segunda-feira, 2 de setembro de 2013

CARTAS (109)


TRES CARTINHAS PARA DIFERENTES LUGARES
1.) JC, LA PAZ E O BANDIDO – publicada hoje na Tribuna do Leitor, Jornal da Cidade, o texto do advogado José Fernando da Silva Lopes no Opinião (http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=230453) de 31/08 só não é perfeito por alguns detalhes. Primeiro porque o "nosso homem em La Paz" pisou na bola e não cometeu algo merecedor de rasgados elogios. Ação humanitária e da forma como Saboia, o tal do homem em La Paz fez,só é válida em casos de regimes de exceção, o que não é o nosso caso. Depois, fez pior, quebrou a hierarquia para ajudar um reconhecido meliante a fugir. O que se esperava do governo brasileiro além do que foi feito? Nada. Se Saboia agiu por "compaixão pessoal", não posso afirmar, mas se o fez suas convicções, com certeza, não são as minhas. Sim, ele é merecedor de restrição funcional e mais que isso, uma real e meticulosa investigação dos reais motivos que o levaram a cometer tamanho ato contra tudo o que prescreve a boa conduta de qualquer funcionário de uma embaixada. Saboia não é merecedor de complacência e sim, de repulsa pelo seu feito, causador de problemas que poderiam ter sido evitados.
2.) MP E A SECRETA ASSESSORIA DO DEPUTADO – Meus caros do Ministério Público – Tenho tentado conseguir a lista dos assessores do deputado estadual Pedro Tobias, para dissipar dúvidas quanto a provável utilização das mesmas, como se ouve em Bauru, recebendo e sem atuação parlamentar. Tento ao meu modo, por um blog e constantes pedidos de ajuda para obter tal intento, sem nada conseguir até a presente data. A solicitação nunca atendida pelo deputado é para fornecer a lita dos assessores da época de quando estourou o escândalo dos envolvidos na corrupção dentro da AHB – Associação Hospitalar de Bauru, um ano depois e a atual. Dizem que até hoje ele mantém pessoas relacionadas ao escândalo junto dele. Tentei junto a Alesp, Batra e mais recentemente junto ao programa de TV, o CQC. Para minha surpresa recebo na caixa de correspondência de minha casa dois documentos, ambos anônimos, uma no começo de agosto e outro no final, ambos sem identificação, com nomes e observações mais do que estranhas. Os textos são parecidos, mas não posso afirmar serem da mesma pessoa. Foram sem identificação de remetente. Na última, existia cópia informando ter sido também enviada para outra pessoa. Ligo para ela e ouço que recebeu o mesmo documento e seria encaminhado para o Ministério Público. Faço o mesmo, pois acredito que uma investigação sobre o que de fato está ocorrendo de tão secreto seja mais do que necessário. Os nomes e o texto junto a ele são um prenúncio de que isso não pode e não deve passar batido. Confesso ter me assustado com o que li, porém não o divulgo via email, via blog, via imprensa e sim, somente ao MP. Coloco-me à disposição para as informações que se fizerem necessárias. HPA

3.) HPA, CARTA ABERTA NOS 103 ANOS DO NOROESTE: Nos seus 103 anos, o querido Esporte Clube Noroeste não tem quase nada o que comemorar. Fundo do poço. Administração danosa, parceria idem e sem recursos para sanar nem o trivial do dia a dia. A salvação da lavoura viria de uma parceria comandada por Toninho Gimenez, alavancando investidores, gerando R$ 60 mil reais mês. O presidente renunciaria, agora não mais. Vinte dias de prazo para tudo ser sacramentado. Uma divisão evidente entre grupos, o do atual presidente e o que retorna. Uma estabelecida trégua e o naufrágio sendo adiado. Quando da eleição do Aniz, existia sim outra alternativa, a de torcedores assumindo junto de um empresário paulistano. Não foi aceita pelo Conselho Deliberativo. Deu no que deu. Os que assumiram descumpriram o combinado, mostraram-se perdidos, isolados e sem qualquer respaldo, inclusive o financeiro. Os que agora chegariam, esses sim com algum cacife, mas algo a salientar. Parece vigorar uma máxima de que, nesse país quem tem capital pode tudo. Acredito que, normas devem existir e serem respeitadas.  No caso noroestino relembro a situação do time quando foi vendido o goleiro Valter, meros R$ 100 mil reais, por alguém que assumiria a presidência e depois não o fez. O goleiro logo a seguir foi vendido por quatro vezes aquele valor e o empresário lucrou com isso. Não venho aqui criticar ninguém, mas queria ver na direção do Noroeste gente que fizesse tudo sem visar lucro, por amor, por gostar do time de sua cidade. Todos os que estão sendo contatados são pessoas bem estabelecidas, empresários de sucesso, nenhum precisa auferir mais dinheiro usando do nome Noroeste e sim, o contrário. Poderiam retirar somente o investido, deixando o lucro nos cofres do clube. Imagine se na venda do goleiro, o dinheiro da venda dele fosse emprestado ao Noroeste e quando da revenda, devolvido ao empresário e o lucro fosse para os cofres do time. O Noroeste hoje teria grana em caixa, estaria sem dívidas e sem necessidade de ter feito a esdruxula parceria mal sucedida. É só isso que peço aos que chegam para “ajudar” o Noroeste. Que venham para ajudar, não para auferir lucros em cima do nosso valoroso alvirrubro. Sejam todos bem vindos. HPA

