PROCURANDO PELA PREFEITA PATRIOTA
Em foto divulgada pela página "Bauruzão Mil Grau", mais um buraco no Jardim Flórida/Nobuji Nagazawa e neste a presença da ironia como forma de fazer passar a mensagem da necessidade da prefeita voltar seus olhos para os problemas da cidade, quase todos abandonados à própria sorte, enquanto ela prefere passar boa parte do seu tempo em lives e fomentando a briga com o Governo do Estado e a bajulação para com o Governo Federal. Os buracos e tudo o mais não esperam.
LABUTA (01) - SPEEDYHoje aqui na minha porta o amigo de longa data, Luiz Nobre Araújo, o Speedy, como muitos o chamam lá onde trabalha há décadas, o Templo Bar, na Benjamin Cosntant, centro da cidade. Por lá ele é um dos garçons da casa, trabalho onde se tornou popular, conhecendo não só cardápio na ponta na língua, como um conversador das coisas interioranas, sua especialidade, pois algo que não perde é o sotaque de gente que veio de longe, muito longe, mais precisamente das entranhas deste país continente. Luiz hoje trabalha no Templo, ele, as cozinheiras, os donos do estabelecimento, Fernando e Sônia e outro garçom, prata e cria da casa, o Ailson. Passou por todo o momento pandêmico e ali na lida, na frente do atendimento, dia após dia. Hoje, continua por lá, só no atendimento delivery e sabe que, enquanto a casa persistir e resistir, Fernando o manterá, pois se existe algo pelo qual o danado do velho bardo barbudo muito preza é esse bem querer pelos seus, os próximos a ti. Mesmo com essa asa protetora, Luiz bate nas onze, ou seja, tem que fazer e acontecer para continuar mantendo sua vida estabilizada. Desde algum tempo se especializou em doces mineiros, raridades por aqui, trazidos especialmente para ele, tudo sob encomenda. São da marca Tatitânia, de Poços de Caldas. Acabo ficando com dois vidros de Diets, Laranja em Calda e Doce de Goiaba Cremoso, mas ele tem extensa lista de outros, todos com o seu carimbo de exclusividade e boa procedência. Ele chega hoje no meu portão e conversamos mantendo a distância regulamentar, me conta as novidades lá do Templo e dele, na lida e sem pedir licença, fazendo o que pode nas horas vagas, atendendo amigos, conhecidos e interessados em ter essas guloseimas em casa. Para quem quiser algo dele, eis o fone/whatts 14.98803.3057. Eu indico de olhos fechados, pois Speedy, em todo o tempo que o conheço, um batalhador destes que a gente coloca a mão no fogo. Ele hoje é mais um dos tantos resistindo, insistindo e persistindo, não entregando os pontos e enfrentando o toura à unha.
LABUTA (02) - TANTONHORosângela Costa é batalhadora e junto do meu grande amigo Celso Costa, diante de tantas portas se fechando, criaram lá em Aymorés, onde moram desde que conseguiram anos atrás um pedaço de chão pra chamar de deles e com a pandemia pegando pesado, bolaram a criação de um negócio. Optaram pelo alho e o nome da empresa a Tantanho vem de algo lembrando o avô, querido e com lembranças e história de vida inesquecíveis. Fazem e acontecem para distribuir alho pelos quatro cantos de Bauru e também na região. Fazem tudo conforme as próprias pernas conseguem alcançar, ou seja, desdobram-se até mais do que podem. Estava para escrevinhar deles novamente, pois acompanho aqui de longe a labuta deste casal, ambos batendo nas onze, ou seja, desde o recebimento do alho, uma intensa preparação para a revenda, em vários formatos, opções. Tentam a todo custo fazer algo a perdurar, procriar e se estabelecer. Hoje, quem está na entrega, de moto, casa em casa, seguindo todos os protocolos de segurança é ela, Rosângela e ele, permanece em casa numa outra labuta que é o também processo artesanal de embalagem e manuseio do material. Não tem como, após conhecer o que fazem e como fazem não se encantar com tudo e fazer o que faço, comprar e espalhar a boa nova para mais gente, tudo, todas e todos. Brinco com ela aqui no meu portão, pois o cheiro que sai dos dois pacotes pedidos por mim, os com um quilo de descascado e outro triturado são para enlouquecer gente são, daí digo como ela faz para conseguir tirar esse cheiro do alho de seu corpo. Ela ri e diz que isso só com horas debaixo do chuveiro, ela e o Celso juntos. Taí um bom motivo para gente ir pra debaixo do chuveiro com a pessoa amada, se esfregar muito no alho e depois só mesmo com muita espuma e esfregação mútua. Eles estão divulgando o que fazem por todos os meios disponíveis via redes sociais, pelas páginas de ambos e uma criadas para essa finalidade, com o nome bolado para o negócio. Ela atende pelo fone/whatts 14.99714.5118 e ele pelo fone/whatts 14.99607.0660. Fazem e promovem algo que, me orgulho de poder divulgar e promover.
