quarta-feira, 21 de outubro de 2009

DOCUMENTOS DO FUNDO DO BAÚ (05)

DEZEMBRO DE 1987, FÓRMULA 1 NO RIO DE JANEIRO, EU E PAVANATO
ANTONIO CARLOS PAVANATO é um dos muitos amigos conquistados no tempo em que trabalhei na Bradescor, uma extinta Corretora de Seguros do Bradesco, no período de 1980 a 1989. Essa amizade perdura até hoje e dela algo que muito prezo. Tempos depois, apresentado por ele, conheci seu irmão, o Marcelo Pavanato, que durante alguns anos morou em São Paulo e trabalhou no SESC, depois veio para Bauru, onde aprendeu um ofício do qual não mais abandonou, o amor pelos livros, quando atuou na Livraria Peruíbe, do Ozéias Granja. Mais um tempo depois, já na Secretaria de Cultura, vim a conhecer a estudante de jornalismo Mayara Pavanato, filha desse meu amigo. Gosto muito de todos. Conheci também os pais deles, ambos ainda vivos, numa casinha com um lindo jardim na frente, lá em Pirajuí.

Antonio Carlos havia enviado meses atrás fotos de uma viagem que fizemos juntos em dezembro de 1987, exatos 22 anos atrás, quando ainda não usava barba, tinha cabelos e a barriga não era proeminente. Tenho algumas dessas fotos aqui no mafuá, coladas num álbum amarelado pelo tempo, mas o que recebi foram todas. Eu tinha 27 anos, estava casado com a Wilma Cunha e fomos realizar um sonho dele, ir à uma corrida de Fórmula 1. Naquele ano ela ocorria em Jacarepaguá, na cidade do Rio de Janeiro. Lembro pouco da viagem, mas muito bem de uma parada em São Paulo, onde pernoitamos na casa do Marcelo e da Fátima (anos depois ficariam com o jornal O Alfinete, em Pirajuí), lá na rua Martins Fontes. No dia seguinte, ambos nos levaram ao aeroporto, onde embarcamos numa ponte área e caímos no aeroporto Santos Dumont e de lá, para um hotel que já conhecia, pois havia passado minha lua de mel por lá, o Bragança, na rua Mem de Sá, na Lapa (lugar que todas as vezes que retorno ao Rio, bato cartão, não no mesmo hotel, mas sempre na Lapa).

As fotos falam por si e essas são mesmo do fundo do baú. Trazem ótimas recordações, de um tempo inesquecível. Marcelo e Fátima estão numa foto conosco no aeroporto de Congonhas e as demais são minhas e do Antonio Carlos. Em mim, já se acentuava o início da calvície, que hoje toma conta do meu cocoruto. Nele, pouca coisa mudou, a não ser os cabelos brancos e um pouco mais de barriga. Fiz questão de tirar uma foto defronte o nome Bradesco, local onde trabalhávamos, umas no alto do Pão de Açúcar e na praia. Por fim, as no autódromo, com a pista ao fundo (não me perguntem quem ganhou a tal corrida, eu não sei e acho que nem meu parceiro de viagem ainda tem lembranças disso). De lá, uma única recordação, um barulho infernal e incessante, os tais motores roncando. Eu mesmo me peguei rindo sozinho ao recordar de minhas cavadas camisetas, uma verde e outra, branca e amarela. Em outras, um paletó verde escuro, do qual gostava muito e fiquei muito triste quando a Cleonice, minha segunda esposa, vendo-o curto e sempre num lugar de destaque em meu guarda-roupa, num dia qualquer acabou dando um sumiço nele. Adorava esses paletós despojados, esse com ombreira, mostrando meu jeitão irreverente no vestir. As fotos enviadas pelo Antonio Carlos estão aí para todos verem e nelas algo mais, pois muitos dos meus amigos atuais nunca me viram sem barba (a Cleonice e meu filho são alguns desses). A barba deixei crescer tão logo sai do banco, quando não tinha mais aquela obrigação de fazê-la todo dia. De 1989 para cá, barbudo fiquei.

Antonio Carlos, você nem imagina o bem danado, que foi reviver velhas lembranças com essas fotos.
OBS.: Cliquem nas fotos e ficarão grandonas. Na do carro quebrado, Antonio Carlos e seus pais.

4 comentários:

Anônimo disse...

