1.) CHOVE MUITO E O MAFUÁ ESTÁ EM ESTADO DE RECESSO...
Acordo ouvindo rádio, o "Viva Cidade", com o Bizarra e o Wellington Leite, na 96FM e algo me estarrece. Não consigo ouvir algo sobre catástrofes em lugares próximos e não ser invadido por um arrepio dos pés à cabeça. Hoje quem padece desse motim da natureza contra os desmandos do homem pela utilização do solo é Botucatu. Ouço que os estragos por lá são de grande monta. Baixa em mim recordação do ano passado, quando numa forte chuva aqui por Bauru, o nível das águas do rio Bauru e tudo nele despejado e fluindo em sua direção chegou a metro e meio dentro do Mafuá. Viajei em janeiro deste ano e ergui tudo, palafitas, ou seja, consegui cavaletes de 1m30 de altura e tudo pelos lados mafuentos estão devidamente erguidos. Estantes todas acima de 1m30 e livros e discos nas alturas. O aspecto é feio, dantesco, mas necessário. Nem o Esquenta do bloco do Tomate incentivei para ali ser ali realizado, pois não quis baixar nada. Recesso absoluto até o final dessa temporada de chuvas. Pergunto aos amigos Duilio Duka e Rosana Zani, como estão as coisas aí por Botucatu e para o amigo artesão de Lençóis Paulista, o Décio de Souza, outro que sempre sofre muito pela força das águas, local onde mora e mantém estúdio, para enviarem notícias. Todos os da população ribeirinha estão por esses dias mais do que apreensivos. Dedinhos cruzados, torcendo para que tudo transcorra sem percalços outros. Peço a tudo e todos que não visitem o Mafuá por esses dias, pois o cenário é de doer, porém necessário. Nem sofá pra sentar posso decentemente oferecer. Em breve voltaremos a ter atividades normais e com novidades.
2.) GÓRKI E A EXPLORAÇÃO DO TRABALHO QUASE ESCRAVO NAS PORTAS DO ATUAL "CIVILIZADO" (sic) MUNDO Sexta passada estive junto a grupo de trabalhadores de uma cidade pequena, vizinha de Bauru. Falei a eles e os ouvi durante bom tempo ao final da fala. Daí, mais ouço que falo e o que ouço me corroí por dentro, estraçalha sentimentos de quem já vivenciou legislação trabalhista mais condizente com os interesses das classe trabalhadora. Dentre as reclamações, a de um fiscal do trabalho a visitar a fábrica onde trabalham, não de surpresa, mas com conhecimento do proprietário. Muitos são convidados a não comparecer ao trabalho naquele dia, pois ali trabalham há meses, alguns há anos, porém sem registro em carteira. A reclamação do dia, algo dito por todos era um algo a mais sendo imposto e eles sem poder recusar. "Já fomos comunicados que a partir de muito em breve não mais teremos nem o domingo para descansar. Além de todos os demais dias da semana, eles agora nos requisitam para o trabalho no único dia que tínhamos de folga. Nada falaram sobre pagamento de hora extra, mas na maioria dos casos, só o aumento da hora trabalhada e conseguindo alcançar o índice sugerido de produção, o pagamento de valor específico. Não sendo alcançado, nada ganharemos, trabalhando de graça". Isso me faz recordar de Máximo Górki, frase do seu livro A Mãe: "A fábrica absorvera o dia, as máquinas tinham sugado aos músculos dos homens todas as forças de que precisavam". Eles desabafam, mas sabem que, pouco podemos fazer hoje para ajudá-los. Já disse isso e repito, me pediram da outra vez em que lá estive: "Se denunciar isso, eles vem aqui e corremos o risco de perder o emprego. E iremos fazer o que nessa cidade tão pequena? Ouça e fique quieto, queremos só desabafar, colocar pra fora nosso desespero".
