domingo, 9 de fevereiro de 2025

OS QUE FAZEM FALTA e OS QUE SOBRARAM (197)


GANHEI UNS MIMOS DO QUERIDO RAFAEL MOIA FILHO
Algum tempo atrás cheguei a me indispor com Rafael Moia Filho. O motivo foi ele fazer uso dos microfones da então rádio Jovem Pan, junto a programas do indefectível e abominável Alexandre Pittolli. Não percebi na época ele utilizar o espaço para expor suas ideias, todas em constante confronto com os ideias propostos pela ultradireita dominando aquela dial. Quando percebi, lendo seus textos, tempos depois, evidentemente mudei de ideia e passei a acompanhá-lo. Tudo o que escreve, como pensador político é contrário aquilo da Jovem Pan e agora da Auri-Verde. O tempo passou, trocamos alguma prosa pelas redes sociais, nos tornamos amigos, um lendo o outro, sem ainda ter se dado um encontro conversativo de fato, presencial.

Dias atrás ele graciosamente me oferece alguns de seus livros. Aceito e digo, "quero comprá-los", pois sei da dificuldade que é editar livros. Rafael escreve muito e publica muito. Sou assim também, só que minhas publicações se dão só pelas redes sociais - por enquanto. Combinamos dele deixar os livros na Banca da Ilda, junto ao Aeroclube. Passo buscar e por lá o Aurélio Alonso, intrépido jornalista. Ficamos a parlar sobre o Moia e Ilda proporciona um áudio onde trocamos mensagens carinhosas. Ilda nos conhece a todos, maravilhosa pessoa humana.

Em ambos, o "A Democracia dos Ausentes", 2022 e "Uma Sociedade Doente", 2024, dedicatórias e um Recado: "Sei que você gostaria de adquirir meu livro, mas ao invés do valor monetário, te peço algo que tem muito mais valor para mim, como autor. A sua divulgação junto aos seus amigos, isso seria muito útil para poder alavancar vendas. Um forte abraço". Moia é um batalhador, um contumaz escrevinhador e pensador. Reflete o que acontece no mundo como poucos. Ler seus textos publicados pela aí e em seu blog, o "Falando um Monte!" eu já faço e agora vou mergulhar nos seus escritos mais longos. Ele, como eu e tantos outros, usamos as armas que temos em mãos para tentar mudar algo neste mundo. No nosso caso, a escrita e aliado dela, a conversa, o poder do convencimento. Moia fazia isso lá na Jovem Pan, mas quando viu que por lá - e também na Auri-Verde como administrada hoje -, isso é impossível, caiu fora e do alto dos seus 66 anos, espezinha os poderosos de plantão ao seu modo e jeito.

Escrevo dele, assim como faço com todos pelos quais escrevinho algo, por ter a certeza dele estar do lado dos que estão em busca de outro mundo possível, esgrimando contra a perversidade em curso. E assim, a gente vai além de escrever coisas para nós mesmos, fazendo de tudo para que chegue nos demais, que isso tudo se multiplique e, desta forma, alcance algo proveitoso, ou seja, produza movimentação na mente humana, capaz de impulsionar para feitos transformadores. A gente busca isso. Longe de querer ganhar dinheiro com nossa escrita, o que a gente quer é mudar este mundo. Viva Moia, sou contemplado por seus escritos!

MINHAS QUATRO CAMISETAS CARNAVALESCAS 2025, NA SEQUÊNCIA EM QUE AS RECEBI: COROA IMPERIAL, IMPRENSA QUE EU GAMO, SIMPATIA É QUASE AMOR E BAURU SEM TOMATE É MIXTO
Carnaval é comigo mesmo, mas neste ano estarei batendo asas, eu e Ana Bia muito longe daqui. Depois de 12 anos dentro do bloco do Tomate alçamos vôo pra bem longe, lugares nunca dantes navegados e assim, estaremos distantes dos furdunços de Momo. Isso dói e muito, mas tudo na vida são questões de escolhas e compromissos assumidos, oportunidas únicas que se apresentam diante de nós e não temos como fugir delas. Desta feita foi assim. O desligamento do Tomate, somente neste ano, foi por causa disto. Dói e muito, mas depois de doze anos, arrefeci e cairei no mundo.

E se não estarei presencialmente no Carnaval bauruense e brasileiro este ano, ele nunca sairá de mim. Conto aqui algo das camisetas que já tenho para festejar ao meu modo e jeito, onde estiver, a maior festa popular brasileira. Na ordem de compra, eis minhas escolhas. Michelle, uma das proceres da escola de samba Coroa Imperial, do Geisel me provoca para comprar e sair na escola. Compro e a camiseta é linda, com Lampião e Maria Bonita na frente, sem nenhuma palavra e no verso, "Sou cabra da peste, filho do sertão, resistência, orgulho, riqueza deste chão". Já desfilei com ela por dois domingos seguidos nas minhas andanças pela feira dominical e a do Rolo. Chamativa, muitos se aproximam para perguntar da camiseta. Enfim, ficou linda.

