sexta-feira, 28 de fevereiro de 2025

FRASES DE LIVROS LIDOS (213)


a viagem continua
UM TOUR COM GUIA HOJE PELA MANHÃ CONHECENDO TODO CENTRO HISTÓRICO DE BRATISLAVA, CAPITAL DA ESLOVÁQUIA
Estar num lugar totalmente desconhecido e tentar conhecer uma histórica cidade, 500 mil habitantes, capital da Eslováquia, sem nenhum tipo de acompanhento e em apenas três dias é algo inimaginável, inconcebível. Seria o mesmo que ficar batendo a cabeça, rodando aleatoriamente e em círculos. Isso de, em cada cidade, ir em busca de um tour que o leve para algum conhecimento e depois, as andanças é ótimo. Eu e Ana Bia tentamos fazer isso em cada lugar que chegamos.

Hoje, aqui foi, mais uma vez, assim. David é espanhol da Catalunha e vive aqui há dez anos e Lúcia, também espanhola e período pouco menor. Eles são guias de rua e de fala. Estudaram muito a história daqui e a empresa onde atuam, monta tours pela Europa inteira - são várias. No caso, fazem o tour em espanhol, a empresa reúne os interessados e eles lá no lugar, com uma guarda chuva de uma cor destacada. Apresentações gerais e nos apresentam a cidade e sua história, depois nos levando em cada local onde ela de fato se deu, dentro do que ficou registrado. Fizemos um tour ontem, indo até um castelo, nos altos da cidade e hoje o tour pelo centro histórico. Ao final, como a cidade não é tão grande e muita coisa localizada no seu centro, ele nos diz: "Deu para terem uma impressão de pelo menos uns 80% do que é de fato Bratislava".
E depois, quando terminada a tour, vem a andança sózinho, daí já parando em lugares específicos, entrando em museus, locais indicados, seguindo dicas. A cidade surpreende e David nos ajudou muito neste sentido no dia de ontem e Lúcia no de hoje. Sem a ajuda deles, com certeza, nã osairia daqui com a mesma impressão alcançada.

o embate do dia
ZELENSKY HUMILHADO, CANASTRÃO RICO, SEU PAÍS FALIDO E TRUMP DITANDO COMO QUER TODOS À SUA VOLTA, VASSALOS, RESIGNADOS E SUBSERVIENTES

Lula esta certo ou não em não dar trela pro irresponsável palhaço ucraniano? Ele mereceu o tranco, porém precisa ser responsabilizado pela guerra e destruição da Ucrânia. De Trump não se esperava nada diferente. Fala de ditadores, mas ele representa hoje a pior ditadura existente no planeta.

"Trump e Zelensky batem boca durante encontro no Salão Oval. “Você não está numa posição boa agora”, disse o presidente americano ao ucraniano. “Você está apostando em uma Terceira Guerra Mundial.” #Estúdioi", Globo News. Eis o bate boca como se deu: https://www.facebook.com/GloboNews/videos/648986587996896

Nem precisava dizer, mas a charge de Latuff expressa muito bem o momento vivenciado pelo canastrão e destruidor da Ucrânia, um que enganou incautos e sacanas de plantão mundo afora. Lula foi um dos poucos que não se deixaram levar.

continuar tentando
"GAROTOS DA FUZARCA" É MEU QUARTO LIVRO LIDO NO MÊS
Sim, trouxe alguns livros na mala, nessa longa viagem que faço. Três para ser mais exato e já li dois. Falta somente um. Não é nada fácil ler numa viagem como essa, de cidade em cidade, lugares diferentes e tantas outras coisas nos encaminhando pra atividades diferenciadas, nunca vistas. Eu tento e vou conseguindo, aos poucos, manter akgo pelo qual gosto muito. Desta feita, quase devorei por inteiro este numa viagem de trem, entre uma cidade e outra, terminando ontem, final da noite, já no hotel. "Garotos da Fuzarca" é o primeiro livro de IVAN LESSA. Eu o conheço desde os tempos d'O Pasquim, quando na pela de Edélsio Tavares e respondendor oficial das cartas, também da seção GipGip MhecoNheco, ali aprendi algo mais da irreverência no jeito de escrevinhar. Ivan é filho do grande Orígenes Lessa e dono de uma erudição duvinal. O leio encantado, pois cheio de citações, mesmo o lendo aqui, nos faz viajar para vários outros lugares ao mesmo tempo.

Ler  Ivan Lessa não é para qualquer um, pois se tentar, sem possuir nenhum conhecimento cultural, ele desiste de cara, pois ele não consegue escrevinhar uma linha sequer, sem fazer citações, É mais que um jeito brincalhão de ir despejando tudo para o papel. O seu texto se torna brilhante, pelo cabedal ali proposto, algo construído só mesmo por quem leu muito e continua o fazendo. Eu mesmo, só fui entender o jeito dele responder as cartas no Pasquim, muito tempo depois. Era muito novo, comecei a ler lá pelos meus 13 anos e ficava indignado em como respondia aos leitores. Na última página, uma seção só de frases, ilustradas brilhante por muitos, sendo o Redi o melhor deles. Aquelas sacadas todas é Ivan na sua essência. Li este livro quase numa sentada, pois uma crônica se encaixa noutra e assim, o interesse segue surpreendente. Termino e estou louco de vontade de chegar em casa e ir em busca de um livrão relembrando o que foi o GipGip NhecoNheco, pois aquilo tudo me contagiou e foi um dos impulsionadores para que começasse minhas escrevinhações. Não parei mais, porém não alcancei o patamar do Ivan, muito menos do Edélsio, mas tento e isso me faz viver. Pelas poucas frases registradas dá para ter noção do que vai pela sua cabeça. Pela minha, passam situações até similares. Duro mesmo é concatenar e conseguir juntar no papel com a mesma maestria. Nunca consegui. Ele foi um dos meus grandes inspiradores.

amanhã já é Carnaval
LEILA DINIZ É A CARA DO CARNAVAL ONDE ESTOU SITUADO
Leila Diniz ( 1945 - 1972)
“Não morreria por nada deste mundo, porque eu gosto realmente é de viver. Nem de amores eu morreria, porque eu gosto mesmo é de viver de amores” Leila Diniz
Todos os cafajestes que conheci na minha vida eram uns anjos de pessoas. (Leila Diniz)
Toda mulher é meio Leila Diniz - Rita Lee, cantou
"Ela era solar, numa época em que o chique era a fossa". Jaguar
Todas as Mulheres do Mundo - Domingos de Oliveira
O Cineasta Domingos de Oliveira foi casado com Leila Diniz por três anos e a dirigiu em Todas as Mulheres do Mundo ( 1967). Na ocasião eles estavam separados e Domingos tentava reconciliação.
Escreveu esse poema para a musa e atriz:
Se não fosse meu o segredo de teu corpo, eu gritaria pra todo mundo. De teus cabelos, sob os quais faz noite escura, de tua boca, que é um poço, com um berço no fundo, onde nasci. De teus dedos, longos como gritos. Teu corpo, para conhecê-lo é preciso muita convivência...Teu sexo é um rio, onde navego meu barco aos ventos de sete paixões. E tua alma. Teu corpo é tua alma
Leila Diniz e o Cineasta Ruy Guerra
Ao final da década de 1970, Leila Diniz conhece o cineasta Ruy Guerra. Fica grávida e em 1971 desfila de biquíni , com barriga à mostra, pelas areias da Praia de Ipanema. No programa do Velho Guerreiro, Chacrinha, ganha a faixa de “ Grávida do Ano”. Em 19 de Novembro de 1971, dá à luz a Janaína.
Banda de Ipanema e a Atriz Leila Diniz
Não poderíamos falar de carnaval do Rio sem mencionar a Banda de Ipanema. Fundada em 1965, por Albino Pinheiro (1934 - 1999), carioca, apaixonado por carnaval e também um dos criadores do Corredor Cultural, que salvou tantos prédios e monumentos históricos no centro da cidade. No início a banda se concentrava na praça General Osório, em frente ao Jangadeiro. Dava uma volta em torno da Praça. Mas, com o tempo, cresceu, com a fama de reunir pessoas ligadas ao meio artístico, cinema, Teatro, TV, etc. Leila Diniz foi uma das suas madrinhas mais querida e festejada. Não dá para comparar aquela banda, de décadas atrás, com a atual.
Morre em 14 de Julho de 1972, aos 27 anos, num acidente de avião que explodiu pero de Nova Déli, na Índia. Leila voltava do Festival de Adelaide, na Austrália, onde foi divulgar o filme Mãos Vazias, de seu amigo Luiz Carlos Lacerda.
Damata Costa

