segunda-feira, 28 de abril de 2014
PERGUNTAR NÃO OFENDE ou QUE SAUDADE DE ERNESTO VARELA (85)
VARELA NADARIA DE BRAÇADA: FUNPREV, GREVE ONIBUS E FANFARRONICE DE DEPUTADO Aqui por Bauru, infelizmente, Ernesto Varela não fez escola, pois deixar poderosos em estado de pressão é algo que não ocorre via mídia. Vejo o governador Alckmin indo e voltando (programinha gravado toda semana na rádio), mas nunca ninguém da mídia local lhe fez uma perguntinha sequer sobre os escândalos do metrô (muito maiores que os do dito mensalão petista). Tratam-no como se nada fosse com ele e seus amigos íntimos. O mesmo ocorre para o sr Skaf, da FIESP e também para o deputado Campo Machado, PTB quando aqui aportou. Já se o candidato do PT ao governo do Estado, Alexandre Padilha passar de novo por aqui é bem provável que terá perguntas sobre proximidades com doleiros feitas pelos tais locais. Ernesto Varela revira-se no túmulo, pois como é sabido, está morto e enterrado.
Para começar bem a semana, três questionamentos que Varela certamente faria hoje, uma segunda, final de abril:
QUESTIONAMENTO 1 – O CASO FUNPREV – Ouço um vereador dando entrevista para rádio local, no caso o líder do atual governo e ali tece sua denotada preocupação pelo que ocorreu na Funprev, uma Fundação com muito dinheiro em caixa (a caixa previdenciária dos funcionários públicos da Prefeitura) e uma provável ação de investimentos mal sucedida. Em primeiro lugar, se faz necessário comparar com tudo o que ocorreu no país no mesmo período. Depois, o mais importante não vejo ninguém afirmar da ocorrência de nenhum desvio. Ótimo isso, o dinheiro está intacto e assim deve permanecer, principalmente da mão de gente que o possa manipular ao bel prazer. A questão que ainda não foi levantada é uma só e VARELA a faria: “Srs vereadores e Bauru num todo, não queiram simplesmente destituir a atual direção da fundação e colocar em seu lugar gente de confiança de grupos de forças vivas, vereadores, políticos e financistas sem compromisso com a causa, pois isso sim seria o caos para a mesma. Filtrar todos os interesses em jogo, o que querem uns e outros com a retirada de um grupo e a colocação de outro é algo pouco observado. Fiquemos mais do que atentos, pois muitos estão de olho na bufunfa lá guardada”.
QUESTIONAMENTO 2 – GREVE NO TRANSPORTE URBANO – Foi comunicado que os funcionários do transporte coletivo de Bauru estariam propondo paralisação relâmpago para hoje, não somente por questões trabalhistas, mas principalmente por causa de uma provável desfiliação do funcionário Valter Dutra, um que comandou a greve da categoria a revelia do seu sindicato (inoperante, diga-se de passagem). Ouço uma barbaridade no Informa Som, da 94FM hoje pela manhã da boca do aniversariante Reinaldo Cafeo: “Por causa de um único trabalhador fazer uma paralisação dessa magnitude. Alguém tem que tomar uma atitude”. Comparando uma coisa com a outra, VARELA iria no ponto nevrálgico disso tudo e questionaria a todos da seguinte forma: “Pera lá, nítido que a desfiliação do Valter parece ter a função de deixa-lo desprovido de sindicalização, para num próximo ato isolá-lo e na sequência meter-lhe um sonoro pé na bunda. Lindo seus colegas o protegerem e horroroso a atitude que poucos estão tendo de enxergar essa manobra para coloca-lo no olho da rua e fazer tudo voltar à normalidade (sic) nas relações entre sindicato e patrões”.