Duas outras vieram do Rio de Janeiro, diretamente dos amigos Claudia Lucciola e seu marido, o Zé Filho. Escrevo para eles se não poderiam ver algumas camisetas de blocos do Rio, pois as que ainda possuo advindas de lá, já estão desgastadas de tanto uso. Ela, que vai em ensaios mil, participam de tudo, fervorosamente curtem a festa embalados pelos blocos mais interessantes da cidade - e já nos arrastaram para muitos deles -, aceita e incumbência e providencia duas, já enviadas pelos Correios. São elas, as do "IMPRENSA QUE EU GAMO", que segundo me diz, será sua última saída neste ano, portanto, mais que histórica e com essa cor vermelha, que me acende mais que uma chama dentro de mim. Linda, divinal. A segunda é a do bloco que o Aldir Blanc fundou décadas atrás, que eu e Ana já saímos também décadas atrás, o "SIMPATIA É QUASE AMOR". Os dizeres da camiseta dizem tudo, "Sem Anistia", daí não se faz necessário dizer mais nada. Gamei nas duas e creio, as levarei na viagem, até para expor algo deste Brasil pela aí.

Por fim, a do Tomate, que minha mana Helena Aquino me entrega hoje, domingo, 09/02. Com a chancela pela terceira vez do Fernandão, ela só poderia ficar linda e com a lembrança dos "13 anos, Ainda Estamos Aqui". O Tomate é minha vida e muito me dói isso da ausência, mas na vida, em alguns momentos isso se torna algo obrigatório. Ele vem por aí, apavora os claudicantes e maledizentes de plantão na cidade e sempre promove barulho. Minha mana está lá no meu lugar, faz e acontece e tudo na vida tem continuidade. Ausências servem também para um descanso, observância à distância, e depois, retomada alvissareira. Tudo na vida acontece mais ou menos desta forma e jeito, com altos e baixos, com mais ou menos intensidade e radioatividade.

O fato é que já tenho minhas quatro camisetas carnavalescas, todas deste ano e com elas saracotearei pela aí, abanando o rabo e as ancas, expondo como penso e promovo minhas ações de vida, sem medo de ser feliz e de enfrentar tudo o que está em curso e o que virá pela frente e pelo qual já deveríamso estar preparados. Aqui suas estampas e algo de como penso e estou inserido dentro do universo carnavalesco. Sai em escolas de samba ao longo de minha vida, mas gosto mesmo é de estar presente em blocos de rua, como o Tomate, ainda mais quando possue alinhado, caminhando junto, a picardia da festa e da estocada em quem pisa no Tomate. Queria escrever algo disso tudo que vai dentro de mim e pelo jeito, me acompanhará enquanto existir. Eu não me vergo para posicionamentos claudicantes, pois fiz já minhas escolhas e delas não arredo pé. Sou um velho sem conserto.

CORAGEM DE ENFRENTAR OS PERVERSOS E GANGSTERS NO PODER - A PRESIDENTA MEXICANA É ORGULHOSAMENTE ALGUÉM POR QUEM SE MEREÇA APLAUDIR DE PÉ
A fantástica presidente mexicana Claudia Sheinbaum dirige-se a Trump:

Então vocês votaram para construir um muro... Bem, queridos americanos, mesmo que vocês não entendam muito de geografia, já que a América é o seu país, não um continente, é importante que vocês descubram, antes do primeiro tijolo ser colocado, que além deste muro há 7 bilhões de pessoas.
Mas como você realmente não conhece o termo “pessoas”, vamos chamá-los de “consumidores”. Existem 7 mil milhões de consumidores prontos para substituir os seus iPhones por dispositivos Samsung ou Huawei em menos de 42 horas.
Eles também podem substituir Levi’s por Zara ou Massimo Duti.
Em menos de seis meses podemos facilmente deixar de comprar carros Ford ou Chevrolet e substituí-los por Toyota, KIA, Mazda, Honda, Hyundai, Volvo, Subaru, Renault ou BMW, que são tecnicamente melhores do que os carros que produzem. Estes 7 mil milhões de pessoas podem até deixar de subscrever a Direct TV, e nós não queremos, mas podemos deixar de ver filmes de Hollywood e começar a ver mais produções latino-americanas ou europeias que têm melhor qualidade, mensagens, técnicas cinematográficas e conteúdo.
Embora possa parecer inacreditável, podemos pular a Disneylândia e ir para o resort Xcaret em Cancún, no México, no Canadá ou na Europa – há outros grandes destinos na América do Sul, na América do Leste e na Europa.
E mesmo que você não acredite, até no México existem hambúrgueres melhores que o McDonald's e têm melhor conteúdo nutricional.
Alguém viu pirâmides nos Estados Unidos? Egito, México, Peru, Guatemala, Sudão e outros países têm pirâmides
Descubra onde estão as maravilhas do mundo antigo e moderno... Nada disso nos Estados Unidos... Que vergonha para Trump, ele teria comprado e vendido!
Sabemos que a Adidas existe, não apenas a Nike, e podemos começar a usar tênis mexicanos como o Panam. Sabemos mais do que você pensa.
Sabemos, por exemplo, que se estes 7 mil milhões de consumidores não comprarem os seus produtos, haverá desemprego e a sua economia entrará em colapso (dentro do muro racista) ao ponto de nos implorarem para derrubar este feio muro.
Não queríamos, mas... Se você quer um muro, faça um muro. Com minha sincera gratidão.
in https://histoireetsociete.com/.../la-fantastique.../

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