terça-feira, 5 de dezembro de 2023

CENA BAURUENSE (245)

O CARA FOI CONDENADO - E OS OUTROS? ENQUANTO ISSO NÃO SE RESOLVE, APRESENTO MAIS ALGUNS FLASHES DESTA INSÓLITA BAURU*

* Saiu a primeira decisão judicial condenando o ex-presidente e homem forte da Cohab Bauru, Edison Bastos Gasparini Jr e duas pessoas muito próximas a ele, mas só. Dizem, Rádio Peão, da existência de extensa rede de beneficiados com os valores subtraídos dos cofres da empresa, sempre a dinheiro vivo. Enquanto estes nomes ainda não são divulgados, solto mais uma batelada de cenas clicadas pela aí, até para distrair a atenção dos interessados em outras coisas, dantescos detalhes dos bastidores da vida nada pública de "ilustres" (sic) bauruenses. Divirtam-se:

01. Em 05/11/2023 publiquei: Na mesma foto, a junção de três Eni's na Feira do Rolo. Na parede junto ao barracão da Cia Paulista, grafite feita por artista local, na banca defronte, livro escrito por Lucius de Mello sobre a vida dela, Eni Cesarino e sendo vendido na Banca do Carioca e, por fim, o fotógrafo, este HPA, filho de outra Eni, a Perazzi de Aquino, que nada teve em vida a ver com a outra, mas via o filho encantado com as histórias que ouvia dessa que virou grafite e livro, também moradora da rua Gustavo Maciel. Aqui nessa aldeia, sei lá, mas parece tudo se cruza um dia, pelo bem ou pelo mal.

02. Em 06/11/2023 publiquei: Em foto de Teruo Kosaka, situação atual das casas de antigos funcionários da Cia Paulista, quando observadas do alto, de cima do viaduto João Simonetti ou de quem ainda circule pelos trilhos urbanos bauruenses.

03. Em 07/11/2023 publiquei: Aqui nessa esquina e descampado, quadra 1 da rua Cícero Domiciano, bairro Geisel, bem pertinho da Sorri, acontecia todo o furdunço preparativo carnavalesca da hoje adormecida Escola de Samba Águia de Ouro. A batida era boa, entoada sempre em alto e bom som. Enquanto durou foram anos e anos com a esquina transbordando de gente por todos os poros.

04. Em 08/11/2023 publiquei: O sonho de consumo de muita gente , bem ali na frente de todos, em plena avenida Nações Unidas, esperando o sinal abrir, junto da Nuno de Assis, uma casa rodante, dessas para você sair por aí, sem lenço nem documento.

05. Em 10/11/2023 publiquei: Quem vem de Piratininga pra Bauru, essa a primeira visão da vida urbana, com a edificação do Minha Casa Minha Vida ainda se misturando com o pasto.

06. Em 11/11/2023 publiquei: Cena rotineira dos casamenteiros, com seus parentes e convidados diante do Cartório Civil Novelli, rua Antonio Alves, toda sexta e sábado, quando posam da calçada para fotos e olhares de quem por ali circule com seus veículos.

07. Em 21/11/2023 publiquei: Force um bocadinho a vista para ler a inscrição deixada registrada no muro da quadra 2 da rua Eliseo A Gomes, centro, tendo do outro lado os trilhos urbanos e a unidade do Poupatempo. Está lá: "Sem luta não há revolução", como mantra para se buscar dias melhores.


08. Em 23/11/2023 publiquei: Tempos atrás - bota tempo nisso! -, pensei em fazer algo parecido com o que havia visto em Buenos Aires, uma página diária com publicações de pessoas encontradas nos mais diferentes lugares e lendo um livro. Iria até abordá-las e citar, se possível, algo do livro. Desisti da ideia, pois o que menos se vê hoje em dia são pessoas lendo livros pela aí. Antigamente, isso era comum em ônibus, filas, salas de espera e hoje, tudo substituído pela leitura da tela do celular. Pois bem, ontem, ali na rua Agenor Meira, para minha surpresa, num momento de descanso de funcionários de uma empresa de telemarketing, quase ao lado do CDU da Unimed, vislumbro uma jovem lendo um livro. Foi difícil me conter e não ir ter com ela, o que estaria lendo. Enfim, trata-se de raridades, porém ainda existem os que, como eu, resistem e insistem, persistem na leitura do tal modal papel. E como é bom, disto não tenho a menor dúvida!

09. Em 24/11/2023 publiquei: Em foto reproduzida do "História de Bauru", eis o pátio de paralelepípedos da entrada das tão garbosas - anos atrás -, Oficinas da NOB. Por ali circularam, no todo, em uma época aproximadamente 4 mil funcionários e hoje, tudo no abandono, mato por todo lado e o que resta de acervo, enferrujando e se deteriorando a céu aberto. Nenhum projeto à vista de revitalização e reaproveitamento de uma das maiores edificações desta aldeia bauruense, que como se sabe, continua forte e rija, pois toda edificação férrea foi feita para durar e se resistia ao impacto diário dos trens passando ao lado, o que dirá da passagem do tempo. Ela só não resiste à falta de imaginação e vontade do bicho homem, que nada pensa para reavivá-la e assim torná-la novamente útil. Ah, se tivessemos um poder público pensando em prol desta cidade!!!

10. Em 25/11/2023 publiquei: Entrada de uma das infindáveis farmácias da avenida Duque de Caxias, a cena mais triste de todas, um ser humano, não só formatando na calçada, mas ali depositado, como uma coisa qualquer, todo retorcido, algo a doer, por dentro e por fora. Enquanto cenas iguais a essa estiveram acontecendo pela aí, não dá pra ter um só minuto de descanso da vontade de mudar este mundo. Não se trata só de diminuir as desigualdades...

11. Em 27/11/2023: Reproduzo foto do Jean Morales, tirada lá na beirada alta, aquela que os carros que passam lá embaixo, desde quando a rodovia marechal Rondon foi rebaixada e o Posto Sem Limites, uma unidade de cada lado, fosse jogada as traças. De um lado - margem direita de quem chega na cidade -, seus proprietários conseguiram salvar e tocam o posto, não como dantes, até hoje. Do outro - o da mergem esquerda de quem chega -, este o quadro atual. Isso me lembra o que acabaram de fazer - a Prefeitura e a concessionária - com o terreno e a edificação do Parquinho, também nas margens da Rondon. Ali, pouco depois do fechamento, aventou-se até a hipótese de ali abrigar uma unidade da Polícia Militar, depois descartada e desde então, abandono. O tempo passou e tudo foi se perdendo. O posto possuia um conjunto arquitetônico interessante, mantido até hoje em quem possui olhos de lince, visão quase de raio X e enxerga o que ainda dá pra ser ver por detrás do descalabro. O cenário atual é triste e deve desaparecer em breve, pois ali no local, mais uma vicinal. Às margens da rodovia, uma ligando o Colina Verde ao Gasparini. Imaginem se isso viesse mesmo a acontecer e ali já pronto e esperando uma séria recuperração, essa bela edificação. Não, nada será feito e o que permanecerá mesmo serão memórias, histórias ali vividas e depois, alguém ainda poderia nos contar de como se deu o desfecho, quando foi comunicado aos proprietários, que a rodovia iria ser rebaixada e o posto permaneceria sem acesso, lá do alto. Daquele momento em diante sem função. Deu no que deu.

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