DROPS - HISTÓRIAS REALMENTE ACONTECIDAS (04)
MINHAS COSTAS QUEIMADAS, OS 45 ANOS DO GOLPE MILITAR BRASILEIRO E OS 33 DO ARGENTINO
Quero juntar esses três temas num mesmo balaio. Em 31/03/1964, além do nefasto golpe militar liderado pelos militares, passamos a viver um dos piores momentos de nossa história. Naquele dia o país entrava na fase mais obscura de sua história. O que veio a seguir é do conhecimento até do reino mineral. Uma tragédia que perdurou até o final dos anos 80. Um retrocesso sem fim, com repercussões bem claras até hoje. Não existe mais o que falar do golpe, além de repudiá-lo, pois até mesmo os militares mais conscientes renegam a "quartelada" e o que fizeram com o Brasil. Minha mágoa com esse dia não se resume nos acontecimentos históricos. Quem me conhece sabe da marca que carrego nas costas. Meus pais moravam num pequeno distrito em Mineiros do Tietê, numa casa ferroviária que não mais existe. Lá, nesse dia, eu com quatro anos de idade, tive as costas queimadas com água quente, num ato de descuido de uma moça que trabalhava em minha casa. As notícias invadiam a casa via rádio, nervosismo latente, ela deve ter levado um susto, vindo a jogar janela afora uma chaleira cheia de água quente. Tudo caiu sobre mim. Felizmente, só nas costas. Minha raiva, portanto é dupla. Tenho motivos para isso. O trauma da queimadura já passou faz tempo. Carrego comigo a cicatriz, assim como o país o trauma e a cicatriz do que esse país acabou se transformando. Ontem, dia 31/03/2009, foram completados 45 anos do Golpe e hoje, dia PRIMEIRO DE ABRIL, Dia da Mentira, o de sua consolidação. Uma data meio redonda, propícia para manifestações variadas. Quase nada, um leve muxoxo em locais isolados. O mais significativo foi diante do Clube Militar, no Rio, quando estudantes protestaram contra uma solenidade militar lá realizada. O brasileiro não consegue mais ir para as ruas, não se manifesta mais, está inerte, anestesiado e resignado. Uma tristeza sem fim, diante de tudo o que já realizamos. Mino Carta costuma repetir que “falta sangue em nossa história”, como falta disposição de reação. Isso daria uma tese. Diante dessa quase não percepção da importância de se posicionar contra movimentos autoritários, faço uma comparação com o que aconteceu na vizinha Argentina em 25/03, quando lá foram completados 33 anos do golpe militar lá deles, também liderado por militares. O que se viu por lá foi o povo nas ruas em imensas manifestações, com a renovação do pedido de julgamento e punição para os culpados por violações dos direitos humanos. A data nem era tão redonda como a nossa. O meu sentimento não é de inveja para com os argentinos. Admiro demais a união popular deles nesses momentos. Não conseguem se esquecer das atrocidades e as punições por lá se sucedem, com julgamento exemplar aos algozes do passado. Por aqui, estão travadas, brecadas pelas mesmas “forças ocultas”, que tanto amarram nosso caminhar. Enquanto perdemos nosso poder de mobilização, o do país vizinho se renova constantemente. Truculência por truculência, não existiu "ditabranda" nesse negócio. Portanto, nesse dia, quando deveríamos estar protestando e não estamos, posto aqui fotos do que o povo argentino fez nas ruas no último dia 25, por eles e por todos nós. Como gostaria que isso tudo estivesse acontecendo aqui.
quarta-feira, 1 de abril de 2009
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3 comentários:
Henrique
Eu também gosto muito dos argentinos, reivindicam muito mais que nós, mas levaram de 6 hoje da Bolívia. Que fiasco, hem!
Paulo Lima
ARGENTINO...DE NOVO
Um avião caiu na floresta. Restaram apenas três sobreviventes: um indiano,
um judeu e um argentino.
Caminhando entre as árvores da grande floresta, encontraram uma pequena casa
e pediram para passar a noite.
O dono da casa disse:- Minha casa é muito pequena, posso acomodar somente
duas pessoas.
Um terá que dormir no curral.
O indiano respondeu:
- Eu dormirei no curral, sou indiano e hinduísta, necessito praticar o bem.
Após uns 30 minutos, batem à porta da casa.
Era o indiano, que disse:
- Não posso ficar no curral. Lá tem uma vaca, que é um animal sagrado.
Eu não posso dormir junto a um animal sagrado.
Então o judeu respondeu:- Eu dormirei no curral.
Somos um povo muito humilde e sem preconceitos.
Após uns 30 minutos, batem à porta da casa.
Era o judeu, que disse:
- Não posso ficar no curral.
Lá tem um porco, que é um animal impuro.
Eu não posso dormir junto a um animal que não seja puro.
Então, o argentino, 'muy chateado da vida', aceitou dormir no curral.
Após uns 30 minutos, batem à porta da casa.
Eram o porco e a vaca.
MEUS CAROS
Esse tipo de comentário igual ao do ARGENTINO... DE NOVO é desprezível, desnecessário e inadequado. Não censuro ninguém ninguém por aqui (e nem deveria/poderia fazê-lo). O que ele escreveu e postou, sem seque citar o seu nome, fica aí como um registro de até onde pode ir a mente humana. Não aprecio e não faço piadas desse tipo. O assunto era outro, bem diferente...
Henrique, direto do mafuá
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