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2025

CARTAS (239)


SÃO MUITAS AS MADRES ESPALHADAS MUNDO AFORA
Numa escultura no Museu Leopold, em Viena. obra de Kathe Kollwitz, a Turm del Mutter, 1937/38 (Tower of Mothers), vi ali algo de idêntico teor do das Madres da Praça de Mayo, em Buenos Aires , Argentina e, é claro, de tantas outras espalhadas mundo afora. A dor é a mesma e, infelizmente se repete, ontem, hoje e amanhã.

Vejo a escultura e a fotografo por todos os ângulos. Trago fixado na roupa um botton, comprada na Casa de las MAdres, junto a praça do Congresso em Buenos Aires, com os dizeres: "A única luta que se perde é a que se abandona". No retratado na escultura, a mesma dor de mães e mulheres, estejam onde estiveremn. Isso tudo reflete algo de como se dá a luta dos que não desistem. Estes são os que verdadeira mente insistem, persistem e resistem. O sofrimento, diante de um mundo de injustiças, onde o forte impõe suas condições aos fracos, estes em maioria, infelizmente, faz parte da luta. Estes, os que não se entregam, não se calam, não se vergam são, para mim, os mais valorosos. Vejo muitos que, no mundo onde vivo, se calam diante dos poderosos, muitos por simples receio de serem vistos e assim, prejudicados no que fazem. Outros, valentes e altaneiros, como neste momento, mães e parentes de jovens que foram assassinados pela polícia militar paulista - e bauruense. Quando os vejo nas ruas, mães com dor interna, as coloco no mesmo patamar das retratadas na escultura, das das Madres argentinas. A todas essas rendo minhas mais justas homenagens.

Dias atrás o ministro do STF, Alexandre de Moares, foi intimidado pelos algozes, hoje no comando dos EUA, tentando impedí-lo, só por cumprir a legislação vigente no Brasil, de entrar naquele país e ele, lembra de uma frase de Guimarães Rosa, "o que a vida quer da gente é coragem". Sim, pra tudo na vida, necessitamos de coragem. Essa escultura me revigora a coragem, de mesmo em desvantagem bélica, continuarmos enfrentando quem nos oprime. Unidos venceremos!

DO AMOR PELA FERROVIA À VIAGEM DESTA MANHÃ, DE VIENA PARA BRATISLAVA
Estar numa estação, numa gare, ver os trilhos, tocar uma locomotiva, depois subir no vagão, um carro refrigerado, confortável e curtir ao lado de Ana Bia Andrade, 59 minutos, vendo a pequena mudança de uma cidade e país para outro. 

Vivenciando isto tudo, com incontrolável dorzinha interna, enfim, poderíamos estar no mesmo patamar, não fosse a ação nefasta de quem jogou contra e funbicou com o Brasil. Recuperar este atraso será trabalho de décadas.

CHUVA E TOUR EM ESPANHOL, ALGO DA HISTÓRIA DE BRATISLAVA, CAPITAL DA ESLOVÊNIA
Free tour a pé pelo Centro Histórico de Brastislava, com David, espanhol da Catalunha, 2,5 anos e meio na Eslováquia, com muitos espanhóis, uma boliviana, uma chilena e nós dois brasileiros. Uma cidade antes rodeada por muralhas e quatro portôes. Sobrou um deles, escombros. Muitas escadas, infinitas, até o Castelo da Bratislava. Muita história adquirida. Caminhada com saldo mais que positivo ao final. Descemos na plataforma da estação ferroviária às 13h, chegamos no hotel meia hora depois e às 15h já estávamos no local indicado para início da caminhada, terminada por volta das 18h. Só daí, procuramos um lugar, voltando ao centro histórico, para comer algo. Tudo nos envolveu tão bem, que nem vontade de ir ao banheiro tive. Passei batido e daí, descobri, quando entretido, a urina não desponta no horizonte, ela fica encolhida e o passeio rende mais. Vivendo e aprendendo a rodar...

RESTAURANTE TÍPICO, ATENDIMENTO PRIMOROSO, PREÇOS MAIS EM CONTA DA EUROPA E APRENDENDO CAMINHO DE VOLTA A PÉ AO HOTEL - BRATISLAVA NOS ARREBATOU
Provamos pratos típicos, preços honestos, além de querer provar algo ainda nunca experimentado, existe a surpresa em cada virada de esquina. No restaurante, a cerveja local, aceitando indicação do garçon e da simpática recepcionista que, ao lhe pedir para tirar uma foto de nós dois juntos, só o fez se tirássemos também uma junto dela. Achávamos estar longe do hotel, prestes a chamar um Uber, o garçon nos explicou tão simpático, daí, seguindo suas instruções, em menos de 5 minutos estávamos na porta do Íbis. Ainda lhe perguntamos, se o percurso era seguro. Sua resposta foi uma muchocho, uma cara de desdém e por fim, algo como um "sem problemas". Voltamos curtindo cada cantinho, como desbravadores em busca de aventuras e novas historietas.

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

ALGO DA INTERNET (222)


três historietas vivenciadas pela aí
DOIS PELADOS NUMA FRIA NOITE
Contei isso para Ana ontem á noite. Estamos num hotel em Viena, 6° andar. Defronte, um predio residencial. Passavam das 23h30, chegamos e depois da friaca do dia, com a calorzinho gostoso da calefação fico nu e assim perambulo pelo quarto. Passam-se minutos e num relance, desfilo diante da janela. Sem querer olho pela janela, a espiar o frio la fora. Me assusto, uma mulher quase nua, só de calcinhas anda pelo seu apartamento. Avejo, ela não a mim. Desvio o olhar, mas permaneço na janela. Ela me vê, eu a vejo. Ela,fecha a cortina e eu saio da janela. Vou deitar, conto a Ana, rimos, enfim, estaria pensando ela estar diante de um velho tarado? Isso deve ser trivial, rotineiro, eu e que, mesmo morando num prédio e sem nenhum outro à frente para bisbilhotar, não estou habituado. Saímos pela manhã, novos passeios e a cortina permanece fechada.

