segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

CHARGE ESCOLHIDA À DEDO (201)


VEREADOR DISTRIBUINDO EMENDA PARLAMENTAR
Eu sou de um tempo onde a função primeira, principal e quase única de um vereador era o de fiscalizar o poder público municipal. Sempre achei que, vereador é pago para exercer de, fato e de direito essa função. Pois bem, de uns tempos para cá foi aprovado na Câmara, sob a benção da atual administração, a da fundamentalista Suéllen Rosim, que os vereadores teriam direito a uma grana, tipo a que deputados distribuem como emendas parlamentares e dsitribuem segundo sua concepção cidade afora. Já escrevi sobre isso tempos atrás, quando vi a coisa vingar e agora, vejo tudo já colocado em prática.

Trata-se de uma loucura sem precedentes na história política desta cidade. Pelo que entendi, assim a grosso modo, tudo gira em algo em torno de R$ 1.500 milhão, divididos e repassados para cada vereador e estes, segundo o que consideram melhor, segundo suas caberças, repassam aqui e ali. Nunca vi nada igual. Em primeiro lugar, vejo um perigo imenso na iniciativa. O tal do poder fiscalizador fica imensamente prejudicado e não tentem argumentar ao contrário, pois não vai colar. Tudo bem, pode existir - acredito nisso -, iniciativas empregabilidade mais do que bem feita, mas o buraco é muito maias embaixo. Muito mais do que possa imaginar nossa vã filosofia.

Creio estar sendo desvirtuada a função do vereador. Isso pra começar a discutir seriamente o assunto. Depois, não me entra na cachola, ver esses valores sendo distribuidos no varejo - e no atacado também -, em algo sem projeto que o sustente, mas porque, simplesmente, o vereador achou por bem fazer o repasse para aquela iniciativa. Não tem como voltar atrás com isso? Eu queria ver vereador discutindo se a verba que o administrador municipal repassou foi bem distribuida, mas nunca imaginava ver ele o fazendo e daí, quem irá fiscalizar se o que fez é o mais adequado ou coisa muito pior que isso? Como um pretendente a vereador pode querer concorrer em igualdade de condições num pleito futuro, com alguém detentor de grana e a distribuindo ao bel prazer por aí? Para quem acha que já viu de tudo, eis este algo mais, que acreditava nunca veria na vida. Falta o que mais acontecer, hem? Por favor, me belisquem e digam estar sonhando...

semelhança
O CASO DA GRILAGEM DE IMÓVEIS EM BAURU - CONTO ALGO PESSOAL ACONTECENDO COM MINHA FAMÍLIA, NUM TERRENO NA VILA DUTRA
Pode até uma coisa não ter nada a ver com a outra, mas a história que soube estar ocorrendo em Bauru, com uma prisão de funcionário público municipal, desencadeando uma trama urdida para grilagem de imóveis tem muita semelhança com o que acontece com minha família, eu incluído. Leio o que publica Nelson Gonçalves, no seu bom Contraponto e me ponho a pensar: "O nosso caso não seria também um deles?". Leiam matéria do Contraponto: 
https://contraponto.digital/gaeco-prende-servidor-da-prefeitura-e-cumpre-operacao-contra-grilagem-de-imoveis/?fbclid=IwAR3e6HpUN7sa5pqCVwzUgNf5JsrYlMIuilXkztY2i2ljIQoTla_885WCFX0

Explico. Meu pai teve por décadas um duplo terreno lá na vila Dutra. Levantou uma casa de madeira, derrubada muito tempo depois, quando envelhecida e ele já sem condições de cuidá-la. Permaneceu o terreno, ele se foi e o mesmo foi motivo de partilha entre os filhos, invcentário já realizado. Nunca pensou em vender. Gostava demais da vila Dutra e da casa. Tenho inenarráveis lembranças dele ali comigo naquele local.

Pois bem, agora, anos depois do seu falecimento e tudo já partilhado, inventário feito, me aparece uma senhora se dizendo dona do terreno. Tem um documento assinado por meus pais, datado pouco antes da morte dele e de venda de tudo. Ficamos sabendo, os quatro irmãos, pelo processo correndo na Justiça. Fui conferir as assinaturas do documento, nunca registrado em Cartório e não eram deles, aliás, muito diferentes. Uma fajuta falsificação. A história é estranha em tudo, a pessoa que supostamente havia vendido o terreno para essa senhora e teria comprado de meu pai já morreu.

Ela, de posse deste papel, entra na Justiça e requer o mesmo, sob alegação de ter pago pelo mesmo. Fomos acionados na Justiça e estamos, os quatro neste momento, constituindo advogado para provar uma trama urdida para nos tomar o terreno. O papel, suposto contrato é uma farsa explícita, com assinaturas forjadas, hoje usada para tentar ganhar uma causa. O caso circula na Justiça e em breve deve ter solução. Quando li o que está em curso, também na Justiça, de trama de grilagem de terras em Bauru, pensei logo no ocorrido aqui em casa. Se tem relação não sei, mas do que tenho certeza é que, meus pais, foram objetos de uma trama de alguém tentando lhe surrupiar um terreno. Vamos provar isso, tenho a mais absoluta certeza. Aguardo as histórias, que certamente ainda serão divulgadas da trama lá dentro da Prefeitura, para juntar os pauzinhos e ver se existe alguma relação. O fato é que, tem muito espertalhão agindo nos bastidores dessa insólita Bauru, cidade "Sem Limites".

2 comentários:

Anônimo disse...

O advogado da parte adversa no seu processo é um dos presos.

Mafuá do HPA disse...

Meu caro explique isso...
Boiando
HPA, direto do mafuá