QUESTIONAMENTO 3 – FANFARRONICE EXPLÍCITA - O deputado Pedro Tobias – PSDB publicou missiva ontem no JC, tendo por título “Em defesa da ética e da seriedade” (link a seguir:http://www.jcnet.com.br/editorias_noticias.php?codigo=233883). Ali diz defender a política séria, chama Alexandre Padilha, concorrente ao governo do Estado pelo PT de fanfarrão, diz que Alckmin “não possui sua vida pública colocada em xeque em razões de suspeitas gravíssimas”, cutuca o oponente por “tantas denúncias de corrupção no governo que ele faz parte” e fecha tudo com mais uma pérola também do oponente: “sua maior obra foi quebrar todas as Santas Casas”. Qualquer pessoa sensata revira-se toda de um lado para outra diante de seguidas maledicências, onde sequer toca em algo muito parecido ocorrendo dentro de suas hostes, bem visíveis para o dito atento deputado, mas fazendo vistas grossas sobre as mesmas. O intrépido VARELA o desmontaria com algo bem simples: “Nobre deputado, quem possui telhado de vidro bem fininho não pode querer acusar outrem. Veja só, corrupção por corrupção, o montante do desviado só das obras do metrô pelos capôs do PSDB suplanta qualquer mensalão de outras siglas. Vida pública em xeque deveria ter não só o governador, mas aqui mesmo em Bauru todos os que afundaram nossa similar a Santa Casa (dito Hospital de Base), como os que pouco fizeram para ajudar na fiscalização do dinheiro público e sua boa utilização. Tudo que aqui ocorreu, só para não nos esquecermos, foi por pessoas indicadas e lá colocadas pelo senhor. Fanfarronice por fanfarronice acredito que ela ocorre também de sua parte. Está brincando com a gente, né? Seu artigo deveria estar na página de humor do jornal não na dos leitores”.
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10 comentários:
SAUDADE MESMO HENRIQUE. BAURU CONTINUA SENDO PIADA PELO INTERIOR A FORA. ESSA DO HOMEM É UM EXEMPLO.
GILBERTO TRUIJO
HENRIQUE
VEJA ISSO
PASQUAL MACARIELLO - RJ
carta Maior - 26/04/2014
Os escândalos que assombram a canonização de João Paulo II
João Paulo II, o papa que promoveu e encobriu pedófilos e violadores da Igreja, recebeu, ao mesmo tempo em que João XXIII, a canonização.
Eduardo Febbro
Arquivo
Vítimas, que vítimas? – perguntou o cardeal Velasio de Paolis. E acrescentou: “Não são apenas estas vítimas”. Depois houve um silêncio de corpo e alma e o olhar um tanto perdido do superior geral dos Legionários de Cristo, nomeado em 2010 para esse cargo pelo então papa Joseph Ratzinger. À pergunta de de Paolis se seguiu uma resposta: as vítimas não eram só os milhares de menores que sofreram com os apetites sexuais das batinas hipócritas, mas também o próprio Vaticano. As vítimas não eram unicamente os menores ou adultos abusados e violentados pelo padre Marcial Maciel, o fundador dessa indústria dos atentados sexuais que foi, durante seu mandato, o grupo dos Legionários de Cristo. A vítima era a Santa Sé, que foi “enganada”.
João Paulo II, o papa que, entre outros horrores, promoveu e encobriu pedófilos e violadores da Igreja, recebeu, ao mesmo tempo em que João XXIII, a canonização. Para além do espetáculo obsceno montado para esta ocasião, dos milhares de fieis na Praça de São Pedro, dos três satélites suplementares para transmitir o ato, para além da fé de muita gente, a canonização do papa polonês é uma aberração e um ultraje para qualquer cristão do planeta. Declarar santo a Karol Wojtyla é se esquecer do escandaloso catálogo de pecados terrestres que pesam sobre este papa: amparo dos pedófilos, pactos e acordos com ditaduras assassinas, corrupção, suicídios jamais esclarecidos, associações com a máfia, montagem de um sistema bancário paralelo para financiar as obsessões políticas de João Paulo II – a luta contra o comunismo -, perseguição implacável das correntes progressistas da Igreja, em especial a da América Latina, ou seja, a frondosa e renovadora Teologia da Libertação.