CRIANÇAS NOS MUSEUS
Moro numa cidade com três museus e, infelizmente, por decisão administrativa, todos fechados. O Histórico Municipal há mais de dez anos e o Ferroviário, pelo menos uns cinco. O MIS, este nunca abriu suas portas. Existe com acervo constituído, tudo hoje, creio eu, embolorando. Aqui onde estou, Viena, Áustria, os professores levam grupos de crianças aos museus. Os adultos circulam pelos seus corredores em silêncio e são chamados à atenção quando falam alto. Porém, existe uma tácita permissão de barulho produzido por essas crianças. São bandos, deliciosos de serem vistos. Sempre acompanhados de, no mínimo duas professoras. Essas dão aulas aos pimpolhos, tudo no meio dos visitantes. Lindo ver o interesse destes por museus brotando tão cedo. Tudo é questão de despertar e prosseguir, pois assim, o frequentarão a vida toda. Isso tem que brotar cedo e a escola, junto com as direções dos museus possuem papel preponderante. Quando um não quer ou falha, o outro não comparece. Na Bauru atual, com Suéllen prefeita, nem uma coisa nem outra. Tudo estagnado. Faz muito tempo que nenhuma escola vai ao museu. E pelo visto, nos próximos quatro anos, nenhum avanço. Só retrocessos. Os museus bauruenses recebiam muitos estudantes, mas isso é coisa do passado. Alguém precisa abrir o cadeado lacrando a porta de nossos museus. Já aqui na Europa, as crianças estão nos museus desde a mais tenra idade. Bauru e nossos museus decepcionam.

SABE LÁ O QUE É CONHECER ANNA BELLA GEIGER DENTRO DE UM MUSEU EM VIENA?
Geiger é conceituada artista plástica brasileira, vindo logo depois de Tarcila do Amaral e Anita Malfatti. Fez e aconteceu com a arte brasileira, principalmente nos anos 60 e 70. Um marco e hoje, aos 92 anos, completamente lúcida, está de volta à Europa. Veio para participar grupo expositores artistas austríacos e em seguida, homenagem na Espanha, acompanhada de uma das filhas e do genro, fez questão de voltar aos museus. Ela parava diante de cada quadro e o comentava, sem pedância, mas com conhecimento de causa. Um encontro muito por acaso, quando na entrada, ela fala em português para a filha, para sair da frente da legenda de um quadro, pois estava atrapalhando a "moça" de ler. A moça, no caso, era Ana Bia. Trocamos cumprimentos cordiais. Num outro momento, numa das salas, a filha puxa conversa com Ana Bia, ambas cariocas. Para nossa surpresa, era Geiger. Daí por diante, imaginem, se dá uma tietagem. Papo comprido. Só não marcamos algo, pois iremos para outra localidade amanhã e a Espanha, infelizmente, não faz parte de nosso roteiro. Lindo saber que, Geiger é reconhecida na Europa e receberá homenagem. Inusitado e divinal encontro. Se querem saber algo mais sobre ela, basta clicar seu nome no Google.



visitas e andanças
ALBERTINA MODERN MUSEUM
Desde a saída do Art Hotel Viena, o ônibus duas quadras abaixo, até as imediações da linda edificação. Tudo é uma pequena aventura para nós dois. E depois, circulando pelo interior do museu e ir querendo registrar tudo. E ao final, almoçamos no restaurante no local. Em seguida, início de caminhada para a próxima visita, que por aqui, só vai ter fim quando voltarmos.

DUAS VISITAS DENTRO DA AMPLA ÁREA SÓ PARA MUSEUS, O LEOPOLD MUSEUM E O KUNST HISTORISCHES MUSEUM
Aqui existe um amplo local, o Museum Quartier, que não consegui dimensionar seu tamanho, de tão grande e nele, vários, um ao lado do outro, ou no máximo atravessando a rua. Um compexo museológico. Conseguimos visitar dois e só saímos com o aviso do horário estar encerrado. E nas lojinhas de ambos, recuerdos de viagem. Nos corredores, muito conhecimento adquirido e também um inusitado encontro, contado em outro post. E fechando a noite, num pub na esquina do hotel, uma forte sopa de alho e descanso, para tudo ter frequência amanhã. Enfim, parar é para os fracos. Viemos aqui para isso.

já em Bauru...
EM BAURU O LAMENTÁVEL DA APROVAÇÃO DO INCHAÇO DE CARGOS DENTRO DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
"Vergonha: Prefeita amplia cargos comissionados enquanto servidores seguem com salários abaixo do mínimo e estrutura precária - Enquanto milhares de servidores municipais de Bauru recebem salários abaixo do mínimo e lutam pelo pagamento dos pisos da Enfermagem, Educação – para professores aposentados –, arquitetos e engenheiros, a prefeita Suéllen Rosim (PSD) encaminhou à Câmara um projeto de lei que amplia drasticamente os cargos comissionados e reorganiza a estrutura administrativa da cidade. A chamada "reforma administrativa" prevê a criação de três novas secretarias, um secretário adjunto para cada pasta e a ampliação do quadro de livre nomeação para 121 cargos comissionados – um aumento significativo em relação aos 103 atuais.

A proposta escancara as prioridades da atual gestão, que ignora as necessidades básicas dos trabalhadores e da população enquanto investe no aparelhamento da administração municipal. O descaramento é tanto, que a maioria dos prédios públicos de Bauru sofre com a falta de estrutura mínima de trabalho, colocando em risco a saúde e a segurança dos servidores e da população atendida. O Sinserm denuncia que a remuneração média dos servidores municipais está entre as menores do país, uma realidade vergonhosa para uma cidade do porte de Bauru.

Servidores municipais são obrigados a sobreviver com salários defasados, enquanto o governo municipal direciona recursos para inchar a máquina pública com cargos políticos. É inaceitável que a Prefeitura de Bauru direcione esforços para aumentar sua estrutura política, ao invés de garantir condições dignas para aqueles que realmente fazem o município funcionar. 
O Sinserm reafirma sua posição contra esse verdadeiro desmonte dos serviços públicos e exige que a administração municipal priorize os servidores e a população, em vez de transformar a prefeitura em um cabide de empregos para apadrinhados políticos. Exigimos também que a Câmara Municipal cumpra seu papel fiscalizador, barrando mais esse absurdo. Ao contrário de suas promessas anteriores, Suéllen continua aumentando os cargos políticos. Uma prefeita que mente que nem sente", SINSERM. 

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (211)


TOUR MANHÃ GAROA EM VIENA COM GUIA WOLFGANG, CAMINHANDO PELOS TRAÇOS JUDEUS, HITLER E O NAZISMO NA ÁUSTRIA
Guia WOLFGANG, pelas ruas de Viena
São lugares e conversações que não teríamos se cá estivessemos só a bater perna, sem querer ir mais a fundo na história local. Nos levou nos quatro momentos históricos dos judeus por aqui, desde a Idade Média até a atualidade. Percorremos a pé, olhando as placas, os lugares e num destes, a segunda parte do tour, sobre a vida e a presença de Hitler na Áustria, culminando depois de ter morado como indigente, deu a volta por cima e debaixo da sacada do Palácio de Holfburg, onde lotou a maior praça do país, hoje sendo ali a sede do governo austríaco. Uma aula, um passeio e depois, comprar tickets para o transporte público, ônibus, metrô e trens. E vamos nos perder por Viena...