LABUTA (03) - HERMANNEu sou uma cara com certos enrolamentos ao longo da vida e daí, o melhor jeito de sair do enrosco é recorrendo a amigos causídicos. Felizmente tenho alguns deles no rol dos diletos amigos. Dentre estes revi um hoje, Hermann Schroeder, velho bardo, atuando no 17º andar do edifício Caravelas, na rua Primeiro de Agosto, centro velho de Bauru. Seu escritório é desses locais cheios de mistério, feito ao modo e estilo de seu idealizador. Ali, além de tudo aquilo que a pessoa encontra em escritórios de advocacia, muito da predileção do seu proprietário. Tudo tem uma explicação, pois ele passando ali boas horas do seu dia, nada melhor do que unir o útil ao agradável. Gosto daquele ambiente, exatamente por ter também um mafuá particular e lá, bocadinho de tudo o que gosto ali reunido. Percebo que Hermann, assim como eu é acumulador e não esconde seus gostos, todos ali compondo o ambiente. Pois bem, Hermann também trabalha meia boca nestes tempos, mas continua exercendo seu ofício, pois me diz que, nestes tempos, por mais que a gente ache estejamos “devagar quase parando”, tudo continua rolando feio do lado de fora de seu escritório e muita gente, como eu, necessitando de seus préstimos. Ele é meticuloso no que faz, hoje só atendendo mediante agendamento e de preferência no período da tarde, sempre seguindo os requisitos e protocolos de segurança recomendados, além de seguir à risca as regras estabelecidas no prédio, recebendo somente uma pessoa de cada vez em sua sala, horários restritos, tapete higienizado, medição de temperatura e quando o cliente sem máscara, o faz descer e comprar uma. Rindo me diz: “E não cobro nada a mais por tanta segurança”. Hermann tem prazos a cumprir, ações rolando mesmo dentro deste período pandêmico e ciente de, cada caso é um caso, hoje sua atenção se concentra para que seus clientes, muitos deles com pouca habilidade internética, consiga adentrar e participar de audiências virtuais, a moda modalidade em curso nestes tempos. Essa, conta, mais uma especialidade que junta-se a tantas outras e assim prossegue, ciente de que, ele a sua esposa Fátima Schroeder, ela cuidando de animais abandonados, algo muito em voga nestes tempos, tem que tomar cuidados redobrados, quadruplicados, pois como já percebeu, tudo pode acontecer nos detalhes, num mero descuido. Bonachão, porém muito sério no que faz, vê-lo lá sozinho no seu ambiente de trabalho, recebendo clientes para consultas também virtualmente, o danado vai tirando de letra e mesmo desconfiando da sombra, segue atendendo e cada vez mais seguidor das normas de isolamento social. Este é um dos meus advogados, muito parecido comigo, meu amigo e considerado, ambos no mesmo barco, cavando espaços para continuidade da existência humana. Somos todos sobreviventes, cientes de ainda não estarmos salvos, enfim, nem vacina tomamos e nem sabemos quando teremos uma só para nós.