O “vítimas, que vítimas?” pronunciado em Roma pelo cardeal Velasio de Paolis encobre toda a impunidade e a continuidade ainda arraigada no seio da Igreja. Jurista e especialista em Direito Canônico, De Paolis fazia parte da Congregação para a Doutrina da Fé na época em que – anos 80 – se acumulavam as denúncias contra Marcial Maciel. No entanto, foi ele quem firmou a segunda absolvição do sacerdote mexicano. O ex-padre mexicano Alberto Athié contou à Carta Maior como Maciel sabia distribuir dinheiro e favores para comprar o silêncio das hierarquias. Athié renunciou em 2000 ao sacerdócio e se dedicou à investigação e denúncia dos abusos sexuais cometidos por clérigos e organizações.
O destino de Maciel foi selado por Bento XVI a partir de 2005. Em 2004, antes da morte de Karol Wojtyla, Maciel foi honrado no Vaticano. Neste mesmo ano, Ratzinger reabriu as investigações contra os Legionários. O dossiê Maciel havia sido bloqueado em 1999 por João Paulo II e mantido invisível por outra das figuras mais soturnas da cúria romana, Angelo Sodano, o ex-secretário de Estado de Giovanni Paolo. Sodano é uma pérola digna de figurar em um curso de manobras sujas. Decano do Colégio de Cardeais, ele tinha negócios com os Legionários de Cristo. Um sobrinho dele foi um dos assessores nomeados por Maciel para construir a universidade que os legionários de Cristo têm em Roma, a Universidade Pontífica Regina Apostolorum.
CONTINUA...
Sodano, que foi o número dois de Juan Paulo II durante quase 15 anos, tinha um inimigo interno, Joseph Ratzinger, um clube de simpatias exteriores cujos dois membros mais eminentes eram o ditador Augusto Pinochet e o violador Marcial Maciel. Sodano e Ratzinger travaram uma batalha sem tréguas: o primeiro para proteger os pedófilos, o segundo para condená-los. Em 2004, Ratzinger obrigou Maciel a se demitir e a se retirar da vida pública. Dois anos depois, já como Bento XVI, o papa o suspendeu “a divinis”. As investigações reabertas por Ratzinger demonstraram que Maciel era um pederasta, tinha duas mulheres, três filhos, várias identidades diferentes e manejava fundos milionários.
As denúncias prévias nunca haviam passado o paredão levantado por Sodano e o hoje Santo João Paulo. A carreira de Sodano é uma síntese do Papado de Karol Wojtyla, onde se mesclam os interesses políticos, as visões ideológicas ultraconservadoras, a corrupção e as manipulações. Angelo Sodano foi Núncio no Chile durante a ditadura de Pinochet. Manteve uma relação amistosa com o ditador e isso permitiu que organizasse a visita que João Paulo II fez ao Chile em 1987. Seu irmão Alessandro foi condenado por corrupção após a operação Mãos Limpas. Seu sobrinho Andrea teve a mesma sorte nos Estados Unidos. O FBI descobriu que Andrea e um sócio se dedicavam a comprar – mediante informação privilegiada – por um punhado de dólares as propriedades imobiliárias das dioceses dos Estados Unidos que estavam em bancarrota devido aos escândalos de pedofilia.
Mas o mundo sucumbiu ao grito de “santo súbito” que reclamava a canonização de um homem que presidiu os destinos da Igreja em seu momento mais infame e corrupto. O papa “viajante”, o papa “amável”, o papa “dos jovens”, era um impostor ortodoxo que deixou desprotegidas as vítimas dos abusos sexuais e os próprios pastores da Igreja quando estes estiveram com suas vidas ameaçadas.
Sua visão e suas necessidades estratégicas sempre se opuseram às humanas. Na trama desta história também há muito sangue, e não só de banqueiros mafiosos como Roberto Calvi ou Michele Sindona, com quem João Paulo II se associou para alimentar com fundos secretos os cofres do IOR (Banco do Vaticano), fundos que serviram para financiar a luta contra o comunismo no leste europeu e contra a Teologia da Libertação na América Latina.
