COMENTÁRIO QUALQUER (87)
MÚSICA CUBANA, CAPOEIRA, LAZER QUE TEMOS, BURACO NAÇÕES, DAE COM SABESP E PIMPA
Meu post de hoje começa com uma homenagem, pois dia 3 de agosto é o do CAPOEIRISTA. Então, feliz dia do capoeirista!!!!! E quando se fala de capoeira hoje em Bauru é inevitável a lembrança de ALBERTO, um ex-bancário, que dedica e centra todos seus fogos numa dedicação mais do que exclusiva para as atividades com o berimbau. Ele, empolgado com a chegada de um grande dia, 28/08, quando ocorrerá a inauguração da PRAÇA MESTRE BIMBA na cidade. Uma das muitas fotos distribuídas por ele ilustra essa singela homenagem.
Queria hoje escrevinhar somente de música e de algo postado num comentário aqui no blog na segunda, por outro amigo, o EGBERTO, ex-capô do ex-Bauru Chic (saudades do sanduíche Bauru feito por ele) sobre a CULTURA E O LAZER QUE TEMOS E O QUE QUEREMOS E PRECISAMOS. Vale a pena ler as reflexões desse professor, que mesmo aposentado, nunca pode ser chamado de ex-professor, pois está sempre a nos dar boas lições e consistentes toques. Dá a dica do livro “Políticas Públicas de Lazer”, do outro professor, Nelson Carvalho Marcelino, um toque e tanto sobre o assunto: “A partir da Constituição de 1988, o lazer passou a ser direito social de todos os cidadãos brasileiros. Foi assegurado também, praticamente, em todas as constituições estaduais e leis orgânicas de municípios de nosso país. Muito ainda precisa ser feito antes que o lazer seja vivido, plenamente, como um direito social pela nossa população; para que o Sistema Nacional de Esporte e Lazer se consolide e funcione, ou para que o lazer torne-se um programa de governo, ligado a uma Secretaria Especial, por exemplo. Este livro surge para contribuir na reflexão da complexa tarefa de formulação de políticas públicas setoriais na área de lazer. Além disso, também procura oferecer material para discussão aos muitos cursos, de Educação Física, Turismo, Administração e outros, que vêm adotando em seus currículos a disciplina de Políticas Públicas do Lazer”. Essa discussão é pra agora.
Desde minha volta de uma viagem de uma semana na Argentina, ontem escrevia que estava ainda fora do prumo e estou. Primeiro, chateado até a medula por ter perdido o show do MPB 4 no SESC, dia 01/08, no mesmo horário que outro no Parque Vitória Régia, o com o sambista Jorge Aragão, que também não fui. Perder o MPB 4 foi demais para mim. Mais ainda foi abrir os jornais de hoje e dar de cara com duas manchetes de baixo calão. Na primeira sobre o buraco nas Nações, aquele feito para roubar zilhões de uma empresa de segurança. Cartas minhas publicadas na Tribuna do Leitor do JC e reproduzidas neste blog, com os títulos “Conexões subterrâneas na Literatura, no Complexo do Alemão e aqui”, em 8/2 e depois a tacada definitiva em “Ser vizinho de cofre forte do Tio Patinhas é...”, em 05/03, respondem a uma indagação feita hoje pelo diário BOM DIA: “De quem é a responsabilidade por fechar o túnel que passa por baixo das casas?”. Simples, disse eu, a Justiça já tinha que ter acionado e responsabilizado o dono do cofre forte, o do Tio Patinhas. Não existe outro a pagar essa conta. E por que isso ainda não foi feito? Lerdeza pública e privada, só isso. Na outra manchete do dia, uma vergonha para todos nós bauruenses com um título na capa do JC, “SABESP PODE FAZER A PRINCIPAL ESTAÇÃO DE ESGOTO DE BAURU”. Um lema da campanha de Rodrigo, o prefeito era “O DAE É NOSSO”. Hoje, vejo que a coisa já não é bem assim. Saúde meio privatizada e agora, DAE no mesmo caminho. Isso merecerá comentário mais apurado nos próximos dias. Pior não poderia ser.
