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UM ENCONTRO DE GRAFFITI EM BAURU E ALGO SOBRE PROTESTO NAS RUAS, NO CHILE E EM SAMPA (EM BAURU, NADICA DE NADA)
Hoje, domingo, 14/08 foi um dia daqueles. Pernoitei ontem em Reginópolis, participando de uma imensa Quermesse na Praça central daquela cidade. Cheguei lá ontem 21h e sai hoje, 20h30, após participar de outro evento, o III Festival de Música Sertaneja. Cansado, abro internet só nesse momento e para dar o pontapé inicial em dois temas que quero desenvolver com mais detalhes depois:
1. Queria muito ter participado hoje aqui em Bauru de um evento diferente, algo inovador e dentro de uma nova perspectiva. É o I ENCONTRO DE GRAFFITI DE BAURU, realizado HOJE, 14/08, no estacionamento de uma casa comercial do ramo de tintas, a ESQUINA DAS TINTAS, justamente na esquina das ruas Treze de Maio com Quinze de Novembro. Fico sabendo do evento no começo da semana passada, recebendo mensagem pelo Facebook e de cara imagino que algo novo está pintando no ar. E estava, passei por lá ontem, sábado, 13/08, pouco antes deles fecharem as portas. Conheci os dois proprietários, Ricardo e Franco, dois jovens e o funcionário, o Matheus, mais conhecido como “Fino”. Fino é grafiteiro e foi quem incentivou os dois sócios da loja a olharem com outros olhos para o trabalho do graffiti.
Foi o que fizeram e gostaram do que viram. “O Encontro surge de uma necessidade dos praticantes terem um material de melhor qualidade para o exercício do graffiti. Conheci dois novos produtos no mercado, o spray para pintura marca WORK (http://www.work.com.br/ ) e as canetas POSCA (http://www.unibal.com.br/ ) também para pintura. Com eles algo a revolucionar a arte da grafitagem e é isso que apresento para a cidade. O Work é próprio para graffiti, com pressão regulada, traço mais fino, não escorre, quer dizer, uma qualidade melhor. A caneta Posca, com tamanhos diferenciados na grossura do escrito e tinta p´ropria para pinturas variadas é algo que ainda não tínhamos por aqui”, diz Ricardo.
Toda a divulgação foi feita pelo facebook e nada via imprensa. “Incentivo o graffiti para encobrir a pichação, pois onde tem graffiti não tem pichação. Gosto de ver o graffiti, faço outras coisas e ajudo os praticantes fornecendo um material de qualidade a eles. O artigo 65, da lei federal 9605 diz que esse material só pode ver revendido para maiores de idade e é isso que faço, de forma consciente. O produto não agride a natureza e mais que isso, tenho uma denúncia: Bauru é uma das únicas cidades do estado onde os colégios não aceitam doação de tinta. Quero ajudar, mas eles não aceitam. Esquisito, não?”, conclui Ricardo. Fino preparou tudo com esmero para receber os colegas de ofício. Todo o espaço do estacionamento deve ter sido ocupado e suas paredes preenchidas com trabalhos já utilizando o novo material. Outro olhando tudo atentamente é Lucas, do COLETIVO NATURAL (http://www.coletivonatural.com.br/br/ ), uma das presenças garantidas. Fora de Bauru hoje não tive o prazer de conhecer o trabalho dessa rapaziada, ver as técnicas novas, trocar idéias e mais que isso, entender um pouco da concepção, ressaltando sempre a arte emanada disso. Amanhã, quando fotografar a parede pronta, escrevo mais e faço uma relação com o que conheci na Argentina sobre o assunto.
2. Mesmo cansado e com os olhos quase fechando, pelo cansaço de um dia inteiro fora de casa, não posso passar batido algo que tenho visto com fervor nas últimas semanas, a de como os estudantes chilenos estão dando uma grande lição para todos os demais segmentos estudantis do restante da América Latina. Estão a ocupar as ruas de quase todas as cidades do Chile, com uma crescente conscientização e apoio popular. Tenho visto fotos e imagens deles inimagináveis aqui no Brasil, algo que dói demais para todos que almejam ver os estudantes brasileiros sabendo lutar pela busca de dias melhores dentro da área educacional e tomando posições diante das grandes questões nacionais. Por aqui, infelizmente, os estudantes estão em outra, o que é de se lamentar. Eu lamento, mas não consigo me resignar.