João Paulo II deixou desprotegidos os padres que encarnavam, na América Latina, a opção pelos pobres frente às ditaduras criminosas e seus aliados das burguesias nacionais. Em 2011, cinquenta destacados teólogos da Alemanha assinaram uma carta contra a beatificação de João Paulo II por não ter apoiado o arcebispo salvadorenho Óscar Arnulfo Romero, assassinado em 24 de março de 1980 por um comando paramilitar da extrema-direita salvadorenha, enquanto celebrava uma missa. Romero sim que é e será um santo. O arcebispo enfrentou os militares para pedir-lhes que não assassinassem seu povo, percorreu bairros, zonas castigadas pela repressão e pela violência, defendeu os direitos humanos e os pobres. Em resumo, não esperou que Bergoglio chegasse a Roma para falar de “uma Igreja pobre para os pobres”. Não. Ele a encarnou em sua figura e pagou com sua vida, como tantos outros padres aos quais o Vaticano taxava de marxistas ou comunistas só porque se envolviam em causas sociais.
PARTE FINAL
João Paulo II é um santo impostor que traiu a América Latina e aqueles que, a partir de uma igreja modesta, ousaram dizer não aos assassinos de seus povos. Se, no leste europeu, João Paulo II contribuiu para a queda do bloco comunista, na América Latina favoreceu a queda da democracia e a permanência nefasta de ditaduras e sua ideologia apocalíptica. Um detalhe atroz se soma à já incontável dívida que o Vaticano tem com a justiça e a verdade: o expediente de beatificação de Óscar Romero segue bloqueado nos meandros políticos da Santa Sé. João Paulo II beatificou Josemaría Escrivá, o polêmico fundador da Opus Dei e um de seus protegidos. Mas deixou Romero de fora, inclusive quando estava com sua vida ameaçada. “Cada vez mais sou um pastor de um país de cadáveres”, costumava dizer Romero.
João Paulo II foi eleito em 1978. No ano seguinte, Monsenhor Romero entregou a ele um informe sobre a espantosa violação dos Direitos Humanos em El Salvador. O papa ignorou o informe e recomendou a Romero que trabalhasse “mais estreitamente com o governo”. Como lembrou à Carta Maior Giacomo Galeazzi, vaticanista de La Stampa e autor de uma magistral investigação, “Wojtyla Secreto”, em “seus 25 anos de pontificado nenhum bispo latinoamericanao ligado à ação social ou à Teologia da Libertação foi nomeado cardeal por João Paulo II”. A resposta está em uma frase de outro dos mais dignos representantes da “Igreja dos Pobres”, o falecido arcebispo brasileiro Hélder Câmara. “Quando alimentei os pobres me chamaram de santo; mas quando perguntei por que há gente pobre me chamaram de comunista”.
O show universal da canonização já foi lançado. A imprensa branca da Europa tem a memória muito curta e sua cultura do outro é estreita como um corredor de hospital. Todos celebram o grande papa. Ela promoveu à categoria de santo um homem que tem as mãos sujas, que cometeu a infâmia de encobrir violadores de crianças, de beijar ditadores e legitimar com isso o rastro de mortos que deixavam pelo caminho, de negociar benefícios para a máfia, que sacrificou em nome dos interesses de uma parte da Europa a misericórdia e a justiça de outros, entre eles os da América Latina. Estão canonizando um trapaceiro. O cúmulo da esperteza, do erro imemorial.
Em que altar se ajoelharão as vítimas dos abusadores sexuais e das ditaduras? Podemos levantar todos juntos um lugar aprazível e justo na memória com as imagens do padre Múgica ou do Monsenhor Romero para nos reencontrarmos com a beatitude o sentido de quem, por um ideal de justiça e igualdade, enfrentou a morte sem pensar nunca em si mesmo, ou em baixas vantagens humanas.
HENRIQUE
No caso do Tobias:
Macaco senta em cima do próprio rabo.
João Ranazzi
HENRIQUE
MAIS ISSO SOBRE CANONIZAÇÕES
PASQUAL MACARIELLO - RJ
O belo texto do Frei Betto, ou melhor do cidadão íntegro Carlos Alberto Libânio Christo, sobre canonização, é merecedor de aplausos, principalmente quando diz: Santo não é quem é perfeito, e sim aquele que, em meio às contradições, erros e defeitos, faz de sua capacidade de amar um serviço libertador a quem sofre ou vive excluído e oprimido. Isso vale também para quem tem uma fé distinta da professada pelos cristãos ou é ateu.
