sexta-feira, 3 de abril de 2009

AMIGOS DO PEITO (19 e 20)

ERCI, A IRMÃ ANIVERSARIANDO E NEUZIVAL, UM ETERNO FERROVIÁRIO
1. Nesta semana ando bem família. Primeiro comentei aqui sobre a prima Célia e hoje, mais do que inevitável falar da irmã, Erci Perazzi de Aquino Ramos Ribeiro (nomão comprido, não?), que no último dia 01/04, Dia da Mentira, completou 47 anos. Em casa somos quatro (Helena, Henrique - eu, Erci e Edson), filhos de Heleno e Eni. Notaram algo? Por idéia de meu pai, todos seus filhos tiveram seus nomes iniciados com as letras iniciais do casal, dois com H e dois com E. Outro fato a ser comentado, foi a coincidência, verdadeira “escadinha”, uma exata diferença de idade entre cada um, nascidos de dois em dois anos. Dentre todos nós, a data que tenho maior facilidade em guardar é o aniversário da mana Erci, talvez por coincidir com o dia famoso.

Erci é uma batalhadora. Comanda sua loja esotérica, a Cheiro de Arte, onde acabou especializando-se no segmento esotérico. Virou expert no assunto, uma espécie de consultora. Os filhos, Paula e Paulo ajudam como podem. Não possuem empregados. Tudo gira em família e até o maridão, Paulo Afonso, acaba entrando na dança e dando sua contribuição. O ritmo por lá é dos mais acelerados, como sempre foi sua vida. Vivida intensamente. O corre-corre prossegue do lado de fora. Moram ali perto e construíram ao longo do tempo um pequeno paraíso nos fundos da casa. Uma grande edícula, tendo no epicentro um imenso fogão e forno à lenha, sempre acesos e dando livre acesso a parentes e amigos. Ali rola de tudo, desde massas, assados, variações culinárias inimagináveis, bebidas variadas e muita conversa jogada fora, pois sem isso é impossível tocar essa vida. E assim toca sua vida, do trabalho para casa. Cada irmão possui sua peculiaridade. Entendo cada vez mais a todos, compreendo muito bem casa situação e gosto de todos, indistintamente. A Erci é uma espécie de para-raio e talvez por esse motivo sofra mais, absorve mais. Precisa encontrar um meio de redistribuir essa energia toda que adquire. Fui festar em sua casa na noite do seu aniversário, comi muito (levei até um amigo junto) e ainda não cheguei num acordo no que devo lhe dar de presente. Ela até pode achar que nem lhe darei nada, mas não perde por esperar.

2. Neuzival Spagnol é um ferroviário daqueles que construíram a história dessa cidade. Maquinista cheio de histórias para contar. A do seu casamento com a esposa Luzia é das mais cativantes. Quando comecei a trabalhar com essa questão de patrimônio cultural e tomei conhecimento da trajetória desse sangue esquentado, viramos amigos de cara. Sempre que alguém da imprensa ligava pedindo alguém para falar sobre ferrovia, não dava outra, ligava logo para ele. Esteve sempre presente. Numa passagem das mais marcantes indiquei para dar um depoimento num filme que seria rodado para passar na TV Cultura. O filme saiu e sua participação foi das mais significativas. “O trem passou e a gente ficou” (direção de Raoni Miranda, 2007, Multvídeo Produções). Passou na TV em 13/01/2007 e foi um sucesso entre os ferroviários. Alguns ganharam cópias, mas a do Neuzival acabou não funcionando direito. Justo ele que foi um dos que tiveram mais destaque.

Hoje não estou mais lá no setor de Patrimônio Cultural na Prefeitura, mas dentre as muitas recordações que levo comigo, uma é a amizade cordial que travei com um batalhão de ferroviários aposentados. Virei amigo da maioria. Não tem dia que não paro na rua para papear com algum. O amor de todos eles pelo trabalho lá desempenhado e a dor profunda pelos destinos dos trilhos no Brasil é o epicentro das conversas. Para conversar com essa gente é necessário tempo, pois possuem histórias e mais histórias. Fui à casa do Neuzival hoje, levei a cópia do filme, dei-lhe aquele abraço forte, tirei fotos dele junto da família (a esposa e a neta) e prestando uma justa homenagem a toda essa categoria, me fixo no seu nome como um digno representante de todos os amigos que fiz (e que faço questão de manter) na ferrovia. Aliás, na qualidade de filho e neto de ferroviários não poderia ser diferente. Neuzival é daqueles batutas que dignificaram a profissão e não se omitem de dizer a que vieram. Ele e tantos outros, são amigões do peito.

3 comentários:

Anônimo disse...

QUERIDA ERCI,
pelo seu irmão..já tinha belas referências de você,e feliz da vida fiquei em ter oportunidade em conhecê-la.

Realmente foi pouco o nosso contato ,mas percebi que seu jeito peculiar encanta e contagia ...é uma pessoa iluminada ,e que sabe receber bem na sua casa.Tem uma família super legal,gostei muito de você.

Hoje recebi o e-mail do Henrique ,participando do seu aniversàrio,(1º de abril),ariana como eu,por isso justifica nossa garra ,nossa alegria de viver...rsrsrs

Quero desejar ,muita paz,saúde,amor no seu coração...

PARABÉNS,FELICIDADES

Bjos com carinho.
MARIA JOSÉ URSOLINI

Anônimo disse...

A Erci do Cheiro de Arte. Não sabia que era sua irmã. Pago sempre a vista lá na loja. Será que começa a me fazer fiado a partir de agora. Ela é minha consultora para assuntos espirituais. Insenso eu só compro lá.
Pedro

Anônimo disse...

Oi Erci hoje resolvi te procurar lembra de mim que morava na casa da esquina na rua Gustavo Maciel onde íamos juntas para escola brincar na rua íamos para o clube nadar jogar ping pong andar de bicicleta sua mãe fazia festa junina na rua era muito bom aquele tempo espero que lembre de mim nunca esqueci de você e sua família um bj no seu coração.