Por hoje é só, tento deixar meus diletos leitores com música. Eu e Ana Bia tivemos a oportunidade de conhecer uma casa noturna em Buenos Aires, no bairro de San Telmo, o “Resto Bar TODO MUNDO!” (rua Anselmo Aieta 1095) e lá gravamos na noite de 28/07, quinta, um show de música cubana com um cantor peruano (naquele dia comemorava-se o dia da Independência Peruana e o da posse de Humala como novo presidente daquele país). Imagine o astral de um bar que possua um poster do escritor JULIO CORTAZAR ao fundo do palco. Saímos de lá e fomos caminhar madrugada afora, como dois perdidos numa noite suja. As fotos deste post são daquele show e o vídeo idem.
TRISTEZA SEM FIM: Ontem, meu cão de quase 16 anos de idade, o PIMPA foi-se e deixa todos que tivemos o prazer de sua convivência, infinitamente tristes. Cavo, eu e o filho uma cova para ele numa chácara nas imediações de Bauru. Ele, o cão, era um dos poucos que adorava a música de minha vitrolinha, deitava de barriga para cima e revirava os olhos ouvindo o que meus vizinhos diziam: “Como pode alguém gostar de uma música dessa?”. ENCERRO COM MÚSICA CUBANA PARA AMENIZAR A TRISTEZA...
quarta-feira, 3 de agosto de 2011
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7 comentários:
Que triste o pimpa se foi, mas vamos guardar as imagens dele brincando pulando, fazendo aquela festa gostosa que só os nossos amigos fazem quando nos vêem.Saudades pimpa!
Rosana e Duka.
é também perdi o mpb4 e tive que ver o "grande show" do Jorge Aragão.
Henrique
Eu também entendo que quem tem que colocar a mão no bolso e gastar para recuperar a área degradada pelo túnel é a empresa de valores, mas não li até agora em nenhum lugar ninguém fazendo nenhum tipo de questionamento junto a eles. E por que? Não estaria na hora de uma cobrança séria ocorrer, afinal o dinheiro que seria roubado não o foi e a empresa, que teria prejuízo não teve. Na verdade não sei nem o nome dessa empresa. Os moradores tem que se organizar e cobrar dela, fazer uma manifestação defronte o prédio da empresa.
Aurora
PROMESSAS DITAS E NÃO CUMPRIDAS.
ESSA DO DAE MAIS UMA.
A DA SAÚDE OUTRA.
A DO ESGOTO IDEM.
A DO RIO BAURU LIMPO JÁ NEM ACREDITO.
A DE NÃO SER IGUAL AO OUTRO PARTIDO, PURA BALELA.
SÃO TODOS FARINHA DO MESMO SACO.
EM QUEM ACREDITAR.
DECEPÇÕES UMA ATRÁS DA OUTRA.
E ESSE POVO NÃO SABE NEM SE ORGANIZAR, NEM MONTAR UM GRUPO DE MORADORES E BATER PANELAS LÁ NA FRENTE DESSA EMPRESA DE SEGURANÇA. SE TIVESSEM FEITO ISSO, UMA , DUAS, TRÊS, QUATRO VEZES, ACHO QUE ALGUMA ATITUDE TERIA QUE SER TOMADA.
E POR QUE EU, VOCE QUE ME LÊ E VOCE AÍ QUE SE ACHA CONSCIENTE E ESCLARECIDO NÃO VAMOS LÁ NAQUELE QUARTEIRÃO E TENTAMOS AGLUTINAR OS MORADORES? UM LEVANTE DELES ERA TUDO DE BOM.
DEPOIS UM LEVANTE NA PORTA DA DAE.
DEPOIS UM DA SEDE DA SAÚDE.
DEPOIS UMA NA CÂMARA.
OUTRO NA FRENTE DA CASA DO PREFEITO.
NA PORTA DOS JORNAIS QUE NÃO FALAM DISSO.
SOMOS TODOS UMA IMENSA CAMBADA DE BOSTAS.
FICAMOS CADA VEZ MAIS ISOLADOS OUVINDO O QUE GOSTAMOS, FAZENDO O QUE GOSTAMOS, MAS SEM ESTARMOS PROCURANDO IR À LUTA E AJUDAR A CONSTRUIR O QUE ACREDITAMOS SER O ALGO NOVO.
TÔ CANSDADO DE SER BOSTA.
MAS COMO DEIXAR DE SER BOSTA SÓZINHO, SE AO MEU LADO TENS UNS BOSTAS QUE SE DIZEM, MAS NADA FAZEM.
