo em poucas publicações é bem outra coisa, mas o que fazem é idêntico à imensa maioria do que pratica hoje todos os jornalões diários nacionais. Sigo a máxima: "lê quem quer".
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Daí, minha conclusão. Não reclamo mais. Faço uso das brechas e continuo (continuarei) enviando minhas missivas para o jornal e, agradeço, quando a publicam. Ponto. Entro no jogo e sei suas regras. No mais, discordo da linha, mas não contesto, pois sei sempre foram assim e não me escondem isso, está tudo muito explícito para qualquer bom entendedor. Sendo o único na cidade, muito já esbravejei buscando mudanças, mas não mais o faço, pois eles nunca me ouvirão. Eu é que tenho que ter ciência disso. O JC é o que é e atende a uma parcela considerável do público que o lê, pois do contrário, se sentissem que seu público sugerisse outros rumos, já teria mudado. Ele sabe o que faz e para quem faz. Eu leio porque quero e continuarei a fazê-lo. Já, se quero algo dentro da minha linha de formação, leitura e política, a considerada por mim mais palatável, devo ir em busca disso em outro lugar. E o faço, pois minha leitura e informação não se baseia somente nas páginas do JC. Portanto, ele me é útil, mas sei até onde devo acreditar no que ali encontro como a verdade absoluta dos fatos. Ou seja, ali somente uma das versões dos acontecimentos, mesmo ciente que muitos outros que o fazem não possuem esse discernimento e acreditam piamente no que ali encontram como a verdade estabelecida e finalizada.
Gostaria muito da existência de outro veículo, com outra linha e postura, até para possibilitar o democrático confronto de ideias. Mesmo assim, admiro e muito a postura de muitos dos seus jornalistas, muitos em desalinho com a linha adotada pelo jornal, mas como trabalhadores dentro do sistema vigente, sem possibilidade de grandes variações sobre o imposto. Muitos tentam e os admiro muito por causa disso, pois oxigenam uma publicação. Muitas outras são oxigenadas por brilhantes jornalistas atuando em suas hostes. No mais, se quero buscar ler algo dentro da minha linha de pensamento e ação sei que não a encontrarei no JC, mas nem por isso o desprezo. Sei até onde posso ir na confiança com esse e todos os demais veículos existentes dentro do mercado editorial brasileiro. Como já me disseram certa vez, ouvi atentamente e assimilei: “Se quer algo como você pensa, funde um jornal”. Como não tenho condições, leio aqui, ali e acolá, tentando extrair algo de bom em cada um desses veículos e daí, formo o meu entendimento dos fatos.
Gostaria muito da existência de outro veículo, com outra linha e postura, até para possibilitar o democrático confronto de ideias. Mesmo assim, admiro e muito a postura de muitos dos seus jornalistas, muitos em desalinho com a linha adotada pelo jornal, mas como trabalhadores dentro do sistema vigente, sem possibilidade de grandes variações sobre o imposto. Muitos tentam e os admiro muito por causa disso, pois oxigenam uma publicação. Muitas outras são oxigenadas por brilhantes jornalistas atuando em suas hostes. No mais, se quero buscar ler algo dentro da minha linha de pensamento e ação sei que não a encontrarei no JC, mas nem por isso o desprezo. Sei até onde posso ir na confiança com esse e todos os demais veículos existentes dentro do mercado editorial brasileiro. Como já me disseram certa vez, ouvi atentamente e assimilei: “Se quer algo como você pensa, funde um jornal”. Como não tenho condições, leio aqui, ali e acolá, tentando extrair algo de bom em cada um desses veículos e daí, formo o meu entendimento dos fatos.
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