3.) AÇÃO AO CONTRÁRIO
Quando bolsomínions retiram livros dele de bibliotecas públicas, a gente espalha, pois quem não lê Machado, tem um pé por ser ludibriado pelos mais espertos. A leitura edifica, abre mentes, te deixa mais lúcido, conhecedor de outros rumos. Não venha me dizer que um livro só te satisfaz, pois isso é reducionismo demais da conta. Eis o link: https://noticias.universia.com.br/cultura/noticia/2015/06/02/1126199/baixe-250-obras-machado-assis-gratuitamente.html?fbclid=IwAR2p_NY_8S4YDA-DNLwEiWifVB0CargXIeioD7tcCwitvv90DYQHuGz3n6Q
4.) RUI, ARRETADO MARANHENSE, PROFESSOR EM PEDERNEIRAS, TOMATEIRO NAS HORAS VAGAS Rui é esse arretado cidadão, maranhense nato, nascido e criado em São Luís, a capital e, como muitos dos seus, acaba dando com os costados aqui nesse lado do país, antigamente denominado como "Sul Maravilha". Veio, assuntou, cheirou, provou e ficou, acertou a passada e se instalou em Pederneiras, onde ingressou na escola pública e dela faz sua vida. Um professor na acepção da palavra, dedicação exclusiva e total entrega para uma Educação voltada para transformar as pessoas. Pessoa marcante, significativa no seu entorno, faz e acontece e dessa forma ajuda substancialmente esse mundo a ser melhor, com mais sustância. Inquieto e revolucionário, enfrenta todos os moinhos e dragões da maldade com a cara e a coragem, tanto ter incluído um "Quixote" ao seu nome pelas redes sociais. Só para se ter uma ideia de como se dá sua vida e luta, certo dia ao nascer sua filha, a ela foi dado o nome de Lenine, homenagem ao líder revolucionário e ao cantor nordestino. Belas escolhas. Rui é dessas pessoas que a gente escreve laudas, só com elogios, pois o cara é centrado, focado, não se desvia da linha de conduta e ação por nada nesse mundo. Agora mesmo, nordestino de uma cepa inquebrantável, vestiu a camiseta do bloco Bauru Sem Tomate é MiXto logo de cara, vem com a família de sua cidade pra cá só para se juntar a outros iguais, os com a mesma disposição e mostra algo mais, uma tatuagem ainda fresquinha, feita em etapas em sua perna, pois pela dor não conseguiu deixar ser concluída assim de uma só vez. Tatuou o traçado de seu estado, o Maranhão, com suas cores, misturadas com a do reggae e assim, demarca pro resto de sua vida, amor incondicional de suas origens. É uma delícia ser amigo de gente como o Rui, sempre cheio de boas histórias para contar e com outra qualidade, bom ouvinte, escutador atento, sempre pronto a aprender. Tiro certeiro, cabra marcado para resistir. Rui é gente que está com o Tomate desde sempre e nós, os tomateiros, com ele. Nos merecemos.
5.) CARNAVAL 2020 - BLOCO BAURU SEM TOMATE É MIXTO
Enredo: Bauru; Canaã das Capivaras (Texto abaixo de Roque Ferreira)
O Bloco desfila as 8 anos co Calçadão de Bauru, saindo da Praça Rui Barbosa e encerrando na Praça machado de Melo. O Bloco não tem abada, não tem cordão de separação, todas e todos que queiram participar serão bem vindos. O Bauru sem Tomate é Mixto tem por tradição fazer traços e troças, com um bom tempo de criticidade das coisas da cidade. Como diz o samba da Salgueiro de 1983 “ A minha pena não tem pena nem perdoa,Mexe com qualquer pessoa,Ela quer se divertir.Será que a política não vai me censurar?Já sei, certos momentos não se pode criticar!Gozar, traçar, ferir,Fazendo de novo meu povo feliz,riscando aquilo que ele não diz". Brincamos e denunciamos toda a malandragem oficial (pública e privada) que acontece na cidade de Bauru, mostrando as capivaras de um bando de 171 que se apresentam como “ as ditas forças vivas da cidade”. O que estamos vendo atualmente mostra que os malandros oficias são muito vivos na arte de roubar e cafetinar o que é publico. E quando o GAECO quis pegar o ladrões ele fez outro caminho, foram para a Zona Sul, pois sabiam que “home” e o dinheiro estavam escondidos atrás da gravata e do colarinho em condomínio de luxo. São os malandros oficias municipais, estaduais e federais.
Samba Enredo: Letra e Música: (Maurinho Santos) - Bauru, Canaã das Capivaras
Corre que a gaeco quer te pegar
Ouve o que a COHAB tem pra contar
Bauru sem tomate é misto
Quem tá fazendo errado vai pagar
Tem capivara na Sem Limites
Em todo lugar
A corrupção não para
E o alienado banca o marajá
Perfeito complô
171 e o fim do Canaã
O povo retirado para onde ele foi jogado
Não tem amanhã
É tudo como num passe de mágica
E o que é público vira privado
Numa cafetinagem descarada
É lago sul, tá tudo dominado
Porém, e sempre tem um porém
Que trava a decisão judicial
Ninguém faz o que é para ser feito, ééé
Elite decadente e imoral
Corre que a gaeco quer te pegar
Ouve o que a COHAB tem pra contar
Bauru sem tomate é misto
Que tá fazendo errado vai pagar
Tem capivara…
https://www.facebook.com/tatiana.calmon/videos/2846908075330041/
6.) USAR NOSSAS VOZES PARA OS QUE NÃO TEM VOZES
Eis o link do Diário do Centro do Mundo: https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/video-devemos-usar-nossas-vozes-para-os-que-nao-tem-voz-discursa-joaquin-phoenix-no-oscar/?fbclid=IwAR2VNclSLMsMOQVyYrtHplc_bHe7qk4UoP3eolhDhfepoTHPWHMmvegAqEA
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