LABUTA (04) - MOSCOUEu sofro junto com a despedida do Circo de Moscou defronte o Mafuá ,quadra 1 da rua Gustavo Maciel, esquina com a rua Inconfidência. O circo já foi embora, mas algo ainda permanece no terreno na beirada do rio Bauru e após quase uma semana da partida da maioria do staff, por ali permanecem dois ônibus trailers e a carroceria de um caminhão com pneu furado, com material coberto por lona. No terreno circulam dois homens, uma senhora beirando os 60 anos e uma jovem mulher trans, todos fazendo o que podem para tocar suas vidas até que a solução apareça ali na curva da esquina e os leve para Itaquera, onde se encontra o restante da troupe. Eles sentam em cadeiras de plástico nas poucas sombras e ali aguardam. Descobriram o Bom Prato, servindo comida a R$ 1 real, almoço e jantar e assim ao menos não passam fome. Contam histórias, algumas do pessoal já em São Paulo, quando num descuido deixaram num canto toda a fiação que ilumina a lona e ao darem por si, tudo havia sumido, surrupiado, ou seja, se a vida já está difícil, agora soma-se mais gastos. Os ainda em Bauru não vão por não terem o valor suficiente para fazer a viagem, nem para combustível, muito menos para pedágios e alimentação. E existe ainda a parte da carreta sem pneu que não pode ser abandonada. Pergunto sobre como esperam fazer e eles me conta que, sempre fazem assim, vão e voltam com os poucos caminhões, muitas vezes tirando pneus de outros por lá, instalando neste aqui e assim rodando em frente, aos poucos. A água ainda permanece ligada pelo DAE e isso os abastace para os banhos, alguns feitos quando a noite cai, na ponta da borracha, mas a luz já foi cortada, quando a CPFL desligou a fiação e luz noturna só mesmo pela refletida dos postes do quarteirão. Eles não se desesperam, a senhora que fala por todos, diz ser parente próxima do dono do circo e não o critica pela situação ora vivida. Tem ciência da pandemia ter agravado muito e sem poder apresentar espetáculos, tentam ao menos, chegar ao fim da pandemia, reunir forças, todos juntos, novamente com fiação nova e pneus em condições, rodando mundo afora, algo que os iluminam por dentro e por fora, movem suas vidas. No momento em que escrevo, noite caindo sob Bauru, eles se sentam numa roda e conversam, falam pelo único celular ainda com sinal, estabelecem contato e aguardam cheios de esperança, afinal, Itaquera não é assim tão longe.
UM BREVE COMENTÁRIO SOBRE OS QUE NÃO CONSEGUEM PARAR DE JEITO NENHUMTem os que trabalham e são muitos. Estes são obrigados a sair de casa diuturnamente se arriscando pelas ruas. Vão e voltam, contam com a sorte e com com cuidados pelos quais se cuidam. Muito mais deveria ser feito e pensado nestes, os que se arriscam. Pouco é feito, tanto que na nova determinação os ônibus circulares não devem mais comportar pessoas em pé, mas isso, como sabemos é só para "inglês ver". Existe paralelo e estes, os trabalhadores brasileiros, uma turba que poderia muito bem se conter, mas não o fazem. O parque Vitória Régia lotado no último final de semana em Bauru é o mais exemplo disso. Por que essa necessidade de se expor e colocar assim mais e mais vidas em risco? O momento é trágico, mas os exemplos que deveriam vir de cima não ocorrem. Nesta semana já tem um jogo de futebol da Série A, que deveria sofrer interrupção de quinze dias, quando todos estariam mais seguros e se cuidando, mas os dirigentes, até para atender demanda das TVs, já marcaram um jogo do São Paulo com o São Bento de Sorocaba para quarta à noite, no estádio Independência, Belo Horizonte MG. Qual a necessidade disso? O vil metal, como se sabe está e continuará acima de tudo e todos, inclusive da VIDA. Exemplos com oeste estão pipocando por todos os lados e assim, a quebra do isolamento que nos salvaria. Hoje fazem isso com o futebol, amanhã com as igrejas, depois com com tudo o mais. Os manifestantes verde-amarelo clamam por algo neste sentido. Cobrar algo do chefe do Executivo em Brasília, pouco se faz e daí, continuaremos na roleta russa onde nos enfiaram por causa do descaso para pensar na população num todo.
