BAURU POR AÍ (68)
ENCONTRO DE MUSEUS PAULISTAS E A “TERRA EM TRANSE” DOS BAURUENSES
Acontecendo nessa semana, de 13 a 15/06 o IV Encontro Paulista de Museus 2012, debatendo “ aspectos da gestão e da política das instituições museológicas brasileiras, bem como ampliar a rede de interlocução e de colaboração dos museus paulistas” (texto original). O título deste 4º Encontro Paulista de Museus é “Novas Fronteiras da Gestão de Museus”, apresentando, sob as perspectivas tanto do poder público como da sociedade civil, iniciativas que têm sido implementadas para a viabilização da gestão de museus, públicos e privados. O local é a Fundação Memorial da América Latina, no Auditório Simon Bolivar, quase ao lado do metrô Barra Funda, capital paulista.
Ótimo momento e fórum adequado para troca de experiências everificação de como caminham esses museus todos espalhados pelo estado afora. Muitos levam o nome de “museus” e nem o são. Mas o que é mesmo um museu? Um amontoado de peças, muitas fora do contexto, coisas antigas deixadas por algum antigo morador que não encontra mais espaço em sua casa para
abrigar uma peça antiga? Como expor, catalogar e verificar sua importância? Bauru está presente e o momento museológico público bauruense por ser uma constante “Terra em Transe” (isso é positivo, viu gente!), merece sempre dedicada atenção:
Acontecendo nessa semana, de 13 a 15/06 o IV Encontro Paulista de Museus 2012, debatendo “ aspectos da gestão e da política das instituições museológicas brasileiras, bem como ampliar a rede de interlocução e de colaboração dos museus paulistas” (texto original). O título deste 4º Encontro Paulista de Museus é “Novas Fronteiras da Gestão de Museus”, apresentando, sob as perspectivas tanto do poder público como da sociedade civil, iniciativas que têm sido implementadas para a viabilização da gestão de museus, públicos e privados. O local é a Fundação Memorial da América Latina, no Auditório Simon Bolivar, quase ao lado do metrô Barra Funda, capital paulista.
Ótimo momento e fórum adequado para troca de experiências everificação de como caminham esses museus todos espalhados pelo estado afora. Muitos levam o nome de “museus” e nem o são. Mas o que é mesmo um museu? Um amontoado de peças, muitas fora do contexto, coisas antigas deixadas por algum antigo morador que não encontra mais espaço em sua casa para
abrigar uma peça antiga? Como expor, catalogar e verificar sua importância? Bauru está presente e o momento museológico público bauruense por ser uma constante “Terra em Transe” (isso é positivo, viu gente!), merece sempre dedicada atenção:
Museu Histórico Municipal de Bauru, um que já esteve abrigado em vários endereços, hoje aguarda o restauro da Estação da Cia Paulista para ter seu abrigo definitivo;
Museu Ferroviário Regional de Bauru com constantes trocas de chefias e precisando muito de decisões firmes para conseguir reagrupar um público sempre interessado em visitá-lo;
Museu da Imagem e do Som, um que existe ainda da boca para fora, mas não de fato e de direito, necessitando de vida própria, com tudo implantado e sacramentado;
Centro de Memória da RFFSA e Projeto Ferrovia para Todos necessitando ressurgimento das cinzas, um impulso revitalizante. Junto a tudo isso o acervo recebido do Núcleo de Documentação Gabriel Ruiz Pelegrina, doação da USC, com espaço sendo preparado para sua adequada recepção. E a Casa Ponce Paz sempre aguardada como o algo novo, cheia de possibilidades, mas ainda utilizada de forma insipiente.
Museu da Imagem e do Som, um que existe ainda da boca para fora, mas não de fato e de direito, necessitando de vida própria, com tudo implantado e sacramentado;
Centro de Memória da RFFSA e Projeto Ferrovia para Todos necessitando ressurgimento das cinzas, um impulso revitalizante. Junto a tudo isso o acervo recebido do Núcleo de Documentação Gabriel Ruiz Pelegrina, doação da USC, com espaço sendo preparado para sua adequada recepção. E a Casa Ponce Paz sempre aguardada como o algo novo, cheia de possibilidades, mas ainda utilizada de forma insipiente.
Após a realização de um concurso público se faz necessário que os aprovados para os cargos de Museólogo e Maquinista (para Maria Fumaça no projeto Ferrovia para Todos) assumam rapidamente suas funções. Competentes profissionais atuam nesse setor e alguns tantos despreparados, além de gente que entende do riscado, mas perderam o interesse e desgastam a imagem quando atuam com interesse reduzido. Torço muito por um novo momento, com gente nova arejando tudo, aliado aos que hoje dão duro e reencaminhem os museus bauruenses a um posto de destaque. Por quatro anos atuei dirigindo essa estrutura e sei de todas suas dificuldades. Com um pouco de coragem as pessoas certas continuarão por lá e as que dificultam o desenrolar do jogo precisam buscar outros rumos, para o bem de todos e melhor futuro de todo o conglomerado.
Dos tempos em que atuava como Diretor de Proteção ao Patrimônio Cultural e presidia o Codepac - Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Bauru, ouvi uma história de uma herdeira de edificação a ser tombada contra a vontade da família: "Na Europa esse negócio de preservação é lindo, lá todos cuidam. Aqui não e assim sendo preferíamos vender o imóvel e que não ocorresse o tombamento". Essa mentalidade precisa mudar, a dos proprietários de imóveis tombados por achar que só o de fora merece ser preservado e do poder público (de forma geral, não só o daqui) por não tratar adequadamente essa questão.
