Dito isso venho para meu segundo tópico de algo também óbvio (diria até obvio ululante, como diria Nelson Rodrigues), sacramentado na manchete de hoje do diário bauruense BOM DIA: “Aeroporto de Marília recebe 50 milhões – Recursos do Governo Federal são para a modernização do terminal, o que vai beneficiar toda a região. Áreas de embarque e desembarque serão ampliadas”. Li tudo isso e quase não consegui engolir a ceia da Páscoa, entalada que ficou na minha garganta. Foi imediata a comparação entre o que ocorre com a questão do aeroporto de Bauru e o de Marília. No de lá, todos envolvidos na luta por mais verbas para ampliar o já existente tornando-o cada vez mais pujante, belo e altaneiro. Do lado de cá, a quase destruição de um, com igual teor ao de Marília, tudo para se criar um novo, no meio do nada, fazendo a cidade comprar a ideia de que lá seria implantado um moderno terminal de cargas, o mais mais de todo interior paulista.
Bauru, como sempre, comprou gato por lebre. O gasto foi feito para alegria de uns poucos e o elefante branco levantando no meio do nada, inviabilizando o outro, o junto do Aeroclube, tão belo quanto o de Marília. Não engulo isso e a cada notícia como essa, a constatação de que algo de muito estranho ocorreu pelos lados de tudo o que possibilitou esse novo aeroporto, o de Arealva ser levantado. Volto a ele com frequência e a cada retorno, vejo com que esforço muitos por lá tentam fazer com que funcione a contento. Uma simples viagem de táxi à noite sai por R$ 120,00, o último ônibus circular sai de lá 22h30, a noite toda fica iluminado às moscas, poucos vôos diários e agora, mais um gasto só por causa dele, a duplicação da pista Bauru/Ibitinga, mas só no trecho de Bauru até o aeroporto, nada mais no resto. As cargas não vieram, o tal movimento para justificar seus gastos também não vieram, o que vieram são os problemas. Enquanto isso, marilienses devem rir muito de nós todos, pois o deles está lá instalado em área nobre e sendo modernizado com R$ 50 milhões conseguidos em recursos públicos.
Precisamos deixar de fazer papel de bobos e apontar o dedo para quem nos enfiou nessa enrascada. O Bom Dia de hoje mostra que estamos com um MICO nas mãos. Só isso, nada mais. E assim como a Usina de Pasadena, eis o nosso péssimo negócio, só que no caso daquele estão querendo fazer o grande embuste agora, com mais uma tentativa de privatizar a Petrobras e no nosso, ele já feito, pois o Aeroporto de Arealva já está aí a demonstrar como aceitamos de tudo. Somos mesmo uns bobocas.
100 ANOS DA PRAÇA CENTRAL
Sou lembrado quando da entrevista da TV Unesp sobre a data redonda da Rui Barbosa e ressalto não ser somente ela o símbolo da violência urbana, ela só mais um. Continua sendo o maior ponto de encontro central das pessoas e isso precisa ser ressaltado. Uma boa entrevista dada por esse HPA, eu meu chapéu, barba branca e na camiseta uma homenagem a Gabriela Leite, a criadora da Daspu e daVida, recentemente falecida. A praça resiste bravamente e clama por mais verde, usurpado dela décadas atrás. Disse mais e isso acabou não saindo na matéria. Existe hoje uma tentativa de criminalizar a praça, jogando sob suas costas todos os males do centro da cidade. Sendo ela central, nada mais natural do que os problemas todos estarem focados ali em sua área. A seguir o link da matéria da TV Unesp: https://www.youtube.com/watch?v=k7eKa7aiKwU
8 comentários:
Henrique, a Petrobrás não é pública há muito tempo, pare de se auto enganar, o duro é que no fundo você sabe disso meu amigo, conversamos muito sobre esses temas, o compromisso é com um ideal e não com esse governo. Se a mídia faz estardalhaço o governo deu as armas para isso e independente de qualquer coisa seria papel seu também como jornalista e acima de tudo um idealista denunciar todas essas mazelas daqueles que traíram um ideal, que mentem diariamente e fazem pessoas boas como você comprarem gato por lebre.
Quem vem privatizando os Correios, a Petrobrás e etc. quem faz leilões de aeroportos, rodovias, leilões como o Campo de Libra, é a mídia ou o próprio governo???
Vocês criticam tanto a mídia que faz sim o seu sensacionalismo, mas na hora de tratar esses assuntos também acobertam coisas de interesses obscuros, tudo por um orgulho, uma religiosidade política insana.
Quanto ao aeroporto elefantão de Bauru, ele tem nome, Roberto Purini, e é preciso dizer as pessoas que o administrador da cidade, Alcides Franciscato, jamais permitiria um aeroporto forte hoje, bem localizado e empresas aéreas fazendo concorrência com o Prata na linha Bauru-SP, já que este hoje cobra de busão preço de avião, o problema é que ninguém expõe isso as claras para os cidadãos de Bauru.
Camarada Insurgente Marcos
Henrique
A Petrobras ainda não está privatizada como afirma o amigo aqui de cima, mas se continuar no rumo atual o será em breve. Concordo com muita coisa do que escreve e assim como tu, nem sei porque ainda não consigo apunhalar os que tanto acreditei. Continuo enxergando em alguns dos seus atos algo não existente nos demais, nos que declaradamente pregam a privatização, o motivo do seu texto.