3 comentários:

Anônimo disse...

Valeu Henrique, ótimo texto.
Infelizmente nem tudo é de acordo com os nossos desejos...Sempre tem os poréns...E são exatamente eles que atrasam a vida do Noroeste.
Reynaldo Grillo

Anônimo disse...

E o Maluf (o torcedor, nada a ver com o político), sozinho iria dar 2/3 do valor que esses patrocínios vão nos trazer ao Noroeste. Estes dados me fazem pensar se realmente não foi orquestrada a última eleição.
Rafael Schiavo

Anônimo disse...

A Síria que os EUA querem destruir

Ataque com armas químicas foi forjado para justificar agressão, quando o Exército recupera terreno

Séculos de história estão sendo destruídos pela ambição de interesses coloniais

"O que me move a escrever é o fato de que muito em breve irão ocorrer acontecimentos graves. Não transcorre em nossa época dez ou quinze anos sem que nossa espécie corra perigos reais de extinção. Nem Obama nem ninguém pode garantir outra coisa; digo isso por uma questão de realismo, já que só a verdade nos poderia oferecer um pouco mais de bem-estar e um sopro de esperança. Chegamos na fase da maior idade em relação a nossos conhecimentos. Não temos direitos de enganar nem nos enganarmos".

Fidel Castro, Cuba Debate, 27 de agosto de 2013

Confesso que o artigo do líder cubano de 87 anos me fez suar frio. Conheço Fidel desde os tempos da Sierra Maestra. E conheci a Síria em 2002, embora seja um estudioso do mundo árabe desde a década de sessenta.

De início diria que é profundamente lamentável o que vem acontecendo em toda aquela região, com o sacrifício de milhares de vidas. O povo árabe, ao contrário da imagem disseminada por uma mídia desonesta, é um povo de paz.
Se tivesse alguns anos de paz esse povo hospitaleiro estaria usufruindo de um progresso invejável. Quando percorri alguns países lá, em companhia do então colega de Câmara, Rubens Andrade, vi o quanto é precioso para aquela gente poder desenvolver-se num ambiente de tranquilidde: a Síria era um mostruário desse potencial, registrando então, um crescimento econômico em torno do 8% ao ano e apresentando índices surpreendentes de convívio democrático e religioso.

Naquele ano, lembro, o prefeito de Damasco era cristão e alguns cristãos participavam do governo. Também não se falava de grandes diferenças políticas entre os segmentos islâmicos.
A mística do Partido Baath Árabe Socialista, formalmente laico, preponderava à frente de uma coalizão de 9 partidos, entre os quais dois comunistas e alguns tradicionais e regionais. Vi e conversei com autoridades que não consideravam relevante o fato de ser da maioria sunita ou das minorias alauitas e drusas, pilares do islamismo na Síria. Ali as tradicionais diferenças de origem tribal também pareciam superadas.
Curiosamente, a grande divergência que existia era entre a facção síria do Partido Baath, mais à esquerda, e a do Iraque de Sadan Hussein, mais conservadora.

Pela primeira vez, a Casa Branca está sozinha tanto a nível externo como em relação ao público interno. Os bombardeios seriam mais uma jogada de grana, a serviço da indústria bélica e, curiosamente, a maioria dos republicanos se juntou a alguns democratas no Congresso na oposição a uma intervenção militar direta dos EUA na Síria.

A revista Time publicou matéria de capa dizendo que Barack Obama foi leito para tirar os EUA das guerras e não para envolver-se em novos conflitos. No texto, afirma que em todas as pesquisas o povo norte-americano se manifestou contra a intervenção na Síria, o que cria uma saia justa para os congressistas.

TEXTO DE PEDRO PORFÍRIO
PUBLICADO POR PASQUAL MACARIELLO - RIO RJ