Mais uma efeméride no meio dessa semana, a comemoração dos 75 da imponente edificação do AUTOMÓVEL Clube de Bauru, incrustado ali no coração da cidade, bem de frente para a praça Rui Barbosa, tendo do outro lado a catedral católica. Um de frente pra outro, ambos representando etapas do desenvolvimento dessa cidade. No caso do Automóvel, perdurou por décadas como o ponto de encontro da elite da cidade, que ali se reunia para seus convescotes no denominado “Palácio Encantado”, tal a imponência. Na sua decadência esteve na iminência de ser fechado, abandonado e se não fosse a ação da Prefeitura Municipal, hoje talvez nem em pé estivesse mais. Ali há oito anos funciona a sede de duas instituições bauruenses, a Banda e a Orquestra Municipal, com jovens ensaiando pelos seus corredores, quintais e todo e qualquer espaço onde possam exercitar o incansável trabalho de exercício musical com variados instrumentos. Reverenciando o que ali ocorre, resgato a história de um servidor que ali atua, sendo a própria identidade do local.
PAULO CUSTÓDIO mora longe, lá no distante Ouro verde, quase saída de Piratininga, evangélico da igreja Nova Vida, repete diariamente uma rotina que transformou sua vida, a de atuar como sendo uma espécie de guardião de tudo o que ocorre no Automóvel Clube. Paulo tem 48 anos de idade, 24 como funcionário público municipal e oito ali na frente do imponente prédio. É uma espécie de faz tudo do local, abre e fecha suas portas, presta apoio incondicional às duas corporações musicais, além de realizar todo tipo imaginável de pequena manutenção, mas quando senta diante da porta de entrada, sempre em uma cadeira branca, passa a ser o fiel escudeiro de tudo e de todos, algo já devidamente incorporado por ele. Sujeito quieto, contido, boa praça, dedicado e interessado no que faz, nunca foi visto reclamando dos acordes fora do tom, feitos por instrumentos tocados todos ao mesmo tempo, nas mãos de jovens em fase de treinamento e aprendizado. Não vê problema nenhum nisso, “acostumei”, diz, como também diz não ter problemas com o pessoal oriundo da praça mais movimentada da cidade. “Existe um respeito mútuo deles conosco”, diz. Paulo é o encarregado da ordem e, respeitado por todos, segue sua rotina musical de trabalho. Impossível hoje uma bela foto da fachada sem a presença do Paulo ali sentado, vigilante e atuante.
OBS.: Esse texto também faz parte do projeto Personagens sem Carimbo - O Lado B de Bauru, que com esse completa 411 perfis de gente dessa terrinha varonil.
3 comentários:
Anônimo
disse...
Homenagem mais que justa Paulão uma pessoa muito especial e com um coração que vale ouro sempre com muito prazer esta pronto um grande abraço Lucia - Centro Corpo Livre
Macacos me bloguem. Aderi. Estarei juntando aqui, direto do meu mafuá particular, translucidação da minha bagunça pessoal, uma amostra de escritos variados, onde cabe de tudo (quase!) um pouco, servidas sempre, de forma desorganizada, formando um mural esclarecedor do pensamento de seu escrevinhador.
Pegue carona aqui e ao abrir a tampa do baú, constate como encaro tudo isso. Deixo cair rostos, palavras; alguma memória. O diálogo se instaura.
Abracitos do
Henrique Perazzi de Aquino - direto de Bauru S.P.
3 comentários:
Homenagem mais que justa Paulão uma pessoa muito especial e com um coração que vale ouro sempre com muito prazer esta pronto um grande abraço Lucia - Centro Corpo Livre
Ai Paulão....você e o cara !!!!
Jair José Marangoni
Grande sujeito.....ótimo servidor. ...ótimo colega de trabalho. ...competente. ....responsável. ...dedicado ao que faz. ...Parabéns Paulão.
Elson Reis
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