terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

PRECONCEITO AO SAPO BARBUDO (211)


TOUR MANHÃ GAROA EM VIENA COM GUIA WOLFGANG, CAMINHANDO PELOS TRAÇOS JUDEUS, HITLER E O NAZISMO NA ÁUSTRIA
Guia WOLFGANG, pelas ruas de Viena
São lugares e conversações que não teríamos se cá estivessemos só a bater perna, sem querer ir mais a fundo na história local. Nos levou nos quatro momentos históricos dos judeus por aqui, desde a Idade Média até a atualidade. Percorremos a pé, olhando as placas, os lugares e num destes, a segunda parte do tour, sobre a vida e a presença de Hitler na Áustria, culminando depois de ter morado como indigente, deu a volta por cima e debaixo da sacada do Palácio de Holfburg, onde lotou a maior praça do país, hoje sendo ali a sede do governo austríaco. Uma aula, um passeio e depois, comprar tickets para o transporte público, ônibus, metrô e trens. E vamos nos perder por Viena...

CONSIDERAÇÕES:
O NAZISMO E HITLER EM VIENA
Todos já lemos muita coisa sobre Hitler e de sua procedência austríaca. Sim, ele não é alemão e sabe-se, passou mal bocados na Áustria, inclusive tendo morado nas ruas frisas da cidade por um período de sua vida. Tentou aprovação em alguns cursos, também na Alemanhã, sem sucesso e depois, ingressa na carreira militar. Numa tour feita na manhã desta terça, 25/2, percorremos, eu e Ana Bia, acompanhado de prestativo guia, conhecendo muitos dos lugares por onde Hitler esteve quando jovem e depois, quando já comandando um partido político na Alemanha, lotando a praça principal de Viena. 

Defronte a sacada de onde falou, sendo a nós mostrada foto do lugar totalmente cheio, abarrotado de gente, imagino, foi inevitável, a chula comparação com o que ocorre no Brasil com Bolsonaro. O brasileiro também veio de baixo, esteve no parlamento por décadas, nada produziu de valioso, nem um só projeto de destaque e soube se aproveitar do momento de fraqueza das instituições, chega ao poder e nos quatro anos de seu desGoverno, tenta de todas as formas fazer o mesmo feito por Hitler, minar as instituições e legislação vigente, tudo para se eternizar no poder. O golpe pelo qual está sendo hoje julgado é algo do fracasso e do que queria de fato fazer. Escapou o Brasil por pouco do surgimento de um novo Hitler, pois pelo que o Cid, anspeçada de Bolsonaro disse em sua delação, a intenção era permanecer no poder pelo menos 30 anos.

No percurso aqui feito pelas ruas de Viena, numa manhã de garoa, algo me chama a atenção. Hitler conviveu muito com os judeus em sua juventude. Seu melhor amigo, dizem até que o único, foi um judeu, que depois, quando já com poder, lhe ajudou dando-lhe um cargo. Não sei se o poupou de algo pior. Ele também, quando produziu pinturas, quem as comprava eram os judeus. Pelo que entendo, quando chegou ao poder, descobriu que não seria prático ter vários inimigos ao mesmo tempo, pois assim seria mais complicado chegar onde queria. Optou por ter um só, os judeus. O antisetimismo não é obra de Hitler, pois já existia desde muito antes. Ele só aflorou e fez a nação se voltar com muita violência contra estes. Hoje, com o desGoverno de Israel, ocorre a perversidade dos judeus estarem eliminando os palestinos, tornando Gaza um campo de concentração. Isso já é outra história, mas tudo se entrelaça e se junta na cabeça de quem pensa um pouquinho sobre o tema. O destroçado de ontem, hoje destroça, também sem dó e piedade.

