PERGUNTAR NÃO OFENDE ou QUE SAUDADE DE ERNESTO VARELA (75)
O DINHEIRO ESTÁ NO CAIXA, MAS A OBRA NÃO SAI DO PAPEL NEM
COM REZA BRAVA
Ontem, 01/04, Dia da Mentira, ouço pelas ondas do rádio uma
entrevista com o prefeito Rodrigo Agostinho e o vejo falando sobre as
dificuldades financeiras que sua administração terá para restaurar a Estação da
NOB, a nossa mais pomposa construção férrea, comprada pela municipalidade anos
atrás por R$ 6 milhões de reais. Desde então tudo parado e um projeto em
tramitação, aprovado, segundo ele, recentemente pelo Condephaat, o Conselho de
Defesa do Patrimônio Cultural do Estado de SP. O nosso aqui de Bauru já lhe
tinha dado o devido aval para o restauro e agora, o ouço dizer que já pode
executar uma obra respeitosa ao lugar e com o devido merecimento que a
imponente edificação é merecedora. Mas não o fará. O motivo alegado é a falta
de recursos. Com próprios, praticamente impossível, pois existem outras
prioridades, com algo advindo do Governo Federal (no estadual ele nem tenta,
pois sabe da impossibilidade), talvez, mas para isso terá que registrar um belo
de um projeto junto aos órgãos competentes e competentemente ir acompanhando,
pressionando, demonstrando sua viabilidade até ser contemplado com a verba.
Trabalheira danada, nem sempre rápida. Ufa, isso cansa, mas tentar se faz
necessário e é exatamente isso que aguardamos que ele e sua equipe façam. De
tudo, a conclusão de que a estação deve permanecer fechada por mais um bom
tempo, aguardando a tão salvadora verba pública.
Fico realmente sensibilizado com tudo, pois torço para que
essa obra saia e o mais rápido possível. Mas não tenho como me calar e deixar de cobrar publicamente de um outro restauro, o da Estação da Cia Paulista, quase
junto da Feira do Rolo, essa com verba já destinada, carimbada e reservada, mas
a obra não sai nem com reza brava. A placa está lá fixada quase na esquina das
ruas Júlio Prestes e Rio Branco, meio desbotada, pois foi fixada no começo do
ano passado e o valor lá bem nítido, exatos R$ 871.683,80. A história dessa
verba eu conheço, pois quando ainda atuava nas hostes da Cultura, a única
emenda do orçamento proposta por algum deputado para Bauru foi essa, feita pelo Vicentinho PT/SP, conseguida
no final do mandato do governo Tuga, após esse conseguir colocar nos eixos a
dívida municipal e tirar o nome do município da lista negra do Governo Federal.
A emenda previa aproximadamente R$ 200 mil reais, depois sendo juntado a esse
mais algumas outras emendas e verbas, totalizando o montante desses quase R$ 1
milhão de reais. Lá tudo está pronto, aprovado, regulamentado, sacramentado e batizado, falta a execução. Só e tão somente gastar o dinheiro que a placa expõem como reservados para essa finalidade.
A placa foi colocada e todos ficaram radiantes com a
possibilidade dali serem instalados definitivamente o Museu Histórico Municipal
de Bauru e o MIS – Museu da Imagem e do Som, ambos precariamente funcionando em
instalações improvisadas nos locais onde a restauração deve ocorrer. E por que
não ocorre? Não se sabe. Sei dos esforços do Secretário de Cultura, Elson Reis
nesse sentido, mas a burocracia passa longe de sua mesa e se forem lhe
perguntar nem ele saberá ao certo dos motivos de tão longa espera. Dizem por aí
que o mercado imobiliário por estar aquecido, ninguém se habilita a executar a
obra. Outros apregoam que as empreiteiras não querem fazer a obra por não se
tratar de reforma e sim de restauro, com rigoroso acompanhamento para não perder suas originais características. Tem também os que dissertam, que com o dinheiro amealhado a
obra não será entregue. Nada disso justifica a demora, morosidade inexplicável
e inconcebível.
Fica a pergunta: COMO REQUISITAR VERBA NOVA PARA OUTRA OBRA,
SE NESSA, COM VERBA NO CAIXA HÁ MAIS DE UM ANO, A OBRA NÃO SAI DO PAPEL? Expliquem
isso para nós, mas quem de direito e com convincentes respostas.