CONSIDERAÇÕES:
O NAZISMO E HITLER EM VIENA
Todos já lemos muita coisa sobre Hitler e de sua procedência austríaca. Sim, ele não é alemão e sabe-se, passou mal bocados na Áustria, inclusive tendo morado nas ruas frisas da cidade por um período de sua vida. Tentou aprovação em alguns cursos, também na Alemanhã, sem sucesso e depois, ingressa na carreira militar. Numa tour feita na manhã desta terça, 25/2, percorremos, eu e Ana Bia, acompanhado de prestativo guia, conhecendo muitos dos lugares por onde Hitler esteve quando jovem e depois, quando já comandando um partido político na Alemanha, lotando a praça principal de Viena. 

Defronte a sacada de onde falou, sendo a nós mostrada foto do lugar totalmente cheio, abarrotado de gente, imagino, foi inevitável, a chula comparação com o que ocorre no Brasil com Bolsonaro. O brasileiro também veio de baixo, esteve no parlamento por décadas, nada produziu de valioso, nem um só projeto de destaque e soube se aproveitar do momento de fraqueza das instituições, chega ao poder e nos quatro anos de seu desGoverno, tenta de todas as formas fazer o mesmo feito por Hitler, minar as instituições e legislação vigente, tudo para se eternizar no poder. O golpe pelo qual está sendo hoje julgado é algo do fracasso e do que queria de fato fazer. Escapou o Brasil por pouco do surgimento de um novo Hitler, pois pelo que o Cid, anspeçada de Bolsonaro disse em sua delação, a intenção era permanecer no poder pelo menos 30 anos.

No percurso aqui feito pelas ruas de Viena, numa manhã de garoa, algo me chama a atenção. Hitler conviveu muito com os judeus em sua juventude. Seu melhor amigo, dizem até que o único, foi um judeu, que depois, quando já com poder, lhe ajudou dando-lhe um cargo. Não sei se o poupou de algo pior. Ele também, quando produziu pinturas, quem as comprava eram os judeus. Pelo que entendo, quando chegou ao poder, descobriu que não seria prático ter vários inimigos ao mesmo tempo, pois assim seria mais complicado chegar onde queria. Optou por ter um só, os judeus. O antisetimismo não é obra de Hitler, pois já existia desde muito antes. Ele só aflorou e fez a nação se voltar com muita violência contra estes. Hoje, com o desGoverno de Israel, ocorre a perversidade dos judeus estarem eliminando os palestinos, tornando Gaza um campo de concentração. Isso já é outra história, mas tudo se entrelaça e se junta na cabeça de quem pensa um pouquinho sobre o tema. O destroçado de ontem, hoje destroça, também sem dó e piedade.

Para mim, que dificilmente terei outra oportunidade de voltar a Viena, foi bom demais percorrer os lugares por onde os judeus padeceram e os caminhos trilhados por Hitler por aqui. Num certo momento, o guia disse ao grupo, que na escola, aprendeu quando menino, que a Áustria estava sendo subjugada, sofrendo os males do nazisdmo, quando hoje sabe muito bem ter ocorrido o contrário. Os líderes do país o levaram a apoiar e fazer parte do massacre dos judeus. E, perigosamente, algo pode até se repetir no momento, quando numa eleição prestes a ocorrer e vi muito dessa movimentação diante dos palácios da cidade, com políticos se movimentando e tentando cooptar mentes, pois a ultradireita, influenciada também por Trump e pelo avanço do ressurgimento do nazismo, ganha força e já é governo, podendo estender mais laços e crescer mais. Esse perigo está espreitando a Europa, vide os últimos acontacimentos na eleição alemã. Viena está entre poderosos e ela, pelo que vejo, vai na onda. Não faz esforço nenhum para remar contra a maré. 

latinos pela aí
O CASAL DE URUGUAIOS NO TREM
Essa foi do trem, quando vínhamos, eu e Ana, de Praga para Viena. Nos instalamos num vagão e do nosso lado, defronte nós, um casal, pouca bagagem e logo no começo da viagem o percebemos latinos. Eram uruguaios e estavam perambulando pela Europa, numa viagem que nos disseram, fazem todo ano, trinta dias batendo perna. Juntam economias, os dois sozinhos, escolhem um roteiro, cada um com uma malinha pequena e assim vão de cidade em cidade. Na maioria das vezes, sem percalços. 

Um pouco mais jovens que nós, devem estar na faixa dos 40 e poucos anos, nos supreenderam pela forma como viajam. Diante de nossas malas pesadas e num período mais curto que o deles, é sempre um pequeno transtorno carregar e descarregar tudo de um trem. Eles o fazem flanando e nos disseram que se hospedam um hoteis baratos e em alguns períodos da viagem escolhem um AIRBNB, pois assim, lavam todas suas roupas e seguem em frente. 

Conversamos muito, durante toda a viagem e trocamos figurinhas, ou seja, nossos endereços virtuais. Com promessas de nos rever em Paris e em julho em Montividéu, fizemos uma viagem das mais saborosas. É sempre muito bem se deparar com gente mais próxima da gente em viagens tão longas e diante de línguas estranhas. A língua que mais ouço na viagem é a inglesa, porém na Holanda, República Theca e agora, Áustria, o alemão prevalece. Ouvir o espanhol é uma espécie de colírio para nossos ouvidos. Portuguès, praticamente impossível. Cruzamos com uma casal no hotel e nada mais. Nenhum vestígio. Do casal de uruguaios, que só trazem recuerdos pelas fotos batidas dos seus celulares e quase nada, como papéis e mimos, uma lição de como viajar com a mente despreendida. Deles conseguirem, como nós, ainda viajar uma vez por ano, por aproximadamente 30 dias, sabemos todos ser isso praticamente impossível dentro da realidade brasileira atual, com tanta desigualdade social e injustiça salarial. Fazemos os quatro parte de um segmento privilegiado. E se o faço, estou bem consciente do lugar onde me encontro e do que posso passar adiante, pois seria ótimo se mais e mais pudessem também desfrutar de algo parecido. Não me estendo neste sentido, mas saliento do encontro com os uruguaios e disso do congraçamento entre povos irmãos, quando se encontram, onde estivermos.

algo do Brasil, pouco antes do Carnaval
A ULTRA DIREITA É CRIMINOSA, PERIGOSA E PRECISA SER CONTIDA, NUNCA ANISTIADA - O QUE FIZERAM COM MARCELO RUBENS PAIVA MERECE SEVERA PUNIÇÃO
Esses bandidos tem de ser presos! Por Lola Lou
"Bolsonaristas atacaram Marcelo Rubens Paiva num bloco no Baixo Augusta que homenageava sua família. Jogaram uma lata de cerveja nele, uma mochila e o insultaram.
A extrema-direita é covarde, perigosa e precisa ser repelida do debate democrático."

