CRÔNICA DE UM SOBREVIVENTE, TRANCADO E SÓ OBSERVANDOFalar o que mais desta minha cidade, estado e país? Tá tudo tão deteriorado e, acredito, tudo já tenha sido dito e se ainda falta algo, não será mais novidade para ninguém. Em pouco menos de três meses de desgoverno de Suéllen Rosim como novíssima (sic) prefeita de Bauru, por enquanto, só decepções, nada de novo, um enrolar em cada ação e pronunciamento. Ela não me surpreendeu, pois o vazio já era mais do que evidente em como se deu sua campanha.
Ela já chegou bolsonarizada e assim prossegue, pois acredita que assim terá chances de galgar o que almeja, ser deputada, brilhar em Brasília. Sinto que sua pretensão é fazer isso o mais rápido possível, pois empurra com a barriga a administração bauruense, algo totalmente estranho e despropositado para ela, sem nenhum experiência no ramo e sem vontade de aprender. Ela já se acha pronta e assim menospreza tudo à sua volta. Ela não tem sonhos, tem um plano e segue com ele, trombando com tudo o que lhe surgir à frente. Bauru é só um obstáculo no caminho. Essa negação da periculosidade da pandemia é no que acredita, pois assim como seu mentor, o ex-capitão, tem visão limitada e crê, tratando dessa parcela do eleitorado, irá não só manter como conseguir se tornar famosa. Ela começa sua ação num ato ainda não muito bem explicado, racismo meio sem nexo, algo meio sem pé nem cabeça e depois daí, como a facada do presidente, capitalizou e vai prosseguindo.
E não faz outra coisa que não brigar, esbraveja contra o governador, instruída para assim agir, pois assim se manterá na mídia, não como liderança regional, mas como alguém que governa, mas se diz impedida de fazê-lo a contento, daí se faz de coitada, de impedida de atuar, pois não lhe arrumam as vagas hospitalares que a cidade precisa. É um jeito novo de governar, quando o governante mente ao se dizer impedido de governar e daí, segue loroteando, gargateando, fingindo governar. Bauru segue abandonada, sendo governada de fato por uma estrutura já existente e que sabe como resolver as coisas. Dou um exemplo dos problemas de água e dos buracos. Quando esses afloram, todos sabemos, existe uma estrutura que atua e ela, mesmo desprestigiada e vilipendiada, continua operante. Não fosse esses, estaríamos em pior situação. Ela agora, resolveu se aliar ou seguir o que lhe impõe um coronel, Zeca Diabo de sua admiração, ela sendo a própria encarnação do Odorico e Bauru a mais nítida expressão da Sucupira da ficção. Essa pregação de manter portas abertas, mesmo no momento mais crítico da pandemia é dessas aberrações incompreensíveis, de um país cada vez mais de revelando pelo avesso, pelo seu lado mais insano, cruel, desorientado e doente.
Essa doença encarnada pela prefeita bauruense foi a ela transmitida por Bolsonaro, pois ela é sua cópia. Não sei se piorada ou melhorada, mas ambos representam bem o país aflorado após o golpe de 2016, o que defenestrou Dilma e colocou no poder este conluio que até hoje nos governa. Só perdemos com estes, o Brasil se funbicou e continuará se funbicando, pois ainda não conseguimos extirpar o grande mal. Ele agora, quer golpear o que nos resta de normalidade política, fechar ainda mais e governar mediante um Estado de Sítio, sem dar explicações, fazendo o que bem entender e se possível, sendo garantido pelas forças policiais, das Forças Armadas ou mesmo das polícias militares estaduais, além dos milicianos. Bolsonaro despreza as instituições, essas que o ajudaram a chegar lá, participaram da trama e hoje estão também acuadas por estes, mas mesmo assim não se vergam, continuando sua sina de agir contra os interesses do zé povinho. No Brasil de hoje, aflorou estes, gente com essa linha de pensamento e ação política iguais a Bolsonaro e Suéllen. Em cada cidade existem exemplos destes, saindo das entranhas encardidas deste país e quando com algum poder, agindo mais e mais para desmontar o consolidado por décadas e querendo impor a bestialidade, não só conservadora, mas pior que isso, fundamentalista, daí sem diálogo possível.
Se Bolsonaro vencer a queda de braço sendo travada neste momento com o que ainda resta de um país onde existem leis e o respeito pela Constituição, Suéllen estará com ele e o que virá pela frente será um período tão nojento, repulsivo, com imprevisíveis consequências, período de perseguições inauditas, caça às bruxas, que muitos já pensam em cair fora antes que seja tarde demais. Desistir jamais, esse o lema dos que resistem, isso tanto em Bauru como nos demais desGovernos, estadual e federal. Nos próximos dias, mais um capítulo, amanhã mais uma aniversário do Golpe de 64 e cenário propício para mais que uma quartelada, uma trapaça intestina, endurecimento e o país entrando nesses períodos onde o povo só perde. Se a prefeita está perfilada com quem propõe o casuísmo da Armação Ilimitada em curso, tenham certeza, nem Bauru, muito menos o Brasil tem chances de melhorar e resolver seus problemas. Eles se ampliarão.
Baita abracito deste mafuento sem nenhuma esperança de ver dias melhores sem “sangue, suor e lágrimas”
Não se deixar afogar na onda rasa...
Agora, enquanto o gajo bafunta, nós precisamos botar a alma no auge e dizer que ganhamos todas!
Bolsonaro está fodido!
NADA!
Não vai acontecer NADA!
Por favor, mantenhamos salvos, claros, límpidos todos os nossos melhores sensos!
O envenenado mostrengo, bafunta!
Bebamos, hoje, mais do que ontem.
Amanhã, mais do que hoje ...
Garoeiro".
Respirei fundo e, só assim, consegui chegar até a geladeira, abrir uma cerveja bem gelada. Já estou mais calmo e na terceira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário