POLACO, UM RESTAURANTE ENCRAVADO NO MEIO DO NADA E CHEIO DE LUZ
* Dentre minhas andanças por lugares variados, quero ir escrevendo e publicando fotos de alguns destes. São locais onde gostei de estar presente, deixando registrado algo sobre o presenciado.
Um restaurante quase rural, encravado num distrito pertinho de Jaú SP, em Pouso Alegre de Baixo (na estrada que liga Jaú a Bariri), é uma impressionante demonstração de sucesso, inexplicável para muitos e mais do que compreensível para outro tanto. O RESTAURANTE POLACO, comandado há 18 anos por José Roberto Manzatto, o Polaco filho, da segunda geração dos Polaco (à frente dos negócios, ele, esposa e dois filhos), sai do trivial e mantém casa cheia durante todos os dias em que permanece aberto (almoço todos os dias e jantar na quarta e sábado - 180 lugares). Tudo começou 33 anos atrás, com a abertura de uma pequena porta e uma especialidade que não muda com o passar dos anos, o leitão servido pururuca. Galgou sucesso ao longo dos anos, tanto que do puxadinho inicial, a casa só cresce e a cada nova reforma, vai ocupando mais espaço e atriando mais pessoas.
Mas qual seria o segredo do sucesso do Polaco? Seu local não é dos mais centralizados. O distrito fica há uns 8km de Jaú e por ali não existe mais nada a ser visto ("atrai muito mais gente do que a igreja local, com seu coreto e festas", me disse um morador). A grande e quase única movimentação ocorrida por lá deve-se ao fato da presença do restaurante estar de portas abertas. O diferencial é a comida, servida de uma forma toda especial, caindo no gosto popular. Não pensem encontrar por lá um cardápio cheio de itens. Nada disso. Ou melhor, todos vão lá em busca de provar o tal leitão à pururuca e um frango à passarinho, acompanhados de arroz com bacon, macarrão, maionese, polenta, farofa e pão. Aos domingos, quando a casa bomba, isso é tudo o que é servido. Durante os dias da semana uma pequena variação, com a acréscimo de uma salada e um feijão gordo. A fama cresceu quando descobriram que tudo ali era frito em até sete tachos diferentes, sob temperaturas também diferentes, passando a carne por todas as etapas, sem perder a maciez. O saído daquela troca de gordura adquiriu um gosto realmente a honrar a fama do lugar. Come-se algo feito de forma simples, mas com qaulidade. Virou uma espécie de romaria na região a frequência por lá.
Presencie isso no último domingo, 16/05, junto de amigos e quando lá chegamos, por volta das 13h, muitos estavam esperando do lado de fora. Chamavam a senha 18, pegamos a 34 e ficamos cervejando enquanto não chegava nossa hora (quando saímos, por volta das 15h, a senha já passava do número 60). Alguns, além da bebida, ao solicitar, degustavam do lado de fora uma polenta frita, cortada em cubos e servida crocante, de estalar nos dentes. Muita gente (muita gente mesmo) do lado de fora e ninguém a reclamar. Carros de Jaú e de todas as cidades da região, comprovando que a fama cresce a cada dia que passa. O distrito todo ocupado por carros e além de um salão de espera, uma espécie de edícula do lado de fora, muitas cadeiras disponibilizadas aos que aguardam do lado de fora o momento de serem atendidos.
A espera é compensada ao adentar o local. Algo que foi dito e comprovo logo na ocupação da mesa: espera-se um tanto do lado de fora, mas quando lá dentro, o atendimento é dos mais rápidos. A cozinha trabalha de forma acelerada e tudo flui de forma controlada. Simples e eficiente. Fomos lá em busca da qualidade do pururuca e disso ninguém reclamou. Até no quesito quantidade, uma garçonete, menina nova, foi muito elucidativa. Calculou de forma precisa as porções necessárias para saciar a fome do grupo. E tudo foi chegando à mesa, primeiro o frango, depois a maionese, arroz, pão e por fim, o leitão. Estávamos em cinco e ninguém saiu insatisfeito. Olhávamos para os lados e a mesma impressão era a sentida por todos.
Lugar simples, vila mais ainda, nada de atendimento vip, mas tudo no seu devido lugar e com a devida precisão. Gente atenciosa e um conforto sem rococós. Tudo tão preciso, que atraiu a atenção de outros comerciantes. Outros pontos foram abertos, seguindo a mesma linha, mas nenhum sobreviveu. Polaco segue único, lotando às ruas de Pouso Alegre de Baixo e demonstrando que quem sabe fazer, faz, se sobressai e segue adiante. Ir uma vez após muitas recomendações pode ser demorado, o querer voltar é algo quase que inevitável. O lugar é imantado. Já traço planos de retornar lá durante a semana, constatando como será o procedimento num dia mais calmo. Esse dia logo chegará. A publicidade é feita só no boca-a-boca e o movimento só aumenta. Cliquem no Google e vejam a quantidade de gente que por lá já passaram e fazem questão de divulgar a casa. Virei mais um deles.
Obs.: Podem dar risadas à vontade, mas depois dessa virei crítico gastronômico, pois não poderia passar batido de escrevinhar algo sobre esse sacrosanto lugar, encravado no meio do nada.
4 comentários:
Fico impressionada em como você passeia! Eita vidinha boa, heim? kkkk... Super findi, amigoh!
Conheço o Polaco e seu restaurante, assim como a vidinha pacata do distrito ao lado de Jaú. Lá é isso mesmo que voce escreveu. Um lugar bucólico, que teve sua vida transformada pelo movimento do restaurante. Sempre que vou para aqueles lados,dentre as muitas opções existentes na cidade, acabo sempre retornando ao Polaco e comendo aquilo de sempre. Uma delicia. O Polaco é mesmo ótimo.
Quem me falou que voce havia escrito sobre o Polaco foi o Daniel, não conhecia seu blog.
João Carlos Fonseca
Sou do bairro de pouso alegre ..
Pouso alegre não é um lugar no meio do nada ,muitas pessoas deixariam a vida na cidade para ter a tranqüilidade de acordar com pássaros cantarolando na janela,ou mesmo pela água mais que pura ,o ar limpo e o respeito e humildade com que se é tratado aqui .
o Restaurante é sim motivo de movimentação no nosso bairro ,isso não me agrada ..rs!
o Restaurante é o melhor da região sem contestação nenhuma .
Perde-se a calma tão preciosa nos finais de de semana ,quando centenas de pessoas visitam nosso bairro .
todos aqui já estão acostumados pessoas que vem de muito longe para experimentar ,ou pessoas que estão retornando pela milésima vez .haha
Não gosto quando tratam pouso alegre como um lugar no meio do nada ,tenha certeza de que voce não conhece o bairro o suficiente para dizer isso .
vivemos aqui por opção ,esse lugar é abençoado .
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