Portanto, neste conceito corretíssimo, serão um dia proclamados santos todos os revolucionários do mundo, tais como: Carlos Marighela, Carlos Lamarca, Che Guevara, Joaquim Câmara Ferreira (Toledo), Virgílio Gomes da Silva (Jonas), Mario Alves, Frei Tito, Pedro Pomar, Iara Iavelberg, Soledad Viedma, Maurício Grabois e tantos outros que deram o tinham de mais precioso, a VIDA, para construir um mundo justo, fraterno e igualitário.
Saudações,
JA Simões
Santos canônicos e anônimos - Frei Betto
Domingo, 27 de abril, o papa Francisco proclamará como santos, dignos de ocupar lugar nos altares, os papas João XXIII e João Paulo II.
Quem conhece os bastidores da Igreja Católica sabe que se trata de uma no cravo e outra na ferradura. João XXIII, à revelia da Cúria Romana, convocou o Concílio Vaticano II (1962-1965). Pôs o pé no acelerador da renovação. João Paulo II enfiou o pé no freio.
Tinham concepções diferentes quanto ao papel da Igreja. As atas do Concílio comprovam que o então bispo Wojtyla, futuro João Paulo II, votou com os conservadores, derrotados pelas decisões conciliares.
Foi na Idade Média, a partir do século XI, que se iniciou o costume de canonizar cristãos falecidos sob a aura de santidade. Criou-se toda uma burocracia vaticana em função disso. Até lobbies em Roma. Basta pesquisar o processo que canonizou Escrivá, o polêmico fundador da Opus Dei.
Processos de canonização são dispendiosos. Obedecem a uma série de critérios, como a comprovação de que o candidato operou, lá da glória celestial, ao menos um milagre. Em geral curas que escapam à explicação da ciência.
Nos últimos tempos essa exigência tem sido relegada. Não consta que João XXIII tenha feito, até agora, algum milagre. Se o fez, foi quando vivo: o Vaticano II. João Paulo II teria curado uma religiosa que, na verdade, nutria devoção por outro santo, segundo confessou uma colega dela… E o padre Anchieta, canonizado dia 3 de abril, também foi dispensado do milagre comprobatório.
Os santos foram, de fato, pessoas acima de todo mal? Ora, como diz o papa Francisco, somos todos pecadores, e precisamos de muita oração. Como canta Chico Buarque, “Procurando bem / Todo mundo tem pereba / Marca de bexiga ou vacina / E tem piriri, tem lombriga, tem ameba / Só a bailarina que não tem” (Ciranda da Bailarina). Entretanto, há fiéis, como Francisco de Assis e tantos anônimos, que se destacaram por uma existência coerente com o que Jesus pregou e testemunhou.
CONTINUA...
CONTINUAÇÃO...
A canonização de Anchieta é oportuna? Há quem duvide, pois ele favoreceu o colonialismo lusitano no Brasil, ao contrário de meu confrade, Bartolomeu de las Casas que, na América hispânica, se opôs à empresa colonialista espanhola.
Em carta ao governador-geral Mem de Sá, definiu os indígenas como “lobos vorazes, furiosos cães e cruéis leões que nutriam o ávido ventre com carnes humanas.”
À exceção de Judas, todos os apóstolos de Jesus são considerados santos. Nem por isso os evangelhos encobrem seus defeitos:
Pedro negou Jesus três vezes;
Tomé duvidou;
Tiago e João não se opuseram que a mãe, Salomé, pressionasse Jesus para privilegiá-los no Reino…
É a devoção popular que faz os santos, ainda que Roma não os reconheça. É o caso, no Brasil,
do Padre Cícero;
do índio Sepé Tiaraju, que dá nome ao município gaúcho de São Sepé;
Nhá Chica (já beatificada);
e a menina Odetinha.
Na Igreja primitiva só os mártires, aqueles que derramaram seu sangue em nome da fé cristã, eram tidos como santos, como é o caso, no Brasil, de frei Tito de Alencar Lima, morto há 40 anos em decorrência das torturas sofridas sob a ditadura. Sua tumba é das mais visitadas no cemitério de Fortaleza.