Lembro de ti bem antes disso no colégio com o Joaquim e o Paulo Baliero. admirava sobremaneira o posicionamento de vces, naquela época um tanto preocupante, pois eram politizados demais.quantos apuros passou a Profª Maria Marta de OSPB nas mãos de voces,lembra? essas recordações são muito gostosas! gde abraço! Marisa F

sivaldo disse...

A natureza foi generosa com voçe heim...

Anônimo disse...

HENRIQUE
Eis a classificação daquele Grande Prêmio, conseguida no Wilkipédia:

Pos Nº Piloto Equipe Voltas Tempo Grid Pts

1 1 Alain Prost McLaren TAG-Porsche 61 1:39'45"141 5 9

2 6 Nelson Piquet Williams-Honda 61 40"547 2 6

3 2 Stefan Johansson McLaren TAG-Porsche 61 56"758 10 4

4 28 Gerhard Berger Ferrari 61 1'39"235 7 3

5 20 Thierry Boutsen Benetton-Ford 60 + 1 Volta 6 2

6 5 Nigel Mansell Williams-Honda 60 + 1 Volta 1 1

7 11 Satoru Nakajima Lotus-Honda 59 + 2 Voltas 12

8 27 Michele Alboreto Ferrari 58 Rodada 9

9 10 Christian Danner Zakspeed 58 + 3 Voltas 17

10 3 Jonathan Palmer Tyrrell-Ford 58 + 3 Voltas 18

11 4 Philippe Streiff Tyrrell-Ford 57 + 4 Voltas 20

12 14 Pascal Fabre AGS-Ford 55 + 6 Voltas 22

Ret 18 Eddie Cheever Arrows-Megatron 52 Superaquecimento 14

Ret 12 Ayrton Senna Lotus-Honda 50 Motor 3

Ret 7 Riccardo Patrese Brabham-BMW 48 Elétrico 11

Ret 8 Andrea de Cesaris Brabham-BMW 21 Diferencial 13

Ret 17 Derek Warwick Arrows-Megatron 20 Motor 8

WD 21 Alex Caffi Osella-Alfa Romeo 20 Retirou-se 21

Ret 24 Alessandro Nannini Minardi-Motori Moderni 17 Suspensão 15

Ret 9 Martin Brundle Zakspeed 15 Turbo 19

Ret 19 Teo Fabi Benetton-Ford 9 Turbo 4

DSQ 23 Adrian Campos Minardi-Motori Moderni 3 Desqualificado 16

DNS 16 Ivan Capelli March-Ford 0 Não Largou 23

Minha Observação: Nesse tempo eu ainda assistia a Grandes Prêmios de Fórmula 1, mas depois da morte do Senna, fui perdendo o interesse. Também já assisti a dois, mas ambos já em São Paulo.

Boa história

Paulo Lima

Anônimo disse...

Meu querido amigo Henrique, permita-me uns "p.s.'s" nesta nossa história:

- Na mesma noite que chegamos ao Rio, você foi passear pelas ruas e voltou "amarelo", pois "bateram sua carteira" e amassaram seus óculos. Lembra? rsrsrs

- Não encontramos hotel, naquele dia, quase tivemos que dormir na rua.

- Agora a mais engraçada:

Viajamos e meu amigo Henrique, não comunicou a Wilma (sua esposa na época) da viagem, disse à ela que iríamos pescar. Tive que buscá-lo em sua casa, com meu carro "carregado" de varas e apetrechos de pesca. Puro "teatro"!
Pois bem, a única coisa que o Henrique não contava, é que a Wilma (já acostumada rs) pudesse, apenas com um simples telefonema, ligar para o Bradesco e perguntar por ele.
Feito, já na sexta-feira, depois do almoço, ela já sabia, tim-tim por tim-tim, onde estavámos! rsrsrs

Na segunda-feira, já de volta, fui levá-lo em sua casa, por azar encontramos a Wilma, varendo a frente da casa.
...bom a coisa aí pegou!
...foi vassourada para tudo que é canto e confesso, nem tempo deu para tentar explicar (se é que tinha explicação) ou mesmo justificar o acontecido!

Jamais vou me esquecer disso!

Obrigado Henrique, você também me fêz recordar e reviver uma época de "ouro" da minha vida!

Quantas saudades daquele tempo de Bradescor!

...temos tantas histórias, que ficaríamos horas aqui relembrando!

Abraços!

AC Pavanato