Sou confundido com uma infinidade de adjetivos a mim atribuídos. Por escrever diariamente e postar um texto não tão curto no blog (repetido no facebook) me chamam de falastrão, mas tem quem goste e me incentive a continuar. Tento continuar produzindo outro texto quase diário (esse exclusividade do facebook – se alguém me ajudar transformo noutro blog), o "Personagens sem Carimbo – O Lado B de Bauru", retratando na maiorias das vezes os que não possuem espaço, os invisíveis e os menosprezados, preteridos pela mídia de uma forma geral. Falam que privilegio um só segmento, mas o que tento mesmo é descrever pessoas, independente de sua linha ideológica, preferindo os mais populares. Nada mais que isso. Num outro texto, como coleciono LPs e CDs, comecei esse ano o "Som do HPA – O que rola na minha Vitrolinha", destacando uma música por dia. Mantenho meu texto semanal no Alfinete, no Bom Dia Bauru, acabei de produzir sete textos de Carnaval para a revista AZ!, está quase estourando minha participação num jornal mensal com circulação em grandes cidades do interior paulista e quase também estourando uma biografia que deverei escrever de uma personalidade das mais importantes dessa cidade (toc toc toc). Isso sem contar na surpresa de hoje, ter uma propaganda com minha cara na chamada do Participi (https://www.facebook.com/participi), que deve estar estourando nas paradas de sucesso nos próximos dias.
Tudo isso para descrever que não devo ser o chato que alguns poucos insinuam. Confesso que, para alguns faço questão de ser mesmo muito chato, pois adoro pegar nos pé dos que danam com nossas vidas, os que se fazem de cordeiros, mas são verdadeiros lobos, nessa discriminatória e excludente sociedade onde vivemos. Também sou muito amigo dos amigos e acredito, com eles possa contar, como eles sabem que podem contar comigo. Dou aqui três exemplos de gente que me tem em alta consideração (e eu por eles). Semana passada na porta do Teatro Municipal, apresentação do Teatro de Bonecos rolando e sentado na escada frontal do prédio ESSO MACIEL, com suas dores, problemas agravados e necessitando muito de calor humano, gente que o ouça e o compreenda. Trazia consigo uma placa com os dizeres: “Só falo com Mariza Basso, o Kyn e raras exceções”. Quando me acheguei ele virou a placa do outro lado, abriu um sorriso e mostrou o escrito que utiliza quando vê gente negativa ao seu lado: “Afaste-se”. Abraçou-me e permitiu que permanecesse ao seu lado. Pus a mão em seu pescoço, parte de um nervo dura, causando dores lancinantes. Ele resiste e só melhora quando a noite adentra, olhando para o céu e na companhia dos seus cães. Esso precisa da ajuda de gente que gosta verdadeiramente dele e se posso ajudar, o faço sempre de bom grado, nada além de boas e longas conversas. Ele é um dos grandes dessa cidade.
Dois outros grandes amigos me procuraram essa semana para desabafos variados e isso muito me envaidece. Ser procurado por amigos em necessidade é a prova mais cabal de que são seus verdadeiros amigos, confiam em ti. ADEMIR ELIAS é um jornalista tarimbado por anos de intenso trabalho. Certa vez foi atuar lá pelos lados de Ponta Porã MT, no seus tempos de TV Globo e sofreu perseguições pelas matérias que produziu, inesquecíveis em sua trajetória. Hoje passa por um drama pessoal. Sua mãe do domingo passado (hoje uma semana) ao subir em ônibus do transporte urbano municipal, acompanhada da filha, essa adentrou o coletivo pela parte da frente e o motorista mesmo sendo informado que a mãe ainda não havia adentrado a porta traseira, esse arrancou, derrubou-a e as rodas passaram por cima de um dos seus braços. Final da historia: teve o braço amputado aos 82 anos de idade. Ademir estava inconsolável e o que mais queria era ouvir opiniões sinceras de amigos sobre seus próximos passos. Conversamos muito e hoje, o vejo mais calmo, a mãe tendo alta e já junto dos seus. De tudo, acompanho como será o procedimento dos responsáveis pelo transporte urbano em Bauru, pois esses devem obrigatoriamente assumir tudo e quando escrevo tudo, é tudo mesmo.