Mas para não dizer que nada ocorre por aqui, chego de viagem e um amigo acaba de participar de um movimento, que já deveria ter uma extensão nacional, o FORA TEIXEIRA e de apoio aos estudantes chilenos. Marcos Paulo, que toda segunda está por São Paulo e nessa antecipou e foi passar o final de semana na capital faz um relato doído de como vê nosso momento no quesito reivindicação nas ruas: “Henrique, estou em Sampa, tenho aula na segunda, mas vim antes porque uns amigos me torraram o saco pra ir na manifestação em frente ao Masp na avenida Paulista no sábado contra o Ricardo Teixeira, mas é sempre aquilo que digo se não entrarmos no efeito da causa a idéia fica vazia, o Teixeira é um símbolo do que o capitalismo faz na sociedade, uma peça. A solução não passa apenas na sua queda e sim do sistema, tinha até um numero razoável de gente, mas só naquilo de gritar "ei Teixeira vai tomar no cu" e coisas do tipo, depois acaba e cada vai para o seu canto sem saber ao certo o que fazer. Detalhe, a ESPN Brasil foi uma das pouquíssimas mídias presente no evento. Agora uma manifestação ao lado desta que era mais interessante por atacar o efeito da causa, o capitalismo, foi a manifestação de estudantes chilenos sobre educação, claro, o fato de serem chilenos, portanto latinos, deve dar a eles uma noção melhor de grito não é?? Estou enviando as fotos que tirei fiquei a vontade se quiser reproduzir algo no blog, ah, ontem o comandante Fidel fez 85 anos e como vc não escreveu um belo texto com fotos em homenagens ao cara rsrs, estou esperando isso e sua visita. Um abraço com todo fervor revolucionário do MARCOS PAULO”.
domingo, 14 de agosto de 2011
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6 comentários:
"Torcidas organizadas de todos os times preparam atos de “Fora Ricardo Teixeira”. Mobilização vai acontecer nos estádios e no Congresso Nacional. Movimento FORA RICARDO TEIXEIRA - CPI da CBF JÁ - Divulguem essa campanha nacional e apoem essa luta contra a corrupção e ladroeira na NOSSA Confederação Brasileira de Futebol, para termos moral na Copa do Mundo no Brasil em 2014 e uma seleção sem influências da mafioso Teixeira e sua quadrilha...
Saúde e abraços do wilson Prezzoto... reproduzo aqui o que saiu no meu facebook
Olá Henrique
Concordo com o nosso amigo Marcos só ficar gritando "filha da puta" não resolve nada , eu estive lá e confesso que fiquei um pouco desapontada, faltou o comandante pegar no microfone e discursar sobre os abusos desses corruptos cartolas do futebol!!!!!
Mas quem sabe da proxima vez !!!
Beijos e boa semana!! Fabi
Sr Henrique
Gosto muito de grafitte e não fiquei sabendo desse evento. Que pena, mas pela dica da loja vou lá ver o resultado do trabalho deles e ver o spray. Gostei também de não ter dado conotação negativa ao grafite, pois muitos que escrevem sobre nós só metem o pau e nos confundem com os pichadores. Nós não pintamos em lugares não permitidos. Somos diferentes, mas não enfeiamos as cidades Tornamos todas elas mais bonitas.
Paulinho G.
EXISTE UMA TÊNUE LINHA A DIVIDIR O TRABALHO DE PIXADORES E GRAFITEIROS. NÃO NOS ESQUEÇAMOS DISSO. ENFIM, O MATERIAL TAMBÉM SERÁ VENDIDO AOS PIXADORES, OU NÃO... NÃO DÁ PARA SABER QUEM É UM E QUEM É OUTRO NA HORA DA VENDA, OU DÁ...
RAFAEL FURTADO
caro Rafael
Sim existe uma tênue linha, mas em tudo nessa vida e se formos usá-la como argumento, deixaremos de fazer quase tudo nessa vida. Eu sei o que faço e assumo isso. O grafiteiro idem. Já os que fazem uso para outras finalidades, que assumam o que fazem. Cada ato nosso tem suas consequências, boas e ruins. E nem por isso deixo de fazer as coisas que acho corretas. Compro algo assim sem nenhum complexo de culpa.
Henrique - direto do mafuá
uma perguntinha básica:
Saindo o Ricardo Teiceira, quem vcs acham que entraria no seu lugar? Seria diferente? Luta sem sentido essa, pois a estrutura continuaria a mesma. Pura perda de tempo...
Leandro Donizete - sou de Jaú
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