O papa Paulo VI chegou a cassar um dos santos mais populares da Igreja: Jorge. A reação da coroa britânica e da Geórgia obrigou-o a voltar atrás.
“Até o papa tem pecados”, disse Francisco na audiência de 29/05/2013.
Santo não é, portanto, quem é perfeito, e sim aquele que, em meio às contradições, erros e defeitos, faz de sua capacidade de amar um serviço libertador a quem sofre ou vive excluído e oprimido. Isso vale também para quem tem uma fé distinta da professada pelos cristãos ou é ateu, conforme diz Jesus no Evangelho de Mateus (25, 36-41).
Há muito mais santos anônimos neste mundão de Deus do que supõe a nossa vã teologia.
Henrique, nosso mandato tem se posicionado com muita responsabilidade sobre a FUMPREV. Não existe nenhum "rombo". Ocorre que os rendimentos das aplicações da FUNPREV são incorporados no orçamento do município.Oras, se os rendimentos dependem do humor do mercado ele é volátil,portanto não podendo se fixar valores. Toda esta história foi um espantalho para livrar o executivo de uma discussão sobre os limites da LRF. Por outro lado existe uma pressão de alguns vereadores para que o presidente da FUNPREV seja indicado pelo prefeito. É ai que mora o perigo.
Roque Ferreira
Gostei da explicação não sabia achava que era um rombo mesmo como tem muitos que pensa assim como eu boa noite amigos.
José Roberto Souza
algumas considerações retiradas do meu facebook:
Henrique Perazzi de Aquino Roque, deixei a transparecer isso no texto. Estão fazendo barulho para destiuir a atual direção e colocar no lugar gente ligada a outros gruipos e intersses. Como disse, aí mora o perigo.
Ontem às 08:45 · Curtir
Luis Roberto Tizoco · 66 amigos em comum
Já deixaram claro na tribuna da Câmara que gostariam que o cargo na fumprev fosse de "confiança".... mais descarado do que isso prá demostrar o interesse em controlar "politicamente" o dinheiro dos servidores, impossível, neh? Bom feriado a todos...
Ontem às 08:55 · Curtir (desfazer) · 1
Luis Roberto Tizoco · 66 amigos em comum
PS...quanto ao Varela... acho que até o seu criador deve sentir saudade.... até por que o Tas que criou o Varela também não existe mais...
Ontem às 08:57 · Curtir
Roque Ferreira Nao Henrique. No seu texto você diz "vereadores". Não sou desta farinha, nem deste saco. São 17 vereadoresve todos tem nome. Quem defendeu publicamente a indicação do presidente da FUNPREV foi Renato Purini.
há 22 horas · Curtir
Henrique Perazzi de Aquino Roque, releia o texto, acho ótimo sua observação, mas pense bem, não ficaria esquisito eu num texto tão curto, ter que citar todos os que são contra, desde vereadores, forças vivas, economistas e políticos, todos citados de forma genérica. Você é dos p...Ver mais
há 20 horas · Curtir · 1
Henrique Perazzi de Aquino Tizoco, ótima intervenção a sua, nós todos temos que estar atentos para não deixar o cargo de presidente da FUNPREV ser indicado por grupos de interesses diversos e variados. Denunciar isso é o que temos que continuar fazendo a todo instante.
há 20 horas · Curtir
Roque Ferreira Meu caro amigo, não é preciosismo não. A Câmara não é uma confraria, é um espaço de disputa política,e lá também se expressa a luta de classes.
há 20 horas · Curtir (desfazer) · 1
Pedro Valentim Valentim Tirando a questão de indicação de cargo politico para presidente da Funprev que também sou contra, a Instituição ao longo do tempo se fechou numa panelinha plutocrática...Tanto é que o irmão de um Diretor que passou num Concurso acertando 100% das questões, depois de nossa denúncia acabou não assumindo o cargo...Não generalizando, muitas vezes a Câmara se transforma numa autêntica confraria !
há 16 horas · Curtir
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