Minha conclusão é clara, reta e direta:
Estamos deixando isso se tornar algo normal, sem punição. No momento da ocorrência, os participantes do bloco presenciaram a cena e pouco fizeram para impedir a agressão. Ou seja, tudo rolou numa boa e só depois do bandido ter feito o que fez, ter se evadido é que algo ocorreu. Agora, pelas redes sociais, todos gritam, mas no momento, os presentes e rodeando Marcelo, estes nada fizeram. E é isso que precisa acontecer, o repúdio ser imediato, não só gritando, mas evitando. Deixar isso ir olando, vamos desembocar em algo muito perigoso, se é que já nã oestamos nessa situação. O Brasil ainda não repudia com a devida pompa e importância o fascismo. Ele não é natural e não deve ter liberdade de ação, pois é criminoso.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

ALFINETADA (250)


TREM - POR QUE INSISTIMOS NO ATRASO?
Andar de trem na Europa é tudo redondinho. O trem sai no horário e o usuário é tratado com todo respeito. É bonito ver a composição se aproximando, toda pomposa, vagões em ótimo estado, tudo muito digno e cortando todo o continente de ponta a ponta. Sempre foi assim, hoje, pelo que vejo, o padrão é mantido. Para a maioria dos deslocamentos, muitos deixam o carro em casa e preferem ir de trem. Tudo dá certo indo e voltando de trem. Como não ficar encantado com o que se vê? Eu não babo ovo pra eles, mas na comparação com o que tivemos e o que temos no Brasil, sinto uma bruta raiva de gente como FHC - Fernando Henrique CArdoso, que para mim será eternamente lembrado, não como o professor de sociologia - o que um dia disse para esquecerem tudo o que escreveu -, mas para o seu ato mais danoso para nós brasileiros, o de incrementar as privatizações no país. A da ferrovia foi o seu ápice, onde se mostrou mais perverso. Tudo bem, podem dizer, que a privatização veio antes, quando ele chegou ao poder já estava em curso, mas inegável, ele foi quem deu o empurrão das ferrovias pro buraco onde está metida até os dias de hoje.

Sentado num vagão de trem, numa viagem entre Praga, na República Theca e Viena, a Áustria, escrevo olhando para o passado. Sou filho e neto de ferroviários e minha cidade, Bauru, deve o seu progresso à ferrovia, mesmo muitos hoje a renegarem descaradamente. Em minha infância, a FEPASA, Cia PAulista, onde meu pai trabalhava era impecável. Viajei com vagões grandões, imponentes, ou seja, chegamos a ter um padrão respeitável, porém, quando foi decidido que o modal rodoviário seria incentivado e, desta forma, decretaram o fim das ferrovias. Um lobby dos infernos, pois hoje, quando viajo em algumas cidades do interior paulista, vejo sinais de que por ali funcionou ramais e hoje, nem resquício. Não só decretaram o fim delas, mas as riscaram do mapa. Estes que foram seus incentivadores, não podem passar incólumes a vida inteira. Está na hora de criminalizar estes vendilhões. Em Bauru tem um destes. Endeusaram o dono da empresa de ônibus, o que enquanto foi deputado, deu decisiva contribuição para o sepultamento da ferrovia. Então, não tem como eu passar pano para quem contribuiu para enterrar de vez essa maravilha que vejo funcionando por todo o mundo, menos no Brasil.

Eu estou dentro de um confortável carro, ar condicionado, poltronas macias e reclináveis. A moça do restaurante passou agorinha mesmo, tirando o pedido do almoço. Eu nem preciso ir no carro restaurante. Vou se quiser, pois ela pode me trazer o que pedir no meu lugar. Nas minhas viagens para São Paulo, adorava ir nos restaurantes dos trens da Fepasa. Eles podiam não ter o charme, nem o luxo dos que viajo neste exato momento, mas se lá atrás já tínhamos alcançado um patamar de respeito, se tívessemos seguido naquele padrão, hoje estaríamos também dentro de um padrão de primeiro mundo. O trem é tudo. Hoje vou e volto para São Paulo de ônibus e com meu carro particular, mas sempre um percalço, um embaraço, na chegada e na saída, ou seja, vijar de carro para a capital é sempre um transtorno, com algo imprevisível. Vai chegar o dia em que tudo irá destrambelhar e, quer queiram ou não, o trem de passageiros terá que voltar a funcionar, ligando nossas cidades. E quando este dia chegar, tudo será que ser refeito, só que, tudo um dia já funcionou e os malditos privatistas destruíram. Vão ter que refazer e ganhar zilhões novamente. 

Eu aprendi a amar a ferrovia e hoje, viajando novamente dentro de um, tudo volta à minha mente. A privatização em si é danosa e visa na maioria das vezes interesses escusos. O trem é tudo de bom. Lembro do perverso FHC desdizendo dos trens, pois seu custo era alto e o Estado tinha que bancar uma parte dos seus gastos, subsidiando pro povo  pagar pouco. Daí, ele e outros entregaram tudo pro modal rodoviário. Até nossas cargas hoje quase toda circula pelas rodovias. Estou chegando em Viena, viagem de quase quatro horas. Vim lendo, dormi, comi, conversei longamente com uma casal de uruguaios do nosso lado e ao descer - o mesmo ao embarcar -, a estação é uma espécie de aeroporto, um shopping, com lojas variadas e uma vida tão intensa, dessas de doer de saudade. Nossa estação, a da NOB, uma das mais bonitas de todo o interior brasileiro, já teve de tudo. Já comi no restaurante do seu Amantini e meu pai trabalhou ali como Chefe de Estação e na bilheteria. Ali pulsava uma vida que, foi ceifada por criminosos. Enquanto o trem viceja no mundo, no meu país, um bando de sabujos, malversadores do dinheiro público, destruiram tudo. É por isso que eu quero fazer uma revolução e destroçar com esse bando de sanguessugas, que só pensam em negociatas e não estão nem aí para os interesses deste País. Eu acho que a China vai nos ajudar a reconstruir todas nossas ferrovias. Creio nisso e quero estar vivo para voltar a viajar, como o fiz no passado, por tantas ferrovias brasileiras. Por enquanto, viajo entristecido pelos trens europeus.

DE TREM, DE PRAGA PARA VIENA
Como é ótimo viajar de trem. Já tivemos algo próximo disso no Brasil, mas a privatização danou com tudo. Quatro horas pela aí, até a Áustria. Vou dormir boa parte do percurso. Não aguento esse balancinho. Tudo das 12h40 até por volta das 16h40. 

algo bauruense e noroestino
SER NOROESTINO É PASSAR POR TUDO ISSO E MUITO MAIS. EM ALGUMAS VEZEZ, COMO AGORA, SORRIR NO FINAL
Após resultado Noroeste 0 x 0 Portuguesa de Desportos e a permanência, na bacia das almas, na Série A do Paulistão, ainda conseguindo classificação para a Série D do Brasileiro em 2026. Os deuses do futebol nos salvaram...
Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo, mas aprendendo a jogar...
12 jogos, uma só vitória, 8 pontos no final, conseguimos não voltar pra AII e ainda disputaremos a 4° divisão do Brasileiro no ano que vem. Temos, até por obrigação, cuidar das divisões de base e no 2° semestre disputar a Copa Paulista, mantendo acesa a chama. O Norusca é a cara esportiva da cidade Sem Limites. Torço desde moleque, presenciei altos e baixos, já vi quase de tudo. Essa nova etapa é só mais uma, o que temos pela frente. Nem muito, nem pouco emocionado. Sou torcedor consciente. Vibro, sofro, mas sei ir dosando a coisa, enfim, futebol é só uma de tantas outras paixões. Foi um campeonato curto e quando me dei conta, acabou. Será que só eu estou com essa sensação de "quero mais"?

domingo, 23 de fevereiro de 2025

FRASES (254)


ainda em Praga
MAIS UM MUSEU, PONTE CARLOS E CASTELO DE PRAGA

CENTRAL GALLERIA NA PRAÇA CIDADE VELHA E TRÊS PERSONAGENS JUNTOS: ANDY WARHOL, ALFONS MUCHA E SALVADOR DALI
Andy Warhol é theco - nem eu, nem Ana sabíamos. Aqui conhecido pelo nome de Andrew Warhola. Belo trabalho de resgate dele em sua terra natal, antes de bater asas e ganhar o mundo, principalmente os holofotes de Nova York. Depois, Mucha, também theco e algo mais de antes da fama. E por fim, Dali, espanhol e num resgate, feito por fotógrafo theco, quando de sua passagem pelo país. Foi uma das mais belas e significativas exposições vistas por aqui. Aprendemos um pouco mais dos três. Aqui, registros de cada uma das exposições, realizadas, cada uma num andar do prédio localizado bem no centro de Praga, República Theca. 


