O QUE VEJO E SINTO NAS RUAS DE UM PAÍS DISTANTE, A HOLANDA
QUERENDO ENTENDER ALGO DA HOLANDA
O que gostaria mesmo de fazer aqui por Amsterdan/Holanda é conhecer bocadinho da língua e conseguir ler, descobrir qual dos jornais diários é mais próximo de minha linha de pensamento. Folheio alguns, bons projetos gráficos, mas fico sem entender nada do que vai dentro deles. Sei que o governo daqui é bem próximo do que se entende por ultra-direita, aliás, boa parte dos países europeus hoje estão dominados por essa praga, algo perigoso e se bobear um pouco, afrouxar as legislações, tornam-se também com tendências claramente nazisdtas. Um perigo. O fato é que, alguns governos de centro-esquerda ou algo parecido com isso, não conseguiram realizar muito do que prometeram e, desta forma, deixaram o povo ao deus dará, vindo estes e com jeitinho de anjos, tomam o poder e em pouco tempo destroém tudo pela frente. Visível isso na maioria dos desGovernos fascistas mundo agora. As tais liberdades individuais são as mais comprometidas. Por aqui, vejo muita coisa bem resolvida, um país que avança, segue altaneiro, renda per capita alta e visivelmente, andando pelas ruas, poucos problemas aparentes. Não consigo analisar além disso, pois para fazê-lo precisaria de mais conteúdo e não tenho neste momento de lazer. Observo, anoto e tento entender, é o que faço. Dos jornais, quase nada. Êta língua complicada, vou sair daqui sem entender uma só palavra.
ALGO DE UM SERVIÇO VOLUNTÁRIO AQUI NA HOLANDA
Uma das histórias mais interessantes ouvidas aqui por estes dias foi a contada pelo Robin, holândes, marido da bauruense Márcia Nuriah. Passeando pela cidade com seu carro, ele nos mostrando algo que não veríamos pelas vias normais, num dado momento me diz ser voluntário numa organização social, prestando serviço junto a algumas comunides de estrangeiros - no seu caso específico, junto a afegãos - e seus filhos. Segundo me diz, foi percebeido entre estes um percentual muito elevado de jovens não mais se interessando por leitura de livros, permanecendo um tempo muito grande diante do celular. Seu trabalho educacional consiste exatamente o de contatar essas pessoas e através do projeto, mostrar outras possibilidades, não só com o celular, mas a da descoberta da leitura através de bons livros. Aquyilo não me saiu da cabeça e penso o quanto isso já está enraizxado, não só na mente dos menos favorecidos no Brasil, mas no de todos, quase indistintamente. Pouco ou quase nenhum trabalho neste sentido ocorre. Márcia me diz que, aqui na Holanda, quase todos fazem serviços voluntários e este, o do Robin. E no Brasil, quem está predisposto a fazer serviços dessa natureza? Poucos, pouquíssimos, daí, a percepção das grandes diferenças educacionais dos dois países. Não vejo projetos sociais com esse e, assim sendo, estaremos perdendo este jogo sempre de goleada. Perceptível que, a grande maioria dos turistas brasileiros circulando pela Europa, nem gostam muito de visitar museus, daí, ligo uma coisa à outra e a cabeça ferve.
POUCA COISA, MAS JUNTO ALGO OBSERVADO NAS ANDANÇAS POR AMSTERDAM
Estou aqui há apenas três dias. Já bati muita perna, vi um moirador um situação de rua, uma pessoa me pediu esmola, outra pediu e não tinha e vi duas pessoas revirando os lixos aqui perto do hotel. Sei pouco de como são tratadas essas questões por aqui na Holanda e se opinasse, sabendo quase nada, estaria sendo injusto. O que vejo, são poucos nessa situação. Por incrível que pareça, numa comparação simplista com o Brasil, vejo poucas pessoas na maioria de seu tempo com o celular nas mãos. Ao meu lado num restaurante popular hoje, hora do almoço, mesa ao lado, cinco jovens e notei, em nenhum momento nenhum deles sacou do celular durante todo o tempo em que ali estiveram. Conversaram, riram muito e nada de celular. Uma pena eu nãoentender nada de holandês e pouco de inglês, pois por aqui, um percentual enorme da população, fala além do idioma local, o inglês. E os jovens são bastante educados. Interpelamos vários em busca de informação - Ana fala bem o inglês e o francês - e todos foram bem solícitos. Todos, não sabendo o que lhe perguntávamos, sacaram seu celular, buscaram a informação e nos passaram imediatamente. Vou juntando estes pequenos detalhes, dentro da grande colcha de retalhos que é minha mente neste momento, tentando captar o máximo de informações possíveis, assimilando a maior quantidade possível e lá na frente, depois da viagem concluída, alguma percepção mais sólida. Viajar para mim é algo muito além do simples lazer. Tudo é belo por aqui, mas minha cabeça gira também pra outros lados e paragens.
Macacos me bloguem. Aderi. Estarei juntando aqui, direto do meu mafuá particular, translucidação da minha bagunça pessoal, uma amostra de escritos variados, onde cabe de tudo (quase!) um pouco, servidas sempre, de forma desorganizada, formando um mural esclarecedor do pensamento de seu escrevinhador.
Pegue carona aqui e ao abrir a tampa do baú, constate como encaro tudo isso. Deixo cair rostos, palavras; alguma memória. O diálogo se instaura.
Abracitos do
Henrique Perazzi de Aquino - direto de Bauru S.P.
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