AS PERDAS DO TOMATE AO LONGO DOS OITO ANOS
Em oito anos de furdunço carnavalesco na cidade de Bauru, quando descemos a lenha nos que se fingem de cordeiros, sendo mais que lobos, reunimos gente de valor inquestionável, valorosos cidadãos, desses que não só gostam de festar nas ruas na maior festa popular brasileira, como apoiam a crítica realizada em cima de nossas mazelas. Perdemos alguns bons companheiros nesses anos e aqui reverencio alguns desses, sendo que, cada um possui um história bem pessoal, o motivador para estar ao nosso lado, para se perfilar com o aqui realizado. Estou me atendo a seis pessoas de saudosa memória e com a publicação de suas fotos, reverencio a outro tanto, muitos esquecidos por mim, mas reverenciados de forma coletiva com a homenagem.
Vamos pela ordem de publicação:
- Alemão da Kananga foi inveterado boêmio enquanto viveu e comandou a boa música com seu grupo, fazendo questão de ser também o carro chefe do Tomate em todos os seus desfiles. Vai estar lá na frente do bloco, junto a batucada do seu grupo, fazendo o quer mais gostava na vida, cantar e sambar.
- Elisa Carulo, comunista e merendeira da Prefeitura, esteve sempre envolvida com as causas e movimentos sociais. Ficava eufórica com o bloco e a possibilidade de rever os amigos, tanto que me pedia quando impossibilitada de locomoção: "Venha me buscar". Eu ia.
- Ana Lellis veio de Sampa, aqui se firmou, conquistou a todos e se juntou a tantas lutas travadas nos embates. Frequentava o Mafuá e era das primeiras a buscar sua camiseta, ficando inquieta quando a sua demorava mais do que o combinado.
- Sarah Fernandes atuou como líder comunitária e cabeleireira no Mary Dota, seu redito e local de residência. Sempre esteve envolvida com a festa carnavalesca e quando convidada a ser musa, colocou sua melhor roupa e saiu desfilando pelo Calçadão até quanto pode. Inesquecível participação.
- Edy Perazzi foi professora primária uma vida toda e ao se aposentar nunca mais saiu dos bailes da vida. Descia sempre acompanhando escolas de samba e no Tomate esteve até seu último ano de vida, sempre sorridente, esbanjando simpatia. Minha tia, irmã de minha mãe era festeira por natureza.
- Marcelão, o Marcelo Guereschi, professor da escola pública paulista, esteve junto ao Tomate até seu último momento. Um bonachão, irreverente e sempre presente cidadão, desses que, sempre quando chamado, marcava presença e era um dos pontas de lança, desses que defendem o bloco até debaixo d'água.
Essas são pessoas que nunca cairão no esquecimento do Bauru sem Tomate é MiXto. O Tomate reverenciará todos sempre e sempre.
O CARNAVAL ESTÁ SENDO ATACADO E O MELHOR DE TUDO É QUE OS CARNAVALESCOS ESTÃO COMEÇANDO A REAGIR "Seguinte, vamos aos finalmentes: como cidadão, contribuinte, sou a FAVOR DO INVESTIMENTO EM CULTURA e, pasme, o CARNAVAL figura entre suas manifestações - aliás, a maior.
Coincidentemente, em ano eleitoral, uma horda vem usando a festividade como bode expiatório para fazer valer interesses escusos e egoístas, compartilhando inverdades sobre o evento.
Na fase pela qual nosso país passa, de polaridade exacerbada, fanatismo, intolerância e fundamentalismo, somente com CULTURA poderemos nos salvar da barbárie.
Façamos valer a NOSSA VOZ também. Resistiremos", Tobias Terceiro, vice-presidente da Liga das Escolas de Samba de Bauru, proprietário da Casa de Dança e Cultura "Tobias Terceiro" e presidente do Bloco Carnavalesco Estação Primeiro de Agosto.