PONTE CARLOS, O REI MAIS IMPORTANTE PARA OS THECOS E UM DOS LOCAIS MAIS CHEIOS DE GENTE EM PRAGA
Ponte sobre o rio Moldava, domingo, turistas por todos os lados e muitos artista, expondo, cantando e atuando no percurso da travessia. Com estes parei, esvaziei meus bolsos e só depois, fui me dar conta que, moedas valem muito em coroa theca. Músicos encantadores. Tudo belo, instigante, até a subida para visitar o Castelo de Praga, no alto da colina. Eis vídeo gravado por mim logo na entrada da ponte: 

TARDE INTEIRA NA PONTE CARLOS E CASTELO DE PRAGA - E DEIXAMOS DE VER MUITA COISA

NO ALTO DA COLINA, PRÓXIMO ÁREA CASTELO DE PRAGA, PARAMOS PARA OUVIR O INSTRUMENTO TOCADO NA CALÇADA POR IVO KEMPNÝ, ALGO POR NÓS DESCONHECIDO
Ele estava postado na beirada de uma calçada, na saída do famoso CAstelo e ali, tocava seu insutiado instrumento, cantando em vários momentos. Me aproximo, coloco um dinheiro no recipiente à sua frente e lhe peço se posso gravar. Com sua permissão, registro o momento. Na identificação da foto algo para quem estiver disposto a saber detalhes sobre o artista. Eis o vídeo gravado por mim: 
https://www.facebook.com/henrique.perazzideaquino/videos/1307484840519009

NA ÚLTIMA PARADA ANTES DE VOLTAR PARA O HOTEL

Conta já paga, passa por nós um cantor e seu acordeon, dentro do USUPA, um bar restaurante, que na placa e na publicidade existe desde 1431, ou seja, antes do descobrimento do Brasil. Gravo e ele chega até perto de nós, cantando a primeira exclusivamente para o casal de turistas. Gravo neste dia três cantantes das ruas de Praga e assim, um cadinho de algo desconhecido por nós até então. Maravilhados, compartilho tudo com todos. Eis o vídeo gravado por mim: 

e lacrando tudo
CAPITALISMO NÃO EXISTE MAIS E NO LUGAR, O TECNOFEUDALISMO - TEM TUDO A VER
por Edward Magro: Chega em breve às livrarias brasileiras "Tecnofeudalismo – O que matou o capitalismo", novo livro do economista grego Yanis Varoufakis. Ex-ministro da Economia da Grécia e uma das figuras centrais na crise da dívida europeia, Varoufakis retorna ao debate global com uma tese ousada: o capitalismo não existe mais. Em seu lugar, consolidou-se um novo sistema dominado pelas grandes empresas de tecnologia, que ele chama de tecnofeudalismo.
Segundo Varoufakis, as big techs não apenas monopolizaram mercados, mas os substituíram por uma nova estrutura econômica, na qual plataformas digitais operam como feudos contemporâneos. Nessa nova lógica, os usuários tornam-se servos, enquanto empresas tradicionais, que antes detinham o capital produtivo, assumem o papel de vassalos. O motor da economia, antes baseado no lucro e na concorrência, agora se organiza em torno da extração de renda — um processo que lembra a estrutura feudal da Idade Média.
Para sustentar sua tese, Varoufakis diferencia capital de capitalismo. O capital, entendido como meio de produção, sempre existiu, mas o capitalismo surgiu há cerca de 250 anos, quando a principal fonte de riqueza passou da posse da terra para a produção industrial. Agora, com o domínio das plataformas digitais, esse modelo teria sido superado. No tecnofeudalismo, a riqueza não se concentra mais na posse de fábricas ou mercadorias físicas, mas na captura e no controle de dados. A esse novo tipo de capital, o economista dá o nome de capital-nuvem (cloud capital). Diferente do capital industrial, que exigia grandes investimentos em infraestrutura e produção, o capital-nuvem gera valor por meio do controle sobre os fluxos de informação e o comportamento dos usuários.
Um dos exemplos mais emblemáticos dessa mudança, segundo o autor, é a Tesla. Embora produza muito menos veículos do que montadoras como Toyota e Volkswagen, seu valor de mercado é muito superior. O motivo não está na fabricação de carros, mas na coleta e comercialização de dados gerados pelos usuários. "Elon Musk pode desligar o seu carro com um clique. Se você tem um Tesla, ele pode apertar um botão e o seu carro para de funcionar", alerta Varoufakis. "Isso não é capitalismo."
Essa nova lógica de extração de riqueza também pode ser observada na forma como grandes plataformas estruturam seus negócios. Empresas como Amazon, Google e Meta não operam como mercados no sentido clássico. Em vez de simplesmente vender produtos ou serviços, elas controlam as interações dentro de seus domínios digitais, definindo quais vendedores terão destaque, quais informações serão acessadas e até mesmo quais opções de escolha estarão disponíveis para os consumidores. O usuário que entra na Amazon em busca de uma bicicleta elétrica, por exemplo, não encontrará uma lista neutra de opções, mas um conjunto de ofertas moldado pelo algoritmo da empresa, que determina o que será exibido com base em interesses comerciais. O que antes era um mercado aberto, onde compradores e vendedores interagiam livremente, agora se tornou um feudo digital no qual as regras são ditadas pelos senhores das plataformas.
Essa transformação tem implicações que vão muito além da economia. Para Varoufakis, o tecnofeudalismo também afeta a política e a democracia. Ele alerta para o crescente poder das big techs na mediação da informação e na influência sobre decisões governamentais. O caso de Elon Musk, dono da Tesla, da SpaceX e, mais recentemente, do X (antigo Twitter), ilustra bem essa tendência. Ao controlar plataformas estratégicas, Musk não apenas acumula riqueza, mas adquire um nível de influência que ultrapassa o de muitos governos. Durante a administração de Donald Trump, a presença de bilionários da tecnologia nos círculos de poder dos Estados Unidos foi evidente, com empresários como Peter Thiel exercendo papel central em políticas públicas e decisões estratégicas. O próprio Musk chegou a ser apontado como o "verdadeiro" chefe de Estado americano, tamanha sua capacidade de manipular o debate público e interferir em questões governamentais.
No Brasil, os efeitos dessa nova ordem econômica são ainda mais preocupantes. O país já enfrenta uma forte dependência das plataformas digitais, tanto no comércio quanto na política. Pequenos negócios precisam pagar taxas para anunciar em plataformas como Google e Facebook, e a disseminação de informações falsas é amplificada por algoritmos que favorecem conteúdos sensacionalistas que manipulam milhões de pessoas. O sucesso do crescimento da extrema-direita no mundo é baseado na "liberdade" que suas lideranças têm para criar e espalhar mentiras com a ajuda das big techs, que o fazem conscientemente.
Não importa que seja uma mentira aberrante, sem nenhum nexo com a realidade. Sendo conteúdo produzido pela extrema-direita, os algoritmos o impulsionarão com toda força. Para que se tenha uma ideia da violência colonizadora dos algoritmos das big techs — todas fascistas —, na semana passada, o pai de Elon Musk publicou que Obama é gay e que está casado há mais de 30 anos com uma transexual. Isso mesmo: Michelle Obama seria, segundo a mentira do pai de Musk, uma mulher trans. Não é necessário dizer que, hoje, milhões de estadunidenses não só replicam essa farsa, como acreditam que seja verdade.
Sem regulamentação, o mundo se torna cada vez mais vulnerável ao domínio das big techs, que ditam as regras da economia digital e moldam o espaço público de maneira opaca e incontrolável.
Tecnofeudalismo – O que matou o capitalismo chega em um momento crucial, quando governos ao redor do mundo discutem formas de regulamentar as gigantes da tecnologia. O debate em torno da teoria de Varoufakis tem gerado reações variadas. No entanto, mesmo críticos do termo reconhecem que a concentração de poder nas mãos de poucas empresas de tecnologia representa um desafio inédito para a economia global.
O livro de Varoufakis provoca uma reflexão fundamental sobre o futuro da economia digital e da sociedade como um todo. Se o capitalismo foi realmente superado ou apenas passou por mais uma mutação, ainda é uma questão em aberto. O que parece certo, no entanto, é que o domínio das big techs sobre mercados, governos e indivíduos continua crescendo – e, sem regulamentação, o que hoje se apresenta como um feudo digital pode, em breve, se consolidar como um império sem limites.