14 comentários:
O que pode mover são as perguntas, muitas perguntas!!! Essa nem o PH do museu consegue responder rsrsrsrs
Décio Souza
PARA QUE O MUNDO SAIBA ONDE VAMOS NA HISTÓRIA DA HUMANIDADE, DA FERROVIA, DA POLÍTICA, DA DEFESA DO PATRIMÔNIO E DO USUFRUTO DA RIQUEZA... EM BAURU, SP - BRAZIL
JOSÉ LARANJEIRA
Disse tudo, Henrique! Precisamos partir para a pressão. Conte com meu apoio! - Rui Zilnet
HENRIQUE================
O prefeito fala sempre a mesma coisa:no próximo semestre começa a reforma da estação.e assim ja se passaram vários anos. a prática dessa equipe é empurrar de barriga,veja a edição dos livros do concurso literário da secretária da cultura o prazo do edital ja se esgotou faz mais de ano até agora nem satisfação aos participantes.
LÁZARO CARNEIRO=================
Primeiramente ao Sr. Lázaro Carneiro, gostaria muito de tê-lo recebido na secretaria para explicar a situação da publicação dos livros, porém como isso não ocorreu quero tranquilizá-lo, pois NÃO é uma prática dessa equipe "empurrar com a barriga", o que ocorreu foi um arremedo de DENÚNCIA por parte de um dos escritores que não teve sua obra contemplada e no dia em que foi publicado a relação das obras contempladas, esse cidadão, sem ao menos pedir informações sobre a avaliação de sua "obra", datilografou uma carta ofensiva, com afirmações mentirosas, argumentando que o livro dele teria que ser escolhido, pois ele já havia escrito dezenas de outras "obras", e com esse "fortíssimo" argumento e afirmando coisas irreais "xerocou" sua missiva e a enviou para os jornais, ao prefeito, à secretaria e uma ao promotor público, por esse fato, fui chamado pelo promotor para esclarecer alguns pontos citados pelo "ofendido" e por ter que aguardar quais seria o encaminhamento dado pelo promotor, tivemos que aguardar. Somente vários meses depois, sem que tenha sido acatada tal "denúncia" é que por orientação do secretário jurídico,tivemos a "liberação" para, enfim, encaminharmos a publicação. Essa "liberação" ocorreu já em meados do segundo semestre do ano passado, quando não dispunhamos de orçamento para tal publicação. Consta em nosso planejamento para este ano como uma das prioridades, a publicação e o processo será aberto assim que a divisão de bibliotecas me entregar os tres orçamentos obrigatórios para sua montagem. Espero ter esclarecido a demora, mas reitero que se o senhor tivesse procurado a secretaria de cultura, onde trabalho de 10 a 12 horas diariamente, atendendo a todas as pessoas que me procuram, seja por alguma informação,alguma crítica, sugestão, etc., ou ainda que fosse pelos telefones da secretaria, o senhor já teria tais esclarecimentos. De qualquer maneira, mais uma vez me coloco à inteira disposição para maiores detalhamentos do ocorrido, pois omiti nomes e maiores detalhes por julgar que esse não é o local para citá-los. Meu telefone na secretaria é 32329493 e meu celular é 97459810. Grande abraço.
Quanto a cobrança do meu querido amigo Henrique sobre a reforma da Estação Paulista, primeiramente tenho que CORRIGIR uma informação fundamental para o entendimento da situação. O valor que foi liberado pela União foi SOMENTE cerca de 200 mil citados por voce, NÃO HOUVE nenhum outro repasse que somasse 1 milhão como foi dito aqui,, portanto e fundamentalmente a reforma não foi iniciada no ano passado por absoluta falta de orçamento para a contrapartida do município que será em torno de 700 mil reais, pois como voce muito bem informou, o valor total da obra será de cerca de 900 mil reais. Não existe nenhum atraso por falta de vontade da administração e sim, infelizmente tivemos que aguardar o momento financeiro oportuno para tal ação. Fui informado, na semana passada, pela Silvia de Deus, que cuida, pelo gabinete, dos processos que envolvem convênios e verbas federais, que estão atualizando os valores para orientação do edital e, segundo ela, nas próximas semanas o mesmo deverá ser aberto. Somente para informar, mesmo sem a reforma ter iniciado efetivamente, convido a todos para comparecer no espaço da Estação e testemunhar todas as ações de conservação que são feitas diariamente por lá pela equipe do DPPC, inclusive com vários eventos realizados. Nossas reservas técnicas ali existentes, dia a dia avançam em sua organização, enfim é prudente ressaltar que pelo menos lá não estamos vivendo no CAOS como algumas colocações podem sugerir.
Grande abraço.
Buracos, dengue, monstrengos, obras paralizadas e... Aberrações. Tá tudo azul no País das Maravilhas.
http://www.jcnet.com.br/Politica/2013/04/estatuto-monstrengo-assusta-camara.html
JORGE LUIZ MASKALENKA
Caro henrique o que mais me estranha no caso que envolve a compra da estação, ouço comentários de que o Governo Tuga pagaria aproximadamente 4 milhões de reais incluindo a area beirando a Av. Pedro de Toledo e o rodrigo quase dois anos depois pagou 6 milhões e sem essa àrea, se isso for verdade, mostra a incapacidade do prefeito na negociação ou o mercado imobiliario tava muito aquecido nesses últimos anos, e como tava.