OUTRA COISA:
QUEIMA DE ARQUIVO
Você percebe o medo instalado na ação das pessoas quando no mundo em que vivem estão acuadas e mesmo querendo opinar, se mostram omissas e indiferentes. Isso não envolve tão somente o cara envolvido na morte da vereadora Marielle, o miliciano homenageado pela família do Bolsonaro. Os motivos dele ser perseguido já são mais do que conhecidos, pois quem atua com gangues, como já é sabido pela lei das ruas, entrou não sai mais e daí, um perigo quando se sabe demais da conta e isso afeta os interesses dos acima dele na escala de graduação do seu ramo de negócio. O cara não fugiu só da lei como colocada dentro do desGoverno atual, mas na verdade, o fazia dos seus. E aqui no mundo dos normais, paira no ar aquele medinho coletivo de dizer algo, de simplesmente curtir um post mais ousado. Num mundo assim, dominado pela lei do mais forte, do mais arbitrário, poucos são os ousados, os que continuam botando o bloco na rua. Poucos se arriscam. Outro dia me aconselharam a não ficar escrevendo de dois vereadores locais, pois o risco é eminente, de grande monta. Tentaram me explicar os motivos, ouvi atentamente e isso causa mais que apreensão, pois ambos ao seu modo e jeito representam um perigo, um instituído como legal, outro como ilegal. Ontem ouvi uma história envolvendo uma figura muito conhecida da política local e essa quando cutucada, provoca uma reação. Alguém ligada a ela e ligada aos submundos existentes liga e o acua a pessoa que me contou a história. Recuando estaria não só encolhendo, mas também se oferecendo para os achaques que viriam. Preferiu contra-atacar, procurou ajuda e os ataques cessaram. Ação arriscada, mas necessária. Num regime dito normal isso tudo é quase inexistente, pois a pessoa se sente protegida, amparada e tem a quem recorrer, já num momento onde o anormal vigora, diante de uma ameaça e não tendo a quem recorrer, primeiro imaginam que o melhor é fazer de tudo e mais um pouco para passar desapercebido. E assim, o mundo vai ficando mais cagão. Unidas as pessoas se tornam fortalecidas e criam mais coragem para reagir e enfrentar os desmandos. Isoladas o medo só aumenta. E deixando de participar esse lado podre cresce cada vez mais. E como está muito mais podre esse nosso país depois do ocorrido com o país em 2016.
Você percebe o medo instalado na ação das pessoas quando no mundo em que vivem estão acuadas e mesmo querendo opinar, se mostram omissas e indiferentes. Isso não envolve tão somente o cara envolvido na morte da vereadora Marielle, o miliciano homenageado pela família do Bolsonaro. Os motivos dele ser perseguido já são mais do que conhecidos, pois quem atua com gangues, como já é sabido pela lei das ruas, entrou não sai mais e daí, um perigo quando se sabe demais da conta e isso afeta os interesses dos acima dele na escala de graduação do seu ramo de negócio. O cara não fugiu só da lei como colocada dentro do desGoverno atual, mas na verdade, o fazia dos seus. E aqui no mundo dos normais, paira no ar aquele medinho coletivo de dizer algo, de simplesmente curtir um post mais ousado. Num mundo assim, dominado pela lei do mais forte, do mais arbitrário, poucos são os ousados, os que continuam botando o bloco na rua. Poucos se arriscam. Outro dia me aconselharam a não ficar escrevendo de dois vereadores locais, pois o risco é eminente, de grande monta. Tentaram me explicar os motivos, ouvi atentamente e isso causa mais que apreensão, pois ambos ao seu modo e jeito representam um perigo, um instituído como legal, outro como ilegal. Ontem ouvi uma história envolvendo uma figura muito conhecida da política local e essa quando cutucada, provoca uma reação. Alguém ligada a ela e ligada aos submundos existentes liga e o acua a pessoa que me contou a história. Recuando estaria não só encolhendo, mas também se oferecendo para os achaques que viriam. Preferiu contra-atacar, procurou ajuda e os ataques cessaram. Ação arriscada, mas necessária. Num regime dito normal isso tudo é quase inexistente, pois a pessoa se sente protegida, amparada e tem a quem recorrer, já num momento onde o anormal vigora, diante de uma ameaça e não tendo a quem recorrer, primeiro imaginam que o melhor é fazer de tudo e mais um pouco para passar desapercebido. E assim, o mundo vai ficando mais cagão. Unidas as pessoas se tornam fortalecidas e criam mais coragem para reagir e enfrentar os desmandos. Isoladas o medo só aumenta. E deixando de participar esse lado podre cresce cada vez mais. E como está muito mais podre esse nosso país depois do ocorrido com o país em 2016.
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