sábado, 22 de fevereiro de 2025

PALANQUE - USE SEU MEGAFONE (200)


KAFKA, MUCHA E O COMUNISMO THECO, CULMINANDO COM VÁCLAV HAVEL


1.) FRANZ KAFKA MUSEUM, PRAGA

O que posso dizer de minhas impressões de viagem? Tudo passa muito rápidamente numa viagem como a feita por nós, aproximadamente 20 e poucos dias, saindo de um lugar e indo para outro. Mal dá tempo para reflexões. Saímos de um lugar, já estamos nos dirigindo a outro e quando no hotel, cansaço e cama. Tento escrever e colar num Caderno de Viagem, recordações em papel, ingressos e folhetos.


Hoje saímos cedo para o Museum Kafka. A informação que tínhamos era pegar um ônibus perto do hotel, pois ele se encontrava do mesmo lado do rio onde estávamos. Havíamos comprado um ticket, que serve para o transporte urbano e entrada alguns museus, outro exclusivo para o metrô e com ele pouco manuseamos dinheiro em cash. Descemos numa praça, dá-lhe perguntar sobre Kafka. Poucos falam inglês, a maioria só theco. Chegamos e daí, comprinhas de souveniers e o passeio interno, tudo legendado em inglês e tcheco.

De lá, seguimos o fluxo e achamos estação do metrô. Descemos perto do Museus Mucha, quase ao lado da Embaixada do Brasil - deu vontade de entrar. Mas isso já é história para a outra postagem...

2.) MUSEUM MUCHA, COM OBRA DE ALPHONSE MUCHA (1860/1939), PRECURSOR DO ART NOUVEAU EM PARIS

Sua obra e traço muito conhecidos. Ana delirou e eu fui na cola. Um pequeno museus e nele, algo concentrado da obra deste bon vivant do traço, que ficou famoso ao se deparar um dia, naquilo que podemos dizer da expressão, estar no lugar certo, na hora certa. Deparou-se com a atriz Sarah Bernhardt, daí, com o impulso dado por ela e é claro, pelas suas qualidades, deslanchou. Um traço característico e marcante, estando presente em muitos produtos comerciais de sua época. Suas imagens de mulheres são famosas, tdas belas, marcantes. Para Ana, tem muito a dizer, pelos estudo que faz no Design. Patra mim, uma constatação do poucoque já conhecia. Facilmernte perceptível, pois possui uma maneira de apresentar seu trabalho, espécie de padrão. Trazemos recuerdos.


De lá, caminhada, se informando em cada esquina, até num carro policial, de uma feira de rua, descoberta via Google. Tentamos chegar lá pelo Google Maps, mas as paradas pela rua são primordiais. Todos os abordados, muito atenciosos. Na feira, os preços dos tais recurdos, desde imãs a postais, tudo num preço mais em conta que nas lojas. Antes, fomos a outro Museu, o do Comunismo, mas isso é assunto para outra postagem...

3.) MUSEUM OF COMMUNISM, DE PRAGA, RETRATA COMO FOI A PARTICIPAÇÃO CHECA ATÉ A CHEGADA DE RAVEL AO PODER

Como vir à Praga e não resvalar, querer saber algo sobre como se deu de fato a tal da Primavera de Praga, a contestação mais séria dentro do regime soviético/comunista? Duas personagens são mais que marcantes, em 1968, Alexander Dubcek, o primeiro ministro tentando implantar um comunismo mais palatável, fugindo do padrão soviético. Foi enquadrado de forma dura. A resistência theca nunca deixou de acontecer e neste período, até a queda do regime soviético, com Gorbachev, chega ao poder no país, uma pessoa das mais instigantes, Václav Havel, poeta, muito culto e não desdizendo o comunismo, mas implantando algo mais social, sem as amarras de um decadente regime.


O Museus do Communism retrata todo o período, pouco do soviético em si, mas muito do tcheco. Vi retratado em dois andares, com muitos pertences da época e vídeos, algo do que de fato ocorreu no país após a derrocada do nazismo. O país entregue aos soviéticos, o comunismo no lugar do nazismo e o lado social latente destes. Muita coisa deu certo, outras muito erradas. Ocorre um endurecimento, pois não existia na época alternativa e tentativa de se posicionar de forma diferente. Os thecos tentaram e só o conseguiram com a queda do regime soviético. Bem que tentaram. O retratado no museu mostra bem cada detalhe deste período e saio de lá louco para ler mais sobre a trajetória de Havel. Belos livros por lá, mas todos em theco. Os procurarei no Brasil, pois algo já sabia dele, agora quero mais.



