Mafuá do HPA

FRASES DE UM LIVRO LIDO (51)

ANTES DE QUALQUER DECISÃO LEVEM EM CONSIDERAÇÃO: O FATOR V.D.M.
Esse mafuento espaço é também cultura. E hoje vos apresento um livrinho descoberto ao acaso, mas de grande utilidade para os dias atuais, diante de tantas imbecilidades e propostas apresentadas como sérias. Para ninguém passar pelo carão de ter que se recolher diante de um fiasco, bastaria uma melhor avaliação do que se vai tornar público, sempre levando em consideração o FATOR VDM. Bastaria somente isso para a diminuição de muita baboseira vista hoje circulando por aí. Primeiro lhes falo do livro, depois de quem gerou a idéia da criação do tal fator e depois dou endereço para compras, pois diante de tantos exemplos nativos de passos mal dados, com a leitura do livro poderiam ser evitados muitos dos desnecessários vexames.

O livro é o “O FATOR VDM – Um Guia Antidesastres em Projetos Criativos – Para Profissionais”, escrito pelo gestor em projetos criativos LUIS MARCELO MENDES (Imã Editorial, 2011, 152 páginas). Na apresentação de capa uma explicação: “A regra não é clara. Para cada case de sucesso existem mil histórias onde o resultado final não ficou como o esperado. Merdas acontecem. Existem formas de se prevenir do desastre”.
A explicação da sigla é simples e o autor elucida tudo resgatando como chegou a mesma: “O ‘Ministério do Vai Dar Merda’, funcionaria assim, segundo Chico Buarque de Hollanda: A cada decisão importante esse ministro seria chamado. Se o Governo decide recadastrar os idosos, o Lula convoca o ministro e pergunta: ‘Vai dar merda? ’. O ministro analisa o caso, vê que os velhinhos vão ser humilhados nas filas, e responde: ‘Vai dar merda’. No caso da briga com o New York Times, era só chamar esse ministro e perguntar: ‘Vai dar merda? ’. O cara ia analisar e responder: Vai dar merda” (Um retrato do artista, de Rodolfo Fernandes, em O Globo, 18/06/2004).

A exata tradução da sigla é essa mesmo: VAI DAR MERDA. E merdas acontecem. Prever isso e evitar, se possível, algo necessário, afinal, nem sempre tudo ocorre como planejado. O próprio autor confidencia: “Tudo é óbvio, depois que acontece”. O livro é um manual para se evitar o tal do tropeção. Ele foi escrito tendo como base as empresas, mas gostei mesmo quando vislumbrei outras possibilidades, pois o tal FATOR VDM pode ser utilizado para tudo, inclusive para o dia-a-dia. Poucos são os que ligam um tal de “Sensor de Perigos”, antes de falas, pronunciamentos, entrevistas, escrevinhações variadas, apresentação de projetos, respostas de bate pronto, etc. Num dos trechos do livro, com o título, “A pressa passa”, o autor dá uma lição exemplar: “Dizem que o paisagista brasileiro Roberto Burle Marx conservou durante muito tempo uma placa sobre sua mesa que dizia: A PRESSA PASSA E A MERDA FICA. Mais do que uma frase de efeito, deveria ser um mantra para evitar muitos desastres em nossos trabalhos". Num outro capítulo, o “É dando que se dá”, reproduz uma frase de Bob Dylan para os que tem a perder e continuam errando desmedidamente: “Quando você não tem nada, você não tem nada a perder”. Tendo, se cuide. Para esses, existe um capítulo inteiro, o “De gênio a besta em 15 segundos”. Os que se acham, são sempre os mais perigosos.

Gostaria imensamente de dar de presente um livrinho desses para falastrões vereadores e alguns empresários bauruenses, mas na impossibilidade, pois me acarretaria gastos elevados e nem posso escaneá-lo, remetendo cópia a todos via e-mail, pois correria o risco de ser preso por ferir direitos autorais, deixo aqui a dica para que todos o comprem diretamente com o autor através de seu site, o http://www.luismarcelomendes.com.br/ ou pelo site da editora, o http://www.imaeditorial.com.br/ . Seria de uma utilidade sem fim para todos eles. O meu faço uso a partir desta data, mesmo me enquadrando na frase de Bob Dylan.