Dos tempos em que atuava como Diretor de Proteção ao Patrimônio Cultural e presidia o Codepac - Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Bauru, ouvi uma história de uma herdeira de edificação a ser tombada contra a vontade da família: "Na Europa esse negócio de preservação é lindo, lá todos cuidam. Aqui não e assim sendo preferíamos vender o imóvel e que não ocorresse o tombamento". Essa mentalidade precisa mudar, a dos proprietários de imóveis tombados por achar que só o de fora merece ser preservado e do poder público (de forma geral, não só o daqui) por não tratar adequadamente essa questão.
OBS FINAL: Todas as fotos aqui postadas foram tiradas no final de abril quando estive conhecendo vários museus e similares em duas cidades espanholas, Barcelona e Madri. Não faço comparações, pois são sempre desastrosas e sim, somente, registrar as visitas em locais "quase" impecáveis. Na sequência fotos do Palácio Guell - Antonio Gaudi (http://www.palauguell.cat/) , Casa Batlló - Gaudi (http://www.casabatlo.cat/), Museu Picasso (http://www.museopicasso.bcn.cat/), Espaí Gaudi - La Pedrera (http://www.cxlapedrera.com/), Museo Nacional Reina Sofía (http://www.amigosmuseoreinasofia.org/), Museo Nacional del Prado, Museo Thyssen-Bornemisza (http://www.museothyssen.org/), Fundació Joan Miró (http://www.fundaciomiro-bcn.org/), além de outros centros culturais e muita sola de sapato gastos nas "calles" de ambas as cidades.
3 comentários:
HENRIQUE,
ISSO TUDO QUE ESCREVEU HOJE ME FEZ LEMBRAR DE ALGO OUVIDO SEMANA PASSADA POR UM DIRIGENTE CULTURAL SOBRE PROCEDIMENTOS NUM ÓRGÃO PÚBLICO, QUE PODERIA SER A PREFEITURA E ALGUMAS DE SUAS MUITAS SECRETARIAS OU QUALQUER OUTRO. ENTENDAM COMO QUISEREM, MAS É ALGO QUE PRECISA SER REPASSADO E PROVIDÊNCIAS SEREM TOMADAS. ACREDITO QUE NEM O PONTO ELETRÔNICO RESOLVA ISSO. LÁ VAI.
FOI MAIS OU MENOS ISSO:
A pessoa que faz o que não gosta presta um deserviço para a alma. Gostando prestariam o serviço a hora que fosse, não imposto, mas por gosto. Fazer forçado o trabalho é ruim para todos os envolvidos. O cara fala abertamente que não vem, o outro contaminado também acaba não vindo, o outro vê tudo sem chefia cobrar nada e acaba também não vindo. Vira um moto contínuo. Esses que não gostam do que fazem tem que ser remanejados. Tem que ir trabalhar no que gostam. Se não gostam do que fazem que saiam. O que não podem é atrapalhar a execução do trabalho, prejudicando outras pessoas que não tem nada a ver com isso. São um atraso para a repartição onde atuam. Com corpo mole, preguiça, essa gente não quer trabalhar, são uns enrolões. Quem gosta do que faz se envolve naturalmente. Ficam fofocando que não irão trabalhar, que isso não fazem, que isso não podem. Esses estão no lugar errado. Vá fazer outra coisa. Peçam para sair.
FOI UM DESABAFO. ERVE PARA MUITOS E ACHEI INTERESSANTE ESCREVER O QUE ME LEMBREI QUE FOI DITO E COLOCAR JUNTO DO SEU TEXTO, ONDE FAZ UMA CITAÇÃO DE GENTE QUE ATRAPALHA O SERVILO DE QUEM QUER TRABALHAR E PRODUZIR.
Ç.
Henrique
Os Museus deram uma parada, não? Não os vejo tão ativos como antes. nem os Conselhos funcionam mais. Lembro que até o padre Beto fazia parte de um Conselho de um dos museus. Não lembro qual, mas fazia, disso me lembro. Aquele que era na rua Antonio Alves está onde hoje? Não vejo mais nada dele em lugar nenhum. Anos atrás tinha sumido um revólver lá dentro que foi de um dos funbdadores da cidade. Já foi encontrado?
Aurora
Gente
Esse blog não promove caça às bruxas. Mas que elas existem, existem.
Problemas quem não os tem. Vejo Elson como um bom solucionador deles, pois é oriundo da estrutura. É servidor municipal. Sabe de tudo e é ciente da dificuldade que é o vespeiro onde foi se meter. Até o prefeito Rodrigo no começo do mandato, quando da alteração do Pedro deu declarações sobre a estrutura interna da Cultura. Mas os problemas não residem aó ali.
Sim, ambos os Conselhos estão paralisados. O do Histórico desde os tempos em que atuava lá. O Ferroviário pouco tempo depois. Nas reformulações a reativação está sendo proposta. Os aprovados nos concursos precisam assumir e o poder público dar uma olhada com mais carinho para os lados dos museus. O Histórico está sem sede, por enquanto, mas aguarda a finalização do restauro da Estação Cia Paulista para reabrir suas portas. O MIS precisa de lei que o faça tornar-se um museu.
São tantas coisas...
Henrique - direto do Mafuá
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