QUERO COMEÇAR ALGO, MAS NEM SEI COMO.
ALGUÉM AÍ AINDA PENSA IGUAL A MIM.
LÉIA´- UMA MULHER REVOLTADA (NÃO SOU DAQUI, MAS ESTUDO AQUI, MORO AQUI E TÔ CANSADA DE NOSSA PASSIVIDADE).
Léia, li atentamente seu desabafo, sua revolta é a mesma que a minha e de outros amigos, mas infelizmente as coisas não funcionam assim, seria legal chamar as massas e eles seguirem rumo a uma revolução, mas não é assim, o problema é que olhamos tudo no campo das superficialidades, não se entra na raiz do problema, por exemplo é facil pegar uma informação de datas e feitos que fizeram a revolução bolchevique, mas não se tem a devida "formação" do processo histórico, sócio-cultural que levou a tudo aquilo ocorrer, da mesma forma que todos esses apectos dentro deste mesmo processo faz com que presenciamos essa bosta de sistema, nem mesmo se por mágica trazermos o Che de volta a vida, não conseguiria acumular a luta de ideais que ele representa, enquanto os meios gerarem a crença no sistema, nas eleições, na constituição, no estado como um todo, a sensação de que isso é democracia, nada acontecerá de bom, infelizmente. Quando criticamos o sistema somos esculachados por muitos, mas ano que vem terá toda a balela eleitoral de novo, com as mesmas promessas e pelegos se enfrentando nas micaretas das alianças partidarias, e segue-se a merda.
Marcos Paulo
Comunismo em Ação
caro Marcos e também para a Léia:
Li os dois e digo que em certos momentos, ou na maioria deles, penso em estar na maioria dos lugares e tentar ajudar com minha contribuição, como no caso desses moradores com suas casas afetadas pelo túnel que iria arrombar o cofre do vizinho rico, no caso, uma empresa de transporte e depósito de valores. Eu toparia ir lá e ajudá-los, ou fazer cartazes e pregar nas paredes ali na Nações ou fazer um ato defronte a tal empresa. Basta me convidarem, que lá estarei. Aliás, sinto falta dessas coisas, preciso fazer mais coisas desse tipo. Uma comichão pela quietude da vida que levamos. E tu, Marcão, também poderia se engajar, se convidados fossemos. Ou não? Estamos com um discurso na ponta da língua, mas meio que sem treino técnico e prático. Que tal começarmos por esse?
Henrique - direto do mafuá
Camarada Henrique, vc sabe o quanto já fizemos coisas desse tipo, foi até como nos conhecemos, por mais que a intenção seja boa, nobre, a experencia nos mostra que a forma está errada, escrevi no comentário bem acima sobre os aspectos do processo histórico, o campo da crítica, das idéias, são necessários pq é aí que se sai do superficial e nos dá uma forma. Ir conversar com os moradores, com as pessoas no dia a dia que encontramos pelas ruas, lhes mostrar a forma que possam resolver como neste caso essa situação do tunel e tb claro, levar as idéias para que se faça primeiramente uma revolução no interior cada vez maior de pessoas estou dentro e vc sabe disso, agora pegar e simplesmente ir com cartaz gritar lá na porta da empresa é continuarmos na boa vontade mas sem efeito algum, pois a grande prática acontece a partir do campo das idéias, conversar com os moradores, nós dois podemos fazer isso, mas não vamos mais entrar no circo das micaretas onde oportunistas de olhos nas eleições sempre fazem com que nada saia do lugar, poder mostrar até para os moradores neste caso quais vias poderiam tomar para resolver mais rápido esse impasse, mostrando tb o efeito de causa disso tudo.
Nesse caso do tunel, eu concordo com vc sobre a empresa, mas a prefeitura já deveria como "braço protetor dos contribuintes" ter feito as obras necessárias para garantir o bem estar, no minimo, dessas pessoas, depois ela q fosse pra cima da empresa, o que nao pode é ficar esse empurra para um lado e para outro, claro, aí entra tb como sempre os interesses das grana, que é onde a crítica tem q sair do superficial e mostrar os aspectos da causa. Podemos ir quando quiser, mas levando as idéias para as pessoas, dar formação crítica, sem cometer os equivocos que já fizemos no passado.
Marcos Paulo
Comunismo em Ação
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