Por telefone e depois pessoalmente outro me chama para desabafar. Chico Cardoso, o mestre lá Gasparini, artesão de mão mais que cheia no ofício de fazer os trenzinhos de madeira, campeão de participações nas feiras paulistanas do Revelando SP vive também um drama pessoal. Sua esposa, a querida dona Fátima, uma costureira de mão mais que cheia, acostumada a fazer de sua casa a sala de confecção das principais grifes de renome de Bauru, passa por problemas de saúde e está muito magra, debilitada, sem apetite e acabou permanecendo por mais de três dias no Pronto Socorro Municipal, aguardando não internação, mas uma definição do seu quadro. Chico sabe que trabalhei tempos atrás na Prefeitura, liga não para me pedir nada (pouco poderia fazer), mas para conversar, prestes a desabar, vendo a situação da esposa acamada e ele do lado de cá sem ação. Hoje me conta que ela está internada no Base e tece rasgados elogios a todos que a atenderam no PS Central, desde o vigia, segurança, como enfermeiras e médicos. Ele só quer salvar a esposa e a presença de gente amiga ao seu lado tem lá sua importância nesse dolorido momento. Todos nós precisamos de ombros amigos e quando o temos, um contentamento interior sem tamanho.
Eu não vim ao mundo só para criar caso, construí alguns inimigos, mas também bons e valorosos amigos. Toco minha vida ao lado desses. Quero poder continuar tendo a disposição de criticar os que mereçam, apontar o dedo aos malversadores de nossa alegria, os enganadores da fé publica e quando escrevo desses, nunca o faço como dono da verdade e com a questão fechada. Sempre estou aberto a ser convencido do contrário. O reconhecimento, sei disso, nunca virá desses, mas na forma como recebi essa semana, de diletos e sinceros amigos. E assim deixo um agradecimento público a eles todos por confiarem um bocadinho em mim.
Em tempo: Escrevo esse texto contando nos dedos o dia de minha audiência em Agudos, 15/04, 18h30, pelo simples fato de ter denominado de “cruéis” alguns dos atos do clã Octavianni (Carlão, Auro e Everton) e por ter insinuado que após 16 anos no poder naquela cidade estão formatando uma “oligarquia” familiar. Essas duas palavras entre aspas foram o motivo do processo e vejo que ambos os fatos podem ser confirmados numa simples nota de hoje na Entrelinhas do JC: “Concorrência - A família Octaviani parece mesmo estar no caminho de Renato Purini. O clã – sem o respaldo de Carlão – cogita lançar seu próprio representante na disputa por uma cadeira da Assembleia Legislativa. O prefeito de Agudos, Everton Octaviani (PMDB), garante que até o final da próxima semana o diretório municipal baterá o martelo sobre a pré-candidatura de Auro Octaviani, presidente da Câmara Municipal”. Se “simpatia é quase amor”, como diz a letra do samba, esse clã agudense já ultrapassou as porteiras do que pode ser denominado como oligarquia, tudo por lá só ocorre tendo algum deles encabeçando as coisas. Muita crueldade para uma cidade não poder ter mais opções além dessas, aliás, sempre e tão somente essas...
3 comentários:
Diria que além de um amigo daqueles que quando encontramos é como uma jóia rara,você é um daqueles Jornalistas tipo mico leão dourado,infelizmente uma espécie em extinção e como em ambos seu brilho com certeza incomoda os caçadores de verdades e felicidades alheias que estão aqui nessa vida apenas para ofuscar tal brilho. Também espero que a justiça seja feita quanto a mãe do outro Jornalista,pois, caso isso não aconteça, pensaríamos em perseguição política em plena luz da democracia e da nossa Carta Maior.Sinto muito por ela e por tantas que já até perdi a conta...
LILIANA MARTINS
Gdes amigos irmão ..... e nunca se cale perante os contrários ..... seja sempre "você" .... gostamos muito desse Henrique Perazzi de Aquino aí ..... Nossa ...ñ sabia da mãe do Ademir Elias ... que coisa ...... espero que ele também ñ emudeça , que solte os pulmões e grite em alto e bom som o que lhe atravanca a garganta ..... sem medo e precaução ....
Helena Aquino
Bom dia meu amigo,
Se o golpe militar completou 50 anos nesse dia, eu completei 57 ;-) rsrsrsrsrsrs
Duas "piadas", né ? A primeira teria sido melhor se fosse uma mentira, a segunda, não posso falar !! kkkkkk !!!!
Grande abraço e até logo aqui, ali ou em qualquer outro lugar tal o proximo Slam :-))
Eric da Colina
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