LABUTA (04) - MOSCOUEu sofro junto com a despedida do Circo de Moscou defronte o Mafuá ,quadra 1 da rua Gustavo Maciel, esquina com a rua Inconfidência. O circo já foi embora, mas algo ainda permanece no terreno na beirada do rio Bauru e após quase uma semana da partida da maioria do staff, por ali permanecem dois ônibus trailers e a carroceria de um caminhão com pneu furado, com material coberto por lona. No terreno circulam dois homens, uma senhora beirando os 60 anos e uma jovem mulher trans, todos fazendo o que podem para tocar suas vidas até que a solução apareça ali na curva da esquina e os leve para Itaquera, onde se encontra o restante da troupe. Eles sentam em cadeiras de plástico nas poucas sombras e ali aguardam. Descobriram o Bom Prato, servindo comida a R$ 1 real, almoço e jantar e assim ao menos não passam fome. Contam histórias, algumas do pessoal já em São Paulo, quando num descuido deixaram num canto toda a fiação que ilumina a lona e ao darem por si, tudo havia sumido, surrupiado, ou seja, se a vida já está difícil, agora soma-se mais gastos. Os ainda em Bauru não vão por não terem o valor suficiente para fazer a viagem, nem para combustível, muito menos para pedágios e alimentação. E existe ainda a parte da carreta sem pneu que não pode ser abandonada. Pergunto sobre como esperam fazer e eles me conta que, sempre fazem assim, vão e voltam com os poucos caminhões, muitas vezes tirando pneus de outros por lá, instalando neste aqui e assim rodando em frente, aos poucos. A água ainda permanece ligada pelo DAE e isso os abastace para os banhos, alguns feitos quando a noite cai, na ponta da borracha, mas a luz já foi cortada, quando a CPFL desligou a fiação e luz noturna só mesmo pela refletida dos postes do quarteirão. Eles não se desesperam, a senhora que fala por todos, diz ser parente próxima do dono do circo e não o critica pela situação ora vivida. Tem ciência da pandemia ter agravado muito e sem poder apresentar espetáculos, tentam ao menos, chegar ao fim da pandemia, reunir forças, todos juntos, novamente com fiação nova e pneus em condições, rodando mundo afora, algo que os iluminam por dentro e por fora, movem suas vidas. No momento em que escrevo, noite caindo sob Bauru, eles se sentam numa roda e conversam, falam pelo único celular ainda com sinal, estabelecem contato e aguardam cheios de esperança, afinal, Itaquera não é assim tão longe.
UM BREVE COMENTÁRIO SOBRE OS QUE NÃO CONSEGUEM PARAR DE JEITO NENHUMTem os que trabalham e são muitos. Estes são obrigados a sair de casa diuturnamente se arriscando pelas ruas. Vão e voltam, contam com a sorte e com com cuidados pelos quais se cuidam. Muito mais deveria ser feito e pensado nestes, os que se arriscam. Pouco é feito, tanto que na nova determinação os ônibus circulares não devem mais comportar pessoas em pé, mas isso, como sabemos é só para "inglês ver". Existe paralelo e estes, os trabalhadores brasileiros, uma turba que poderia muito bem se conter, mas não o fazem. O parque Vitória Régia lotado no último final de semana em Bauru é o mais exemplo disso. Por que essa necessidade de se expor e colocar assim mais e mais vidas em risco? O momento é trágico, mas os exemplos que deveriam vir de cima não ocorrem. Nesta semana já tem um jogo de futebol da Série A, que deveria sofrer interrupção de quinze dias, quando todos estariam mais seguros e se cuidando, mas os dirigentes, até para atender demanda das TVs, já marcaram um jogo do São Paulo com o São Bento de Sorocaba para quarta à noite, no estádio Independência, Belo Horizonte MG. Qual a necessidade disso? O vil metal, como se sabe está e continuará acima de tudo e todos, inclusive da VIDA. Exemplos com oeste estão pipocando por todos os lados e assim, a quebra do isolamento que nos salvaria. Hoje fazem isso com o futebol, amanhã com as igrejas, depois com com tudo o mais. Os manifestantes verde-amarelo clamam por algo neste sentido. Cobrar algo do chefe do Executivo em Brasília, pouco se faz e daí, continuaremos na roleta russa onde nos enfiaram por causa do descaso para pensar na população num todo.
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