Para mim, que dificilmente terei outra oportunidade de voltar a Viena, foi bom demais percorrer os lugares por onde os judeus padeceram e os caminhos trilhados por Hitler por aqui. Num certo momento, o guia disse ao grupo, que na escola, aprendeu quando menino, que a Áustria estava sendo subjugada, sofrendo os males do nazisdmo, quando hoje sabe muito bem ter ocorrido o contrário. Os líderes do país o levaram a apoiar e fazer parte do massacre dos judeus. E, perigosamente, algo pode até se repetir no momento, quando numa eleição prestes a ocorrer e vi muito dessa movimentação diante dos palácios da cidade, com políticos se movimentando e tentando cooptar mentes, pois a ultradireita, influenciada também por Trump e pelo avanço do ressurgimento do nazismo, ganha força e já é governo, podendo estender mais laços e crescer mais. Esse perigo está espreitando a Europa, vide os últimos acontacimentos na eleição alemã. Viena está entre poderosos e ela, pelo que vejo, vai na onda. Não faz esforço nenhum para remar contra a maré. 

latinos pela aí
O CASAL DE URUGUAIOS NO TREM
Essa foi do trem, quando vínhamos, eu e Ana, de Praga para Viena. Nos instalamos num vagão e do nosso lado, defronte nós, um casal, pouca bagagem e logo no começo da viagem o percebemos latinos. Eram uruguaios e estavam perambulando pela Europa, numa viagem que nos disseram, fazem todo ano, trinta dias batendo perna. Juntam economias, os dois sozinhos, escolhem um roteiro, cada um com uma malinha pequena e assim vão de cidade em cidade. Na maioria das vezes, sem percalços. 

Um pouco mais jovens que nós, devem estar na faixa dos 40 e poucos anos, nos supreenderam pela forma como viajam. Diante de nossas malas pesadas e num período mais curto que o deles, é sempre um pequeno transtorno carregar e descarregar tudo de um trem. Eles o fazem flanando e nos disseram que se hospedam um hoteis baratos e em alguns períodos da viagem escolhem um AIRBNB, pois assim, lavam todas suas roupas e seguem em frente. 

Conversamos muito, durante toda a viagem e trocamos figurinhas, ou seja, nossos endereços virtuais. Com promessas de nos rever em Paris e em julho em Montividéu, fizemos uma viagem das mais saborosas. É sempre muito bem se deparar com gente mais próxima da gente em viagens tão longas e diante de línguas estranhas. A língua que mais ouço na viagem é a inglesa, porém na Holanda, República Theca e agora, Áustria, o alemão prevalece. Ouvir o espanhol é uma espécie de colírio para nossos ouvidos. Portuguès, praticamente impossível. Cruzamos com uma casal no hotel e nada mais. Nenhum vestígio. Do casal de uruguaios, que só trazem recuerdos pelas fotos batidas dos seus celulares e quase nada, como papéis e mimos, uma lição de como viajar com a mente despreendida. Deles conseguirem, como nós, ainda viajar uma vez por ano, por aproximadamente 30 dias, sabemos todos ser isso praticamente impossível dentro da realidade brasileira atual, com tanta desigualdade social e injustiça salarial. Fazemos os quatro parte de um segmento privilegiado. E se o faço, estou bem consciente do lugar onde me encontro e do que posso passar adiante, pois seria ótimo se mais e mais pudessem também desfrutar de algo parecido. Não me estendo neste sentido, mas saliento do encontro com os uruguaios e disso do congraçamento entre povos irmãos, quando se encontram, onde estivermos.

algo do Brasil, pouco antes do Carnaval
A ULTRA DIREITA É CRIMINOSA, PERIGOSA E PRECISA SER CONTIDA, NUNCA ANISTIADA - O QUE FIZERAM COM MARCELO RUBENS PAIVA MERECE SEVERA PUNIÇÃO
Esses bandidos tem de ser presos! Por Lola Lou
"Bolsonaristas atacaram Marcelo Rubens Paiva num bloco no Baixo Augusta que homenageava sua família. Jogaram uma lata de cerveja nele, uma mochila e o insultaram.
A extrema-direita é covarde, perigosa e precisa ser repelida do debate democrático."

Minha conclusão é clara, reta e direta:
Estamos deixando isso se tornar algo normal, sem punição. No momento da ocorrência, os participantes do bloco presenciaram a cena e pouco fizeram para impedir a agressão. Ou seja, tudo rolou numa boa e só depois do bandido ter feito o que fez, ter se evadido é que algo ocorreu. Agora, pelas redes sociais, todos gritam, mas no momento, os presentes e rodeando Marcelo, estes nada fizeram. E é isso que precisa acontecer, o repúdio ser imediato, não só gritando, mas evitando. Deixar isso ir olando, vamos desembocar em algo muito perigoso, se é que já nã oestamos nessa situação. O Brasil ainda não repudia com a devida pompa e importância o fascismo. Ele não é natural e não deve ter liberdade de ação, pois é criminoso.

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