CARO ELSON:
Em tudo que cito aqui (e cito muito as ações da Cultura), te isento de cutucões, pois sei da maioria dos problemas que enfrente, principalmente os burocráticos, pelos quais não consegue transpor sem a colaboração de outros setores. O do caso dos livros, que já havia me explicado, sei que isso ocorreu e felizmente os livros sairão.
No caso do restauro do local envolvendo a Cia Paulista, só uma coisa não bate. A placa lá está, com o emblema do Governo federal e informa que o aporte destinado e já reservado para a obra é o informado, de R$ 870 mil reais. O valor que informei inicialmente de aproximadamente R$ 200 mil da emenda do Vicentinho está embutido nesse valor, não é isso? A placa informa um valor e leio de ti, que a Prefeitura entrará com aproximadamente R$ 700 mil. Isso não entendi direito. Então a placa está informando errado?
No mais, acompanho um pouco do que ocorre naquele local e confirmo que muitas ações tem sido realizadas, gente valorosa está protegendo o acervo e o expondo adequadamente. Disso só elogios. O que acho necessário é sempre dar uma pressionada para agilizar os procedimentos burocráticos.
Abracitos do Henrique - direto do mafuá
Henrique
Vi uma postagem sua comentando sobre a entrevista do Prefeito Rodrigo onde o mesmo comenta sobre a dificuldades financeiras para restaurar a Estação, mas o que mais me chamou a atenção foi você dizer que a Estação foi comprada pela Prefeitura por 6 milhões, que isso como tem que ser comprada, em Botucatu todos os prédios administrativos da antiga Fepasa, Sorocabana, foram doados a prefeitura, e agora a prefeitura através de parcerias esta fazendo restauro com projetos de Proac, Lei Rouanet, o prefeito e seus secretários estão se mobilizando e buscando alternativas com a iniciativa privada.
Ferreira Eventos Culkturais
FERREIRA
Esse seu questionamento muito pertinente. Por que num lugar ocorre de um jeito e noutro doutro?
Acredito que o Roque Ferreira, nosso vereador poderia nos explicar isso com mais precisão, pois já o vi repetindo isso em vários questionamentos.
Pelo que entendi, no caso de Botucatu os terrenos e edificações ainda pertenciam ao Governo Federal e dessa forma foram repassados sem custo e no caso de Bauru, eles já haviam sido repassados para os trabalhadores ferroviários, em troca de um antiga dívida que a RFFSA tinha com seus funcionários, ainda nos tempos do governo FHC. Daí a venda.
Sei que é isso. Mas ele poderia nos explicar melhor...
Um abracito do Henrique - direto do mafuá
Boa tarde Henrique. Para esclarecimentos, o valor informado na placa (sempre é assim) comunica o valor total da obra e não o que foi repassado pelo governo federal. No caso a obra deverá ter uma pequena correção nessa atualização e deve chegar em mais de 800 mil (tomara que não)sendo cerca de 200 mil da emenda parlamentar e o restante a ser coberto pelo orçamento municipal. Quanto as licitações, realmente ocorreram duas que foram desertas o que nos obrigou a refazer o projeto tentando deixá-lo mais barato, o que não foi possível para que o serviço seja feito dentro das normas necessárias de preservação. Estamos torcendo para que essa novela chegue a seus cápítulos derradeiros. Grande abraço.
Caro produtor cultural Ferreira Eventos. Apesar do imóvel em tela não ser da Secretaria de Cultura, posso esclarecer sobre seu questionamento. Ocorre que a Estação NÃO PERTENCIA AO GOVERNO FEDERAL e sim ao Sindicato dos Ferroviários (foi dada como pagamento de direitos dos trabalhadores ferroviários), portanto é uma situação diferente de Botucatu onde os prédios eram federais. A prefeitura pagou ou está pagando os trabalhadores. Em Bauru vários imóveis, inclusive a Estação Paulista, também foi cedida pelo governo federal à prefeitura. Essa estação, como citada em postagens anteriores, será reformada em parte com recursos federais e estamos buscando parcerias para essas e outras ações.
oi Elson, primeiramente te parabenizo, são raros os secretários que expõem e debatem de forma tão positiva como tenho lido aqui seus comentários, transparência é algo que tenho visto em seu trabalho, sobre a estação entendi, realmente são situações totalmente diferentes ... abs - Ferreira Eventos Culturais.
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