Mafuá do HPA

INTERVENÇÕES SUPER-HERÓI BAURUENSE (14) e FRASE (81)

O DINHEIRO DO PAC QUE NÃO VEM PARA BAURU: INDAGAÇÕES, FRASE DA VICE E O FATOR VDM
A semana esteve repleta de manchetes em nossos jornais sobre a grana alta distribuída via PAC para municípios da região. Em 31/08, no JC: “Botucatu terá R$ 39 milhões do PAC 2 – Contrato será assinado hoje com a CEF para receber verba federal para obras em córregos na cidade”, no dia 01/09: “Regulamento do Fundo não sai da gaveta – Nem o DAE nem a Prefeitura conseguiram cumprir compromisso firmado junto à Promotoria Pública em maio” e no mesmo dia: “Jaú consegue R$ 43 milhões do PAC 2 – Verba a fundo perdida será liberada à Prefeitura para investir em obras antienchentes e de revitalização de córregos”. No dia 02/09, o Bastidores do BD, com tema “Cadê o PAC?”, informava que: “A CEF divulgou ontem a liberação de verbas do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) no valor de R$ 147,5 milhões. Esse dinheiro não vem para Bauru. A verba está dividida entre Marília, Garça, Botucatu e Jaú. A cidade recebeu pouco mais de R$ 10 milhões para duas obras de transposição de córregos”. No dia seguinte a manchete do BD foi: “O namoro com a Sabesp começou – Governo do Estado promete enviar em 15 dias, projeto para obra de tratamento de esgoto via financiamento estadual”. Pelo que deu para entender, Guardião, nosso super-herói de plantão chega na seguinte conclusão: POUCA COISA CONSEGUIDA VIA PAC, MENOS QUE TODAS AS OUTRAS CIDADES AGRACIADAS E DINHEIRO SENDO CONSEGUIDO VIA SABESP, MAS COM A CONDIÇÃO DE PRIVATIZAR ÁGUA, DAE E TUDO O MAIS QUE ESTIVER PELA FRENTE.

A preocupação não pára por aí. Vejam dois toques dados pelos jornais. No BD, 02/09: “Peregrinação – Esta semana, Rodrigo e sua vice Estela Almagro PT, estiveram em Brasília para continuar pleiteando verbas do PAC para o esgoto. Vale lembrar que a cidade penou para ter um projeto executivo, enquanto cidades menores estão nadando de braçada para conseguir dinheiro a fundo perdido. Marília terá R$ 60 milhões para o tratamento de esgoto”. No JC, Entrelinhas, 03/09, informe de que a vice-prefeita Estela Almagro (PT) diz que as verbas não chegam devido: “A melhor interpretação disso seria a de não termos encontrado o caminho da eficiência para demonstrar que podemos ser bons filhos para essa mãe generosa. A verdade é que não encontramos o caminho da apresentação eficiente de projetos para a captação de recursos, o que no meu entendimento (e já disse isso ao prefeito) só alcançaremos quando discutirmos e implementarmos uma efetiva modernização da máquina, com uma conseqüente preparação dos nossos quadros”. Guardião não se segurou dentro de sua roupagem de super-herói e precisou ser contido, antes de cravar umas perguntinhas para dona Estela diante de tão escabrosa frase:
1. – Então quer dizer, que a vice Estela assume algo clamado desde muito tempo: a cidade não tem gente preparada para montar projetos. Dinheiro existe, e muito, mas não mais é conseguido com simples visitas e idas e vindas até Brasília. E as visitas ocorridas até hoje, tanto do prefeito como dela, são com projetos na mão ou com elas abanando?
2. – E quem monta hoje esses projetos, irão ficar de bico calado e não vão se pronunciar? São mesmo despreparados como alega a vice-prefeita? Já foi feito alguma preparação com essas pessoas? E quem são vocês, os montadores de projetos? Daria para conhecê-los...
3. – E se os tais projetos foram preparados “meia-boca”, nada sendo conseguido, numa clara demonstração de incompetência, a cidade deveria “pagar o pato”, não tendo verbas federais e “caindo de quatro” para as estaduais, digo, com a Sabesp, que lhe pediria em troca o DAE? É justo a paga ser essa?
4. - E se os projetos existiram e não foram contemplados, que sejam mostrados. E mais, dona Estela somente nesse momento da contenda, quase no final do jogo, sem que saibamos se terá prorrogação, diz ter avisado o prefeito. Só agora divulga isso? E suas viagens para Brasília sem esses projetos foram com quais finalidades? Isso não está nada claro. Se não adianta ir sem projeto, foram assim mesmo para fazer o que? A cidade merece uma explicação de dona Estela. Turismo nessa altura do campeonato é algo que ninguém irá aceitar.
5. – E a pergunta que não quer calar: É fácil jogar a culpa nos outros, mas se em mais de dois anos e meio de administração, nada fez para mudar o quadro, tens também imensa "culpa no cartório". Tens gabinete, assessores, influência, rodeada de gente e nada propôs para ter projetos de melhor qualidade. Cômodo abrir o bico só agora, não, dona vice?

Guardião, duro na queda, mas bonachão quando necessário, termina com uma estocada na vice-prefeita. Conheceria ela o tal do Fator VDM antes de proferir a frase da não eficiência dos projetos bauruenses? Se na administração do Rodrigo fosse criada a 'Secretaria do Vai dar Merda', poderia Estela convocar o representante da pasta e perguntar-lhe: “Se disser isso, vai dar merda?”. Na confirmação, seria melhor permanecer de boca fechada. Agora, a merda já está feita e restam as explicações, pois silenciando assumirá erro maior do que o de toda administração junta. Mas antes dela responder, seria bom ela levar novamente em conta o Fator VDM.

E mais, amanhã, 06/09, AUDIÊNCIA PÚBLICA na Câmara discutindo a questão do CERRADO, onde a pauleira deve continuar. Os idealizadores da idéia de ataque desmedido à nossa rica vegetação nativa, os vereadores Marcelo Borges, Renato Purini e o empresário Malandrino, hoje defendem algo também esdrúxulo, a idéia de que a cidade deva ter uma compensação financeira quando não desmatar. Outras alternativas, nem pensar, né? Esses todos, acredito necessitam urgentemente conhecer o Fator VDM.

OBS.: Planos mil para o Guardião em breve saindo da gaveta, essa a decisão tomada entre Leandro Gonçalez, o criador do personagem e seu desenhista, juntamente com esse mafuento escrevinhador, um simples instigador de temas a serem abordados. Guardião, um que não gosta de decisões intempestivas, dadas no calor dos acontecimentos, de gente que tira o seu da reta e joga no colo dos outros, assim como Burle Marx possui um mantra: “A pressa passa e a merda fica”.