quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

DIÁRIO DE CUBA (253)


QUANDO ME DEPARO COM O CUBANO REINALDO ARCIA NAS RUAS DE BAURU
Cuba, como já é sabido até pelas pedras do reino mineral, mora no meu coração. Estive lá em 2017, 30 dias e depois, me apaixonei de vez. Quando da visita estive na casa dos parentes próximos da professora Rosa Maria Tolon, cubana radicada em Bauru, naquela época emérita professora de Música da USC, hoje Unisagrado. Ela me indicou e fui ter na casa de sua mãe, que depois, por duas vezes reencontrei aqui em Bauru. Fiz um inesquecível passeio pelos trens cubanos junto de seu irmão, ferroviário e hoje aposentado. Naquela oportunidade não conheci Reinaldo Arcia , mas sim, já aqui em Bauru, nas suas idas e vindas, culminando com o casamento com Rosa. Desta feita, depois de vê-los - através das fotos dessa viagem - em Salvador mês passado, hoje cruzo com eles pelas ruas de Bauru.

Arcia é um papo dos mais agradáveis e conversar com e sobre Cuba, só o faço mesmo com quem entende do assunto. Não perco meu tempo com chutômetros e achômetros sobre a ilha caribenha, dona de uma experiência de mais de 50 anos de libertação das amarras capitalistas. Pois bem, ele vai e vem de Cuba pra cá, vice-versa, quando quer e puder. Nada diferente do que vivenciamos, nós os brasileiros. Tendo grana viajamos e circulamos pela aí, não o tendo ficamos em nosso canto. Arcia vai e vem, o motivo, claro é Rosa. Formam um lindo casal. Ela minha dileta amiga de décadas, desde quando me deu dicas, todas muito bem aproveitadas na ilha e depois, nas conversas por aqui, também realizadas com seu filho, Amílcar, um já quase bauruense.

Agora é a vez de Arcia, que aposentado em Cuba, está quase se tornando um bauruense. Foi um construtur em seu país e aqui, me disse hoje, ainda pode vir a fazer muita coisa, pois aos 65 anos, tem muito gás para gastar. Coisa mais deliciosa o encontro inesperado e as conversações todas dali advindas. Puxamos algo mais sobre o momento atual de Cuba, difícil como tem sido neste anos todos de embargo norte-americano. Ficamos de marcar uma prosa mais alongada, regada a um bom churrasco e cerveja. O gostoso mesmo é este reencontro ter ocorrido de forma inesperada e em plena rua, quando o vejo, paro o carro no meio fio, dou um jeito de estacionar e parto para o abraço. Faço parte do time dos que defendem Cuba da forma mais aguerrida possível, entendo tudo o que se passa hoje por lá, das dificuldades todas e vê-lo por aqui mais uma vez, ao lado de Rosa e circulando pelo centro da cidade, foi para me reenergizar por estes dias. Como é gostoso poder conversar com alguém sobre um assunto que é o seu país. Com ele sim a conversa flui e da forma mais sincera possível.

Nenhum comentário: