PRA COMEÇAR OS TRABALHOS - EU FUI E VÁRIAS VEZES
1.) STEVE É DO NEPAL, VIVE EM SAN FRANCISCO EUA E SUA IDENTIFICAÇÃO COM O BRASIL AINDA É O FUTEBOLSteve é um uberista em San Francisco. Quando o vi dirigindo de máscara, achei pudesse ser latino. Não entendeu nada de meu portunhol. Ana Bia intercedeu e começamos assim um diálogo, enquanto durou nossa viagem. Nove anos nos EUA, diz estar feliz da vida, mesmo muito longe de sua casa. Quando nos identificamos como brasileiros abre um sorriso extra e a primeira palavra pronunciada foi: "Neymar". Ele gosta de futebol. Ana o provoca sobre seu time do coração, o Flamengo. Ele, simpático, ri e demonstra não saber do que se trata. Na sequência cita Ronaldinho, Rivaldo e Roberto Carlos. Conhece estes, mas quando falo de Pelé, fica no ar, ou seja, para nossa tristeza, o rei já não é mais referência para os boleiros mundo afora. Ele também diz gostar de Messi e Diego Maradona. De Messi, diz assistir todos seus jogos pela TV e passou a torcer pelo time onde joga, pois sabe tudo de bola. Sobre Roberto Carlos, diz se lembrar dele, mesmo tendo parado há algum tempo, pois não esquece de seu chute forte. Tento ver o que mais conhece do Brasil e cito Lula. Não, ele nada sabe de nossa política e de nenhum outro da América Latina, só mesmo algo de nosso futebol. Sem lhe perguntar me diz que as TVs daqui quase nada mostram de nós, abaixo da linha do Equador. Ou seja, na mídia daqui quase não existimos.
1.) STEVE É DO NEPAL, VIVE EM SAN FRANCISCO EUA E SUA IDENTIFICAÇÃO COM O BRASIL AINDA É O FUTEBOLSteve é um uberista em San Francisco. Quando o vi dirigindo de máscara, achei pudesse ser latino. Não entendeu nada de meu portunhol. Ana Bia intercedeu e começamos assim um diálogo, enquanto durou nossa viagem. Nove anos nos EUA, diz estar feliz da vida, mesmo muito longe de sua casa. Quando nos identificamos como brasileiros abre um sorriso extra e a primeira palavra pronunciada foi: "Neymar". Ele gosta de futebol. Ana o provoca sobre seu time do coração, o Flamengo. Ele, simpático, ri e demonstra não saber do que se trata. Na sequência cita Ronaldinho, Rivaldo e Roberto Carlos. Conhece estes, mas quando falo de Pelé, fica no ar, ou seja, para nossa tristeza, o rei já não é mais referência para os boleiros mundo afora. Ele também diz gostar de Messi e Diego Maradona. De Messi, diz assistir todos seus jogos pela TV e passou a torcer pelo time onde joga, pois sabe tudo de bola. Sobre Roberto Carlos, diz se lembrar dele, mesmo tendo parado há algum tempo, pois não esquece de seu chute forte. Tento ver o que mais conhece do Brasil e cito Lula. Não, ele nada sabe de nossa política e de nenhum outro da América Latina, só mesmo algo de nosso futebol. Sem lhe perguntar me diz que as TVs daqui quase nada mostram de nós, abaixo da linha do Equador. Ou seja, na mídia daqui quase não existimos.
2.) EU E UM CUBANO ADORADOR DOS TEMPOS DE BATISTA
Nas andanças feitas com Ana Bia na travessa de BAlmy Alley, bairro latino de San Francisco EUA, que na verdade é mexicano, em vários quarteirões, fixados junto aos postes, estandartes com algo de cada país da América Latina. Num deles, algo de Cuba. Paro defronte e me ponho a olhar, quando sou observado por um senhor, talvez algo em torno dos 70 anos - ou seja, pouco mais que minha idade. Passo por ele e ele me pergunta se gosto de Cuba. Sim, lhe digo e tento explicar do amor pelos cubanos, país onde estive por um mês em 2007, de Che Guevara e Fidel Castro. Ele me diz estar enganado, pois os cubanos dali pouco cultuam estes dois. Queria revidar, mas Ana Bia me deu uma lição antes de caminhar pelas ruas dos EStados Unidos: "não discuta nas ruas, pois aqui eles podem reagir contigo diferente de onde vivemos, além disso, muitos andam armados". Pensei rápido, agradeci e sai a caminhar sem olhar para trás, pois queria mesmo é lhe confrontar, ele com suas certezas, eu com as minhas, mas ciente de que, os exilados cubanos na Flórida, em sua maioria são fugitivos ou antigos devotos do ditador Batista, loucos para "capitalizar" a ilha. Olhei para os lados, pincipalmente pelas grafites, a existência de uma resistência no lugar, muito diferente da que me queria mostrar o senhor incomodado com meu amor pela Cuba de Fidel, Castro e comunista. Não ia ser ele a estragar meu dia e passeio. Sei lá o que poderia ter ocorrido se continuasse a conversa em terreno do adversário. E por fim, me fui sem tirar a foto do estandarte a lembrar de Cuba.
3.) O PESSOAL DA HERTZ DE SAN FRANCISCO NÃO GOSTA DE PROTESTOSEu e Ana Bia optamos por alugar um carro e com eles descer de San Francisco até Los Angeles, num trajeto de aproximadamente umas 700 milhas (cada milha deve dar 1,6 km). Loucura, pois com frio, nem as praias são assim convidativas para, ao menos sujar os pés na areia. Pois bem, a compra foi efetuada ainda no Brasil e a opção sugerida pela nossa agente de viagem, a Hertz. Chegamos lá, quarta, uma hora antes do programado, 9h e começou nossa via cruz, junto de três outros casais, dois italianos e um sérvio. Atenderam bem até o momento em que os carros não apareciam para irmos pras ruas. O tempo de espera foi de 2h ali na loja. Um cara atendendo, com jeitão de ser descendente de indiano, pelos traços, gentil no começo, mas falando alto quando inquerido. Num certo momento, um dos italianos, cansado da espera, bateu forte com a mão no balcão, diante de uma funcionária de origem nipônica (devem ser a maior colônia de imigrantes por aqui). Ela reagir, levantou a voz, seguida do indiano: "Aqui não é lugar para isso". Foi um corre-corre, com a esposa do italiano tentando amenizar o imbróglio, porém, todos estavam no limite. O fato é que, após o ocorrido, o indiano ficou num entra e sai, sempre falando alto, porém, nossos carros apareceram e ganhamos estrada. No nosso caso, mais de quatro horas, quase 400 milhas de San Francisco para San Jose Obisco. Foi um dia difícil, duas horas de espera e mais quatro e pouco sentados num banco de carro, vendo inúmeras pequeninas vilas norte-americanas passar diante de nós pelo retrovisor. Aqui escurece muito cedo, assim cedo, chegamos e partimos tomar vinho na beirada de um rio, para esfriar a cabeça. Na pressa, esqueci até de dar um abraço no italiano, por ter agilizado tudo lá na Hertz.
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