O que faltou no seu texto quanto ao aeroporto, ele já escreveu. Abri os comentários para cobrar isso e quando li, vi que ele já havia dado nome aos bois. Não tenho como ler o Bom Dia onde estou, mas a manchete deles hoje é uma prova cabal de que Bauru investiu dinheiro em obra errada, favorecendo uns poucos, uma vergonha, pois tínhamos e temos um grande aeroporto, com uma pista do mesmo tamanho da que foi feita lá em Arealva. Daí não entendo dos motivos de fazer um novo. Da última vez que fui viajar e peguei avião lá um funcionário me disse que o tamanho das duas pistas são quase iguais.
Aurrora
Meus caros, deixem essa cegueira, procurem entender mais as estruturas, a Caixa Federal é estatal, a Petrobrás era quando na sua fundação nos anos 50 na Era Vargas, naquela época 75% da renda do petróleo deveria ficar no país, hoje fica apenas 30% disso, estudem história, olhem o diário oficial da União, tem tudo isso lá.
Nos anos 70 já sob o jugo imperialista governado pelos militares iniciou o entreguismo da Petrobrás, isso deu um salto com FHC com a lei do petróleo no famoso artigo 26 tão criticado na época, depois o PT não só não revogou isso como continuou o processo de privatização, a petrobrás é uma empresa de ações no mercado, o governo é apenas um dos acionistas votantes, toda a operação, preço, exploração é influenciada pelos acionistas votantes que são de grupos multinacionais, o maior roubo da história recente foi o Campo de Libra onde empresas chinesas ficaram com 20%, a Shell com 20% e a Total com mais 20%, somando 60% das ações de um Campo estimado em mais de 3 trilhões de reais, bem mais que a Vale do Rio Doce por exemplo, leilão cujo o exército foi acionado para garantir o sucesso do mesmo oprimindo a greve e protesto dos trabalhadores da empresa.
Quando o governo entregou poços de bandeja a OGX do Eike Baptista, onde se constaram várias fraudes e especulações deste, Eike numa entrevista disse aquela célebre frase que talvez vocês já fizeram questão em esquecer, onde rasga elogios a este governo, “O paraíso é aqui. Eles estão arrumando as contas do governo e permitindo que o setor privado faça a sua parte”. Vale lembrar que toda essa grana da OGX e tantas outras multinacionais, pertencem aos trabalhadores deste país que geram com seu suor e sangue toda essa fortuna que jamais será para um país independente, justo e poderoso para os seus cidadãos, mais uma vez esquecem do idealismo apenas para defender uma cartilha tacanha.
É preciso apenas assumir um lado e ser coerente com ele, não para navegar em duas canoas e ainda assim quando se escolhe um, seja comunista, capitalista etc, que tenha honra, porque justificar corrupção é uma das coisas mais abomináveis deste mundo.
Hoje eu estava lendo um livro de um sociólogo francês e acabei me lembrando de Giordano Bruno e sua luta contra os dogmas da igreja em favor da ciência, o que lhe levou a fogueira, mas leva a fazer uma reflexão do quanto as pessoas estão com suas mentes no obscurantismo da idade média, piorando cada vez mais, fazendo pensar no que diferencia o neurótico do psicótico, o neurótico soma dois com dois e pensa que são cinco, o psicótico sabe que são quatro, mas não se conforma.
Camarada Insurgente Marcos
Marcos
Contra fatos não existem argumentos.
Tenho que me redimir e mudar meu posicionamento. Não dá mais para tapar o sol com a peneira e mudar meu discurso. Tem um vereador bauruense que abomino, o Carlinhos do PS, que faz uso de um bordão dos mais úteis para tudo hoje: "Tá tudo dominado". Continue me dando os toques necessários para que não incorra no erro de pender para um dos lados e sim, para decidir pela razão.
Henrique - dito do mafuá
Bom,para mim é claro uma coisa,o dito aeroporto não vai pra frente por conta de uma grande empresa de ônibus e tantas outras coisas....acho que não interessa a essa empresa de jeito nenhum que o aeroporto funcione e dê certo....como tantas outras coisas na cidade de Bauru....fico inconformada cada vez que leio algo sobre o tal aeroporto....no nada mesmo...a quem interessou faze-lo e à quem interessa não funcionar de jeito nenhum....e fica assim....anos sem funcionar,aviões que não vêm aqui,empresas sumiram...ou Campinas ou nada...numa cidade desse porte como é Bauru...
Márcia Zamarioli
Olá Henrique. Boa noite.. Vi uma materia no seu blogger do dia 16/02/2007 falando sobre o cinema porno em Bauru, ele ainda esta aberto ao publico?? Caso não, tem outro em Bauru?
Agradeço imensamente se puder me responder.
Grata
''Não existe como negar, nem tapar o sol com a peneira, foi um mau e nebuloso negócio '' ... uma luz no fim do túnel.... a turma q defende qq coisa do lixo PT reconhecendo algo contra o super PT .
Adriano Coelho Hernandes
Pasadena = um péssimo negócio.
Somados o valor da compra da refinaria + os investimentos feitos + os prejuízos apurados durante a sua operação, chegamos a uma cifra superior a U$ 2 bilhões. Se vender Pasadena, duvido que a Petrobras recupere mais do que 35% do valor.
Vale = o pior negócio do mundo
Mas, muito pior que comprar Pasadena foi FHC vender a VALE por U$ 3,3 bilhões.
Pobre Brasil!
Vitor Ribeiro
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