quarta-feira, 6 de junho de 2012

DICA (94)
ENCURTANDO CAMINHOS ENTRE O BELA VISTA E VILA FALCÃO – ALTERNATIVAS VIÁVEIS E VIÁRIAS
Gosto imensamente de tratar algumas das filigranas dessa cidade com uma pitada de fina ironia. Seria tudo muito divertido, se não fosse trágico. Mas mesmo assim insisto nesse trilhar. É o que faço nesse momento com a questão do viaduto inacabado, cujo esqueleto ficou abandonado por mais de uma década enfeando o centro de Bauru. Agora tudo está tomado por tubos de concreto, que o JC de hoje diz ser abrigo dos frequentadores do lugar, que já denominaram a cobertura de “Meu tubo, minha vida”. Também existe movimentação de trabalho sendo executado lá defronte o braço do viaduto defronte a Sebes. Eu sempre achei que esse viaduto me facilitaria a vida, pois encurtaria o trajeto para minhas idas até a vila Falcão, principalmente quando vou assistir jogos do Noroeste na vila Pacífico. Prefiro o trajeto via bairro, do que fazê-lo passando pelo centro da cidade.
Tenho uma rota alternativa que faço regularmente. Vou até o fim da Nuno, na rotatória que tem bem debaixo do Fórum, não pego o acesso para o viaduto JK e sim, sigo numa ruazinha na sequência, a Tiradentes, somente uma quadra. Tudo tomado por tubos do outro lado da rua. O caminho mais usual é subir à esquerda, Rua Tibúrcio Villaça, pelo meio do Bela Vista até cair na avenida Daniel Pacífico, atravessar a linha férrea e adentrar a Falcão.
Enquanto esse viaduto não vem (toc toc toc), para encurtar esse trajeto, criei outro, bem ao lado da linha. Um caminho tipo road movie, pois cheio de trajetos com trechos de terra batida, matagal pelos lados dos trilhos e um certo perigo ao cruzar com os denominados “nóias”, que tomam conta de todas as cercanias mais abandonadas, próximas do centro e das linhas férreas a cortar o local. Adoro correr certos riscos (o que seria da vida sem riscos? Um tédio) e traço aqui o trajeto que ando fazendo ultimamente nesse deslocamento. Quando nessa quadra da Tiradentes, vire à direita por uma rua de terra batida entre os tubos. Siga em frente. Na direita, mato e trilhos, esses quase colados à pista. Não se assuste, pois trem é o que menos circula por ali. Os perigos ali são outros. Passe por três entradas e não entre na primeira, pela rua Olímpio Bertoni. Siga mais um pouco em frente. Olhando para a direita verá o pátio das Oficinas da NOB. Quando tudo se estreitar e diante de um container verde, entre à esquerda na rua asfaltada. É o retorno a uma sequência da Tiradentes, sua quadra 7 e já na esquina dê uma parada para observar algo. Pegando o caminho para a esquerda, verás uma passagem de concreto debaixo dos trilhos, que antigamente levava funcionários às oficinas. Tenho uma amiga que me contava levar diariamente as refeições para seu pai, ferroviário da Noroeste, usando esse caminho, nos tempos onde tudo por ali era vistoso. Hoje, nem pense em fazer isso. Vire à direita, tudo já asfaltado e suba somente uma quadra da Rua Padre Nóbrega, na sua quadra 2, virando à esquerda na primeira esquina, rua Casemiro de Abreu. Quatro quadras de asfalto e depois mais uns 300 mts de terra batida até cair na avenida Comendador Daniel Pacífico. Daí tudo encaminhado para adentrar a vila Falcão.
No retorno, pode fazer o mesmo caminho, descendo pela Daniel Pacífico e após o viaduto férreo adentrando uma entrada por cima da guia de sarjeta e refaça todo o trajeto de vinda. Boa opção também é seguir pela Daniel e adentrar a rua Consolação, sempre em frente até cair na Afonso Pena, já perto do Fórum, quando descerá uma quadra de ladeira, rua Marconi, virando à esquerda na Afonso Pena, desça a ladeira da Tibúrcio Villaça, caia na Tiradentes e estará de novo na Nuno de Assis. Prefiro isso tudo a ter que adentrar o miolo do Bela Vista. Mas na verdade isso tudo que fiz aqui é com um sentido, o de demonstrar como com a ajuda do poder público alguma coisa poderia ser facilitada. Se existe dificuldade de regularização legal, que se faça uma por debaixo do pano tornando a vida do usuário menos conturbada. Pedir isso para a Emdurb é dificultar as coisas. Eles são capazes de irem lá e bloquer tudo. Um pequeno mutirão de moradores, um trator ceifando mato e limpando a área já resolveria. Seria menos “aventuroso” para os que se utilizam dessa rota de fuga, ou de encontro, como prefiro apregoar.
NÃO SE ESQUEÇAM: Teatro de Bonecos diariamente em Bauru, semana toda, hoje, 20h, gratuito, um grupo espanhol e a possibilidade de conferir experiências "nunca dantes navegadas". Não será uma mera chuva que conseguirá me reter em casa, acoplado diante de um aparelho de TV.

2 comentários:

Anônimo disse...

Henrique

E passar em cima do viaduto quando ele ficar pronto, voce vai?

Lucas

Mafuá do HPA disse...

Ô Lucas, claro né!!!
A rota alternativa de fuga é algo encrustrado no meio de uma cidade, onde ainda prolifera um matagal e descaso, mas que se bem cuidada já poderia ter se tornado uma espécie de local adequado para levar a todos nós de um lugar para outro. Bucólico, ao lado dos trilhos, inigualável. A passagem por debaixo dos trilhos, hoje um perigo, ainda está lá intacta e resistindo ao tempo. Poderia dar acesso da comunidade ao parque que a ALL fez, hoje o abandonou, mas poderia oferecer lazer para a comunidade. Por que deixar deteriorar e destruir o que já está feito? E por que não tentar essas outras vias para o encurtamento de idas e vindas?
Um abracito do
Henrique - direto do mafuá