Mafuá do HPA

O QUE FAZER EM BAURU E NAS REDONDEZAS (29)

O AGITO NECESSÁRIO: POESIA, ARTE E BONECOS, É TUDO PRA JÁ

Alguns costumam apregoar aos quatro ventos que Bauru é uma terra onde nada acontece e ficam a reclamar, não encontrando saudáveis motivos para sair de casa. Eu sempre os tenho. Ficar em casa vendo TV é algo que detesto fazer. A rua é minha companheira e nela, as oportunidades existem aos borbotões, bastando botar o bloco na rua e ir à luta. Por esses dias, cito três eventos culturais e procedo aqui diferente de tudo o que encontrarão sobre eles na imprensa. Vou escrever tudo de memória, sem consultar alfarrábio nenhum. Vamos a eles:

1.) Hoje, 18/04, a partir das 20 hs, acontece no Brazuka Bar, ali na Duque de Caxias, entre a Araújo e a Gustavo, defronte um Itaú, o 2ª edição do SLAM, que nada mais é do que um belíssimo de um festival de poesia. O poeta Brandão, sua esposa e uma trupe de doidivinos, capitaneados por Regina Ramos e Madê Correa, promoveram mês retrasado o pontapé inicial e lotaram a casa, tanto que voltam num curto espaço de tempo com um revival.  O negócio é o seguinte, o poeta se inscreve lá com sua poesia e depois tem um minuto para apresentá-la ao público e da forma que quiser, ou seja, lendo, interpretando, declamando ou teatralizando. Sai de tudo e tem de tudo, velhos e moços, rimas pobres e ricas, tudo junto e misturado. O caldo que sai disso é de um sabor indescritível e os donos do bar, mãe e filho dão sorrisos à noite toda. Eu vou...

2.) Ontem, foi a abertura de algo sui generis em Bauru, uma mostra da Bienal de São Paulo, que estará de hoje até 23/06 sendo mostrada ao público bauruense na quadra principal do SESC, lá na Aureliano Cardia. Mas o que seria isso? Primeiro ressalto que o SESC é um primor quando quer apresentar algo, pois o esmero começa na montagem, no lugar onde as obras de artes ficarão expostas. Um primor o visto ontem à noite. Esmero total e absoluto, em algo que reitero aqui: não existe galeria bem adequada como a montada por eles. Se quiserem ouvir (acatar seria melhor) minha sugestão, acho que deveriam ao final da exposição doar tudo para a Cultura Municipal, desde a iluminação, bancadas, tudo. Da exposição em si, a “Iminência das Poéticas – Seleção de Obras”, com artistas nacionais e estrangeiros, algo para ser visto em drops, aos poucos, em vários retornos. Ontem foi dia de rapapés, de hoje em diante, visita séria, detalhista. Eu fui e continuarei indo...

3.) Tem início nesse final de semana algo grandioso, que na minha concepção detém mais importância que a tal da grandiosa Expo Rural lá no Mello Moraes, o III Festival Internacional de Bonecos de Bauru. Isso tudo só é possível por causa da ação de dois malucos (que seria do mundo sem gente assim), o Kyn Jr, produtor cultural e Mariza Basso, atriz e idealizadora do evento. O sonho deles de trazer para Bauru famosos artistas nacionais e internacionais, na arte onde a Mariza é mestra, o teatro de bonecos, vingou e já é realidade. Nesse ano ampliaram-se os apoiadores, incentivadores e os que de fato bancam o projeto, ainda em sua maior parte a Prefeitura Municipal e a Oficina Cultura do Governo Estadual. Até o SESC capitulou esse ano e aderiu, pois não existe como negar, o negócio inventado por eles é lindo e traz gente para nossa aldeia oriunda de vários estados e de outros países, como México, Colômbia, Argentina, Portugal e Espanha.  Quem perder o que poderá ser visto de sábado, 20 até dia 28/04, com absoluta certeza, nunca mais terá a oportunidade de rever por aqui artistas consagrados na arte de manipulação de bonecos. A programação é extensa e pode ser conferida no www.bonecogiraboneco.blogspot.com. Eu irei todos os dias, um após o outro, pois tudo é gratuito e muito mais que isso, imperdível programação... Aliás, as três opções são gratuitas.