DIÁRIO DE CUBA (58)
AMOSTRA DE UM VERDADEIRO LADO DO POVO CUBANO: SIMPLES, TALENTOSO E ENVOLVENTE
Fui ao cinema com o filho aqui no Rio de Janeiro (cinema para fim só é válido com filmes do mundo inteiro). O filme escolhido foi “Sete Dias em Havana”, produção França e Itália, 2012. Na resenha isso: “Através da visão particular e com a cidade de Havana como pano de fundo, sete realizadores contam uma história. Com o filme dividido em sete capítulos, a ação ocorre em uma semana e cada capítulo decorre num dia, dando a conhecer a cidade e os seus habitantes de uma maneira própria, com os seus bairros, atmosferas, gerações e culturas através da sensibilidade particular de cada autor. Todas as histórias tem intrigas independentes. Porém as suas personagens aparecem em mais de uma, ligando sutilmente a ação numa unidade dramática. Assim, com argumento de Leonardo Padura
Fuente, um dos mais importantes escritores cubanos vivos, e através dos olhares de Benício Del Toro, Pablo Trapero, Julio Medem, Elia Suleiman, Gaspar Noé, Juan Carlos Tabio e Laurent Cantet, este é o filme que pretende mostrar a verdadeira riqueza de Havana dos dias de hoje, longe dos velhos clichês e lugares comuns e que nos fomos habituando”, do site Cine Cartaz. Veja o trailer a seguir: http://cinecartaz.publico.pt/Filme/305471_7-dias-em-havana
Fui ao cinema com o filho aqui no Rio de Janeiro (cinema para fim só é válido com filmes do mundo inteiro). O filme escolhido foi “Sete Dias em Havana”, produção França e Itália, 2012. Na resenha isso: “Através da visão particular e com a cidade de Havana como pano de fundo, sete realizadores contam uma história. Com o filme dividido em sete capítulos, a ação ocorre em uma semana e cada capítulo decorre num dia, dando a conhecer a cidade e os seus habitantes de uma maneira própria, com os seus bairros, atmosferas, gerações e culturas através da sensibilidade particular de cada autor. Todas as histórias tem intrigas independentes. Porém as suas personagens aparecem em mais de uma, ligando sutilmente a ação numa unidade dramática. Assim, com argumento de Leonardo Padura
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Cuba é exatamente isso, um amontoado de gente vivendo da forma mais simples possível, a grande maioria cheia de um latente talento, fazendo isso da forma mais espontânea possível e nos lugares onde lhes é possível. Quem já esteve lá sabe do que escrevo. Vê-los nas ruas e exercitando seu modo de vida é realmente algo inovador (e inebriante) para nós, turistas. São tão naturais e tão cheios de uma intensa luz, o tempo todo. Eu descobri isso que o curta do Trapero revela tão bem e sai da sala com uma vontade imensa de lá voltar, conhecer novas experiências, abraçar aquele povo e tentar mostrar a todos eles o quanto são importantes e até essenciais para continuarmos sonhando, que essa junção de talento, conhecimento e com pouca grana é algo que precisa ser espalhado para todos os povos latinos. Esse o maior produto de exportação de Cuba, isso que essa Jam Session possibilita aos expectadores, enxergar isso.
Um comentário:
CUBA LIVRE
ORLANDO MARGARIDO
O noticiário talvez dê conta melhor das vicissitudes pelas quais Cuba passa, finda a administração direta de Fidel Castro. De todo modo, 7 Dias em Havana pode colaborar tanto para uma revisão nostálgica quanto para a introdução de um primeiro viajante, como aquele hilário visitante interpretado por Elia Suleiman em episódio por ele mesmo dirigido. O filme, que estreia sexta 2, reúne sete pequenas histórias assinadas por conhecidos diretores e um ator, Benicio Del Toro. Como em todo projeto coletivo, se desequilibra na qualidade, mas a possibilidade permitida pela abertura em filmar na ilha diz muito de como andam os olhares a esse particular país.
Essa visão pode ser, talvez inevitável, do paraíso solar regado a belas morenas, rum e música. É o legado evidente cubano que Del Toro e Pablo Trapero não fazem questão de disfarçar em El Yuma e Jam Session, este último matizado pela presença de um destemperado Emir Kusturica, o diretor sérvio que vive a si mesmo, atormentado por uma crise amorosa. Menos justificáveis na apreensão de um estado de coisas são os episódios de Julio Medem, sobre cantora que sonha com carreira na Europa, e de Gaspar Noé, cujo ritual do título implementa menos um quadro observador do misticismo de raízes africanas do que uma preocupação de estilo. Melhor convence o cubano Juan Carlos Tabio, com seu ótimo retrato do poder improvisador de seus compatriotas, reafirmado pela força e solidariedade presentes na história do francês Laurent Cantet, também dando conta da religiosidade do povo, outra imagem recorrente .
POSTADO POR PASQUAL RJ E RETIRADO DO SITE DA CARTA CAPITAL
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