outra coisa
TRUMP ATÉ CONSEGUE FALAR A VERDADE... SE LHE FOR CONVENIENTE
Por Walter Falceta
"UCRÂNIA: O HORROR DE DAR RAZÃO A TRUMP
É um sacripanta, um inculto, um negacionista, uma catástrofe narcísica que ameaça a paz no mundo, mas anunciou uma série de verdades sobre o grupo que tomou de assalto a Ucrânia.
Para desespero de muitos "progressistas" brasileiros, a história provou o que se dizia no início da guerra: um grupo de espertalhões, somados a delirantes extremistas de direita, governa aquele confuso país.
Trump tem absoluta razão ao chamar o comediante Zelensky de "ditador". As eleições no país deveriam ter sido realizadas em março. Não foram. Ah, mas tem a guerra...
A desculpa é a imposição da lei marcial que, convenientemente, suprimiu a democracia no país. É, pois, um tipo "branco" e canalha de golpe de Estado.
Mas não é somente isso. Entre março e maio de 2022, com o pretexto desonesto de eliminar a russofilia, o governo autoritário ucraniano proscreveu todos os partidos progressistas ou simplesmente opositores.
Foi mais um lance do jogo ditatorial que tinha se iniciado entre 2013 e 2015, durante o período de barbaridades que marcaram a Euromaidan, a "revolução" conservadora de matriz digital que devastou o país.
Sem pudores, o desgoverno de Zelensky, um judeu de origem, acolheu de braços abertos inúmeros grupos ultranacionalistas e nazistas, como o Batalhão Azov.
Essa guarnição armada açougueira, que costuma cortar as cabeças dos oponentes políticos, foi incorporada à Guarda Nacional e se tornou uma unidade armada oficial do Estado.
Por incrível que pareça, o tosco e maldoso Trump também tem razão ao afirmar que o corrupto governo Ucraniano está sumindo com o dinheiro da ajuda internacional para o esforço de guerra.
Há montanhas de provas de brutais desvios de verba estrangeira, de superfaturamento em contratos militares e até mesmo de "maracutaias" no fornecimento de alimentos para as tropas.
Qualquer "miojo" é registrado com valores de iguaria, muito acima dos preços de mercado. Em tempos recentes, a trapaça no empenho de defesa ficou tão explícita que vice-ministros e governadores tiveram de se afastar do círculo do poder.
A acusação agora, ainda sem provas, é de que picaretas ucranianos estariam vendendo armas para outros países, inclusive para narcotraficantes mexicanos.
Trump traiu todos esses traidores e pretende botar os botões vermelhos de Putin sobre o leste da Ucrânia, como nos antigos tabuleiros de War.
E pretende ainda cobrar as centenas de bilhões de dólares em empréstimos gentilmente oferecidos por Joe Biden aos tiranos ucranianos. Terras raras na mira. Ou mais."
Pois é, o tempo como senhor da razão. E da desrazão.

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

DOCUMENTOS DO FUNDO DO BAÚ (202)


DOIS FREE TOURS POR PRAGA, PROPORCIONADO POR DOIS LATINOS

1.) FREE TOUR CIUDAD NUEVA - HISTORIA DEL SIGLO XX: NAZISMO Y COMUNISMO

Andar pelas ruas de Praga, guiado por fatos históricos, com paradas em lugares onde estes aconteceram, tudo pela interpretação de um professor de História, o cubano Yevsen Fernandez Clavero, 40 anos, dez na República Theca e estudando sua história. Circulamos pela História, desde seu período monárquico, com foco para os dois períodos muito violentos, o do nazismo com Hitler e do comunismo com Stálin/Brejnev, culminando com a Primavera de Praga, Alexander Dubcek, depois o rico período com o poeta no poder, Vadvlac Havel. Clavero não pega leve com o nazismo, uma crueldade indescritível, porém, não perdoa o período dominado pelo comunismo, pois o povo theco também foi sufocado, algo inconcebível para quem dizia defender o povo e diante de tudo o que já havia ocorrido ao país e toda Europa. Cada foto diz um pouco da história hoje ouvida. Foi mais que ótima aula, ou seja, sei como professor de História, que o ouvido é uma versão, a dele e diante do que ouvi, nada como ir em busca de ler mais. Instigante tomar conhecimento com mais detalhes do interventor enviado por Hitler para executar o serviço de anexação da região, talvez o pupilo mais próximo do furher, o famoso verdugo, Carniceiro de Praga. A história do atentado que, fracassou, mas pelos ferimentos, ele veio a morrer, depois o cerco na cidade até encontrar os autores e os trucidar, tudo contado nos levando aos locais foi por demais emocionante. Estes tours são ótimos para turistas que, como eu e Ana, queremos passear, porém conhecer algo mais, levar conosco um bocadinho de conhecimento adquirido. Ter alguém nos proporcionando isso em espanhol, para mim que não domino o inglês é tudo de bom.

Gravei um pequeno trecho do cubano Clavero nos contando algo da história de Praga:
2.) 2° FREE TOUR DO DIA, A HISTÓRIA DA CIUDAD VIEJA E BAIRRO JUDÍO DE PRAGA

Esses passeios de free tour são muito comuns em quase todas as cidades turísticas européias. São encontrados pela redes sociais e aqui onde me encontro, no leste europeu, um achado ter se deparado com dois, um pela manhã, outro à tarde, ambos em espanhol, num país de língua ininteligível - para mim. Desta feita, 17h15, encontro marcado com o venezuelano Ramón Salguero Perez, 30 anos de Europa e tendo saído de seu país ainda no governo de Carlos Andrez Perez, bem antes de Chavez chegar ao poder. Veio para estudar cinema, pois segundo me disse, a intenção do governo de então era formar uma turma de cineastas. Só que não voltou. Só a passeio. Hoje, estabelecido, atua também como guia nesses tours. Fez História e sabe tudo da história da antiga Checoslováquia, hoje República Theca. Sua aula pelas ruas da cidade foi uma volta ao passado, tempos do reio Carlos IV, idos de 1354. Andar com ele pelas ruas é rever a história da cidade de forma deslumbrante. Ouvimos, 12 pessoas, absortos, tudo o que ia nos relatando, parando e descrevendo os lugares. No bairro judío, nos mostrou sinagoga por sinagoga, contando histórias de cada uma delas. Fotografamos até o mais antigo cemitério judeu da Europa, isso por uma fresta de um dos portões. Em cada esquina uma história e por fim, tomo conhecimento que, ali em Praga tem início um dos tantos caminhos de Santiago de Compostella. Ao final, nos explica toda a técnica do mais famoso relógio de rua do mundo, reunindo todo o folclore de seu funcionamento e conta um segredo sobre os thecos: "este é um país alcoólico". Uma comida admirável, especialidade com um prato com pato e dicas de lugares e restaurantes que não podemos deixar de ir antes de deixarmos a cidade. Ramón sabe muito e se especializou antes de sair às ruas com turistas. Hoje o fez com argentinos, uruguaios, espanhóis e nós dois brasileiros, eu e Ana Bia.

DESTACANDO UM LUGAR: GALERIA LUSERNA, CENTRO DE PRAGA
O lugar é cinematográfico. Cada espaço é algo mais que especial. Num cinema, programação reúne filmes antigos e quando vi um casal de velhinhos, vindo juntos, abraçadinhos, os segui. Vieram para ir ao cinema. Uma cena merecedora de um filme, dentro daquele ambiente me fazendo voltar pro anos 40/50/60. Não queria mais sair de lá. Ana Bia teve que me lembrar e ser firme, pois tínhamos outros compromissos. Nada, para mim, era mais importante do que permanecer uma vida perambulando naqueles corredores. Shoppings são um horror perto do clima ali existente. Fui hipnotizado...

não me esqueço de minha aldeia
OLHEI O CALÇAMENTO DE PRAGA E ME LEMBREI DE BAURU, SP, BRASIL
AH, O CALÇADÃO DA BATISTA PODERIA SER MANTIDO TÃO BONITO COM PEDRAS E PARALELEPÍPEDOS, COMO EM PRAGA, REPÚBLICA THECA E TODA EUROPA
Suéllen, alcaide importada para Bauru, prefere retirar, desaparecer com calçamento antigo, entendido por ela como "velho, arcaico", colocando em seu lugar, cimento, concreto. Nada mais horroroso para centro de uma cidade. Salve os paralelepípedos!!!